A pediatra Dra. Fernanda Viana do
Saúde4Kids esclarece que conforto e segurança são os principais aspectos a
serem considerados
Quando se trata de bebês, os cuidados
vão muito além da alimentação, higiene e adaptação ao ambiente. Nos primeiros
meses de vida, outros fatores vão se somando ao bem-estar e a escolha de roupas
confortáveis e, sobretudo, seguras, faz toda a diferença, inclusive durante a
infância. Alguns detalhes nas roupas dos bebês podem representar riscos graves
à saúde, provocar sufocamento e morte.
A pediatra e cardiologista infantil
Dra. Fernanda Viana, do Portal Saúde4Kids, alerta sobre características
importantes na hora de escolher as peças para vestir as crianças:
-gola
apertada: verificar se o macacão é muito justo no pescoço, independente do tipo
de fecho, pois ao se movimentar, o bebê traciona a gola e, se muito fechada,
aperta a região. O ideal é evitar macacões com golas restritas, que podem
apertar o pescoço e obstruir a via aérea.
-cordões
compridos: até os sete anos, a melhor medida preventiva é não usar roupas com
gorro ou capuz com cordões na área do pescoço. Caso sejam cordões ajustáveis,
não devem ter extremidades e laços salientes, evitando que enrolem no pescoço.
Além disso, eles podem provocar sufocamento. Cordões e fitas
decorativos ou funcionais podem ter no máximo 5 cm para evitar que a
criança se enganche.
-alças
soltas: roupas de alcinha devem ser evitadas em bebês, também pela
possibilidade de sufocamento. Vale a mesma regra dos cordões, com no máximo 5
cm.
-botões:
é preciso verificar se quebram facilmente e, a cada lavagem, conferir se há
partes cortantes, se estão bem costurados, porque ao desprender da peça, podem
ser levados à boca e engolidos, correndo o risco de engasgar o bebê.
-adesivos
e apliques: melhor evitar peças com adesivos autocolantes ou outros enfeites
que podem soltar e serem levados à boca. Para prevenção de engasgos, o ideal é
que sejam costurados à peça.
-zíper
de plástico ou metal: para crianças de até sete anos, o zíper da roupa não deve
ter abertura no puxador, pois se levado à boca pode causar acidentes com dentes
de leite, já que se encaixa nas fendas. Os modelos especialmente desenvolvidos
para crianças têm proteção interna, com aba de tecido, para evitar, também, que
a pele seja presa pelo deslocamento do cursor.
-fechos
em velcro: esse é outro artifício que não deve fazer parte da roupa das
crianças até os sete anos. É muito comum o material de o velcro irritar a pele
dos pequenos. Os mais seguros têm a base com pontas arredondas, sem
arestas, e a face mais macia fica voltada para a parte em contato com o
corpo.
-costuras
e etiquetas: é importante observar se a peça usa linha grossa ou se tem
acabamentos protuberantes. As etiquetas também devem estar costuradas com fios
de poliamida, para não machucarem e causarem irritação à pele sensível da
criança.
“Em geral, o mais aconselhável é escolher
modelos de roupas que sejam flexíveis e fáceis de vestir e tirar, favorecendo
os movimentos e levando em conta as regras citadas, especialmente para os
recém-nascidos”, ressalta a Dra. Fernanda Viana. Segundo a pediatra, os tecidos
mais recomendados são os feitos de fibras naturais. As fibras sintéticas devem
ser evitadas, porque dificultam a transpiração e são mais inflamáveis. Outra
recomendação relevante é de sempre preferir usar sabão neutro e produtos
desenvolvidos para lavar roupas de bebês.
Dra. Fernanda Viana - médica formada pela
Universidade Estadual de Campinas –UNICAMP-; pediatra pela Universidade de São
Paulo –USP-; cardiologista infantil pelo Incor-Universidade de São Paulo. Além
de ser especialista em pediatria com título pela Sociedade Brasileira de
Pediatria e, em cardiologia infantil, pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Fonte: Saúde4Kids
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