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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Saiba como prevenir a leishmaniose, segunda doença parasitária que mais mata no mundo

 

Flebotomíneo, conhecido popularmente como
mosquito-palha, transmissor da leishmaniose
(Wikimedia Commons)

A administração de antiparasitários específicos e os cuidados com o ambiente onde o cão vive estão entre as principais medidas para prevenção dessa zoonose. Dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem no Brasil

 

 

Você já deve ter ouvido falar sobre a leishmaniose e entende que ela é grave, mas sabe como prevenir esta doença? Uma dica importante: isso passa pelo controle de parasitas do seu cão.  

A leishmaniose visceral é uma doença grave, que pode ser fatal. Trata-se de uma zoonose, isto é, doença transmitida entre animais e pessoas. A transmissão ocorre quando a fêmea do inseto vetor infectado pica cães ou outros animais infectados e depois picam o ser humano, transmitindo o protozoário causador da leishmaniose visceral. O inseto é denominado flebotomíneo e conhecido popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis 

De acordo com o Ministério da Saúde, a doença é endêmica em 76 países do mundo e, dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem no Brasil. Segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras, trata-se da segunda doença transmitida por parasita que mais mata no mundo. Para Camila Camalionte, médica-veterinária e gerente técnica da Elanco, é fundamental ter em mente que a leishmaniose visceral tem evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito em mais de 90% dos casos. 

 

Os principais sintomas nos seres humanos acometidos por esta zoonose são a alteração do estado geral, febre, palidez, redução da força muscular, perda de peso e aumento das vísceras – principalmente do baço, do fígado e da medula óssea. “Em cães acometidos pela doença, os sinais são muito variáveis, desde animais assintomáticos até sinais sistêmicos graves. Entre os sinais estão, descamação de pele e crescimento progressivo das unhas”, explica Camila. 

Como não há vacina humana para prevenção da leishmaniose e a vacina canina para esta zoonose foi recentemente suspensa, a melhor forma de prevenção é o uso de antiparasitários específicos, combinados a algumas medidas, orienta a gerente da Elanco. “A Elanco tem em seu portfólio o Advantage™ Max3 para Cães, uma solução de aplicação tópica mensal que além de matar pulgas e carrapatos por contato, o que significa que eles não precisam picar o seu cão para serem afetados pelos ingredientes ativos, também expulsa e mata os mosquitos flebotomíneos, transmissores da leishmaniose”, explica Camila que destaca que o produto é indicado para cães de todos os tamanhos e filhotes a partir de sete semanas de idade. “Temos estudos que comprovam a alta eficácia de Advantage™ Max3 na prevenção da leishmaniose, e vale destacar que é fundamental, antes de ministrar o antiparasitário, sempre conversar com seu médico-veterinário de confiança”.  

A profissional destaca outras medidas preventivas a serem adotadas especialmente em relação ao local onde habitam o cão e sua família e que também estão entre as principais recomendações do Ministério da Saúde: 

·         Limpeza periódica de quintais e retirada constante de toda matéria orgânica em decomposição, como frutos, fezes de animais e outros itens que contribuam para a umidade do solo. “os mosquitos precisam de umidade para se desenvolver”, explica Camila;

·         Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das larvas dos mosquitos;

·         Limpeza dos abrigos dos pets, como casinhas, camas e outros locais onde eles dormem;

·         Para locais onde há alta incidência de casos, também pode ser recomendado o uso de inseticidas específicos nas paredes dos domicílios e nas casinhas dos pets. “Mas antes de tomar essa medida, vale conversar com o médico-veterinário e também entender se é realmente necessário”, recomenda.  

“Orientamos que os tutores dos pets levem seus animais a consultas periódicas com médicos-veterinários, que estejam atentos ao uso de antiparasitários para a prevenção tanto da leishmaniose como de outras doenças. A leishmaniose visceral é realmente grave. Ela tem tratamento para humanos, disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e também há medicamento para tratar os cães, principal hospedeiro do parasita em área urbana, como destaca o Ministério da Saúde. No entanto, o tratamento ainda é bastante custoso e a prevenção e o cuidado com seu pet são sempre o melhor caminho”, completa Camila. 

 

Para mais informações sobre como prevenir e tratar as doenças nos pets, acesse https://meupet.elanco.com/br/ e siga nossas páginas no Instagram @elancopets e no Linkedin @Elancobrasil.



Ataques de pitbulls: conhecer os cães pode evitar acidentes

Freepik
O cérebro dessa raça é idêntico ao de um shih tzu e situações estressoras podem levar qualquer cão a morder; mudança de cenário passa por conhecimento e educação

 

Acidentes e mortes causados por cães da raça pitbull são semanalmente noticiados por todo o Brasil. O potencial de sua mordida pode, realmente, ser fatal; mas qual a realidade do País e como agir para evitar situações como estas? 

Camilli Chamone, geneticista, consultora em bem-estar e comportamento canino e criadora da metodologia neuro compatível de educação para cães no Brasil, buscou embasamento científico para entender o contexto brasileiro. 

Embora existam falhas nas estatísticas, Chamone destaca um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, publicado no Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia: em um ano, foram notificadas 20 mil agressões por cães de qualquer raça e entrevistadas 594 pessoas, sendo que, 48,4% dos acidentes vem de cães sem raça definida (SRD); 57,6% acontecem dentro de casa, e 56,2% com pessoas da própria família ou conhecidas. 

Outros resultados do estudo ajudam a mapear o cenário em São Paulo: 80,4% dos ataques geraram lesões leves, a maioria das vítimas tem entre 5 e 14 anos. As lesões profundas correspondem a 19,1% e envolveram cachorros de porte médio e grande. 

O levantamento aponta, ainda, a raça pitbull como responsável por 5,8% dos acidentes, ficando atrás inclusive do poodle, com 7,4%. 

Em comparação à situação nos Estados Unidos, os dados divulgados pelo site de educação pública DogsBite nos mostram uma grande diferença – lá, os pitbulls são responsáveis por 72% de ataques fatais a humanos. E, entre 2005 e 2020, 568 americanos foram mortos por cães, sendo que pitbulls (380) e rottweilers (51) contribuíram para 76% (431) dessas mortes. 

"A maior parte dos acidentes fatais foi causada por pitbulls, mas a relevância estatística de cães abandonados ou considerados SRD é pequena – totalmente diferente da realidade brasileira. Existe, portanto, uma 'americanização' das notícias quando os acidentes são causados por pitbull no Brasil. Quando provocados por SRD (algo muito mais comum), raramente são divulgados", pontua Chamone. 

Com essa análise, é possível, portanto, desmistificar o pitbull como a raça que "mais mata" por ataques no Brasil. 

No entanto, a lógica nos diz que o potencial de dano da mordida de um pitbull é maior que, por exemplo, o de um shih tzu – e o morder, inclusive, é uma forma dos cães se defenderem por estarem estressados. Mas será que o cérebro e, consequentemente, os comportamentos dos pitbulls, são muito diferentes dos cães menores?

 

Pitbull e shih tzu: cérebros idênticos

Ao contrário do senso comum, que traz o temperamento da raça como um problema, a neurociência nos confirma que o cérebro de um pitbull funciona exatamente da mesma maneira que o de um shih tzu – ou qualquer outro cachorro, de qualquer tamanho ou raça. 

O grande problema é o estresse no qual os cães são submetidos, rotineiramente, sem que seus donos sequer percebam. Esse estresse traz sofrimento e, consequentemente, problemas comportamentais. 

Isso geralmente ocorre quando os peludos têm uma rotina entediante – ficam trancados em casa ou no canil o dia inteiro, sem nenhuma atividade, cochilando o tempo todo –, passam muito tempo sozinhos, não praticam atividade física de forma regular e são alimentados de maneira inadequada. 

"Por causa desse estresse, os cães tendem a fazer comportamentos compensatórios, como destruição frequente de objetos, cavar a cama constantemente e se lamber de forma compulsiva, além de latir demais, ter ações hiperativas, comer o próprio cocô, até chegarem ao ponto de redirecionarem a frustração que sentem, sob a forma de agressividade. A questão é que a mordida de um pitbull causa muito mais estrago, na sociedade, do que a de um shih tzu, mas ambos os cachorros estão em sofrimento", lamenta a geneticista. 

Comportamentos agressivos de raças de pequeno porte, inclusive, são comumente ridicularizados – viram até memes nas redes sociais. "Um cão pequenino e 'fofo', 'engraçadinho', ao morder algo ou alguém, está com sua saúde mental comprometida tal como um grande. Precisamos olhar para o sofrimento de todos e deixar de romantizá-lo ou torná-lo uma comédia nos pequenos", ressalta Chamone. 

Assim, é importante entender que o cão nunca é o maior culpado por seus comportamentos disfuncionais – ocasionados, na realidade, por negligência com sua saúde física e mental. A boa notícia, no entanto, é que, ao adquirir conhecimento sobre a espécie, é possível mudar esta realidade.

 

Mudança cultural e ações

Para evitar situações de agressão, Chamone defende a necessidade de uma mudança cultural na sociedade, que passa por políticas públicas. 

"O cachorro com grande potencial de mordida é como uma arma; pode, mesmo, matar. Neste caso, o ideal seria a proibição de sua posse a pessoas sem conhecimento do animal que levaram para a casa e que não fazem ideia de como cuidar dele", ressalta. 

Segundo a geneticista, ainda falta consciência do dono sobre o que é adequado para o cachorro. "Para raças como pitbull, o uso de focinheira nos passeios é correto – e obrigatório pela Lei nº 11.531, de 2003, no Brasil – para proteger a sociedade; uma forma simples de garantir que ninguém seja colocado em risco", sintetiza. 

Além disso, como o cérebro do pitbull funciona de forma idêntica ao de um cachorro pequeno, as técnicas de aprendizado e educação também são as mesmas. Assim, deveria ser obrigatório entender o básico sobre comportamento canino e, com isso, saber prevenir e diferenciar comportamentos disfuncionais. 

"Com qualquer cachorro, de qualquer raça ou tamanho, é essencial trabalhar intensamente os quatro pilares do bem-estar: gerenciamento das emoções, alimentação de qualidade, sono satisfatório e rotina de exercícios físicos", relata a geneticista. 

O que varia, claro, é a necessidade individual de cada um, de acordo com suas particularidades. Raças de trabalho, como pitbull, rottweiler, dobermann, golden retrievier e border collie, por exemplo, naturalmente demandam intenso gasto de energia, por isso precisam de mais atenção nesse sentido. 

Interação com família e enriquecimento do ambiente também são ações importantes para a saúde física e mental dos peludos. "É preciso tempo e dedicação para assegurar o seu bem-estar". 

Assim, a educação canina responsável, sem uso de punições ou castigos, permitirá ter qualquer cão emocionalmente equilibrado – e, consequentemente, evitar acidentes e danos à sociedade.


Por que meu animal de estimação não pode comer alimentação natural?

A veterinária responsável do TioChico, Fernanda Loss, explica o porquê nem todos os cães e gatos podem ter uma alimentação natural

 

Com a crescente preocupação dos tutores em relação ao bem-estar do seu amigo de quatro patas, muitas famílias estão buscando alternativas à alimentação natural. Embora essa possa parecer a opção mais saudável para os pets, é fundamental entender que não é adequada para todos os animais e pode apresentar riscos à saúde e à segurança alimentar. 

Os animais têm requisitos nutricionais específicos que devem ser atendidos para garantir sua saúde e vitalidade. É importante entender que nem todo tipo de comida natural é adequada para os cães e gatos. “Sempre consulte um veterinário para obter orientações adequadas sobre a nutrição do seu animal de estimação e escolha a melhor opção com base nas necessidades que ele precisa”, indicou a sócia e veterinária responsável pelo TioChico, Fernanda Loss.

As rações comerciais são formuladas para fornecer uma combinação equilibrada de proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e minerais necessários para a saúde dos cachorros e felinos. Já a alimentação natural é feita de ingredientes frescos e minimamente processados, como carne crua, vegetais e grãos. “É necessário garantir que o pet receba a quantidade correta de proteínas, gorduras e carboidratos, bem como vitaminas e minerais essenciais. Caso contrário, deficiências nutricionais podem surgir e afetar negativamente a saúde do animal”, acrescentou Fernanda.

Além disso, a alimentação natural pode apresentar riscos à segurança alimentar, tanto para o cão quanto para os humanos. Carne crua, por exemplo, pode conter bactérias como Salmonella. É necessário um preparo especial para que a comida esteja apta para o animal. Mas entre os benefícios que ela pode trazer, caso oferecida ao animal da forma correta, estão o conhecimento sobre os ingredientes e processamento dos mesmos, potencial para evitar alergias e sensibilidade alimentar, melhor digestão do pet e controle da dieta, entre outros.

É importante ressaltar que a opção pela alimentação natural deve ser feita sob a orientação de um veterinário nutricionista. Também, porque junto da alimentação natural, o pet deve fazer uma suplementação de vitaminas e minerais adequada de acordo com o acompanhamento do especialista. Eles podem fornecer orientações personalizadas com base nas necessidades específicas do seu cachorro ou gato, levando em consideração fatores como raça, idade, peso e condições de saúde pré-existentes.


Vacinar o pet é preciso. Mas onde?

Dar abrigo, água e comida não são os únicos gestos de amor para quem é tutor de pet. Seja um cão, um gato ou mesmo um animal exótico, a vacinação faz parte da lista de cuidados necessários para proteger os animais de doenças e riscos de contaminações. No Brasil, não existe um calendário oficial de vacinação dos pets, mas alguns imunizantes são considerados imprescindíveis para a saúde do bicho.

Basicamente, há duas vacinas ditas essenciais – a V8 ou V10, que ganham esses nomes pelo leque de proteções presentes numa única picada, e a antirrábica. As primeiras fortalecem o cãozinho contra hepatite infecciosa, leptospirose, parainfluenza, adenovirose, entre outras enfermidades. Já a antirrábica é a vacina tradicional contra a raiva. Também existem as vacinas não-essenciais, que protegem contra a leishmaniose, a giárdia e a gripe canina, entre outras.

Já os gatos dispõem de três tipos de vacinas, conhecidas como V3, V4 e V5. Esses imunizantes são fundamentais para evitar doenças consideradas graves, como a FeLV, o vírus que transmite a leucemia felina, além de doenças respiratórias, panleucopenia felina e clamidiose, todas doenças que podem acometer tanto os gatos selvagens quanto os domésticos.

“Algumas vacinas chegam a ser obrigatórias. É o caso da antirrábica, no Estado de São Paulo. Mas, independente da obrigatoriedade ou não, todas elas representam uma forma de proteção não apenas ao pet, como também aos humanos. A recomendação é sempre para que o animal receba o máximo de imunizantes possível”, explica Simone Cordeiro, diretora-comercial da Au!Happy, empresa que oferece planos de saúde para pets. Mas o profissional entende que há um desafio extra para quem se preocupa em vacinar o bicho de estimação: o estabelecimento onde é feita a aplicação da vacina.

“Como não são todas as vacinas que são exigidas legalmente, o monitoramento muitas vezes acaba sendo frágil. Isso permite o surgimento de clínicas que deixam de oferecer condições mínimas necessárias para imunizar o pet com segurança e conforto”, revela Simone Cordeiro, diretora-comercial da Au!Happy. A executiva da Au! Happy recomenda que o lugar disponha de um calendário próprio de vacinação e um sistema que gerencie as vacinas aplicadas nos pets. “A organização acaba sendo um ponto muito favorável nesses casos. E aí é que entram os planos de saúde para animais, que não admitem firmar convênio com quem não atende a requisitos essenciais”, sustenta.

Por isso, ele orienta os tutores a buscar pelos planos de saúde para pets em vez das clínicas, pois os planos acabam sendo um suporte importante de orientação e apoio ao tutor. “Dificilmente uma pessoa que possui um pet vai conseguir distinguir entre uma clínica adequada para a vacinação animal e outra que não tem a mesma adequação. São critérios que vão além da fachada, da decoração interna e dos equipamentos. Um plano de saúde exige com rigor esses procedimentos”, aponta Simone.

Ele cita os próprios planos da Au! Happy, que possuem cobertura vacinal em diversos locais e que expõe para o usuário a avaliação que os clientes fazem de cada clínica. “A Au! Happy busca trabalhar com transparência, porque é exatamente o que um tutor espera. Qualquer pessoa, mesmo quem não tem um pet, sabe do carinho que um tutor costuma ter com o animal, e do quanto se preocupa em buscar referências antes de levá-lo a uma clínica. Essa avaliação é uma forma de transparência que os clientes dispõem”, conclui.


Mitos e Verdades sobre a febre maculosa: Veterinário do CEUB explica a 'doença do carrapato'

Carrapato é considerado o responsável por carregar a bactéria e transmiti-la aos humanos. Sintomas são febre alta e súbita, dores de cabeça e abdominai

 

Com casos fatais no Brasil, a febre maculosa é uma doença que afeta os seres humanos e é transmitida por meio da picada do carrapato. De acordo com dados do Ministério da Saúde, somente neste ano, foram registrados 53 casos em todo o país, sendo 30 na região Sudeste, levando oito pessoas a óbito. O professor de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Lucas Edel desvenda mitos e verdades relacionados à enfermidade.

De acordo com o veterinário do CEUB, um mito comum é que a febre maculosa é transmitida diretamente pelo carrapato. O carrapato, segundo ele, atua apenas como vetor da doença, sendo infectado por uma bactéria presente em alguns tipos de mamíferos, principalmente herbívoros, como equinos, capivaras e gambás, além de cães. “Quando esses animais são infectados, os carrapatos que os parasitam se tornam portadores da bactéria, podendo transmiti-la aos seres humanos”, explica.

O especialista alerta que os sintomas mais comuns da febre maculosa em seres humanos incluem febre alta e súbita, dores de cabeça, dores abdominais e hiperemia ocular (vermelhidão nos olhos). Apesar de as regiões Sul e Sudeste do Brasil serem as áreas de maior risco da febre maculosa, é importante estar atento em todas as localidades: "Mesmo que outras áreas não apresentem alto risco, não significa que não haja a possibilidade de transmissão da doença", ressalta o médico veterinário.

Quanto ao diagnóstico, recomenda-se que seja realizado o mais precocemente possível, assim que surgirem os sintomas. O docente ressalta que os métodos diagnósticos incluem exames sorológicos, como a reação de imunofluorescência, exames moleculares, como o PCR e, em alguns casos, cultura da bactéria. O tratamento é baseado no uso de antibióticos, que atuam contra a bactéria causadora da febre maculosa. Em casos de complicações, como insuficiência renal ou cardíaca, tratamentos específicos são aplicados conforme necessário.

Como forma de prevenção à febre maculosa, Lucas Edel considera fundamental divulgar informações precisas para evitar a propagação da doença e garantir que a população esteja ciente dos riscos e das medidas preventivas. “É importante evitar áreas infestadas por carrapatos, usar repelentes adequados e roupas de proteção ao caminhar em áreas de vegetação densa, além de verificar cuidadosamente o corpo após exposição a ambientes propícios à presença de carrapatos”, conclui o veterinário.


Encontrei carrapato no meu pet, e agora?

Foto por meepoohyaphoto em freepik
Em evidência na mídia, estes pequenos ectoparasitas podem ser responsáveis por importantes doenças nos pets, mas sua prevenção não é difícil


Os recentes casos de Febre Maculosa têm aumentado a preocupação da população quanto a presença de carrapatos nos locais de seu convívio e, principalmente, nos Pets. Carrapatos são ectoparasitas que se alimentam do sangue de animais e seres humanos, considerados uns dos principais vetores de doenças causadas por vírus, bactérias e protozoários.

“Transmissores de algumas doenças, estes bichinhos são indesejáveis para quase todas as espécies. Cães e gatos também são suscetíveis à febre maculosa, mas neles a manifestação da doença é muito branda. A Babesiose e a Erliquiose são mais comumente transmitidas pelos carrapatos para os pets e têm manifestações clínicas mais importantes, podendo trazer graves consequências para o animal”, conta Nathalia Fleming, médica-veterinária gerente de produtos da linha Pets da Ceva Saúde Animal.

A Babesiose é um problema muito comum, causada pelos protozoários do gênero Babesia sp. que são transmitidos aos pets pela picada do carrapato. Estes protozoários se instalam nas hemácias dos animais, multiplicando-se dentro dela e causando sua ruptura, o que pode desencadear quadros de anemia recorrente, problemas no fígado e nos rins. Os cães são os mais afetados, mas casos de Babesia em gatos domésticos têm sido comuns.

A Erliquiose, por sua vez, é uma doença bem temida pelos tutores. Causada por bactérias do gênero Ehrlichia sp., a erliquiose é conhecida por afetar as células sanguíneas de defesa do organismo, desenvolvendo uma doença multissistêmica complexa, que pode afetar a produção de plaquetas e comprometer diversos órgãos do animal.

“O tratamento da Erliquiose é complexo e demorado. Se a doença chega em seu estágio crônico, pode ocorrer supressão da medula óssea, afetando gravemente a produção de células de defesa do organismo, das plaquetas que são responsáveis por conter sangramentos e também das hemácias, células vermelhas do sangue responsável pelo transporte de oxigênio para os órgãos e tecidos”, Nathalia alerta.

 

O que fazer se eu encontrar carrapatos no meu pet?

Antes de tudo é importante ressaltar que os carrapatos não são exclusividade de locais afastados, com muito mato e grandes animais (cavalos e bovinos). Estes ectoparasitas podem ser encontrados facilmente nas praças dos centros das cidades, parques e até mesmo nos jardins residenciais e quintais, especialmente aqueles com grama alta e muros com frestas.

Por isso, é importante inspecionar o pet com frequência para ver se não existe nenhum carrapato instalado em suas orelhas, na base da causa, entre os dedos e nas axilas e virilha – são as áreas mais quentinhas e abrigadas da luz, preferidas por este parasita. “Se possível, é recomendado que o tutor faça essa inspeção no pet a cada passeio ou uma vez ao dia. Quando o animal fica no quintal, dar uma olhada atenta no animal e em sua casinha pelo menos duas vezes por semana pode ajudar a detectar a presença do carrapato. A inspeção também deve ser feita nos gatos, mesmo que eles não tenham acesso à rua”, aconselha a médica-veterinária.

Se você encontrou um carrapato no seu peludo, o mais recomendado é buscar auxílio de um médico-veterinário de confiança para que o parasita seja retirado de forma segura. Isso porque, arrancar o carrapato com a mão ou com uma pinça comum pode provocar o desprendimento da peça bucal do carrapato, que permanece presa na pele do pet e pode servir como fonte de infecção para outras doenças.

“Outro motivo pelo qual é importante entrar em contato com o veterinário é que o profissional vai poder identificar qual é a espécie do carrapato e quais doenças ele pode transmitir ao pet, além de solicitar algum exame específico caso o pet tenha algum sintoma que pode estar relacionado com a infestação de carrapatos”, Nathalia reforça.

Após a retirada dos carrapatos é importante ficar atento: se mais carrapatos aparecerem no pet é necessário verificar com mais cuidado o seu quintal e áreas que o pet frequenta, já que estes bichinhos inconvenientes passam a maior parte do tempo no ambiente. Higienizar bem o ambiente é fundamental para eliminar os ectoparasitas.

Nathalia também alerta para a importância de deixar anotado na carteira de vacinação ou em alguma documentação do animal a data em que foi percebida a presença destes parasitas no pet, visto que alguns sintomas relacionados às doenças que podem ser transmitidas pelos carrapatos podem se desenvolver após algum tempo. Ter esta informação registrada ajuda o médico-veterinário a guiar melhor o seu diagnóstico ou mesmo descartar a possibilidade de doenças do carrapato em alguma intervenção futura. O mesmo deve acontecer caso os humanos encontrem algum carrapato em si, esta informação é valiosíssima para uma conduta médica mais adequada e melhor direcionada.

 

É possível prevenir?

Apesar dos problemões que eles trazem, os carrapatos são fáceis de serem evitados nos pets. Manter uma boa higiene do animal e do ambiente, e fazer uso regular dos antiparasitários recomendados pelo veterinário, sempre respeitado o período certo, são as formas mais simples de evitar estes ectoparasitas.

“Existem diversas soluções no mercado que auxiliam os peludos a ficarem livres destas complicações.  Os produtos pour-on a base de Fipronil, também conhecidos como pipetas como o Fiprolex®, são os mais comuns podem ser aplicados com segurança em cães e gatos, indo de acordo com a indicação de espécie, idade e de quilos do animal. Utilizando estes produtos de acordo com a regularidade sugerida pelo fabricante, as chances de o pet ser infestado por carrapatos cai drasticamente, garantindo uma maior saúde para o peludo”, finaliza.

 

Ceva Saúde Animal
www.ceva.com.br


Baixas temperaturas e tempo seco podem afetar a saúde dos pets

Os tutores devem estar atentos à incidência de doenças mais comuns no inverno

 

Nesta época do ano, marcada por quedas bruscas de temperatura e baixa umidade do ar, é preciso que os responsáveis redobrem os cuidados com a saúde dos pets. O clima pode levar ao aumento da incidência de doenças respiratórias, como a gripe, além de doenças articulares e infecções urinárias. 

Os tutores devem ficar atentos aos sinais de mudança no comportamento dos animais e adotar medidas preventivas. Isso é válido para animais de todas as idades, mas em especial para pets idosos. Com o avanço da medicina veterinária e o estreitamento da relação entre humanos e pets, os animais têm vivido mais tempo, o que leva ao aumento de doenças degenerativas. O envelhecimento é um processo que acompanha uma série de eventos, como perda de massa muscular, disfunções cognitivas, alterações osteoarticulares e algumas delas podem manifestar piora com os dias mais frios do ano. Além dos animais idosos, outros grupos que merecem cuidados redobrados são os pets de pelos mais curtos ou animais que já têm diagnóstico de doença articular.

Problemas respiratórios - “Os quadros respiratórios podem ser causados por vírus ou bactérias. “A traqueobronquite infecciosa canina, conhecida como ‘tosse dos canis’ é mais comum durante esse período do ano e os sintomas podem ser tosse seca e contínua, secreção nasal de muco, secreção ocular, dificuldade respiratória e intolerância ao exercício”, explica Tatiana L. R. Pavan, médica-veterinária e consultora técnica da Elanco. Os agentes mais comuns relacionados à tosse dos canis são a bactéria Bordetella bronchiseptica e o vírus da Parainfluenza canina, embora outros possam estar envolvidos.

Para a prevenção, recomenda-se seguir o protocolo de vacinação, promover desinfecção do ambiente em que vive o animal, garantir ventilação adequada no local, separar animais doentes ou em tratamento para doenças infectocontagiosas, evitar a superpopulação de animais num mesmo espaço e fazer a limpeza diária de comedouros e bebedouros, evitando o compartilhamento das vasilhas. 

Doenças osteoarticulares - Embora mais comuns em animais idosos, as doenças articulares também ocorrem em pets jovens e os quadros podem se acentuar no período em que as temperaturas caem. Com o frio, a musculatura se torna mais rígida e a circulação sanguínea e a oxigenação ficam comprometidas, o que pode agravar as doenças osteoarticulares. Além disso, em dias mais frios, os animais tendem a se movimentar e se exercitar menos.  

“Por isso é importante que o tutor fique atento a sinais como dificuldade de locomoção, sensibilidade à manipulação ou até escovação, dificuldade em encontrar posição para deitar-se e dormir, e mancar. Lembre-se que a dor pode levar a manifestações que vão além dos sintomas articulares, como alterações no apetite, mudanças no humor, na interação com a família e apatia. Sempre procure seu médico-veterinário de confiança ao notar alterações no comportamento do pet”, aponta Tatiana.  

A profissional também alerta sobre a importância de manter uma frequência diária de atividades físicas leves a moderadas, respeitando as orientações do médico-veterinário. É recomendável evitar subidas e terrenos irregulares, monitorar o local de trânsito do animal para evitar quedas, checar se o piso está escorregadio e se certificar de que o pet esteja bem acomodado e protegido ao repousar. Com o frio, é comum que animais que ficam nas áreas externas da residência procurem se esconder em locais muitas vezes perigosos, aumentando o risco de acidentes, por isso, garanta abrigo e conforto ao seu pet. Outra dica é manter a casinha com a abertura voltada para o sentido contrário do vento. 

Para o tratamento de quadros de dor e inflamação associados às doenças osteoarticulares em cães, Tatiana recomenda o Galliprant™, comprimido oral, que deve ser administrado uma vez ao dia. Galliprant™ é um produto inovador, primeiro de sua classe de antiinflamatórios que apresenta um exclusivo modo de ação, pois bloqueia um receptor importante no estímulo de dor e inflamação relacionadas à osteoartrite canina. Foi desenvolvido para proporcionar bem-estar para cães portadores de dor articular de uma forma segura e eficaz, preservando a manutenção das funções gastrointestinal, renal e hepática, o que representa menor risco de efeitos colaterais relacionados ao uso de antiinflamatório. Sua prescrição é recomendada para curto, médio e longo prazos, sem riscos conhecidos para a saúde do animal. 

Já para os gatos, a sugestão é o Onsior™ Gatos que oferece eficácia e segurança no tratamento e alívio da dor e da inflamação relacionadas às doenças agudas e crônicas, doenças osteoarticulares, cirurgias de tecidos moles e cirurgias ortopédicas.

Infecção urinária – entre as enfermidades que podem ter aumento da incidência nesse período estão as infecções urinárias. Nessa época, animais tendem a reduzir o nível de atividade e ingestão de água, se movimentam menos e retêm mais a urina, o que pode predispor à cistite. Gatos com alterações do trato urinário inferior podem apresentar dor e dificuldade ao urinar, podem ter sangue na urina, além de mudança de comportamento de micção.  

Para prevenção dessa enfermidade, o ideal é estimular o pet a consumir água ou fornecer alimentos úmidos, como sachês, para aumentar a ingestão hídrica e levar o animal ao médico-veterinário imediatamente ao notar qualquer mudança no comportamento.  

“'A Elanco possui em seu portfólio produtos que podem ser utilizados para esses casos, a critério do médico-veterinário, como antiinflamatório e dois antibióticos'', destaca Tatiana. “Lembramos que o diagnóstico e tratamento adequados devem ser realizados pelo profissional que acompanha o animal”, afirma. 

“Sabemos o quanto os pets são fundamentais para o bem-estar das pessoas e é nosso compromisso possibilitar que esses animais tenham cada vez mais saúde, vivendo uma vida plena ao lado da família. Este é um dos principais compromissos da Elanco e por isso a companhia investe constantemente em novas e inovadoras soluções ou no aprimoramento das já existentes em seu portfólio”, finaliza Tatiana.

 

Elanco Animal Health


Geneticista traz dicas para ajudar cães de rua e domésticos no inverno

Camilli Chamone explica como o animal regula a temperatura do corpo e aponta recomendações realmente eficazes – e que fogem do senso comum

 

Com a chegada do inverno, vem também a preocupação: como ajudar os cães (domésticos e os de rua) nesta estação? Será que o cão regula a temperatura do corpo como nós, humanos? 

Camilli Chamone, geneticista, consultora em bem-estar e comportamento canino e criadora da metodologia neuro compatível de educação para cães no Brasil, explica, com base em estudos relacionados à Fisiologia, como o de Guyton & Hall ("Tratado de Fisiologia Médica"), que cães são animais adaptados ao frio, uma vez que seus ancestrais evoluíram em regiões muito geladas do Planeta. 

Prova disso é a maneira pela qual regulam a temperatura corporal: através da respiração – ao contrário dos humanos, eles praticamente nem transpiram. 

"Ao longo do processo de evolução, inspirar o ar frio foi a forma que os cachorros encontraram de regular a temperatura do próprio corpo. Com isso, viver em locais de clima quente acaba sendo muito mais desafiador para eles, pois ficam ofegantes na tentativa de reduzir a temperatura do corpo, inspirando ar frio. Não raro, o calor leva os cães a morrerem de hipertermia", detalha. 

Assim, frentes frias só começam a ser complicadoras para o animal quando as temperaturas ficam negativas, algo raro no Brasil. 

Além disso, duas características dos cães funcionam como isolante térmico, que os protegem do frio: pelo e gordura corporal. "Não há cobertor mais eficiente do que o pelo. Ele evita que o animal perca ou receba calor em excesso, ajudando a equilibrar a temperatura do corpo", registra Chamone. 

No entanto, é comum que as pessoas humanizem os peludos e se preocupem com tempos invernais. Dentro de casa, eles costumam ser extremamente protegidos e, assim, adquirem mais sensibilidade ao frio. "Quando o cão vive em clima quente, em ambientes fechados, sem passeio ou contato com o ar externo, fica longe das intempéries do frio e se torna mais sensível a qualquer queda de temperatura", explica. 

Para os cachorros de rua, a realidade é outra, já que estão, o tempo todo, expostos a ventos, chuvas e noites mais gélidas. Se estiverem saudáveis, dificilmente sentirão frio, pois são adaptados. “São como os cachorros selvagens, que vivem livres na savana africana e toleram temperaturas noturnas próximas a zero grau; os lobos, de florestas temperadas, abaixo de zero; e os ursos, que toleram temperaturas negativas, no Polo Norte”, exemplifica Chamone.

 

Recomendações

Para saber se um cão está, de fato, com frio, só existe um critério confiável: se estiver tremendo, e que não seja em contexto de dor ou medo. "Ao tremer, ele realiza uma atividade muscular involuntária, cujo objetivo é aumentar a temperatura de seu corpo", informa. 

Nessas situações, Chamone recomenda ações simples. 

Para cães domésticos:

 

1) Disponibilize cobertores e mantas e proteger o cão de ambientes abertos – se ele dorme em área externa, por exemplo, é interessante providenciar casinha com papelão no chão.

 

2) Evite empacotá-lo demais com roupas ou muitas cobertas. “Além de causar desconforto, isso pode torná-lo cada vez menos resistente ao frio, sendo que o ideal é sempre aumentar a adaptabilidade do cão ao ambiente em que vive. Deixar janelas abertas, para o ar circular, e acesso a áreas externas à casa são ações importantes para esta adaptabilidade”, pondera a geneticista.

 

3) Cuidado especial com cães idosos, pelo fato de comumente terem doenças articulares. "Elas costumam piorar no frio porque o cachorro fica mais quieto e encolhido, contraindo muito a musculatura. Por isso é importante estimular seus movimentos".

 

4) Mantenha os passeios diários. Chamone explica que a atividade física é recomendada, pois eleva a temperatura do corpo, além de produzir inúmeros efeitos benéficos à saúde. "Ao ficar mais ofegante, o cachorro aumenta sua taxa metabólica e a temperatura corporal, conseguindo se auto aquecer. Portanto, o passeio é essencial em qualquer estação do ano, inclusive para manter a qualidade de vida diária do animal", garante.

 

Para cães de rua:

 

1) Substitua a campanha do agasalho canina e doe alimentos. "Para se manter aquecido, através da regulação da temperatura corporal, ele precisa de energia, que será encontrada na comida; ela é o combustível que o peludo necessita para se proteger do frio. Por isso, doar comida é o passo fundamental para ajudá-lo a enfrentar o clima gelado", simplifica.

 

2) Evite roupas e doe cobertores de chão. "Além de incomodar, estas peças podem molhar, em caso de chuva, e piorar a situação. Portanto, é prudente que sejam substituídas por cobertores de chão, que também são bem-vindos".

 

3) Leve-o ao veterinário para investigar possíveis doenças, se houver grande sensibilização ao estado de saúde do cão no inverno.

 

"Estas são as formas mais eficazes de fazer o bem aos peludinhos na estação mais gelada do ano; juntamos, com essas atitudes, ajuda, conhecimento e atos de amor", finaliza a geneticista.


INVERNO: ENTENDA OS CUIDADOS ESPECIAIS COM OS PETS DURANTE O FRIO


O inverno de 2023 teve início em 21 de junho, às 11h58. Com a chegada da estação mais fria do ano, é importante prestar atenção a algumas mudanças na rotina do seu animal de estimação para garantir sua saúde e bem-estar, pois durante esse período há um aumento na incidência de doenças respiratórias. Assim como acontece com os seres humanos, enfermidades como gripe, pneumonia e outras patologias também podem afetar os pets. Por isso, é fundamental conhecer medidas para evitar tais doenças e protegê-los adequadamente.

 A principal forma de prevenir que seu animalzinho adoeça é através da vacinação. Manter a carteira de vacinação do seu pet atualizada é de suma importância para que eles possam enfrentar os períodos de baixas temperaturas com maior segurança. As vacinas desempenham um papel crucial na prevenção de doenças, estimulando o sistema de defesa do animal, também conhecido como sistema imunológico. 

Além da vacinação, existem outros cuidados que também merecem atenção especial para garantir a qualidade de vida do seu pet durante o inverno. É importante oferecer uma alimentação balanceada, com os nutrientes necessários. Em caso de dúvidas, é recomendado buscar uma orientação personalizada, pois alguns alimentos são mais nutritivos do que outros durante essa época fria, quando os animais podem precisar acumular um pouco mais de gordura. Investir em cobertores e roupas adequadas também é uma boa opção para mantê-los aquecidos. 

Evite circular nas ruas em horários mais frios, contudo continue estimulando a prática de atividades físicas do seu amigo de 4 patas. Limpe-os com frequência, capriche na secagem pós-banho e evite a aglomeração de pets. Embora a vacina da gripe canina não seja obrigatória, é altamente recomendada para pets que têm contato frequente com outros animais, pois oferece uma proteção significativa. Garantir que seu pet receba essa imunização é um importante fator de prevenção. 

Caso seu pet comece a apresentar sintomas gripais como: secreção nos olhos, espirros, tosse, coriza (secreção no nariz), febre, mudança de comportamento (mais quieto), perda de apetite e/ou dificuldade respiratória, não faça uso de medicamentos, principalmente de humanos, sem orientação profissional. Nesses casos, é essencial procurar um veterinário especializado o mais rápido possível para evitar a progressão desses sintomas. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para garantir a recuperação do seu pet e prevenir complicações. 

Lembre-se: Aqueça seu pet com cuidados e muito amor!

 

Dra. Monique Rodrigues - médica veterinária especializada em animais de pequeno porte e CEO da Clinicão – rede de clínicas pet.


Suplementação natural pode ajudar os pets a lidarem com o medo de barulhos

 

Foto por Oov em freepik
A suplementação pode ser um excelente aliado para o bem-estar do seu pet

 

É comum um cão latir, correr ou se esconder quando acontece algum barulho alto na rua ou mesmo em casa, o instinto deles pode acionar o mecanismo de luta ou fuga quando se sentem ameaçados por sons que não reconhecem ou que os pegam desprevenido. Porém, alguns animais são muito mais sensíveis do que outros e acabam desenvolvendo um verdadeiro pavor de barulhos.

Alguns ruídos do nosso cotidiano podem promover medo e ansiedade nos animais de estimação, principalmente estrondos difíceis de prever, como trovões e fogos de artifício. Este medo à sons diversos interfere no bem-estar dos pets e da família, que precisa estar pronta para dar todo o suporte necessário ao animalzinho.

“O medo de barulho é um dos problemas comportamentais mais relatados pelos tutores de cães. Os pets têm a audição muito mais sensível que a dos seres humanos, por isso barulhos mais potentes e inesperados podem desencadear reações de luta, como latidos estridentes e comportamento agressivo, ou reações de fuga, como a busca por esconderijos que podem promover machucados e, em alguns casos, até mesmo fugir para a rua, o que também é muito perigoso”, conta Mariana Raposo, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

Nas épocas mais festivas do ano e com maior concentração da queima de fogos de artifício, é comum que cães cheguem às clínicas veterinárias com machucados nas patas, cabeça, unhas e pele por tentarem se proteger de alguma forma deste barulho que para eles é perturbador. Animais que já tenham alguma patologia podem apresentar sinais mais graves, ter crises convulsivas e episódios de desmaios.

 

Existe solução?

Algumas medidas públicas, como a proibição da venda de fogos de artifício com som em todo o território nacional (Lei 220/23), auxiliam no bem-estar dos animais, idosos e crianças, mas infelizmente nem sempre são cumpridas. Além disso, não é apenas o barulho de fogos que desencadeia o comportamento de estresse no pet, mas trovões e outros sons potentes e inesperados também desempenham um papel importante no medo sentido pelos pets.

“Muitas pesquisas na área comportamental da medicina veterinária estão avançando cada vez mais para auxiliar os pets a superar estes desafios, seja por meio de treinamento, modulação do ambiente em que o pet se encontra, ou pelo uso de psicoativos que reduzem a sensação de medo e estresse dos pets”, relata a médica-veterinária.

De acordo com Mariana, uma parte dos cães consegue melhorar o comportamento de medo através da associação do treinamento e do manejo ambiental, mas para os cães fóbicos, que tem um medo extremo dos barulhos, é necessária a utilização de agentes psicoativos para que este cão tenha realmente uma melhora do quadro, atuando como uma verdadeira força-tarefa.

Até pouco tempo, os psicoativos mais eficientes para auxiliar os pets a enfrentar estes momentos eram calmantes e antidepressivos, com restrições de uso pela idade ou fase de vida do animal. Por terem indicação de uso pontual, não contínuo, eles são considerados boas opções para os momentos previsíveis de barulho (partidas de futebol, virada do ano e outras comemorações festivas), mas não auxiliavam o pet a lidar com o medo de barulhos presentes no dia a dia.

“Hoje em dia existem produtos que auxiliam no bem-estar dos pets como suplementos alimentares compostos pela associação de Passiflora, Valeriana e Triptofano, nutrientes que atuam sinergicamente na prevenção de respostas comportamentais a sons ou ruídos altos, contribuindo para uma boa qualidade de vida do animal. A administração desses suplementos pode ser realizada em qualquer idade e o seu uso é sempre de acordo com indicação do médico veterinário responsável pelo pet”, detalha.

O Quetin® é o único suplemento alimentar desenvolvido de acordo com as necessidades dos cães, contribuindo para a manutenção do bem-estar e qualidade de vida dos animais. É composto por Passiflora, Valeriana e Triptofano nas concentrações ideais e recomendadas pelos mais diversos especialistas e referências na área de comportamento animal, atuando na prevenção de respostas comportamentais a sons ou ruídos altos.

“Nos preocupamos em trazer para o mercado pet produtos inovadores e de alta qualidade, que sejam promotores de bem-estar aos animais. A administração de Quetin® pode ser associada a treinamentos e manejos ambientais para uma melhor contribuição à qualidade de vida do pet”, finaliza.

  

Avert Saúde Animal
www.avertsaudeanimal.com.br


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