No
período de recesso escolar, alguns riscos à saúde bucal das crianças podem ser
evitados, como o consumo exagerado de doces. Aproveitar o mês para levá-las a
um profissional da Odontologia também é uma dica importante
A falta
de atenção à saúde bucal nas férias escolares é um problema
recorrente que pode ser evitado com alguns cuidados especiais na alimentação e
higiene da boca. Para ajudar pais e filhos nessa tarefa, o Conselho
Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) preparou quatro dicas para que
todos aproveitem as férias com mais saúde e tranquilidade.
1. Cuidado com os
excessos
Durante as férias,
frequentemente aqueles que cuidam de crianças flexibilizam e acabam por atender
aos seus pedidos por mais doces e carboidratos. Mas tudo em excesso é
prejudicial. O açúcar, em contato com a placa bacteriana, uma camada fina que
envolve o dente, forma substâncias ácidas que atacam o esmalte dentário. Esse
processo pode aumentar a possibilidade de surgir cárie. O mesmo ocorre com os
carboidratos, os quais se transformam em açúcares após a digestão.
As crianças que ainda não
atingiram a maturação completa do desenvolvimento dos dentes são mais
suscetíveis ao problema. Por isso, é recomendável evitar os excessos e fazer a
higiene bucal em até 30 minutos após a ingestão dos alimentos.
2. Mantenha uma rotina de
higiene bucal disciplinada
É importante manter uma
rotina disciplinada de higiene bucal. A mudança de horário das refeições e
atividades pode levar também a alteração nos hábitos de higienização da boca.
Não é porque a criança está de férias que as práticas de limpeza podem ser
relaxadas. Uso de escova e fio dental, além do enxaguante – quando recomendado
–, é essencial para uma boa saúde da boca.
Há ainda produtos de higiene
bucal específicos para as crianças, sem álcool.
3. Acidentes nas férias são
comuns, saiba como agir
É mais comum as crianças se
machucarem mais quando estão de férias, afinal há tempo de sobra para brincar.
Segundo a cirurgiã-dentista Sandra Kalil, conselheira do CROSP, quando se
machucam, as crianças estão propensas a sofrer lesões em tecidos moles ou
duros, desde pequenas dilacerações de lábio e fraturas dentárias até fraturas
de mandíbula. Em decorrência desses acidentes, por exemplo, há a possibilidade
da não formação completa dos dentes, além de manchas e perda precoce do dente
decíduo.
De acordo com a conselheira
do CROSP, a recomendação é sempre procurar um cirurgião-dentista; vale ressaltar
que, logo após o acidente, é importante higienizar o local com soro
fisiológico. Caso o dente ou fragmento seja encontrado, é importante levá-lo ao
atendimento, pois em alguns casos há a possibilidade de reimplante.
4. Leve a criança para uma
consulta com um cirurgião-dentista
O CROSP recomenda que
aqueles que cuidam das crianças aproveitem o período de férias para marcar
consultas com um profissional. Os primeiros anos de vida são fundamentais para
o desenvolvimento da criança, o que inclui a estrutura dentária. Por isso,
o acompanhamento adequado com um profissional da Odontologia é muito
importante. Em 2017, o jornal científico Journal Pediatrics publicou um
estudo da Universidade de Toronto que apontou que menos de 1%, de um total de
2.505 crianças, visitou um cirurgião-dentista até um ano de idade.
Conselho
Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)
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