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quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Capacidade x produtividade: O desenvolvedor na era (acelerada) da IA


Não existe mais negócios sem a tecnologia. Eis um mantra que trabalho com meus times de desenvolvedores e programadores, sobretudo em um ano no qual todas as tendências e demandas atenderam por um único tema: a Inteligência Artificial (IA). Há um hype justificado pelas oportunidades múltiplas que se abrem, porém é preciso ter atenção se você é parte da cadeia que atua com essa ou outras ferramentas tecnológicas relacionadas.

 

Um estudo recente apontou que pelo menos 45% de executivos em posições de liderança em companhias globais estão testando a IA Generativa em seus negócios. Outros 10% já implementaram a tecnologia em seus processos de produção. Em comum, a busca por resultados de impacto em todo o processo virtuoso de cada negócio, com impacto em custos e lucros, por consequência.

 

Ao mesmo tempo, foi publicada na última semana uma reportagem na qual desenvolvedores relatam estar tendo dificuldades em arrumar trabalho, mesmo com uma ampla gama de oportunidades estarem disponíveis em sites e plataformas laborais. Ou seja, diante da “fome” de CEOs por desenvolver a IA, deveríamos ter a falta de desenvolvedores e programadores, e não ao contrário. Certo? Não exatamente.

 

Como de costume no mundo da tecnologia, há sempre algo novo que possa aprimorar as capacidades de desenvolvimento de empresas e negócios, seja para ampliar a robustez de sistemas ou a produtividade. A demanda por inovação está sempre em alta, tanto que um evento como a pandemia, entre 2020 e 2021, expôs uma falta de profissionais no mercado de trabalho que poderia oscilar entre 400 mil e um 1 milhão no mundo.

 

O que a IA, sobretudo a Generativa, nos traz em 2023 e adiante é a capacidade de podermos acelerar elementos de produtividade dentro do mundo do desenvolvimento. Não falamos apenas de um crescente acréscimo produtivo, com revisões, testes e on boardings mais rápidos, mais de um ciclo completo mais virtuoso e otimizado. Se trazemos para a área de software, estamos tratando de um processo de construção que prima pela excelência e pela repetição.

 

Entretanto, a criatividade ainda não está (e talvez nunca esteja) no escopo da IA. Aqui temos o papel do desenvolvedor que, ao prover o lado humano que cria algoritmos e sistemas de linguagem, e se beneficia ao construir com a ajuda da tecnologia diversas soluções, sempre buscando eficiência com velocidade e o menor custo possível. O capital intelectual, assim, não é algo meramente repetitivo, ou então já teríamos processos 100% automatizados na maioria das cadeias de negócios.

 

A IA introduz hoje múltiplas ferramentas que ajudam os processos que, em via de regra, prometem aumentar a produtividade geral. Além disso, há uma busca pelo aumento do que chamo de crescimento da funcionalidade, que deriva para ciclos de desenvolvimento de softwares especiais, estes caros, complexos ou especializados. E, aqui, precisamos de profissionais com muito conhecimento. E é aí encontramos algumas dificuldades.

 

Nos anos de pandemia, o medo a curto prazo em torno do distanciamento social e os seus impactos na economia e nos negócios provocou uma corrida por soluções tecnológicas, a fim de permitir o funcionamento de muitas empresas. Foi essa movimentação que impactou o mercado de desenvolvedores e, em alguns casos, vagas permaneciam abertas por falta de profissionais. Passado esse período, vivemos um momento diferente, as contratações seguem parâmetros mais criteriosos, sobretudo porque, para trabalhar com IA, é preciso estar qualificado de acordo.

 

Essa análise pessoal não significa dizer que a IA Generativa, mais especificamente, não esteja democratizando funcionalidades não tão complexas, como o auxílio na correção de vulnerabilidades de códigos. Isto pede desenvolvedores antenados e preparados para lidar com essa tecnologia e a possibilidade de prevenção que a IA apresenta, sobretudo com a sua capacidade de aprendizado a partir do enriquecimento constante dos dados. Ou seja, a capacitação e o aprendizado constante têm tanto valor quanto saber o que perguntar aos algoritmos.


Além disso, a cibersegurança, sabemos, segue e continuará aparecendo como prioridade para executivos, pois tem impacto direto nos negócios. Com essa tecnologia, um time enxuto pode fazer o trabalho de correção de vulnerabilidade que, antes, seria preciso um verdadeiro batalhão de desenvolvedores. A automatização de processos de desenvolvimento também ficará mais e mais complexa, tão logo plataformas e equipamentos relacionados à IA – como os chips – ganharem versões mais potentes e com mais possibilidades.

 

Por todo o exposto aqui, não acho exagerado imaginar que teremos processos inimagináveis hoje fazendo parte do dia a dia de profissionais de TI, considerando que as grandes cadeias de linguagem que alimentam plataformas como o ChatGPT, por exemplo, devem aprender mais e mais, e com uma velocidade maior a cada nova atualização.

 

Antes de chegarmos ao que ainda não sabemos, temos dois pontos já assegurados no que tange a IA Generativa: a proteção dos negócios trabalhados pela segurança dos códigos; e o aumento da produtividade geral, com janelas de oportunidades específicas que, não por acaso, já permitem que marcas se unam para desenvolver um produto ou serviço, com foco primordial no cliente em potencial.

 

É claro que, como esperado, nem tudo é apenas positivo. Estamos falando de uma tecnologia que demanda investimentos de porte e algum espaço de trabalho (entenda-se: tempo) para gerar resultados palpáveis. Estruturar times, quando falamos em um projeto tecnológico, pode ser desafiador quando apresentamos a executivos que pedem resultados imediatos. Aqui se põe outro desafio, que é encaixar as demandas da TI ao aumento da produtividade pedida pelos negócios.

 

O pós-pandemia nos trouxe esse embate entre um stock enorme de funcionalidade, de amplos processos digitalizados, e uma necessidade de enxugamento de custos na qual a IA pode e deve ser embarcada, principalmente porque pode acelerar desenvolvimentos e resultados. Para o desenvolvedor, é preciso compreender este momento do mercado. As empresas querem tirar proveito do que já investiram em suas cadeias tecnológicas, e novos investimentos estarão vinculado a reunir o tech com criatividade e inovação. Para estes profissionais, sempre haverá espaço no fluído ambiente de oportunidades.

 

Jonatas Leandro - VP de Inovação da GFT Technologies no Brasil


Neutralização de carbono só cresce no planeta


Em meio ao crescente desafio das mudanças climáticas, a neutralização de carbono emergiu como uma resposta crucial para mitigar os impactos ambientais. De acordo com dados recentes e análises de organizações ambientais, a prática da neutralização de carbono tem testemunhado um notável crescimento em escala global.

 

Enquanto o mundo não atinge a meta de zerar as emissões de carbono até 2050, as empresas que adotam práticas sustentáveis optam pela compra de crédito de carbono – que nada mais é do que a compensação da emissão dos gases do efeito estufa por meio do plantio de árvores, substituição de combustíveis poluentes ou incentivo à energia renovável, entre outros projetos com impacto socioambiental positivo.

 

Tal prática, cada vez mais comum em um mundo que busca ser mais sustentável, teve início após 1997, quando foi assinado o Protocolo de Quioto. Na ocasião, a ideia era criar mecanismos para poder reduzir a emissão dos gases de efeito estufa como uma forma de flexibilizar para aqueles países que buscavam por isso.

 

No Brasil, isso ganhou ainda mais importância após a aprovação da criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que estabelece tetos para emissões e um mercado de venda de títulos, além da Resolução 193 da CVM, que define regras para a elaboração e divulgação do relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade, entre outros projetos que visam remover ou reduzir a quantidade de carbono equivalente na atmosfera.

 

“Acreditamos que isso pode gerar uma corrida ainda maior pela neutralização e, mais do que isso, se tornar uma prática para a maioria das empresas presentes em nosso País”, afirma Luiz Henrique Terhorst, CEO e fundador do Carbon Free Brasil.

O avanço da compensação de carbono tem sido impulsionado por uma convergência de esforços de governos, empresas e indivíduos em direção a uma economia mais sustentável. Grandes corporações estabeleceram metas ambiciosas para alcançar a neutralidade de carbono até 2030, enquanto diversas nações têm anunciado estratégias e compromissos para reduzir suas emissões e investir em soluções ecológicas.

 

O Acordo de Paris estabeleceu um marco global crucial ao convocar nações a se comprometerem com a redução das emissões de carbono. Desde então, o número de países comprometidos com metas específicas de neutralização de carbono aumentou consideravelmente, refletindo um movimento coletivo em direção a um futuro mais sustentável.

 

Além disso, a conscientização pública sobre a urgência das mudanças climáticas têm impulsionado a demanda por produtos e serviços neutros em carbono. Isso levou a um aumento significativo de empresas que buscam certificações de carbono neutro e a adoção de práticas mais eco conscientes em suas cadeias de suprimentos.

 

"O crescimento da neutralização de carbono reflete um compromisso global em enfrentar os desafios climáticos", afirma Terhorst. "Essa tendência positiva sugere um movimento coletivo em direção a um futuro mais verde e sustentável para as gerações futuras", complementa.

 

O aumento contínuo na neutralização de carbono demonstra um progresso encorajador na luta contra as mudanças climáticas – o que aumenta de forma significativa a procura por este tipo de serviço por empresas de todos os portes.

 

O Carbon Free Brasil é dedicado a facilitar este processo com o objetivo de expandir o acesso a práticas ecologicamente responsáveis. Com atuação em todo o Brasil, a empresa tem em seu portfólio clientes como McDonald's, Jeep, Ornare, Heineken, Sterlite, Casacor São Paulo, JBS, John Deere, Museu da Língua Portuguesa, Museu do Futebol, Tio Nacho, Wella entre outras.

 

 

Carbon Free Brasil
https://carbonfreebrasil.com/


Exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 166,55 Bilhões em 2023

 Números não devem se repetir em 2024, analisa especialista em direito empresarial do ALE Advogados Leonardo César.

 

O agronegócio brasileiro encerrou o ano de 2023 com um marco nas exportações, atingindo a cifra recorde de US$ 166,55 bilhões, representando um aumento de 4,8% em relação a 2022, equivalente a um acréscimo de US$ 7,68 bilhões. Os dados, divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apontam que o desempenho foi impulsionado principalmente pelo aumento na quantidade de produtos embarcados.

Com uma participação de 49% na pauta exportadora total do Brasil em 2023, o agronegócio superou sua contribuição de 47,5% no ano anterior. O país exportou diretamente 193,02 milhões de toneladas de grãos, registrando um aumento significativo de 24,3% em comparação com as 155,30 milhões de toneladas exportadas em 2022. Essa quantidade representa 60,3% da safra recorde de grãos 2022/23 estimada em 319,86 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento.

Além do notável aumento na exportação de grãos, houve expansão nos volumes exportados de outros produtos que ultrapassaram a marca de US$ 1 bilhão em vendas externas, incluindo carnes (+5,4%), açúcar (+15,1%), sucos (+6,0%), frutas (+5,9%), couros e seus produtos (+19,7%).

Os setores que mais contribuíram para as vendas do agronegócio foram o complexo soja (+US$ 6,49 bilhões), complexo sucroalcooleiro (+US$ 4,60 bilhões), cereais, farinhas e preparações (+US$ 1,18 bilhão) e sucos (+US$ 447,41 milhões). Os cinco principais setores em valor exportado foram complexo soja (40,4% do total), carnes (14,1%), complexo sucroalcooleiro (10,4%), cereais, farinhas e preparações (9,3%) e produtos florestais (8,6%), totalizando 82,9% das vendas do setor em 2023.

Quanto às importações, o agronegócio brasileiro registrou um montante de US$ 16,61 bilhões.


Números não devem se repetir em 2024, analisa especialista em direito empresarial do ALE Advogados

Segundo o advogado especialista em direito empresarial Leonardo César, 2023 foi o ano dos recordes para o agronegócio brasileiro. "Não seriam, portanto, diferentes os dados apresentados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária", reforça.

"Como visto, tivemos um incremento nas receitas de exportação de 4,8% em relação ao ano de 2022 e um superávit de US$ 149,94 bilhões em relação às importações, no mesmo ano. Contudo, há uma grande probabilidade de que este cenário de crescimento não se repita em 2024, principalmente diante das dificuldades enfrentadas pelos produtores que sofrem com a escassez e má-distribuição de chuvas na região centro-oeste, além de precipitações volumosas na região sul, ambas resultando na necessidade de replantio das safras de diversos produtores rurais", aponta o especialista do escritório ALE Advogados.

Para Leonardo César, somam-se às dificuldades, o endurecimento das regras de contratação de crédito rural e as variações de mercado contra as quais diversos produtores estão descobertos. "Em especial os que tiveram que pivotar suas culturas em razão dos problemas climáticos já narrados", finaliza.


Conflito entre sócios: como deixar a sua empresa organizada e evitar problemas


Conflitos entre sócios podem ser inevitáveis em uma empresa, mas existem maneiras de minimizá-los e evitar que se tornem destrutivos. Segundo levantamento do Sebrae, em 2020 questões com os sócios foram responsáveis por 2,7% das empresas que fecharam, portanto é muito importante pensar em como dissolver qualquer tipo de conflito e as obrigações da empresa de forma amigável, caso seja necessário. 

Listo abaixo seis dicas valiosas para ajudá-lo a evitar conflitos entre sócios e manter sua empresa de maneira harmoniosa.Confira: 

 

1. Defina claramente os papéis e responsabilidades de cada sócio: antes de começar uma empresa, é importante que cada sócio saiba exatamente qual será sua função e quais são suas responsabilidades. Isso evitará conflitos desnecessários e garantirá que todos estejam trabalhando juntos em direção aos mesmos objetivos.

 

2. Estabeleça acordos de confidencialidade e não concorrência: para evitar problemas futuros, é essencial estabelecer acordos de confidencialidade e não concorrência desde o início. Isso protegerá informações confidenciais da empresa e garantirá que nenhum sócio saia da empresa e comece a competir diretamente com ela.

 

3. Comunique-se abertamente e resolva conflitos rapidamente: se surgir um conflito entre os sócios, é importante comunicar-se abertamente e tentar resolvê-lo rapidamente. Isso evitará que o conflito se torne mais grave e possa prejudicar a empresa a longo prazo.

 

4. Tenha um plano de saída claro desde o início: é importante ter um plano de saída claro desde o início da empresa. Isso significa que, se um sócio decidir sair, haverá um plano claro para lidar com a situação. Isso evitará conflitos desnecessários e garantirá que a empresa continue funcionando sem problemas.

 

5. Procure aconselhamento profissional em caso de conflito grave: se um conflito entre sócios se tornar muito grave, pode ser necessário buscar aconselhamento profissional. Um advogado especializado em direito empresarial pode ajudar a resolver o conflito de maneira justa e equilibrada para todos os envolvidos.

 

6. Dissolva a empresa de maneira harmoniosa: se chegar a hora de dissolver a empresa, é importante fazê-lo de maneira harmoniosa. Isso significa que os sócios devem concordar com um plano de dissolução justo e que todos os ativos e passivos da empresa sejam distribuídos de maneira justa entre os sócios.

 

Em resumo, conflitos entre sócios são comuns em empresas, mas é possível minimizá-los e evitá-los com comunicação aberta, clareza nas funções e responsabilidades de cada um, acordos de confidencialidade e não concorrência, ter um plano de saída claro, procurar aconselhamento profissional se necessário e dissolver a empresa de maneira harmoniosa se chegar a hora. Ao seguir essas dicas, você pode ajudar a garantir o sucesso de sua empresa e a evitar conflitos desnecessários.

 


Rubens Leite - advogado e sócio-gestor da RGL Advogados e especialista em LGPD


Empreendedorismo: 5 ensinamentos da Disney que você deve levar ao seu negócio

A empresa que completa 100 anos em 2023 é um modelo de negócio para todos os empresários

 

A Disney é a maior empresa de entretenimento do mundo, seus ícones são reconhecidos em qualquer lugar, desde o Mickey até o Capitão América. O império midiático da corporação nasceu com um único homem, Walt Disney, que a partir de suas ideias, criou uma das marcas mais identificáveis e abrangentes que já existiu.


A gigante, que completou 100 anos em 2023, é um exemplo de empreendedorismo e relevância no mercado. Mesmo 50 anos depois da morte de seu fundador, a empresa segue na mente dos consumidores. Para se ter uma ideia, o serviço de streaming da Disney já é o maior, com um total de 236 milhões de assinantes.

 

A chave para o começo do sucesso da Disney foi a mente empreendedora que estava em seu DNA desde o ínicio, como explica Mara Leme Martins, Vice-Presidente da BNI Brasil - Business Network International - a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo. “Walt era um indivíduo muito criativo, e tudo aquilo que ele sonhava e imaginava, se tornaram em diferenciais para construir o seu império. Existem também algumas características empreendedoras dentro do império Disney que podemos aprender e aplicar em nossos negócios, como sonhar grande, buscar a inovação, diversificar seus negócios e dar total atenção ao cliente”, revela.

 

Uma empresa só chega a esse porte com muito trabalho e dedicação, muitas lições podem ser aprendidas com o sucesso da Disney; confira:

 

1 - Colocar o cliente em primeiro lugar: segundo Mara, o foco no cliente é a essência da Disney. “As pessoas não querem mais receber algo que é genérico para todos, querem algo que foi pensado nelas. E esse é o comportamento do cliente hoje em dia, ele está cada vez mais exigente, e com razão, obrigando as empresas a aprenderem, estudarem, e pensarem como seus clientes, para entregar à eles, exatamente o que buscam e procuram. A concorrência no mercado é grande, e é preciso lutar contra todos players, pelo mesmo cliente, por isso o foco no cliente é tão importante. A Disney sempre teve o cliente em mente ao criar novos produtos e experiências. Ela entendeu que a chave para o sucesso era criar coisas que as pessoas adorassem e para as quais quisessem voltar sempre”, indica.

 

2 - Investir em criatividade e inovação: criar um ambiente que os colaboradores se sintam confortáveis para trazerem novidades é uma chave do sucesso. “Na era de hoje, existem 2 coisas que todo empreendedor precisa estar constantemente fazendo: Inovando as novas tendências e tecnologias do mercado, e se adaptando às drásticas e rápidas mudanças que acontecem todos os dias. A Disney sempre procurou inovar em tudo o que fazia, ultrapassando os limites do que era possível nas suas animações e narrativas”, mostra Mara.

 

3 - Cultura empreendedora dentro da empresa: incentivar que os colaboradores pensem também como empreendedores pode pivotar uma empresa. “Uma das coisas que mais motivam colaboradores, além da remuneração financeira, são desafios e responsabilidades. Quando o time se sente capacitado para se apropriar de seu trabalho e contribuir para o sucesso da empresa, é mais provável que estejam engajados e motivados. Uma cultura empreendedora poderia certamente contribuir com um engajamento deles no trabalho. Também incentiva os colaboradores a pensar fora da caixa e a ter novas ideias. Isso pode levar ao desenvolvimento de novos produtos e/ou serviços inovadores, agregando maior valor aos clientes, e ao mesmo tempo aumentando e diversificando a fonte de receita dessas organizações”, explica.

 

3 - Diversifique as receitas: hoje, a Disney está presente em todos meios, entretenimento, filmes, séries, livros, parques, esportes, videogames e assim por diante, garantindo que ela sempre saia por cima. “Nos dias de hoje, é muito comum ouvirmos o termo: ‘Nunca coloque todos os ovos no mesmo cesto’. Em outras palavras, procure diversificar ao máximo as suas fontes de receita, os seus negócios, os seus clientes, para não correr o risco de ficar sem nada. A Disney expandiu seus negócios além de apenas filmes de animação e se aventurou em outras áreas, como parques temáticos, programas de televisão e mercadorias. Isso o ajudou a criar vários fluxos de receita e a construir uma marca reconhecível nos seus mais diversos canais”, elucida a VP do BNI.

 

4 - Tenha princípios e valores claros: qualquer empresa grande precisa ter sua cultura, de protocolos e vivências que criem uma boa experiência tanto para o consumidor quanto para o colaborador. “Acredito que princípios são universais, e podem ser aplicados em qualquer tipo de empresa, independente do setor do mercado que se encontre. Como a Disney é uma organização totalmente focada na experiência e no sucesso do cliente, criando memórias, um ponto importante é colocar o cliente no centro do negócio, e tocar a operação da empresa buscando satisfazer os desejos do cliente, trazendo sempre um valor agregado. No geral, a chave para adaptar os princípios da Disney a diferentes setores do mercado é focar na criação de uma experiência memorável para o cliente, prestando atenção aos detalhes, e oferecendo sempre um algo a mais (surpreender) daquilo que o cliente procura e deseja”, diz.

 

5 - Crie experiências: seja no cinema ou nos parques de diversão, todo mundo tem uma experiência memorável com a Disney, que incentiva que o cliente volte para seus produtos. “Ao olharmos para a Disney, vemos que a experiência do cliente está em primeiro lugar, sempre à procura de surpreender os seus clientes em tudo que faz. A experiência do cliente é uma prioridade, a empresa entende que fornecer uma experiência excepcional ao cliente é fundamental para seu sucesso e tornou isso uma parte central de sua estratégia e também da sua cultura, colocando o cliente em primeiro lugar”, entende.

 

Além disso, ela se concentra em todos os aspectos da jornada do cliente, desde o momento em que os clientes chegam aos parques temáticos até o momento em que saem. “O objetivo da empresa é criar uma experiência mágica que deixe os clientes felizes, satisfeitos e ansiosos para voltar, além de fazer com que esses clientes se tornem fãs e aliados na divulgação da experiência Disney para seus amigos, atraindo novos clientes”, finaliza Mara Leme Martins.


6 destinos internacionais perfeitos para fugir do Carnaval


Quer aproveitar o feriado prolongado longe da folia e programar uma viagem para o exterior? Confira a seguir destinos que são verdadeiros convites para o descanso

 

 

O feriado de Carnaval está quase aí e para quem prefere aproveitar a oportunidade para conhecer lugares incríveis e longe da agitação, os destinos internacionais são as melhores escolhas. Seja para a América do Sul ou para a Polinésia Francesa, selecionamos lindíssimas regiões para você planejar seu merecido descanso. Confira!

 

Mendoza, Argentina 


Que tal trocar a caipirinha da folia por excelentes vinhos em um lugar tranquilo?

Se sua ideia é deixar de lado a bagunça e curtir uma bela taça desta bebida em meio a lindíssimos vinhedos, a Casa de Uco é a escolha ideal para se hospedar no feriado. O hotel fica pertinho do Brasil, na região de Mendoza, localizada aos pés da Cordilheira dos Andes e traz experiências enogastronômicas deliciosas. Por lá, usufruindo a temperatura agradável desta estação, participe de um piquenique ou almoço nos Chañares, um passeio que começa a pé ou a cavalo, atravessando toda a propriedade, onde é possível apreciar a flora e a fauna naturais dali. Caso opte por ir a cavalo, o trajeto tem a duração de 45 minutos e o levará até um lugar secreto, onde o chef da propriedade o estará esperando com uma refeição local regada a muito vinho, que é realmente um deleite. Aproveite a promoção long stay: fique três noites e ganhe 15% de desconto.

 


Chillán, no Chile


Não quer pular nos bloquinhos, mas ama gastar energia praticando atividade física?


Vá para Chillán, essa cidade localizada mais ao sul do Chile que é cercada por montanhas, bosques e reservas naturais onde se encontra o hotel Termas Chillan. Por lá a pedida é realizar caminhadas de todos os níveis ou ainda praticar mountain bike, escaladas e trekking. No final de cada dia ainda dá tempo de relaxar no Alunco, um dos maiores e mais completos Spas da América Latina que oferece inúmeras terapias e massagens, como o ritual vulcânico, que utiliza pedras quentes e frias em pontos estratégicos da coluna de das pernas para  uma reconexão profunda.

 

 

Vale del Maipo, ainda no Chile

 

Esqueça o acarajé do Carnaval baiano e escolha um verdadeiro prato de chef! 

Ao lado da Cordilheira dos Andes, está localizado o Vale del Maipo, que também fica próximo a Santiago. Ali, está o encantador Las Majadas de Pirque, onde é possível usufruir de uma gastronomia maravilhosa. “De las brasas a la mesa” é uma experiência na qual os hóspedes aprendem a preparar as melhores receitas com o sub-chefe Alejandro Vergara e descobrem a versatilidade dos alimentos preparados nas brasas, desde os pratos principais até as sobremesas. Além disso, durante todo o mês de fevereiro, o hotel oferece o “2x1 Bed & Breakfast” e o “Verão Half Board”, que inclui um vinho de cortesia no quarto e dois drinques no bar da piscina

 

 

Brickell, em Miami


Troque os bailes de Carnaval pelos badalados rooftops de Miami. 

Todo mundo já sabe que esse é um dos destinos da Flórida com mais agitação - e tem para todos os gostos! São praias, outlets famosos, passeios culturais e é claro, bares incríveis. Um dos mais concorridos atende pelo nome de Sugar e fica localizado no rooftop do East Miami, um hotel moderno e com design incrível em Brickell. Esse é um dos mais vibrantes e badalados bairros da Flórida e justamente por ter desenvolvido uma atmosfera urbana única, com restaurantes, bares, lojas, cafés e clubes noturnos, é até mesmo comparado com Nova York. A sugestão para um entardecer perfeito é se jogar no animadíssimo bar Sugar da hora do pôr-do-sol até o comecinho da madrugada, se deliciando com drinques autorais surpreendentes. Ao fazer a reserva, ganhe desconto para toda a família com a oferta “Stay more save more”

 


 

Atol de Tetiaroa, Polinésia Francesa


Feriado prolongado é perfeito para uma viagem de longa duração.


Esse atol de encher os olhos na Polinésia Francesa reserva um dos hotéis mais sustentáveis do mundo, o The Brando. Nada mais inspirador do que programar a viagem dos sonhos em um dos feriados mais longos do ano para este paraíso. Ao chegar lá, não haverá bailes e nem desfiles do sambódromo, mas se prepare para uma imersão na cultura local dos polinésios, que também remete muita festividade e alegria com suas danças típicas. Inclusive, em certas épocas, há festivais com competições esportivas, música típica e comida abundante. No The Brando, vale destacar também, atividades encantadoras que, longe da costa, é possível mergulhar de snorkel entre tubarões de espécies mansas. Além deles, outros animais podem ser vistos no jardim de coral, como raias e inúmeros peixes. O resort está com a oferta “Fly Free”, que  permite voar para o atol de Tetiaroa sem nenhum custo adicional saindo de Papeete.


 

Porto, Portugal


Deixe o agito de lado e desfrute da calmaria do Rio Douro. 

Nesta cidade portuguesa vibrante com casas azulejadas e ruas coloridas, está o lindo Vila Foz Hotel & Spa que reserva muitas surpresas exclusivas entre passeios, gastronomia, vinhos e bem-estar. O hotel oferece o tour de iate pela foz do Rio Douro, com almoço feito pelo chef Arnaldo Azevedo. É uma maneira especial de conhecer o rio, suas pontes e as diferenças arquitetônicas entre as margens do Porto e da Vila Nova de Gaia. Vale destacar também, o Vila Foz Suite Wine & Spa Experience no qual você desfrutará de uma vista magnífica do mar em sua suíte, em seguida irá relaxar no Spa e então, descobrir os segredos dos deliciosos vinhos Niepoort. Mas claro, ainda poderá finalizar o belo dia com o menu degustação no Restaurante Vila Foz, estrelado pelo Guia Michelin.


 

Ecad divulga curiosidades do carnaval de Pernambuco

Estudo mostra as músicas mais tocadas em shows e trios elétricos no estado em 2023  


O carnaval de Pernambuco é marcado pela tradição e pela animação da multidão que acompanha os desfiles e blocos. No carnaval pernambucano de 2023, a folia voltou a todo vapor, após as restrições da pandemia, e a arrecadação total de direitos autorais foi de mais de R$ 1,1 milhão no estado, de acordo com o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição).

“Tivemos realmente uma arrecadação expressiva no carnaval de Pernambuco em 2023, em comparação ao ano anterior, mas isso ocorreu porque as festas públicas e privadas voltaram a acontecer. A expectativa é que, em 2024, tenhamos uma conscientização maior sobre o pagamento de direitos autorais por parte dos organizadores e produtores de shows, trios elétricos e eventos. É importante que todos façam o licenciamento musical para que possamos remunerar os compositores que tiverem suas músicas tocadas”, disse Giselle Luz, gerente do Ecad que atende o estado de Pernambuco.

Para o carnaval desse ano, o Ecad lançou sua campanha focada na conscientização sobre a importância do pagamento do direito autoral. Intitulada “Com música, a folia fica melhor”, a ação é voltada para quem vai utilizar música publicamente em programações e eventos carnavalescos, como organizadores e promotores de shows, trios elétricos, blocos de rua, prefeituras, boates, clubes e outros. A campanha, que conta com landing page, depoimentos de artistas, postagens nas redes sociais e envio de e-mails, reforça a importância da música para esses eventos e do licenciamento para executar músicas publicamente.

Músicas mais tocadas no último carnaval

A música nordestina se destaca quando o assunto são as mais tocadas durante o período do carnaval. No ano passado, as músicas presentes no top 5 das canções mais ouvidas no estado foram criadas por nordestinos e pernambucanos. Em primeiro lugar, o destaque ficou com “Anunciação”, de autoria de Alceu Valença, com seus versos musicais marcantes e cheios de poesia.

Quando uma canção toca no carnaval de Pernambuco ou em qualquer outro evento carnavalesco no Brasil, compositores e artistas têm o direito de receber os direitos autorais por suas criações musicais. Mas, para isso, todas as pessoas e empresas que usam música publicamente devem pagar o licenciamento musical para que os valores cheguem até eles. É isso o que garante a Lei dos Direitos Autorais brasileira (9.610/98).

Veja o top 5 das músicas mais tocadas em shows e trios elétricos no Carnaval do estado de Pernambuco em 2023

Posição

Música

Autores

1

Anunciação

Alceu Valença

2

Frevo mulher

Zé Ramalho

3

Voltei Recife

Luiz Bandeira

4

Último regresso

Getúlio Cavalcanti

5

Hino do elefante

Clovis Vieira / Clídio Nigro



Remoção de coral invasor deve ser evitada em períodos de alta liberação de larvas, alerta estud

 

Método mais usado de controle do coral-sol (Tubastraea spp.)
 consiste na remoção mecânica, usando marreta e talhadeira
 (foto: Damián Mizrahi)

Pesquisadores da USP mostram que o método mais utilizado no Brasil para controlar o coral-sol pode provocar impactos negativos se não for feito no momento certo e se a colônia não for isolada logo após ser removida

 

Estudo assinado por pesquisadores do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP) mostra que o método mais usado para controle do coral-sol (Tubastraea spp.) pode até mesmo ajudar o animal a se propagar se não for feito nos períodos corretos. O coral-sol é originário do oceano Pacífico, foi introduzido acidentalmente na região do Caribe no início dos anos 1940 e, no Brasil, é considerado uma espécie exótica invasora, sendo registrado no país desde o fim dos anos 1980.

Publicado na revista Marine Biology, o trabalho apoiado pela Petrobras, pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e pela FAPESP aponta que, apesar de emitir larvas tipo plânula durante o ano todo, o coral invasor tem picos de liberação relacionados principalmente com o aumento da temperatura e da turbidez da água do mar. A emissão larval pode ocorrer em pouco tempo, como resposta ao estresse da remoção mecânica.

Os pesquisadores apontam que, nesses períodos, não deve ser feito o procedimento, pois as larvas liberadas em grande número podem se dispersar pelo ambiente. O método de remoção manual, que retira as colônias com marreta e talhadeira durante mergulho autônomo, é adotado em algumas unidades de conservação, como consta no Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Coral-Sol (Tubastraea spp.) no Brasil.

“É a estratégia escolhida por algumas instituições brasileiras porque não utiliza produtos químicos e é direcionada exclusivamente ao coral-sol. A recomendação é tentar retirar as colônias íntegras, porque qualquer tecido remanescente tem a capacidade de regeneração”, explica Damián Mizrahi, que realizou a maior parte do trabalho durante pós-doutorado no IO-USP e foi bolsista da FAPESP no Centro de Biologia Marinha (CEBIMar) da USP durante a fase final de redação do artigo.

Segundo os pesquisadores, as colônias podem liberar larvas como resposta ao estresse da remoção, o que foi observado durante o estudo. Por isso, recomendam isolar os corais retirados do substrato natural em recipientes lacrados imediatamente após a remoção mecânica.

Uma única colônia pode liberar mais de 90 larvas como essa,
aumentando as chances de colonização de substratos como
 rochas e mesmo píeres, navios e plataformas de petróleo
(
foto: Damián Mizrahi)
“O estudo demonstrou que o coral-sol emite larvas durante todo o ano, o que é associado a uma ampla variabilidade de condições ambientais, mas concentra o esforço reprodutivo durante períodos curtos, emitindo muitas plânulas simultaneamente. Outra capacidade do organismo é a regeneração, em que fragmentos diminutos podem dar origem a novos pólipos. A combinação dessas duas estratégias aumenta a probabilidade de dispersão”, conta Rubens Lopes, professor do IO-USP que coordenou o estudo.


Remover e isolar

Antes de realizar medições depois da remoção dos corais-sol, os pesquisadores coletaram 200 colônias e as transferiram para dois tanques de 500 litros na base do Instituto Oceanográfico em Ubatuba, cerca de 25 quilômetros distante da área de coleta, na Ilha dos Búzios, em Ilhabela. Os tanques possuíam duas redes de segurança, com malha de 200 micrômetros, o que impede a saída das larvas emitidas pelas colônias do sistema de cultivo.

Mantidos em condições de temperatura e exposição ao sol similares às colônias presentes na natureza, os corais puderam ser usados para monitorar a atividade reprodutiva da espécie. Os dados obtidos mostram que a dinâmica de emissão larval dos cultivos de coral-sol em laboratório se assemelha aos registros na natureza, indicando que o cultivo pode ajudar no monitoramento da atividade reprodutiva.


Colônias mantidas em tanques foram usadas para monitorar
 atividade reprodutiva do coral-sol no campo. Na imagem, larvas boiam na superfície da água
 (foto: Damián Mizrahi)

Entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2020, os pesquisadores realizaram dez campanhas para a remoção mecânica e coleta dos corais, com cerca de três meses de intervalo entre elas. Dados ambientais foram utilizados para avaliar as influências oceanográficas sobre a liberação larval dos corais.

Durante os mergulhos, cada colônia retirada do substrato era acondicionada individualmente com água do mar em um saco plástico lacrado, segundos após sua remoção. Já na embarcação, elas eram depositadas em recipientes individuais imersos na água do mar do local.

Uma vez em laboratório, foram contabilizadas as larvas emitidas por cada colônia em até duas horas após as amostragens. Nos dois dias seguintes, os recipientes continuavam a ser inspecionados, mas não continham mais larvas, o que sugere que a liberação larval ocorreu devido ao estresse provocado pela remoção mecânica dos corais.

Durante os dois anos dessa fase do estudo, 977 colônias foram coletadas. Durante a maior parte do tempo em que foi desenvolvido o trabalho, o número de larvas liberadas se manteve baixo, confirmando estudos em outras regiões do litoral brasileiro – no país, o coral-sol se distribui do Ceará a Santa Catarina, se concentrando no litoral sudeste.

As exceções foram duas campanhas, em dezembro de 2017 e outubro de 2019, quando a liberação foi mais alta do que o normal. “Durante esses períodos específicos também foram detectados máximos de emissão larval nos tanques onde se desenvolveram os cultivos de laboratório com colônias reprodutoras de coral-sol”, esclarece Lopes.

Os pesquisadores observaram ainda que temperaturas da água do mar entre 24,5° C e 27° C favorecem a liberação de larvas, enquanto a água mais fria limita a fecundidade. Os ciclos da lua e o tamanho das colônias não se mostraram estatisticamente significativos para serem utilizados como parâmetros para maior ou menor liberação de larvas.

“A turbidez é um indicativo de presença de matéria orgânica na água, ou seja, de alimento. Nesses momentos, o coral-sol abre os pólipos para comer e acaba liberando as larvas que estavam dentro deles”, sublinha Mizrahi.


Monitoramento

Os pesquisadores observam, a partir dos resultados deste estudo, que manter culturas do coral-sol nas proximidades das áreas invadidas pode subsidiar protocolos de controle e monitoramento, que devem ser implementados somente em períodos de menor liberação de larvas.

Em apenas algumas campanhas houve liberação de muitas larvas na natureza não acompanhada por uma atividade similar nos tanques, na base em Ubatuba. Segundo os pesquisadores, essa pode ser mais uma evidência de que o estresse causado pela remoção estimulou a liberação, reforçando a necessidade de seguir o protocolo de isolamento do ambiente após a remoção.

Indivíduos juvenis de coral-sol (Tubastraea spp.): nativo do Indo-Pacífico,
provavelmente chegou a outros oceanos em águas de lastro
e cascos de navios e plataformas de petróleo
(
foto: Damián Mizrahi)

“O método vem sendo utilizado em algumas unidades de conservação no Brasil, mas ainda não se havia olhado com atenção para a dinâmica da atividade reprodutiva do coral-sol para programar essas remoções. Esperamos poder realizar novos estudos para entender melhor os processos de liberação de larvas do coral-sol e os impactos em sua dispersão no ambiente marinho”, aponta Lopes.

Recentemente, a remoção mecânica foi abandonada por um santuário marinho no Golfo do México. Os gestores da unidade de conservação nos Estados Unidos argumentam não ter observado efetividade no método, uma vez que o menor fragmento que permanece no substrato depois da remoção dá origem a uma nova colônia.

O artigo Sun coral larval release following mechanical removal: a 2‑year study on the southeast Brazilian coast pode ser lido por assinantes em: https://link.springer.com/article/10.1007/s00227-023-04296-z.



André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/remocao-de-coral-invasor-deve-ser-evitada-em-periodos-de-alta-liberacao-de-larvas-alerta-estudo/50748

 

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