Especialista fala sobre as
características do distúrbio e dá dicas de como tratar o problema em sala
Segundo Associação Brasileira
de Dislexia, mais de 5% da população brasileira sobre com a dislexia. O
distúrbio, que é genético e neurobiológico, causa uma desordem nas informações
recebidas pelo cérebro, inibindo o processo de entendimento das letras e
interferindo na leitura e escrita.
Segundo a psicopedagoga,
especialista em educação especial e em gestão escolar, Ana
Regina Caminha Braga, o processo de leitura e
escrita exige duas funções cerebrais, e no caso da pessoa com dislexia, uma
dessas funções possui uma limitação. “Os sintomas variam de pessoa para pessoa
e do grau de dislexia apresentado. Dificuldades para ler, escrever ou soletrar
podem ser sinais de alerta”, explica.
O diagnóstico do distúrbio é outro problema, já
que ele só consegue ser detectado no processo de alfabetização da criança. Mas
segundo a especialista, é bom ficar e olho, já que a partir dos quatro anos de
vida já podem aparecer possíveis indícios de dificuldades. E é aí que entra o
professor, que deve estar atento as atitudes e dificuldades dos seus alunos para
poder ajudá-los. Segundo Ana Regina, é importante romper o preconceito dentro
de sala, para que esses alunos consigam conviver com os demais e ter mais
autoconfiança. “Cabe ao professor analisar a situação e ajudar o aluno a
quebrar esse estereótipo negativo ligado ao distúrbio. Uma boa opção para o
docente é incluir atividades dinâmicas em sala, que ajudem a estimular o
desenvolvimento dessa criança junto às demais”, detalha a especialista.
Quanto mais cedo à dislexia
for detectada, maiores as chances dessa criança de obter sucesso ao longo de
sua vida acadêmica e adulta, evitando frustrações tanto nos estudos quanto em
trabalhos futuros. “O papel do professor é muito importante nesses casos, é
importante que ele esteja atento ao comportamento dos seus alunos, para que no
menor sinal de dificuldade, as medida necessárias possam ser tomadas em prol
dessa criança”, completa a psicopedagoga.
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