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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

O lado bom e ruim de amar




Amar faz bem para a alma, ao coração, mas também pode fazer mal para a saúde


Hoje (14) é o Valentine's Day, data em que se celebra os casais apaixonados no Estados Unidos, e que está sendo cada vez mais comemorada no Brasil. Quem nunca sentiu palpitação, frio na barriga, suor, perda do apetite, e de repente uma sensação de bem-estar? Estes são os sintomas típicos de quem está apaixonado.
Segundo o psicólogo do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), José Palcoski, essas sensações ocorrem devido a liberação de adrenalina no organismo. Havendo interesse por outra pessoa, alguns sinais podem surgir em todo o corpo. “A paixão tem sintomas da ansiedade, porque os hormônios liberados quando você pensa ou está com a pessoa são os mesmos”, explica. 

Entre os sintomas mais evidentes estão o aumento da pressão arterial, da frequência respiratória, dos batimentos cardíacos, a dilatação das pupilas, os tremores, além da falta de apetite, concentração, memória e sono. “Quando amamos, nosso organismo é ativado, ao ponto de termos uma diminuição em nossa capacidade de percepção da dor, e também da fome, tudo no intuito de nos mantermos focados na pessoa amada”, destaca o especialista.
Já a sensação de bem-estar e de que é bom estar apaixonado ocorre devido a liberação de ocitocina, conhecido como o hormônio do amor, pois está intimamente ligada à sensação de prazer e de bem estar físico e emocional, e a sensação de segurança e de fidelidade entre o casal. 

Outra questão em relação aos benefícios das pessoas estabelecerem uma relação amorosa, é o fato de sentirem mais otimistas em relação a vida. “Isso ocorre, pois elas alteram o pensamento que possuem sobre si mesmas, passando a sentirem-se mais completas e capazes”, enfatiza o psicólogo.


Quando a paixão e o amor acabam

O psicólogo também ressalta que o tempo da paixão e do amor são diferentes. A paixão dura em média dois anos e quando acaba o sentimento pelo companheiro se solidifica e vira amor. 

Porém quando o término do relacionamento acontece, pode ser prejudicial para a saúde. Algumas pessoas não sabem o que fazer com a sua vida, e a sensação de vazio por estar longe da pessoa amada pode desencadear a ansiedade, perturbações do sono, e até mesmo doenças. Isso ocorre pois os pensamentos aumentam ou diminuem a produção de alguns hormônios, neurotransmissores, e outras substâncias. “Tudo o que pensamos ou sentimos reflete em nosso organismo. Contudo, quando algo vai mal, essa harmonia se desfaz, podendo surgir enfermidades, como uma simples dor de cabeça ou até uma doença mais grave, como a depressão”, diz o psicólogo. 

De acordo com o especialista, o melhor a se fazer neste momento é viver plenamente a perda, chorar tudo o que precisa, sempre com o pensamento de ser uma pessoa plena e inteira, e sem a dependência de outros para poder construir a própria felicidade.


Pressão da Sociedade
E quando falamos sobre a falta de um amor e a pressão da sociedade de que as pessoas devem se relacionar com alguém, casar e ter filhos? A dica do psicólogo é: seja você mesmo. Nem todos vão casar, e isso não é e nunca será um problema. “O problema está na expectativa que se cria frente o tema amor. A sociedade coloca esta pressão inconscientemente, pois é a partir do amor que se considera que as pessoas irão constitui família e assim ter filhos, de forma a perpetuar a espécie”, finaliza.




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