Especialista
em psicologia do homem fala sobre a banalização do sexo e como isso afeta as
relações com as mulheres
Não
é de hoje que as mulheres estão ascendendo na sociedade. Elas, que antes só
eram valorizadas na administração do lar, hoje, são empreendedoras, administram
empresas, multinacionais, cidades e países. Naturalmente, com o despertar desse
poder e com a oportunidade de mostrar o seu real valor, o sexo feminino não se
contenta mais com qualquer coisa. Para os homens, impressionar uma mulher se
tornou muito mais difícil. E de acordo com a psicóloga, Carla Ribeiro, o
problema começa com o próprio homem, porque este está com muita dificuldade de
acompanhar esta evolução feminina.
“Querendo
ou não, a maioria dos homens ainda pensa como um homem de 40 anos atrás. Alguns
homens têm uma ideia muito pobre quanto ao sexo. Um relacionamento sexual pouco
criativo e com experiências que não satisfazem a mulher de hoje. É necessário
que os homens entendam que hoje as mulheres têm vontades diferentes e ele
precisa conhecer aquela com quem ele está no momento. “Cada mulher tem sua
caixinha de segredos a ser descoberta por aquele homem que tiver mais paciência
e ambição de se envolver num caminho de sedução e prazer”, explica a psicóloga.
Especializada
em saúde do homem, Carla diz que a postura retrógrada do homem começa desde que
ele é ensinado a Ser um Homem por sua família. E pode ser reforçada nas
primeiras relações sexuais e no convívio num ambiente machista. Comenta
que: “As mulheres estão, mas exigentes, querem ter mais prazer e os homens
precisam estar envolvidos nisso. Se o homem ainda acreditar que somente seu
prazer é importante irá comprometer sua relação com aquela mulher. Mesmo que
seja no sexo casual, os homens e mulheres querem se satisfazer sexualmente,
querem se ver importantes e valorizados naquele momento da relação sexual”,
argumenta Carla.
Segundo
a especialista, o Dia do Sexo, precisa ser visto como algo que faz parte da
vida de cada um de nós, explica. A sexualidade está em nós desde que nascemos.
E ao longo do nosso crescimento cognitivo e fisiológico iremos aprender a lidar
com nossa sexualidade conforme nos foi ensinado. Mas é justamente neste momento
infantil que vão sendo apresentados valores e conceitos distorcidos, errados,
duvidosos para esta criança. Que podem permanecer até a fase adulta desta
pessoa. As mulheres são mais curiosas, é buscam mais informações sobre sexo e
aprendem um pouco mais. Mas os homens acreditam que “já nascem sabendo”, tudo
sobre sexo. E muitos convivem o resto da vida com uma visão errada do que é o
sexo de verdade.
Outro
problema sério, citado pela psicóloga, que aborda o cenário sexual e pode
complicar bastante as relações, é a ejaculação precoce “O maior empecilho entre
o problema e o tratamento, é o próprio homem. Ele tem essa dificuldade de
admitir para si mesmo que existe um problema. Em 90% dos casos de EP é por
questões psicólogicas, que mesmo assim devem ser investigadas por um médico
urologista. E confirmado a demanda psicológica, ser encaminhado ao profissional
especializado em Sexualidade Humana.
De
acordo com Carla Ribeiro, Sexo Saudável, é quando as parcerias se comprometem a
descobrirem um ao outro sem medo. O investimento nas preliminares é o primeiro
passo para que a prática sexual fique ainda melhor. Onde o homem e a mulher
descobrem seus gostos e suas limitações.
Sexo
é também sinônimo de saúde, bem estar, de bom humor, alegria de viver,
disposição. Sexo é sinônimo de humildade para aprender. E muita coragem de
assumir as emoções e as sensações prazerosas que o sexo proporciona.
Divirtam-se!!!
Carla Ribeiro - Psicóloga Clínica
e Hospitalar voltada para Saúde do Homem
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