Pessoas com diagnóstico de esclerose lateral
amiotrófica vão participar da ação a partir das 9h30. As amostras coletadas
pelo IPG serão enviadas ao Project MinE
O Project MinE atua em 16 países e tem como objetivo identificar as causas da ELA e trazer novas formas de abordagem terapêutica. Para tanto, o projeto se propõe a sequenciar 15.000 pacientes com ELA e 7.500 controles. “Sugere-se que o background genético dos brasileiros seja distinto do das demais populações, por causa do histórico de imigração para nosso país e pela grande miscigenação populacional. Assim, as amostras que estão sendo coletadas serão essenciais para definir a variabilidade de perfis genéticos ligados à doença”, acrescenta o dr. Miguel Mitne Neto, coordenador de pesquisas do IPG.
Em agosto deste ano, o Brasil atingiu a marca de 8% nas coletas do Project MinE. A expectativa é que, até o fim de 2016, o País represente 20% do projeto. O projeto mundial já está com 35% da meta concluída. Foram analisados 7.875 DNA's, o que significa que as pesquisas em esclerose lateral amiotrófica estão avançando no Project MinE.
A esclerose lateral amiotrófica causa atrofia muscular. No Brasil, estima-se que 12 mil a 15 mil pessoas tenham a doença. No mundo todo, são cerca de 200 mil. “A esclerose lateral amiotrófica é um diagnóstico que muda para sempre a vida de todos os atingidos, sejam pacientes, familiares, amigos ou cuidadores”, afirma o neurologista Francisco Rotta, coordenador médico do Instituto Paulo Gontijo (IPG).
As coletas de material genético são possíveis devido às doações que o instituto recebe de pessoas físicas e de instituições parceiras. Para saber mais sobre a participação do IPG no Project MinE e conhecer a pesquisa, acesse www.projectmine.com/country/brazil/.
Sobre o IPG
O Instituto Paulo Gontijo é uma organização privada, sem fins lucrativos (OSCIP), que atua para promover pesquisas e estudos científicos que contribuam para aumentar o nível de conhecimento a respeito da esclerose lateral amiotrófica (ELA). Além disso, tem como missão desenvolver ações de sensibilização e humanização que contribuam para o melhor atendimento dos profissionais, pacientes e de suas famílias.
O físico e engenheiro Paulo Gontijo foi diagnosticado como portador de ELA em 1999. Pesquisador, procurou incansavelmente a causa e a cura da doença e idealizou os primeiros moldes de como seria a instituição e qual seria sua contribuição em prol da ciência. O IPG foi fundado por seus filhos, principais mantenedores, em 2005, três anos após seu falecimento.
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