Os números são alarmantes
relacionados à essa patologia mas existe uma boa alternativa de tratamento
contra depressão
Segundo uma pesquisa desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde, 350
milhões de pessoas no planeta sofrem de um quadro depressivo e o Brasil é
considerado o país com a maior taxa de depressão no mundo, com 10,4% da
população afetada. Além disso, nos países que estão em conflito ou em situações
de emergência, a OMS estima que um em cada cinco pessoas é afetada pela
depressão e pela ansiedade. A organização ainda afirma, que a cada 40 segundos
uma pessoa morre por suicídio no mundo. Pouco se fala sobre essa doença séria,
que atinge 25% da população das classes C e D e 15% das classes A e B, segundo
dados da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Doenças
Afetivas. “O preconceito com a depressão é a principal causa das mortes por
suicídio”, declara Eloiá Hosana, coach de inteligência emocional.
A especialista diz que o pior preconceito em relação à depressão, não é
o da sociedade, mas o do próprio portador da doença. “Muitas pessoas estão em
depressão, mas não assumem e não aceitam isso. Elas têm vergonha de falar sobre
o assunto e contar que tomam antidepressivos e, por causa disso, essas pessoas
sofrem ainda mais, pois não buscam uma solução, um tratamento e, então,
terminam se matando mesmo. A depressão é a queda da produção ou absorção de
neurotransmissores - seretonina, noradrenalina, ocitocina - que são responsáveis
por te causar sentimentos positivos, portanto, é uma doença biológica que deve
ser tratada e levada a sério como qualquer outra”, explica.
Segundo dados da IMS Heatlh, a depressão também é a doença mais comum
entre adolescentes. “Os pais pecam quando acreditam que é só uma fase de
rebeldia, que irá passar, ou pior, que por serem novos ainda, os adolescentes
não tem problemas para se preocuparem. Todos nós temos problemas, em escalas
diferentes, mas temos. Os adolescentes, principalmente, não tem uma grande
noção de futuro, de que um dia irão crescer e aquilo terá ficado apenas no
passado e, por isso, se matam. É importante ouvir e agir”, ressalta Eloiá.
Quando uma pessoa está em um estágio depressivo, segundo a coach, ela
está com o foco em tudo o que não é bom. “Ela não enxerga a esperança e altera
o seu senso de realidade para o negativo, vê problema em tudo e, quando não tem
um problema, inventa um. Por isso, o processo de coaching pode ser um grande
aliado, pois ele trabalha a comunicação e o pensamento da pessoa, através de
diversos exercícios, comprovados pela neurociência, que aumentam a produção
desses hormônios do bem-estar. É claro, sempre junto a um tratamento
psiquiátrico”, comenta a especialista.
A coach chama atenção para o fato de haverem depressivos mascarados e,
que por isso, as pessoas precisam prestar atenção. “Os conhecidos como
‘workaholics’, trabalham, fazem e acontecem na empresa, mas quando chegam a
casa sentem esse vazio enorme e automedicam com álcool. No outro dia, essa
pessoa coloca a máscara e volta a trabalhar, como se nada estivesse acontecendo
e ninguém percebe que ela está em depressão. Isso também é um gravíssimo
problema social, que pode ser evitado quando aquele colega de trabalho vai além
do automático ‘bom dia’ diário e realmente procura conhecer o outro”, alerta
Eloiá.
Para quem está em depressão, a especialista faz um apelo: “É preciso
mudar o foco, mudar a lupa do negativo para o positivo, pois há coisas boas
além do motivo ruim que te colocou nesse estágio. Quando a sua cabeça começar a
te apontar tudo o que está errado, foque em todas as outras coisas positivas
que você tem: sua família, seus filhos, amigos e tudo de bom que você já fez.
Porque aí sim você vai conseguir reagir à depressão e procurar ajuda”,
argumenta.
Mesmo ressaltando a procura de um psiquiatra nesses casos e defendendo o
uso de medicamentos antidepressivos, Eloiá diz que devemos ser capazes de
fabricar as nossas próprias emoções. “O coaching ajuda as pessoas a acessarem
suas farmácias internas e criarem novamente o hábito natural de produção desses
neurotransmissores em baixa. Isso ocorre através do autoconhecimento e da
autoconfiança, que trata o problema além dos antidepressivos, para que a pessoa
não fique o resto da vida presa a esses remédios. Por isso, o coaching também
serve como um processo preventivo da depressão, porque ele ajuda o indivíduo a
despertar todo o seu potencial”, conclui a coach.
Eloiá Hosana - Master coach e expert em Inteligência Emocional
e Autoestima para Mulheres
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