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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Pesquisa que busca cura da ELA faz coleta de material genético em Porto Alegre neste domingo



Pessoas com diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica vão participar da ação a partir das 9h30. As amostras coletadas pelo IPG serão enviadas ao Project MinE


O Instituto Paulo Gontijo (IPG) realiza a segunda coleta brasileira de material genético a ser enviado ao Project MinE, projeto internacional que busca a cura da ELA. Participarão 12 pessoas com mais de 18 anos que apresentam diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica e 6 controles, ou seja, pessoas que não têm a doença. A ação vai ocorrer no próximo domingo (23/10), das 9h30 às 12h e das 13h às 15h30, em Porto Alegre.

O Project MinE atua em 16 países e tem como objetivo identificar as causas da ELA e trazer novas formas de abordagem terapêutica. Para tanto, o projeto se propõe a sequenciar 15.000 pacientes com ELA e 7.500 controles. “Sugere-se que o background genético dos brasileiros seja distinto do das demais populações, por causa do histórico de imigração para nosso país e pela grande miscigenação populacional. Assim, as amostras que estão sendo coletadas serão essenciais para definir a variabilidade de perfis genéticos ligados à doença”, acrescenta o dr. Miguel Mitne Neto, coordenador de pesquisas do IPG.

Em agosto deste ano, o Brasil atingiu a marca de 8% nas coletas do Project MinE. A expectativa é que, até o fim de 2016, o País represente 20% do projeto. O projeto mundial já está com 35% da meta concluída. Foram analisados 7.875 DNA's, o que significa que as pesquisas em esclerose lateral amiotrófica estão avançando no Project MinE.

A esclerose lateral amiotrófica causa atrofia muscular. No Brasil, estima-se que 12 mil a 15 mil pessoas tenham a doença. No mundo todo, são cerca de 200 mil. “A esclerose lateral amiotrófica é um diagnóstico que muda para sempre a vida de todos os atingidos, sejam pacientes, familiares, amigos ou cuidadores”, afirma o neurologista Francisco Rotta, coordenador médico do Instituto Paulo Gontijo (IPG).

As coletas de material genético são possíveis devido às doações que o instituto recebe de pessoas físicas e de instituições parceiras. Para saber mais sobre a participação do IPG no Project MinE e conhecer a pesquisa, acesse www.projectmine.com/country/brazil/.



Sobre o IPG
O Instituto Paulo Gontijo é uma organização privada, sem fins lucrativos (OSCIP), que atua para promover pesquisas e estudos científicos que contribuam para aumentar o nível de conhecimento a respeito da esclerose lateral amiotrófica (ELA). Além disso, tem como missão desenvolver ações de sensibilização e humanização que contribuam para o melhor atendimento dos profissionais, pacientes e de suas famílias.


O físico e engenheiro Paulo Gontijo foi diagnosticado como portador de ELA em 1999. Pesquisador, procurou incansavelmente a causa e a cura da doença e idealizou os primeiros moldes de como seria a instituição e qual seria sua contribuição em prol da ciência. O IPG foi fundado por seus filhos, principais mantenedores, em 2005, três anos após seu falecimento.



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