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sexta-feira, 6 de março de 2015

Laudo confirma maus-tratos e deputado Feliciano Filho solicita remoção urgente de cães que fazem segurança de cemitério em São Paulo




Animais que atuam em projeto piloto da prefeitura no Cemitério da Consolação têm condições precárias de acomodação e manejo.
Laudo realizado pela perícia técnica confirma condições de maus-tratos na acomodação e manejo dos cães que a prefeitura de São Paulo está empregando para realizar a segurança do Cemitério da Consolação, em projeto piloto. Em ofício endereçado ao prefeito Fernando Haddad, o deputado Feliciano Filho (PEN) solicita a remoção urgente dos animais do local.
 “As condições dos cães fere frontalmente o artigo 225 da Constituição Federal e a Lei de Crimes Ambientais”, aponta Feliciano Filho, que há mais de 15 anos atua na proteção animal. “Além da questão jurídica, o uso de cães nesse tipo de situação é extremamente cruel, pois eles necessitam, por natureza, estar inseridos em um ambiente social onde possam reconhecer indivíduos com os quais estabeleçam vínculos, o que pode ser uma matilha ou uma família, como acontece mais comumente hoje”, explica.
O projeto da prefeitura utiliza cinco cães da raça Rottweiler e um Pastor Alemão no Cemitério da Consolação. Com a queda das ocorrências de roubo no local, pretende expandir a ação para os cemitérios do Araçá, São Paulo e Quarta Parada.
Vistoria surpresa no local foi realizada no dia 26 de fevereiro por uma perita e a Polícia Militar Ambiental, a pedido de Feliciano. Segundo o laudo, durante a noite os animais ficam presos a cabos de aço nas entradas do cemitério para inibir as tentativas de furto, em clara situação de risco de ferimentos e enforcamento. Durante o dia, são recolhidos a espaços restritos, onde ficam confinados sem a adequada proteção de sol ou chuva. “São cinco canis totalmente precários, inadequados. São corredores estreitos, fechados com compensados frágeis, com muita umidade, lama e pouca ventilação. Em quatro deles não encontramos água ou alimento”, descreveu a perita judicial Andréa Freixeda. “Alguns utensílios para alimentação estavam armazenados dentro de um túmulo, ao lado de uma urna aberta, com ossada humana. Os maus-tratos já se refletem na pele dos animais, com sinais de alergia, alteração do pelo, além da aparência geral de fragilidade”.
Enquanto alguns funcionários defendem a permanência dos animais, alegando que os furtos caíram a zero depois que eles chegaram, vários procuraram a equipe de vistoria para denunciar as condições. “Dá até dó ver os bichinhos assim, o dia inteiro, no sol, na chuva”, contou um deles, que já fez até um boletim de ocorrência sobre o caso. Outros reclamam que os animais não têm tratadores especializados e que funcionários da faxina foram deslocados para cuidar deles.

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