Baixas
temperaturas podem causar problemas à saúde de aves, répteis e roedores
O frio chegou de forma intensa antes mesmo do
início do inverno e já vem afetando a saúde dos pets. Normalmente, os tutores
de cães e gatos dão uma atenção a mais para os bichos, disponibilizando
roupinhas e cobertas extras. Mas aves, répteis e roedores, animais que vem
ganhando cada vez mais espaço nos lares brasileiros, também merecem cuidados
especiais nessa época do ano.
Para cuidar melhor desses pets no inverno, confira
as dicas do veterinário George Ortmeir Velastin, que presta atendimento nos
consultórios do pet center HiperZoo, em parceria com o Centro Médico Vetsan.
Cobertura de gaiolas e
casinhas
Nos dias de frio mais intenso, a principal medida
para proteger pássaros, roedores e pequenos mamíferos é cobrir a gaiola com capas
para esse fim ou tecido, deixando apenas uma lateral aberta. Isso evita a
entrada de ar frio, mantém o calor no espaço do animal e garante a troca de ar
no espaço. Outra dica importante é disponibilizar tocas e casinhas para
roedores e pequenos mamíferos.
“As gaiolas nunca devem permanecer em áreas com
corrente de ar, pois, além do frio, o vento também prejudica demasiadamente a
saúde dos animais. Deve-se evitar correntes de ar até mesmo nas estações mais
quentes do ano”, alerta o médico veterinário responsável pelo atendimento de
animais selvagens e pets não-convencionais.
Aquecedores
Répteis
são animais exotérmicos e precisam de aquecimento especial no inverno
O uso de aquecedores de ambiente também é uma boa
dica para o conforto dos pets, porém é preciso tomar cuidado para que não
fiquem muito próximos aos animais, esquentando-os excessivamente ou, até mesmo,
causando queimaduras. A dica é utilizar aquecedores apenas durante à noite e
manter umidificadores ou vasilhas com água próximos ao aquecedor para evitar o
ressecamento do ar.
Já para os répteis, que são animais exotérmicos, ou
seja, precisam de fontes externas para manter sua temperatura corporal, a dica
é utilizar pedras, tocas ou placas aquecidas no terrário. É fundamental cuidar
com a temperatura do acessório, que deve ficar entre 24 e 26º C. Para os demais
animais, a orientação é também manter essa temperatura no ambiente, pois o
calor excessivo pode causar desidratação.
Banho de sol
A exposição ao sol, além de ajudar a aquecer, é
importante para manter equilibrada a produção de vitamina D. Mesmo no inverno é
preciso cuidar para que haja um espaço com sombreamento na gaiola para o animal
se proteger caso sinta calor.
“A exposição ao sol deve ser direta. Não vale
colocar a gaiola ou terrário próximos à janela, pois o vidro filtra os raios
ultravioletas (UVA e UVB), fundamentais para a saúde dos animais”, comenta
Velastin. O ideal é que os banhos de sol sejam diários e com duração de 20 a 30
minutos.
Sinais de alerta
Para saber se os animais estão sentindo frio é
preciso ficar de olho em algumas posturas ou manias que eles podem demonstrar.
Por exemplo, as aves ficam com o pescoço para trás e as penas arrepiadas para
acumular ar embaixo das penas e manter o calor do corpo. Roedores, pequenos
mamíferos e répteis costumam ficar mais escondidos e as cobras mais enroladas.
“Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os
répteis não hibernam”, comenta o veterinário. “Como eles não têm capacidade de
termorregulação, sofrem uma queda no metabolismo se sentirem muito frio. Eles
ficam sem se alimentar e se mexer, dando a impressão de que estão em estado de
hibernação”. Nesse cenário, os répteis podem desenvolver pneumonia, quadros de
diarreia e problemas no crescimento.
A atenção deve ser ainda maior com as aves, pois
geralmente elas não param de se alimentar (um sinal comum de alerta), e podem
desenvolver aerosaculite, uma inflamação dos sacos aéreos, que é o primeiro
estágio para desenvolvimento de pneumonia. Roedores e pequenos mamíferos também
podem ficar suscetíveis a diversas doenças e desenvolver pneumonia.
Imagens: Divulgação
HiperZoo
Rua Desembargador Westphalen, 3.448 – Curitiba/PR
telefone (41) 3015-8586
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