Ao retirar o excesso de pele ao redor das das
unhas, a manicure facilita a entrada de infecções por fungos, bactérias, vírus
ou alergias
Fazer as mãos e os pés
é um hábito comum entre as mulheres. A variedade de tons, textura e acabamento
dos esmalte possibilitam um visual mais sofisticado e deixa em evidência a
personalidade e o estado de espírito da consumidora.
Porém, alguns cuidados
são importantes e evitam algumas doenças, como por exemplo, o contágio da
hepatite B e C, que ocorre, principalmente, por descuido dos profissionais.
Entre as outras doenças comuns são as micoses - provocadas por fungos e as
verrugas - provenientes de vírus. “Porém, a mais séria é a hepatite, causada
tanto por bactérias quanto por vírus”, ressalta o dermatologista do Hospital
Nossa Senhora das Graças, Maurício Sato.
Ao retirar o excesso de
pele ao redor das unhas, a manicure facilita a entrada de infecções por fungos,
bactérias, vírus ou alergias e unhas frágeis. “Pequenos traumas na pele ou na
unha devido ao uso de materiais pontiagudos, cortantes ou perfurantes, quebra a
proteção natural e coloca a pele e a unha em contato com microorganismos na
parte mais profunda da pele”, alerta o dermatologista.
Uma das maneiras de
prevenir essas doenças é certificar-se das condições higiênicas do
estabelecimento, se os materiais são devidamente esterilizados e evitar a
retirada de pele desnecessária e traumas excessivos. “Atualmente os materiais
desses estabelecimentos vêm sendo esterilizados da mesma maneira que fazemos em
nosso consultório, o que diminui significativamente a chance de infecções”,
salienta o médico.
Unhas
saudáveis e bonitas
Para manter as unhas saudáveis e
bonitas o dermatologista recomenda alguns cuidados fundamentais. “Deve-se
evitar o uso contínuo de esmaltes ou acetonas, pois eles causam a destruição da
camada superficial da unha, que serve de proteção natural contra agentes
externos”, afirma. Caso as mulheres não consigam fazer o intervalo, de pelo
menos cinco dias, é necessário usar removedores de esmalte sem acetona e
hidratar as unhas e mãos, ao menos, três vezes ao dia.
A esfoliação nas mãos e nos pés de
acordo com o Dr. Sato só deve ser feita após avaliação cuidadosa com
dermatologistas. “Algumas infecções fungicas, virais e até mesmo câncer de pele
podem estar ligadas à espessura e a densidade da pele. Por isso, é importante
saber a causa do revestimento áspero antes de esfoliá-la”, enfatiza.
Tratamento
De acordo com o
dermatologista o tratamento de doenças de unhas em geral é demorado e os exames
laboratoriais existentes até o momento, apresentam taxas de negatividade
relativamente elevadas. “A pessoa tem infecção, mas os exames mostram-se
negativo. Mas é necessário insistir na investigação e alertar os pacientes que
as mudanças diárias de comportamento interferem diretamente no sucesso de
tratamento”, frisa.
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