A cada dois segundos, alguém sofre um AVC no mundo[2];
estudos recentes marcam avanço no tratamento da doença com nova técnica e
dispositivos médicos para sua realização
O ano de 2015 foi um divisor de águas para o tratamento
do AVC – Acidente Vascular Cerebral, popularmente conhecido como derrame. A
doença, que acomete 16 milhões de pessoas por ano no mundo[3],
é uma das principais causas de morte no planeta, com mais de 6 milhões de
óbitos anuais[4], e também no Brasil,
com 68 mil mortes por ano2, segundo dados do Ministério da Saúde.
Além disso, representa a primeira causa de incapacidade no País, o que gera
grande impacto econômico e social - segundo dados da Sociedade Brasileira de
Doenças Cerebrovasculares, hoje aproximadamente 70% das pessoas não retornam ao
trabalho após um AVC devido às sequelas e 50% ficam funcionalmente dependentes[5].
“O período foi apelidado entre os médicos de ‘primavera
neurológica’, pois foi marcado pela publicação de diversos estudos científicos
que representaram um verdadeiro avanço nos cuidados com vítimas de AVC
isquêmico – caracterizado pela obstrução de uma artéria impedindo o fluxo
sanguíneo em determinada parte do cérebro, ao comprovar a segurança e eficácia
da trombectomia mecânica com boa evidencia científica, sólida e
randomizada de que o procedimento beneficia os pacientes, reduzindo sequelas,
mortalidade e aumentando a taxa de independência funcional”, explica o médico
Eduardo Wajnberg, neuroradiologista do Hospital das Américas/RJ, especialista
em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Radiologia Intervencionista e Cirurgia
Endovascular. Existe ainda uma manifestação mais grave da doença e com alto
índice de mortalidade, o AVC hemorrágico, que dá-se com o rompimento de um vaso
causando hemorragia no tecido cerebral.
O tratamento do AVCI (isquêmico) visa recanalizar a
obstrução e restaurar o fluxo sanguíneo cerebral[6],
e até 2014 era feito quase que exclusivamente com trombolíticos, medicamentos
capazes de dissolver o coágulo ou trombo e restabelecer o fluxo sanguíneo no
cérebro na maioria dos casos, desde que ministrados até 4,5 horas após o início
dos sintomas. A trombectomia mecânica – procedimento endovascular que visa a
retirada do trombo por meio de cateter – e a terapia combinada eram até então
consideradas terapias alternativas, pois a real eficácia destas estratégias
ainda permanecia desconhecida5.
Divisor de águas
Após a publicação dos estudos, o novo procedimento, que
até então utilizava dispositivos médicos adaptados para ser realizado, ganha
também o primeiro dispositivo desenhado especificamente para o tratamento do
AVC: o ReVive™ SE, da Codman Neuro, marca da Johnson & Johnson
Medical Devices, chega ao mercado para ajudar na consolidação da técnica. “O
Revive pertence à classe de dispositivos para tratamento de AVC que possui a
maior evidência científica acumulada, que são os stent retrievers[7]. O desenvolvimento destes
dispositivos proporcionou que um número muito maior de pacientes fossem
beneficiados, com menos sequelas e melhor qualidade de vida pós-AVC7”,
explica Wajnberg.
O ReVive™ SE apresenta diversos benefícios em
relação aos dispositivos atuais, como por exemplo a ponta não destacável,
evitando desprendimentos inadvertidos durante o procedimento. Desenvolvido com
base em casos clínicos, o dispositivo possui design com pontas fechadas e alta
força radial para que a adesão, retenção e captura do trombo seja realizada de
forma mais efetiva e com melhores resultados clínicos, dispensando o uso de
dispositivos complementares como o filtro. “Com os avanços recentes no
tratamento do AVC, a Johnson & Johnson Medical Devices, atenta às
necessidades dos profissionais de saúde para oferecer o que há de melhor aos
pacientes, disponibilizou recentemente algumas unidades do Revive para um
pequeno grupo de médicos, para que possam utilizar e comprovar a eficácia do
produto na realização da nova técnica à medida que ela se consolida como
tratamento da doença”, afirma Octávio Ferraz, gerente de produto da Codman
Neuro.
Tempo perdido é cérebro perdido
Vale alertar que o protocolo de atendimento ao AVC é
extremamente importante, pois o tempo é decisivo para um prognóstico positivo;
o tratamento medicamentoso deve ser ministrado em até quatro horas e meia após
os primeiros sintomas e, por intervenção cirúrgica endovascular, a janela de
tempo para o tratamento é mais prolongada, chegando a 8 horas após o início dos
sintomas. “A cada minuto que o cérebro passa em isquemia, 2 milhões de
neurônios são perdidos[8]. O
tempo vai determinar as sequelas, e consequentemente, a qualidade de vida do
paciente após o AVC”, finaliza o neuroradiologista.
Sobre a Codman Neuro
A Codman Neuro é uma empresa global que atua nas áreas
de neurocirurgia e neurovascular, oferecendo um amplo portfólio de dispositivos
para tratamento da hidrocefalia, cuidados intensivos neurológicos e
neurocirurgia, bem como aneurisma, dispositivos de reconstrução vascular e
outras tecnologias utilizadas no tratamento endovascular de aneurisma cerebral
e acidente vascular cerebral (AVC). Parte da Johnson & Johnson Medical
Devices, está presente no mercado internacional há 178 anos.
Sobre a Johnson & Johnson Medical
Devices Brasil
Contribuindo significativamente para a evolução das
cirurgias por mais de um século, a Johnson &Johnson Medical Devices
trabalha para alcançar cada vez mais pacientes e melhorar mais vidas. O grupo
representa o mais completo negócio de tecnologia cirúrgica e soluções de
especialidades no mundo, oferecendo uma amplitude de portfólio, serviços,
programas e pesquisa e desenvolvimento sem precedentes, dirigidos ao avanço do
cuidado com os pacientes e a entrega de valor clínico e econômico aos sistemas
de saúde em todo o mundo.
ReVive™ SE – Johnson & Johnson
Medical Devices
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Características
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Benefícios
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Ponta
distal fechada
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- Evita
que fragmentos do trombo se soltem durante a retirada
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Alta
força radial
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- Recuperação
eficaz do lúmen da artéria;
- Penetração eficaz no coágulo
- Aumenta
a conformabilidade da parede arterial e retenção do coágulo durante sua
extração
|
Diferentes tamanhos de células ao
longo da cesta
|
- Menores
aberturas na parte distal, maximizam a retenção/captura do trombo
- Maiores
aberturas na parte proximal, permitem maior fluxo dentro da cesta
|
Largura
estreita das hastes
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- Penetração
mais eficaz no coágulo
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Espessura mais larga das hastes
|
- Aumenta
a retenção do coágulo
|
Ponta
Soft e Radiopaca
|
- Atraumática
- Visível
para facilitar o posicionamento durante o procedimento
|
[1] N Engl J Med. 2015 Jan 1;372(1):11-20. doi:
10.1056/NEJMoa1411587. Epub
2014 Dec 17 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25517348)
e N Engl J Med. 2015 Mar 12;372(11):1009-18. doi: 10.1056/NEJMoa1414792. Epub
2015 Feb 11 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25671797).
[1] Das RR, Seshadri
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print June 26, 2008. DOI: 10.1161/STROKEAHA.108.516575. Vermeer SE, Longstreth
WT Jr, Koudstaal PJ. Silent brain infarcts: a systematic review. Lancet Neurol.
2007; 6: 611–619.[CrossRef][Medline] [Order article via Infotrieve]
[1] Ministério da
Saúde http://www.brasil.gov.br/saude/2012/04/acidente-vascular-cerebral-avc
[1] Sociedade
Brasileira de Doenças Cerebrovasculares http://www.sbdcv.org.br/publica_avc.asp
[1] Goyal M., Menon BK, van Zwam WH2,and the HERMES
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Eur J Neurol.
Author manuscript; available in PMC 2009 May 4. Published in final edited form
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10.1111/j.1468-1331.2008.02083.x (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2677077/)
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