O único método que
permite o diagnóstico precoce do câncer de mama é
o exame de mamografia. Por meio desse método, é possível identificar tumores
mamários mesmo antes de serem detectáveis clinicamente. Porém, apesar de ser bastante
conhecida, existe ainda muitos estigmas e especulações sobre a mamografia, que
deixam as mulheres desencorajadas a fazerem o exame com a periodicidade que
deveriam.
Para acabar com essas
dúvidas, o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) esclarece quais
são os MITOS que rondam o exame.
A radiação do exame é perigosa: MITO. Embora o aparelho de Raios-X
utilizado na mamografia emita radiação, o risco a exposição é mínimo,
principalmente se seguir o controle de qualidade adequado.
Ninguém tem câncer na família, não
preciso fazer o exame:
MITO. Segundo dados, a maioria das mulheres que são diagnostica com câncer de
mama não tem histórico familiar, por isso a mamografia deve ser feita por todas
as mulheres e estar na agenda de exames anual.
O exame pode machucar e doer: MITO. Em algumas mulheres pode gerar um
desconforto, dependendo da sensibilidade de cada pessoa, porém é algo
tolerável, pois a mamografia é um exame muito rápido. Algumas dicas podem
evitar esse desconforto, como: não agende o exame antes da menstruação, pois
este período deixa os seios mais sensíveis. Caso necessário, tome um analgésico
antes do exame, mas avise a técnica de enfermagem sobre sua condição.
Tenho silicone, não posso fazer
mamografia: MITO. Mesmo com próteses é possível fazer o exame e se for o
caso, diagnosticar a doença. Para algumas mulheres, o médico pode solicitar
exames complementares, como uma ultrassonografia ou ressonância.
Sou jovem, não preciso
fazer exame porque não corro risco: MITO. Apesar da maioria dos casos aparecerem em mulheres com
mais de 55 anos, a doença pode ser detectada em mulheres mais novas. Por isso,
a partir dos 40 anos, há o
rastreamento mamográfico, que consiste em realizar a mamografia anualmente. Já
a partir dos 70 anos, a frequência dependerá do que o médico determinar. Para
mulheres com risco aumentado, a mamografia deve ser anual a partir dos 35 anos
de idade.
Faço o autoexame, apalpando meus seios em busca de caroços.
Não preciso de outros exames: MITO. O autoexame das mamas é uma
prática positiva, que deve ser estimulada. Contudo, ele não é capaz de detectar
tumores em fase inicial. Já a mamografia consegue detectar nódulos a
partir de 2 a 3 mm. E é devido a essa realidade que o IBCC incentiva e estimula
a realização anual do exame para obter um diagnóstico precoce e aumentar a
chances de tratamento e cura.
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