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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Cuidado com detalhes nas roupinhas dos bebês




A pediatra Dra. Fernanda Viana do Saúde4Kids esclarece que conforto e segurança são os principais aspectos a serem considerados


Quando se trata de bebês, os cuidados vão muito além da alimentação, higiene e adaptação ao ambiente. Nos primeiros meses de vida, outros fatores vão se somando ao bem-estar e a escolha de roupas confortáveis e, sobretudo, seguras, faz toda a diferença, inclusive durante a infância. Alguns detalhes nas roupas dos bebês podem representar riscos graves à saúde, provocar sufocamento e morte. 

A pediatra e cardiologista infantil Dra. Fernanda Viana, do Portal Saúde4Kids, alerta sobre características importantes na hora de escolher as peças para vestir as crianças: 


-gola apertada: verificar se o macacão é muito justo no pescoço, independente do tipo de fecho, pois ao se movimentar, o bebê traciona a gola e, se muito fechada, aperta a região. O ideal é evitar macacões com golas restritas, que podem apertar o pescoço e obstruir a via aérea. 

-cordões compridos: até os sete anos, a melhor medida preventiva é não usar roupas com gorro ou capuz com cordões na área do pescoço. Caso sejam cordões ajustáveis, não devem ter extremidades e laços salientes, evitando que enrolem no pescoço. Além disso, eles podem provocar sufocamento. Cordões e fitas decorativos ou funcionais podem ter no máximo 5 cm para evitar que a criança se enganche.

-alças soltas: roupas de alcinha devem ser evitadas em bebês, também pela possibilidade de sufocamento. Vale a mesma regra dos cordões, com no máximo 5 cm. 

-botões: é preciso verificar se quebram facilmente e, a cada lavagem, conferir se há partes cortantes, se estão bem costurados, porque ao desprender da peça, podem ser levados à boca e engolidos, correndo o risco de engasgar o bebê.

-adesivos e apliques: melhor evitar peças com adesivos autocolantes ou outros enfeites que podem soltar e serem levados à boca. Para prevenção de engasgos, o ideal é que sejam costurados à peça.

-zíper de plástico ou metal: para crianças de até sete anos, o zíper da roupa não deve ter abertura no puxador, pois se levado à boca pode causar acidentes com dentes de leite, já que se encaixa nas fendas. Os modelos especialmente desenvolvidos para crianças têm proteção interna, com aba de tecido, para evitar, também, que a pele seja presa pelo deslocamento do cursor. 

-fechos em velcro: esse é outro artifício que não deve fazer parte da roupa das crianças até os sete anos. É muito comum o material de o velcro irritar a pele dos pequenos. Os mais seguros têm a base com pontas arredondas, sem arestas, e a face mais macia fica voltada para a parte em contato com o corpo. 

-costuras e etiquetas: é importante observar se a peça usa linha grossa ou se tem acabamentos protuberantes. As etiquetas também devem estar costuradas com fios de poliamida, para não machucarem e causarem irritação à pele sensível da criança.

“Em geral, o mais aconselhável é escolher modelos de roupas que sejam flexíveis e fáceis de vestir e tirar, favorecendo os movimentos e levando em conta as regras citadas, especialmente para os recém-nascidos”, ressalta a Dra. Fernanda Viana. Segundo a pediatra, os tecidos mais recomendados são os feitos de fibras naturais. As fibras sintéticas devem ser evitadas, porque dificultam a transpiração e são mais inflamáveis. Outra recomendação relevante é de sempre preferir usar sabão neutro e produtos desenvolvidos para lavar roupas de bebês.




Dra. Fernanda Viana - médica formada pela Universidade Estadual de Campinas –UNICAMP-; pediatra pela Universidade de São Paulo –USP-; cardiologista infantil pelo Incor-Universidade de São Paulo. Além de ser especialista em pediatria com título pela Sociedade Brasileira de Pediatria e, em cardiologia infantil, pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Fonte: Saúde4Kids





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