A atual
crise política e financeira brasileira foi apontada como a maior preocupação
por 47% por gestores de saúde entrevistados na pesquisa “Healthcare
2016”, realizada pela KPMG. Outros 28% demonstraram preocupação com a
incapacidade em fazer planos de médio prazo em razão das incertezas do país. O estudo foi feito realizado com 130
executivos do setor de saúde, ao longo do primeiro semestre de 2016.
De acordo ainda com o levantamento, outras preocupações do segmento são:
eventuais alterações regulatórias do governo (11%), perda de rentabilidade dos
negócios (6%), falta de mão de obra qualificada (5%) e escassez de mão de obra
(3%).
Questionados sobre se a atual crise
econômica tem afetado negativamente seus negócios, 40%
disseram que sim, aumentando os custos e retraindo a demanda e receita; 35%
afirmaram que aumentaram os custos; 11% relataram que houve retração da demanda
e de receita e 5% consideraram que houve impactos positivos com o aumento de
receita e de rentabilidade.
Outro
ponto levantado na pesquisa foi se a
atual crise econômica perderá forças e se a retomada do Brasil deverá ocorrer.
A retomada do crescimento econômico do país é considerada incerta para
24% dos entrevistados, 21% entendem que não haverá crescimento no médio prazo,
ou seja, 45% possuem uma percepção mais conservadora em relação à saída da
crise. Por outro lado, 47% entendem que o crescimento virá a partir de 2017.
Apenas 8% avaliam que a retomada do crescimento ocorrerá ainda este ano.
Segundo
os entrevistados, a crise econômica brasileira teve maior impacto, com 33% dos
votos, no aumento do prazo médio de recebimento. Porém, outros importantes
indicadores negativos foram percebidos no estudo como aumento no volume de
glosas (17%), dificuldades nos processos de recursos de glosas (17%), aumento
do volume de exames não autorizados (17%) e aumento de inadimplência de
pacientes particulares (16%).
Sobre a
pesquisa
A pesquisa Healthcare 2016 teve como objetivo gerar informações
relevantes para o setor e abordou temas como desafios, tendências,
oportunidades, utilização de novas tecnologias, barreiras de crescimento,
ingressos de capital estrangeiro, entre outros aspectos. Foram ouvidos 130
executivos no período de 6 meses.
Entre os entrevistados, 90% eram gestores de hospitais e clínicas
especializadas, 5% atuam na área de diagnóstico, 3% eram operadoras e 2%
trabalham com home care. Do total, 54% eram da área privada sem fins
lucrativos, 29% da privada com fins lucrativos e 17% rede pública federal,
estadual ou municipal. Já 82% estão localizados na Região Sudeste, 16% na Sul e
2% no Nordeste.
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