Amar
faz bem para a alma, ao coração, mas também pode fazer mal para a saúde
Hoje
(14) é o Valentine's Day, data em que se celebra os
casais apaixonados no Estados Unidos, e que está sendo cada vez mais comemorada
no Brasil. Quem nunca sentiu palpitação, frio na barriga, suor, perda do
apetite, e de repente uma sensação de bem-estar? Estes são os sintomas típicos
de quem está apaixonado.
Segundo o psicólogo
do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), José Palcoski, essas sensações
ocorrem devido a liberação de adrenalina no organismo. Havendo interesse por
outra pessoa, alguns sinais podem surgir em todo o corpo. “A paixão tem
sintomas da ansiedade, porque os hormônios liberados quando você pensa ou está
com a pessoa são os mesmos”, explica.
Entre os sintomas
mais evidentes estão o aumento da pressão arterial, da frequência respiratória,
dos batimentos cardíacos, a dilatação das pupilas, os tremores, além da falta
de apetite, concentração, memória e sono. “Quando amamos, nosso organismo é
ativado, ao ponto de termos uma diminuição em nossa capacidade de percepção da
dor, e também da fome, tudo no intuito de nos mantermos focados na pessoa
amada”, destaca o especialista.
Já a sensação de
bem-estar e de que é bom estar apaixonado ocorre devido a liberação de
ocitocina, conhecido como o hormônio do amor, pois está intimamente ligada à
sensação de prazer e de bem estar físico e emocional, e a sensação de segurança
e de fidelidade entre o casal.
Outra questão em
relação aos benefícios das pessoas estabelecerem uma relação amorosa, é o fato
de sentirem mais otimistas em relação a vida. “Isso ocorre, pois elas alteram o
pensamento que possuem sobre si mesmas, passando a sentirem-se mais completas e
capazes”, enfatiza o psicólogo.
Quando
a paixão e o amor acabam
O psicólogo também
ressalta que o tempo da paixão e do amor são diferentes. A paixão dura em média
dois anos e quando acaba o sentimento pelo companheiro se solidifica e vira
amor.
Porém quando o término
do relacionamento acontece, pode ser prejudicial para a saúde. Algumas pessoas
não sabem o que fazer com a sua vida, e a sensação de vazio por estar longe da
pessoa amada pode desencadear a ansiedade, perturbações do sono, e até mesmo
doenças. Isso ocorre pois os pensamentos aumentam ou diminuem a produção de
alguns hormônios, neurotransmissores, e outras substâncias. “Tudo o que
pensamos ou sentimos reflete em nosso organismo. Contudo, quando algo vai mal,
essa harmonia se desfaz, podendo surgir enfermidades, como uma simples dor de
cabeça ou até uma doença mais grave, como a depressão”, diz o psicólogo.
De acordo com o
especialista, o melhor a se fazer neste momento é viver plenamente a perda,
chorar tudo o que precisa, sempre com o pensamento de ser uma pessoa plena e
inteira, e sem a dependência de outros para poder construir a própria
felicidade.
Pressão
da Sociedade
E quando falamos
sobre a falta de um amor e a pressão da sociedade de que as pessoas devem se
relacionar com alguém, casar e ter filhos? A dica do psicólogo é: seja você
mesmo. Nem todos vão casar, e isso não é e nunca será um problema. “O problema
está na expectativa que se cria frente o tema amor. A sociedade coloca esta
pressão inconscientemente, pois é a partir do amor que se considera que as
pessoas irão constitui família e assim ter filhos, de forma a perpetuar a
espécie”, finaliza.
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