Doença sem
cura, a artrose requer cuidados específicos e visitas frequentes ao veterinário
para controlar sua evolução e diminuir o sofrimento do animal.
Qual tutor não fica preocupado ao ver
seu animal de estimação mancando e com dificuldades de se locomover? O que pode
ser um machucado simples na pata, pode também sinalizar um problema mais grave,
como doenças articulares.
Assim como os humanos, cães e gatos
também podem sofrer de doenças nas articulações. Sem distinção de espécie, raça
ou idade – pois o problema não é restrito a animais idosos –, pets podem
desenvolver diferentes tipos de doenças degenerativas da articulação, ou seja,
na cartilagem, ligamentos e osso subcondral (osso que fica sob a cartilagem).
Mais conhecida, a artrose é o avanço desses traumas nas articulações sendo mais
comum no ombro, cotovelo, quadril e joelhos.
Pets muito agitados, que correm e
pulam muito, geram mais impacto nas articulações e aumentam as chances de
sofrerem fraturas e rupturas ligamentares. “Sabemos que as displasias e,
consequentemente, doenças articulares podem ser potencialmente instaladas com o
exercício exagerado. Uma dica importante para os tutores é brincar com seu
“filho” naturalmente, sem exageros, e caso ele escolha descansar, respeite-o”,
explica o Dr. Rodrigo Luis Morais da Silva, médico veterinário e parceiro da
COMAC (Comissão de Animais de Companhia do
SINDAN - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal).
IDENTIFICAR
SINTOMAS
Os responsáveis pelos pets precisam estar atentos
a qualquer sinal de desconforto demonstrado pelo animal. Segundo o Dr. Silva, a
forma mais simples de identificar problemas é perceber se o animal está
mancando, ou seja poupando um dos membros ou se sente dor ao palpar de uma
articulação. O desafio para tutores de gatos é maior, isso porque os felinos,
pelo próprio comportamento da espécie, se escondem e mascaram dores quando
sentem alguma lesão.
CUIDADOS
IMPORTANTES
O piso das residências é um dos
maiores vilões porque provocam instabilidade – são escorregadios – e, com
frequência, ajudam na sobrecarga das articulações que acabam sendo mais
exigidas, ficando mais suscetíveis às lesões e, por consequência, à doença
articular degenerativa. “Outro ponto que vale a pena comentar é o peso. O
sobrepeso é um problema grave enfrentado nos dias de hoje por cães e gatos.
Isso aumenta exponencialmente a sobrecarga nas articulações e causa a doença
articular. Por isso, o melhor é que o paciente esteja dentro do padrão de peso
da raça”, alerta do Dr. Silva.
TRATAMENTOS
Somente o veterinário consegue avaliar
o esqueleto de forma geral e ser rápido no diagnóstico da doença e/ou lesão.
Além do exame físico, os exames mais comuns são a radiografia e tomografia,
pois eles ajudam a constatar e classificar o grau de avanço da artrose. Nem
sempre o caso é cirúrgico e a utilização de medicamentos como analgésicos,
anti-inflamatórios e osteoregeneradores articulares, com apoio de tratamentos
como a fisioterapia e a acupuntura, são métodos alternativos para controlar a
doença que, infelizmente, não tem cura.
Especialmente no frio, é importante
manter o animal aquecido com mantas, cobertores e roupas para minimizar as
dores e visitar periodicamente o veterinário para acompanhar o quadro clínico.
COMAC (Comissão de Animais de
Companhia do SINDAN - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde
Animal
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