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sexta-feira, 2 de junho de 2023

Museu da Língua Portuguesa e Museu do Futebol são opções de passeio em São Paulo no feriado do Corpus Christi

  Museu do Futebol tem como destaques mostra sobre Copas do Mundo de Futebol Feminino e A Feira do Livro na Praça Charles Miller. Já o Museu da Língua Portuguesa é uma experiência incrível sobre a diversidade do português do Brasil


O Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol, ambas instituições da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, estarão funcionando normalmente no feriado do Corpus Christi e no fim de semana da 27ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo. São, portanto, ótimas opções de passeio para quem vai estar na capital paulista entre os dias 8 e 11 de junho. Os ingressos para ambos os espaços podem ser adquiridos, antecipadamente, pela internet ou diretamente na bilheteria.  

No Museu do Futebol, um dos atrativos é a mostra temporária Rainhas de Copas, que apresenta as atletas brasileiras que fizeram história nas edições das Copas do Mundo de futebol feminino, cuja primeira edição aconteceu somente em 1991, 61 anos depois da versão inaugural da Copa para os homens. Há fotos, vídeos e depoimentos de mulheres que, lutando contra o preconceito e o machismo, conquistaram vitórias e medalhas importantes para o desenvolvimento da modalidade.   

A curadoria é de Aira Bonfim, Juliana Cabral, Lu Castro e Silvana Goellner. Trata-se de um passeio imperdível, ainda mais em ano de Copa do Mundo de Futebol Feminino – a próxima edição do torneio, que será realizado na Nova Zelândia e na Austrália, começará em 20 de julho.  

Além disso, entre os dias 7 e 11 de junho será realizada bem na frente do Museu do Futebol a segunda edição d’A Feira do Livro na praça Charles Miller, com debates acontecendo também no auditório do Museu. Durante a realização da Feira, todos os públicos pagam meia entrada para entrar no Museu – ou seja, R$ 10.  

Prestes a celebrar dois anos de sua reinauguração, o Museu da Língua Portuguesa tem como destaque a sua exposição principal, na qual o visitante conhece a diversidade e a riqueza do português do Brasil. Ela é dividida em diferentes experiências lúdicas e interativas. Na instalação Palavras Cruzadas, por exemplo, o público pode descobrir a origem de vocábulos como gay, que vem do inglês, e travesti, que vem do francês. Já no Falares, há depoimentos de nomes como a cartunista Laerte e Paula Beatriz de Souza Cruz, a primeira diretora trans da rede estadual de ensino de São Paulo – tal experiência da exposição principal revela a pluralidade da língua portuguesa dentro do território brasileiro.  

Caso o visitante queira fazer um tour especial com os educadores do Museu, há duas opções de horários, tanto no sábado quanto no domingo: às 10h e às 13h, acontece uma visita mediada pela exposição principal; e às 11h e às 15h, é a vez de um passeio pelo histórico prédio da Estação da Luz. Os grupos, de até 15 pessoas, são formados por ordem de chegada, perto da bilheteria do pátio A. Uma outra dica é ir até o terraço do prédio, espaço aberto para visitantes após a reinauguração do Museu, e fazer uma foto com a torre do relógio da Estação da Luz ao fundo.   

Combo Museu da Língua Portuguesa e Museu do Futebol 
Quem optar comprar o ingresso para o Museu da Língua Portuguesa pela internet pode garantir a entrada para o Museu do Futebol pela metade do preço. A promoção é válida somente para as compras pela internet iniciadas pelo ingresso do Museu da Língua Portuguesa. 

Vale lembrar que, aos sábados, a entrada do Museu da Língua Portuguesa é gratuita; já no Museu do Futebol, quem o visita às terças-feiras não paga nada. 


SERVIÇO  


Museu do Futebol  
Exposição temporária Rainhas de Copas  
Praça Charles Miller, s/n - Pacaembu - São Paulo  
De terça a domingo, das 9h às 18h (entrada permitida até as 17h)  
Toda primeira terça-feira do mês, até as 21h (entrada até 20h)  
R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)  
Entre 7 e 11 de junho, R$ 10 para todos os públicos 
Crianças até 7 anos não pagam  
Grátis às terças-feiras  
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet
https://bileto.sympla.com.br/event/78348/d/194017/s/1305041
Estacionamento com Zona Azul Especial — R$ 6,08 por três horas  

Museu da Língua Portuguesa  
Exposição principal
 
Praça da Luz, s/nº - Luz – São Paulo  
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até 18h)  
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)  
Grátis para crianças até 7 anos  
Grátis aos sábados  
Acesso pelo Portão A  
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet:  
https://bileto.sympla.com.br/event/68203  
www.museudalinguaportuguesa.org.br
 

 

SOBRE O MUSEU DO FUTEBOL  
Localizado numa área de 6.900 m² no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho — o Pacaembu, o Museu do Futebol foi inaugurado em 29 de setembro de 2008 e é um dos museus mais visitados do país. Sua exposição principal, distribuída em 15 salas temáticas, narra de forma lúdica e interativa como o futebol chegou ao Brasil e se tornou parte da nossa história e nossa cultura.  

É um museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, concebido pela Fundação Roberto Marinho e administrado pela Organização Social de Cultura IDBrasil Cultura, Educação e Esporte.  

PATRONÍCIO E PARCERIAS  
A Temporada 2023 do Museu do Futebol conta com o Patrocínio Máster do Banco Bmg, são Patrocinadores: Goodyear, Rede, Sabesp e Farmacêutica EMS. Conta ainda com o Apoio do Mercado Livre e com as Empresas Parceiras: Evonik Brasil e Banco Safra. São Parceiros por meio da Lei de Incentivo ao Esporte: Braskem, Pinheiro Neto Advogados e TCL. Revista Piauí, Gazeta Esportiva, Guia da Semana, Dinamize, JCDecaux e Helloo são seus parceiros de Mídia. A Temporada é realizada pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.  

A exposição Rainhas de Copas fica em cartaz até 27 de agosto e conta com o Patrocínio Máster do Banco Bmg, com o Patrocínio da Goodyear, da Rede e da Sabesp; e com o Apoio da Farmacêutica EMS e do Mercado Livre – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. 


SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA  
O Museu da Língua Portuguesa é um equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Esporte e Educação é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.  

PATROCÍNIOS E PARCERIAS   
A reconstrução do Museu da Língua Portuguesa tem Patrocínio Máster da EDP e Patrocínio do Grupo Globo, Itaú Unibanco e Sabesp – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O Apoio é da Fundação Calouste Gulbenkian.   

A Temporada 2023 conta com Patrocínio do Instituto Cultural Vale, da Petrobras e do Grupo Globo, com Apoio do BNY Mellon e da PwC Brasil, e com as empresas parceiras Marsh McLennan, Eaton, Machado Meyer e Verde Asset Management. Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize, JCDecaux e Helloo são seus parceiros de mídia. A Temporada é realizada pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. 


Mês da Imunização - Coalizão Vozes do Advocacy lança campanha: Com a vacina, eu cuido da minha saúde e da saúde de toda sociedade.


Iniciativa visa alertar a população sobre a existência do calendário especial de vacinação para pessoas com diabetes

 

 

Você sabia que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde divulgados em 2019*, cerca de 2 a 3 milhões de mortes ao ano poderiam ser evitadas se a cobertura de vacinação tivesse maior alcance? De acordo com o levantamento do localizasus.saude.gov.br extraído em janeiro deste ano, em 2013, foram aplicadas 1.158.791 doses de vacina em pessoas com diabetes, em 2022, foram 950.006, uma redução de 18%, dado este relatado durante audiência pública**.

Para ajudar a reverter este panorama, a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade promove a campanha: Com a vacina, eu cuido da minha saúde e da saúde de toda sociedade. O intuito é chamar a atenção do Ministério da Saúde para ampliar a estratégia de divulgação da vacinação para atingir mais camadas da sociedade, sensibilizar as pessoas com diabetes para a necessidade de manter as vacinas do seu calendário específico de vacinação em dia, bem como combater a combater a desinformação que circula sobre a vacinação a fim de estimular que a sociedade seja imunizada.

A imunização é uma estratégia imprescindível para saúde pública, prevenindo a disseminação de doenças e evitando epidemias. É uma ação que fortalece a resposta imune e coletiva, e por isso é tão importante termos acesso à informação do calendário de vacinação, principalmente para pessoas que precisam de tratamento contínuo, como o diabetes. 

No Brasil, segundo a Federação Internacional de Diabetes, há 16,8 milhões de pessoas com a condição.  A curto prazo, a hiperglicemia pode levar a maior suscetibilidade da pessoa com diabetes a desenvolver infecções devido à alteração na resposta imunológica inata e adaptativa****. Portanto, deve-se promover a imunização de pessoas com diabetes enquanto estratégia de proteção à saúde. 

Segundo Vanessa Pirolo, coordenadora da Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade, “nossa expectativa é que possamos sensibilizar a sociedade sobre a importância da vacinação, informar as pessoas com diabetes que há um calendário de vacinação especial e educá-las sobre o acesso a cada uma das vacinas específicas, solicitar um esforço do Governo para sensibilizar todos os médicos a falarem com as pessoas que vivem com diabetes e obesidade sobre a imunização durante as consultas com seus pacientes, criar um plano de comunicação mais eficiente para aprimorar a adesão da população à imunização e estimular a criação de um calendário de vacinação em pessoas com obesidade”.

A campanha está disponível no site institucional da Coalizão Vozes do Advocacy com conteúdos sobre diabetes, obesidade e suas complicações, bem como o contato das organizações de todo o país, que fazem parte dessa iniciativa.

Para que a mensagem da campanha possa chegar até a população, foram solicitados espaços de mídia calhau para diferentes veículos de comunicação do Brasil. A campanha será integralmente veiculada nas redes sociais da Coalizão Vozes do Advocacy, com conteúdos veiculados também nas redes sociais das 24 organizações que a compõem e de instituições apoiadoras como sociedades médicas, organizações de pacientes parceiros, influenciadores digitais, deputados federais ligados à causa e personalidades de destaque no panorama nacional.


Com estratégia, planejamento, roteiro e conteúdo desenvolvidos pela Relações Públicas e mestra em Políticas Públicas, Mely Paredes, a campanha teve identidade visual e peças desenvolvidas pelo designer Pedro Heinen e textos construídos por Blanca Paredes, especialista em marketing. A captação e direção do mini documentário, VT e SPOT e vídeos para redes sociais são assinados pela Catraca Filmes, sob comando de Binho Ferronatto e Gustavo Mittelmann.


A iniciativa tem o apoio de: MSD e Sanofi.

 

Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade 

Com a participação de 22 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.

 

Mais informações podem ser acessadas no site: www.vozesdoadvocacy.com.br, nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.

 

 

Referências:

*Organização Mundial da Saúde: https://www.paho.org/pt/noticias/17-1-2019-dez-ameacas-saude-que-oms-combatera-em-2019#gsc.tab=0

** Câmara dos Deputados: https://www.youtube.com/watch?v=nyPZ3plZHRk

***Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/

**** Jafar N, Edriss H, Nugent K. The effect of Short-term hiperglycemia on the innate immune system. Am J Med Sci. 2016; 351: 201-11

 

Doença celíaca: saiba quais são os sintomas e como tratar


Conviver com novos hábitos alimentares é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos pacientes


A doença celíaca é autoimune e caracterizada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada em cereais como centeio, trigo, aveia e cevada, que afeta a mucosa do intestino delgado e causa irritação e atrofia culminando na má absorção da água, nutrientes e sais minerais pelo nosso corpo. É causada por alterações genéticas e, em geral, os sintomas costumam surgir por volta do primeiro ao terceiro ano de vida, mas em alguns casos podem se manifestar apenas na fase adulta.   

De acordo com a Organização Mundial de Gastroenterologia, os principais sintomas são dor abdominal, falta de apetite, diarreia, vômito, perda de peso, entre outros. Também é comum aparecerem sintomas relacionados a má absorção de nutrientes como o cansaço, falta de ar, anemia, queda de cabelo e lesões na pele. Em relação ao diagnóstico, ele deve ser feito por um gastroenterologista ou clínico geral que solicitará exames como endoscopia, teste genético e exame de sangue para verificar a presença de anticorpos específicos do problema.   

Por ser tratar de uma patologia sem cura, a única maneira de evitar complicações e se livrar desses transtornos é excluir do cardápio qualquer tipo de alimento que contenha glúten, seguindo uma dieta com total ausência da proteína. Conviver com esses novos hábitos alimentares e restrições é a maior dificuldade enfrentada pelos pacientes, pois além da lista de alimentos que devem ser evitados ser bastante extensa, eles devem tomar um cuidado ainda maior na hora de comprar produtos industrializados, fazendo a leitura dos rótulos para que nada passe despercebido.   

Segundo Meydson Souza, professor do curso de nutrição da UNINASSAU Paulista, com o aumento dos casos de intolerância ao glúten a indústria investiu massivamente em alimentos que não trazem a proteína em sua composição. “É de suma importância que o indivíduo celíaco saiba que pode lançar mão de vários alimentos que não possuem o glúten entre seus ingredientes e que fazem parte da rotina alimentar da maioria das pessoas.”  

“Os tubérculos como batata, mandioca, cenoura e beterraba, o milho e seus derivados e também os alimentos feitos à base de farinha de arroz, que é uma ótima substituta para a farinha de trigo, estão entre aqueles que podem ser consumidos sem causar danos a mucosa intestinal de indivíduos celíacos”, explicou o nutricionista.


Qual é a melhor época para tratar vasinhos e varizes?

Angiologista e cirurgiã vascular, Maria Clara Sanjuan esclarece que temperaturas mais amenas e a menor exposição solar contribuem para a recuperação do paciente 


 

Varizes e vasinhos são problemas comuns que afetam cerca de 38% da população brasileira, segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Essa condição crônica pode não apenas ser esteticamente desagradável, mas também causar desconforto e complicações médicas se não for tratada adequadamente. Com a chegada das estações mais frias, vem o período ideal para começar o tratamento das varizes, já que as temperaturas estão mais amenas e as pernas podem ficar protegidas do sol.

 

De acordo com a angiologista e cirurgiã vascular Maria Clara Sanjuan, sócia da Clínica Sanjuan, o melhor momento para cuidar das varizes e vasinhos é aquele em que o paciente escolhe e se planeja para o tratamento, seja no verão ou no inverno. “No entanto, se programar para tratar as varizes no outono e inverno é muito mais confortável, uma vez que nesse período há menor demanda de exposição solar. E o principal cuidado no tratamento a laser realizado no consultório é evitar a exposição ao sol enquanto houver marquinhas na pele, o que pode levar uma semana ou mais, a depender de cada caso”.   

As temperaturas mais baixas levam naturalmente a uma diminuição da dilatação dos vasos sanguíneos. É por isso que, durante o inverno, os sintomas como dor, inchaço e sensação de peso nas pernas costumam incomodar menos e a recuperação dos pacientes pode ser facilitada, explica a angiologista. 

A estação mais fria do ano é ainda mais propícia para a utilização da meia elástica, acessório essencial para otimizar os resultados e acelerar a recuperação, mas que pode ser mais desconfortável quando usada no verão. “As meias de compressão são ferramentas maravilhosas para tratar as varizes. Elas exercem pressão, o que ajuda na circulação do sangue, fator essencial para tratar as varizes e vasinhos que ocorrem quando as válvulas venosas não conseguem fazer um retorno eficiente do sangue para o coração”, destaca Maria Clara. 

Além de evitar qualquer tipo de exposição solar durante a recuperação, no período indicado pelo médico, o paciente não pode realizar o tratamento com a pele bronzeada, ressalta a angiologista. “Se a pele está bronzeada, significa que está inflamada e sensível, por isso, o risco de queimaduras é maior. Quando o paciente costuma ir com muita frequência à praia ou piscina, minha recomendação é buscar o tratamento no inverno”.

 

Tratamentos e cuidados 

Diante dos avanços tecnológicos da medicina vascular, a maioria dos tratamentos podem ser feitos em consultório, de forma minimamente invasiva, com a ajuda de ferramentas que otimizam os resultados. “Para muitos tipos de varizes e vasinhos, os tratamentos mais indicados são laser transdérmico e escleroterapia com glicose. As técnicas costumam ser associadas em um só procedimento, o CLACS, e o paciente já sai da sessão pronto para realizar suas atividades normalmente”.  

No entanto, cada caso precisa ser avaliado individualmente antes de indicar o protocolo de tratamento mais adequado, alerta a angiologista. Apesar de a tecnologia ser um facilitador para o tratamento de varizes, as recomendações indicadas pelo médico devem ser seguidas à risca. “A radiação ultravioleta estimula a fixação de manchas escuras indesejáveis e precisa ser evitada após o tratamento. Se o quadro do paciente exigir uma intervenção maior, ele não deve fazer exercícios físicos em excesso, por exemplo. Tudo isso é fundamental para evitar desconfortos e garantir um resultado satisfatório para o paciente”, comenta.

 

Vacina da tuberculose é adaptada para proteger contra coronavírus

Versão geneticamente modificada do Bacilo Calmette-Guérin tem custo baixo e se mostrou eficaz contra o SARS-CoV-2 em experimentos com camundongos. Imunizante ensina o sistema imune a se proteger da tuberculose e de outros patógenos.


 

Embora a vacinação contra  a covid-19 tenha avançado rapidamente nos países desenvolvidos, até o ano passado apenas cerca de 16% da população foi vacinada nos países de renda baixa, segundo a Organização Mundial de Saúde. Uma cepa modificada geneticamente do Bacilo Calmette-Guérin (BCG), usado como vacina para a tuberculose, poderá ser produzida com baixo custo e facilitar o avanço da imunização contra o coronavírus nesses países. A bactéria produziu uma proteína quimérica com dois antígenos do SARS-CoV-2, e protegeu camundongos expostos ao vírus, como descrito no artigo publicado na revista Journal of Immunology

 

“Os resultados foram animadores”, comemora Sérgio Costa Oliveira, professor do Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), que coordenou o estudo em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto Butantan, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Não detectamos nenhum sinal do vírus no pulmão dos animais vacinados com a BCG recombinante, com o ensaio de formação de vírus em placas”, relata Oliveira. 

 

Os pesquisadores verificaram que os antígenos do SARS-CoV-2 estimularam a produção de anticorpos, que bloquearam a ação viral. Segundo Oliveira, a BCG estimula o sistema imune inato, preparando o organismo para se defender de outros patógenos, além da própria tuberculose — propriedade conhecida como efeito heterólogo. Eles verificaram que a BCG contribuiu para aumentar a atividade dos linfócitos T e dos macrófagos, que auxiliam na eliminação do SARS-CoV-2. 

 

A BCG foi criada em 1921, a partir do bacilo Mycobacterium bovis, isolado de bovinos, semelhante ao M. tuberculosis, que causa a doença, mas é menos virulento. Quatro bilhões de pessoas foram vacinadas com a BCG, quase 60% da população mundial, com poucos efeitos colaterais, segundo artigo publicado em 2013 na revista Maedica – a Journal of Clinical Medicine. Por isso, ela é considerada uma das vacinas mais seguras. Devido ao efeito heterólogo, pode ser usada no tratamento de outras doenças, sendo considerada uma das terapias preferenciais para o câncer de bexiga.

 

Menos susceptível às mutações - Para modificar a vacina, os pesquisadores introduziram uma sequência gênica no BCG, contendo o gene da proteína S, que fica na parte de fora do SARS-CoV-2  e facilita sua entrada na célula, associado ao gene do nucleocapsídeo (N), que envolve e protege o material genético do patógeno. Como resultado, o bacilo produziu uma proteína composta pelos dois antígenos. Para simular a ação do coronavírus em seres humanos, os pesquisadores usaram animais transgênicos com receptor humano (ACE2) para o SARS-CoV-2.

 

A proteína S, que se liga ao receptor humano ACE2 e facilita a entrada do vírus na célula, já é usada em cerca de 90% das vacinas contra a covid-19, mas, como sofre mutações com frequência, os imunizantes precisam ser atualizados. A proteína N, por ser menos exposta ao sistema imune, é mais estável e menos suscetível a mutações do que a proteína S, conferindo maior durabilidade à vacina.    

 

No experimento, a BCG recebeu um reforço depois de 30 dias, quando foi injetada a proteína quimérica associada com um adjuvante, que estimula a resposta imunológica. “O reforço foi fundamental para aumentar a imunidade dos roedores, que ficaram mais protegidos do que aqueles animais que receberam apenas o BCG, ou apenas a proteína com o adjuvante”, relata Oliveira. 

 

Uma vez que a prova de conceito funcionou, Oliveira pretende prosseguir com a pesquisa e ajustar o imunizante contra as variantes do coronavírus, e, quando possível, começar os testes clínicos em seres humanos. Como houve um aumento considerável de mortes por tuberculose durante a pandemia, a nova vacina poderá facilitar a imunização das duas doenças ao mesmo tempo.



JUNHO LILÁS: ARTESP e concessionárias de rodovias participam de campanha de conscientização sobre importância do Teste do Pezinho

Exame realizado em recém-nascidos detecta doenças que, quando descobertas precocemente, são tratáveis



A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo e as 20 concessionárias do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado participam da 7ª edição da Campanha Junho Lilás, que tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce de doenças, por meio do Teste do Pezinho, que deve ser realizado após 48 horas até o 5º dia do nascimento.

A campanha é promovida pelo Instituto Jô Clemente (IJC), organização da sociedade civil sem fins lucrativos com mais de 62 anos de atuação na promoção da saúde e qualidade de vida de pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras.

“A promoção da saúde é dever de todos, e o Teste do Pezinho é importante para prevenção e tratamento precoce de muitas doenças graves e raras! Os painéis de mensagem das rodovias, além de serem uma importante ferramenta operacional para alertar os usuários sobre o que ocorre na malha viária, também podem disseminar essa mensagem de forma eficaz nas vias sob concessão. É uma ferramenta capaz de despertar boas práticas de saúde”, afirmou o diretor-geral da ARTESP, Milton Persoli.

“O Teste do Pezinho é um marco da medicina preventiva para o diagnóstico precoce de doenças graves e raras, e o Instituto Jô Clemente (IJC), com mais de 62 anos de atuação, tem muito orgulho por ter sido pioneiro nessa implementação. Contar com parceiros como a Artesp nesta campanha é fundamental para levar a mensagem a mais pessoas e informá-las sobre a importância do diagnóstico precoce de doenças por meio do Teste do Pezinho”, afirma Daniela Mendes, superintendente geral do IJC.



Mensagem da campanha

Como forma de apoio e engajamento, a campanha será divulgada nas redes sociais da ARTESP e nos Painéis de Mensagens Variáveis (PMVS) espalhados pelos 11,1 mil quilômetros de rodovias estaduais e concedidas no Estado de São Paulo. A ação tem o objetivo de orientar a sociedade sobre a necessidade de se fazer o Teste do Pezinho e de expandir o seu acesso, para o diagnóstico precoce de dezenas de doenças graves e raras, prevenindo possíveis sequelas. O alerta feito nos PMV das rodovias é:

“Junho Lilás: O Teste do Pezinho pode salvar a vida do seu bebê”



O que é o Teste do Pezinho

Realizado em recém-nascidos, o teste é um exame rápido realizado com gotinhas de sangue que são coletadas por meio de uma picada no calcanhar do bebê. Através dele podem ser detectadas doenças genéticas, congênitas, metabólicas, infecciosas e imunológicas que, quando descobertas precocemente, são tratáveis. Por isso, é importante a realização do exame após 48 horas do nascimento até o 5º dia de vida do bebê.

No Sistema Único de Saúde (SUS) é possível realizar o teste de forma gratuita logo após o nascimento do bebê. O exame básico detecta seis tipos de doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. Nas unidades de saúde da cidade de São Paulo é ofertado, desde dezembro de 2020, o exame ampliado que diagnostica, precocemente, cerca de 50 doenças.

 

Não é obesidade, não é inchaço, não é líquido: é acúmulo de gordura, é LIPEDEMA

Junho Roxo – Mês de Conscientização do Lipedema

 

O lipedema atinge mais de 10% das mulheres e tem como principais características o acúmulo de gordura nos braços, coxas e pernas. Além da gordura, é comum surgir equimose (roxinhos) nas áreas afetadas, sensibilidade e dor ao toque, sensação de peso e cansaço nas pernas, fadiga e pode até comprometer a mobilidade.

 

É uma doença crônica do tecido adiposo e pode estar associada ao comprometimento vascular. Mutações genéticas podem estar relacionadas em mais de 60% dos casos. 

 

O cirurgião plástico Dr. Fernando Amato conta que o lipedema não tem cura, mas que é possível tratar e ter qualidade de vida. “É uma doença, frequentemente, confundida com obesidade, que pode ocorrer simultaneamente, e até agravar o quadro, porém nem sempre estão associadas”, explica o especialista.

 

Quando não diagnosticada e tratada, o lipedema pode afetar a saúde mental e até levar à depressão. “Como muitas vezes essas mulheres recebem inicialmente apenas o diagnóstico de obesidade, embora cheguem a perder peso, continuam com a desproporção no corpo e sofrem física e emocionalmente. Por isso, essas pacientes precisam de acolhimento”, comenta Dr. Fernando Amato, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e que atua com uma equipe multidisciplinar no tratamento do lipedema.

 

Diagnóstico - O diagnóstico de lipedema é clínico, e depende de uma boa anamnese (conversa com o paciente) e exame físico. Exames complementares como ultrassom e ressonância magnética podem complementar o exame físico, auxiliando o diagnóstico e tratamento.

Cirurgia é a última opção – Segundo Dr. Amato, o tratamento cirúrgico deve ser a última opção, mas, muitas vezes, acaba sendo o primeiro recurso procurado. “Somente depois de tentar o tratamento clínico e, de preferência apresentando alguma melhora, mesmo que parcial, deve ser indicada a lipoaspiração para o tratamento do lipedema”, comenta Dr. Fernando Amato que alerta ainda para a questão da segurança: “É preciso respeitar os limites de gordura a serem retirados durante a cirurgia, que devem ser entre 5% a 7% do peso corporal do paciente”, detalha o especialista. 


Para os casos de lipedema, Dr. Fernando trabalha com uma equipe multidisciplinar formada por cirurgião vascular, endocrinologista, nutricionista e fisioterapeuta. O tratamento endócrino envolve investigação com exames hormonais, mudança e melhora do estilo de vida, principalmente com o equilíbrio da alimentação e prática de atividade física, sendo nesses casos mais indicados exercícios aquáticos, como natação e hidroginástica.

  


Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
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