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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Não adianta ser Dia do Sexo, se ninguém quiser comemorar o 6/9 com você




Especialista em psicologia do homem fala sobre a banalização do sexo e como isso afeta as relações com as mulheres
 

Não é de hoje que as mulheres estão ascendendo na sociedade. Elas, que antes só eram valorizadas na administração do lar, hoje, são empreendedoras, administram empresas, multinacionais, cidades e países. Naturalmente, com o despertar desse poder e com a oportunidade de mostrar o seu real valor, o sexo feminino não se contenta mais com qualquer coisa. Para os homens, impressionar uma mulher se tornou muito mais difícil. E de acordo com a psicóloga, Carla Ribeiro, o problema começa com o próprio homem, porque este está com muita dificuldade de acompanhar esta evolução feminina.

“Querendo ou não, a maioria dos homens ainda pensa como um homem de 40 anos atrás. Alguns homens têm uma ideia muito pobre quanto ao sexo. Um relacionamento sexual pouco criativo e com experiências que não satisfazem a mulher de hoje. É necessário que os homens entendam que hoje as mulheres têm vontades diferentes e ele precisa conhecer aquela com quem ele está no momento. “Cada mulher tem sua caixinha de segredos a ser descoberta por aquele homem que tiver mais paciência e ambição de se envolver num caminho de sedução e prazer”, explica a psicóloga.

Especializada em saúde do homem, Carla diz que a postura retrógrada do homem começa desde que ele é ensinado a Ser um Homem por sua família. E pode ser reforçada nas primeiras relações sexuais e no convívio num ambiente machista.  Comenta que: “As mulheres estão, mas exigentes, querem ter mais prazer e os homens precisam estar envolvidos nisso. Se o homem ainda acreditar que somente seu prazer é importante irá  comprometer sua relação com aquela mulher. Mesmo que seja no sexo casual, os homens e mulheres querem se satisfazer sexualmente, querem se ver importantes e valorizados naquele momento da relação sexual”, argumenta Carla.

Segundo a especialista, o Dia do Sexo, precisa ser visto como algo que faz parte da vida de cada um de nós, explica. A sexualidade está em nós desde que nascemos. E ao longo do nosso crescimento cognitivo e fisiológico iremos aprender a lidar com nossa sexualidade conforme nos foi ensinado. Mas é justamente neste momento infantil que vão sendo apresentados valores e conceitos distorcidos, errados, duvidosos para esta criança. Que podem permanecer até a fase adulta desta pessoa. As mulheres são mais curiosas, é buscam mais informações sobre sexo e aprendem um pouco mais. Mas os homens acreditam que “já nascem sabendo”, tudo sobre sexo. E muitos convivem o resto da vida com uma visão errada do que é o sexo de verdade.

Outro problema sério, citado pela psicóloga, que aborda o cenário sexual e pode complicar bastante as relações, é a ejaculação precoce “O maior empecilho entre o problema e o tratamento, é o próprio homem. Ele tem essa dificuldade de admitir para si mesmo que existe um problema. Em 90% dos casos de EP é por questões psicólogicas, que mesmo assim devem ser investigadas por um médico urologista. E confirmado a demanda psicológica, ser encaminhado ao profissional especializado em Sexualidade Humana.

De acordo com Carla Ribeiro, Sexo Saudável, é quando as parcerias se comprometem a descobrirem um ao outro sem medo. O investimento nas preliminares é o primeiro passo para que a prática sexual fique ainda melhor. Onde o homem e a mulher descobrem seus gostos e suas limitações.

Sexo é também sinônimo de saúde, bem estar, de bom humor, alegria de viver, disposição. Sexo é sinônimo de humildade para aprender. E muita coragem de assumir as emoções e as sensações prazerosas que o sexo proporciona. Divirtam-se!!!



Carla Ribeiro - Psicóloga Clínica e Hospitalar voltada para Saúde do Homem



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