Em ano de eleição, muito se fala nas questões que
preocupam os cidadãos e eleitores, como a saúde, educação, transporte, entre
outras. Figuram entre elas, cada dia mais as questões ligadas à
sustentabilidade, relacionadas à qualidade de vida, mas também à economia de
água, energia e à preservação ambiental.
Pesquisas como a Green City Index (Índice Verde de
Cidades), realizado pela Siemens com a Economist Intelligence Unit, mostram que
as cidades brasileiras, mesmo as de grande porte como Curitiba, São Paulo, Rio
de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, há uma crescente preocupação, tanto da
administração pública, quanto do setor privado, com a criação de áreas verdes,
visando o lazer e o bem-estar da população.
Mais que isso. Os espaços verdes nas cidades ajudam a
regular o clima, reduzir o acúmulo de calor e o consumo de energia por
contrariar os efeitos do aquecimento de superfícies pavimentadas, reabastecer
reservas de águas subterrâneas e proteger os lagos e riachos. Também ajudam a
melhorar a qualidade do ar e consequentemente a qualidade de vida da população.
Uma árvore pode remover cerca de 12 kg de dióxido de carbono da atmosfera por
ano.
O paisagismo adequado reduz o escoamento da água da
superfície, reduz o risco de erosão, evitando que sedimentos escoem e provoquem
inundações, deslizamentos de terra e poeira.
Hoje em grandes centros podem-se encontrar as chamadas
Paredes Verdes ou Jardins Verticais, que com a irrigação adequada oferecem
beleza, frescor, além de melhoria na acústica local, na temperatura e na
qualidade do ar, tudo isso sem falar na economia de água.
Para que se alcancem esses benefícios de forma
econômica e eficiente, é necessário investimento em bons equipamentos e
tecnologia de ponta em termos de irrigação. A partir da combinação entre essa
tecnologia, informação e produtos adequados, é possível, por meio da captação
da água de chuva e gestão dos recursos de se economizar até 70% no gasto de
água e, ainda por cima, reduzir os custos de energia nos projetos
paisagísticos.
As cidades precisam ser pensadas com planejamento e
estratégias voltadas para a melhoria da qualidade de vida, aumento da
mobilidade, espaço de convivência, cultivo de áreas verdes e senso comum de uso
e preservação. Tudo isso com tecnologias para o uso racional de recursos
naturais e respeito às futuras gerações. O desafio para um bom gestor de
cidades é promover o desenvolvimento e o bem estar das pessoas.
Danny Braz - engenheiro civil e consultor internacional com foco em
construções verdes e diretor geral da empresa Regatec.
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