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sexta-feira, 24 de março de 2023

Outono é uma estação que favorece o tratamento de varizes e vasinhos e permite melhores resultados estético

Outra vantagem é que o paciente tem mais tempo para se recuperar e se preparar para o verão


Embora as varizes e vasinhos possam ser considerados um problema estético, eles também podem afetar o bem-estar geral, e em alguns casos existe o risco de complicações, sobretudo quando o tratamento não é realizado por especialistas.  A intervenção adequada ajuda a prevenir e manter a saúde vascular.

Para os especialistas, alguns períodos do ano favorecem os procedimentos vasculares.  O outono, por exemplo, é uma estação que traz benefício para o paciente, pois, a partir desta temporada, existe uma redução na exposição das pernas ao sol, o que possibilita melhores resultados estéticos, e durante a recuperação sente-se menos desconforto. Outra vantagem é que  o paciente tem mais tempo para se recuperar e se preparar para o verão.

Conforme o cirurgião vascular e presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Dr. Fabio Rossi, ficar atento ao aparecimento de varizes e vasinhos e procurar tratamento podem precaver contratempos, aliviar a dor, melhorar a capacidade de realizar atividades diárias, aumentar a autoestima e prevenir problemas futuros. Além disso, o resultado é melhor quando o tratamento é realizado precocemente.

Vale ressaltar que o aparecimento de varizes e vasinhos, apesar de aparentemente ser simples, pode ser a primeira manifestação de doenças mais graves, como levar à formação de úlceras, coágulos sanguíneos nas pernas com chances de provocar uma trombose venosa profunda, que ainda corre o risco de se deslocar para os pulmões e causar embolia pulmonar, além de também ocasionar a insuficiência venosa crônica, que é uma condição em que as veias das pernas não conseguem bombear sangue de volta para o coração de forma eficiente, e isso causa dor, inchaço e uma sensação de peso nas pernas.

As técnicas para o tratamento apresentam resultados clínicos favoráveis na atualidade, desde que realizadas por equipe experiente. A recomendação para tratar varizes e vasinhos depende do grau de gravidade da condição e das necessidades específicas de cada paciente. Algumas opções mais comuns incluem Escleroterapia, que é um procedimento em que um líquido ou espuma é injetado diretamente nas veias afetadas, causando a inflamação da parede interna da veia e levando à sua obstrução e eventual desaparecimento, sendo um procedimento historicamente consagrado.

A ablação por radiofrequência é uma técnica minimamente invasiva em que uma sonda de radiofrequência é inserida na veia afetada para fechá-la e permitir que o fluxo sanguíneo seja redirecionado para outras veias saudáveis. Já a ablação a laser transdérmico para os vasinhos, e o endovenoso para as varizes, é semelhante à ablação por radiofrequência, mas usa-se um laser em vez de energia de radiofrequência para fechar a veia afetada.

Para iniciar qualquer intervenção é essencial que o paciente seja avaliado por um médico vascular para que o método seja personalizado para cada caso, levando em consideração sua saúde geral, condições de tratamento e histórico familiar. O especialista é quem vai orientar em relação às melhores opções e critérios para a situação específica.

É importante lembrar que, em alguns casos, o método é realizado em etapas, com número de sessões variáveis para se obter o efeito esperado. E, em situações mais graves, pode ser necessário recorrer à cirurgia vascular para remover as veias afetadas, mas é também o especialista vascular que irá avaliar essa necessidade.

“Após a qualquer procedimento, é fundamental manter alguns hábitos para evitar que as varizes e os vasinhos voltem, como o uso da meia elástica, o controle do peso, dieta saudável, não fumar, manter a atividade física, alternar a posição de trabalho e repousar mais vezes com as pernas elevadas. Essas são medidas protetivas e importantes”, orienta o cirurgião vascular.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br


Você sabe o que é hipertermia?

Médica da Prevent Senior explica a diferença
Exposição ao calor excessivo pode trazer riscos para a nossa saúde. Médica da Prevent Senior explica tudo sobre o assunto


Mesmo com o fim do verão, período marcado por dias de muito calor, nós devemos tomar cuidado nos dias mais quentes. Além da exposição ao sol, o nosso corpo requer atenção a outros fatores. Você sabe quais são os riscos do calor excessivo? Hoje nós vamos falar sobre a hipertermia.

Em dias muito quentes, o nosso corpo precisa encontrar uma forma de resfriar, ou seja, abaixar um pouco a temperatura. Para isso, o próprio corpo produz o suor. O problema começa a aparecer quando permanecemos em um local quente ou abafado, sem os cuidados necessários, como beber uma quantidade de líquido adequada. Com isso, nós acabamos desidratando com mais facilidade, o suor não acontece e, consequentemente, a temperatura corporal aumenta, causando a hipertermia.

“A hipertermia é quando a temperatura central do nosso corpo aumenta por uma incapacidade do nosso organismo para liberar ou reduzir o calor”. afirma a médica geriatra da Prevent Senior Ana Paula Andrighetti, que faz um alerta: “É um problema grave, que pode levar pessoas a óbito quando a situação não é revertida”,


HIPERTERMIA

A hipertermia acontece quando a temperatura central do corpo (que é definida entre 36,6ºC e 37,6ºC) passa por um aumento abrupto, geralmente acima de 40ºC, comprometendo os tecidos e órgãos do nosso corpo.

“É um estado do corpo que afeta principalmente crianças e os Adultos+, que possuem uma menor capacidade de ajuste às alterações de temperatura”, destaca a médica.

Por ser caracterizada pelo aumento da temperatura do corpo, a hipertermia pode ser confundida com a febre, mas o que a difere da enfermidade é que a hipertermia está relacionada a uma incapacidade do corpo de dissipar o calor. Já a febre ocorre como uma resposta do nosso organismo a algum agente infeccioso.


SINTOMAS DE HIPERTERMIA

- Produção excessiva ou falta de suor
- Tontura
- Respiração rápida ou ofegante
- Dor de cabeça
- Fraqueza
- Pressão arterial baixa
- Vômitos
- Câimbras
- Alucinação
- Convulsão


A HIPERTERMIA TAMBÉM CONTÉM TRÊS CLASSIFICAÇÕES:

Hipertermia clássica - tem como principal fator um ambiente em temperaturas elevadas.

Hipertermia por esforço - ocorre durante a prática de uma atividade física, por exemplo.

Hipertermia maligna - acontece em indivíduos geneticamente propensos, quando submetidos a alguns medicamentos.

A médica Ana Paula Andrighetti explica que algumas condições médicas crônicas podem alterar as respostas do corpo ao calor, como hipertensão e doenças da tireoide. “Além disso, alguns medicamentos também podem interferir na capacidade do corpo de regular a temperatura ou realmente impedir a transpiração”, complementa.

A geriatra orienta que quando o paciente perceber que isso acontece com certa frequência, é importante que ele relate ao médico de referência.


EM DIAS MUITO QUENTES, TENHA ATENÇÃO!

- Beba uma quantidade de água adequada durante todo o dia;

- Prefira lugares cobertos ou áreas com ventilação adequada, longe do calor exposto;

- Vista-se com roupas leves e de cores claras;

- Prefira consumir alimentos frios, como frutas frescas, saladas e legumes, mas sempre respeitando as suas preferências e recomendações médicas;

- Evite tomar cafeína e álcool, pois são bebidas que contribuem para a desidratação;

- Evite praticar atividades intensas das 10h às 16h;

- Ao sair no sol, use filtro solar, chapéu ou boné;

- Se sentir cansaço, náuseas, tonturas ou dores de cabeça, saia imediatamente do sol.

Ao notar qualquer sintoma da hipertermia, tente se refrescar, mas se o mal estar persistir, procure imediatamente uma unidade de Pronto Atendimento.


REFRESQUE-SE

Confira alguns métodos para o resfriamento mecânico do nosso corpo:

- Ambientes arejados;
- Alimentos frios;
- Pacotes de gelo, ou bolsas térmicas frias;
- Lençóis molhados;
- Imersão em água fria

HIPOTERMIA

Ainda falando sobre este assunto, é bom explicarmos também sobre a hipotermia, que é o oposto da hipertermia. Ela acontece quando a nossa temperatura cai, ficando abaixo dos 35ºC, geralmente quando o corpo está exposto em um ambiente com temperaturas baixas. Nesse estado, o corpo acaba liberando mais calor do que consegue reter, resultando na diminuição da temperatura corporal. “Caso isso ocorra, é importante aquecer o corpo imediatamente, com cobertores, mantas e até mesmo bebidas quentes, além de checar as roupas e retirá-las se estiverem molhadas”, orienta a médica Ana Paula Andrighetti.

A geriatra esclarece que, se não ocorrer uma melhora rápida, é preciso buscar socorro imediatamente.


ATENÇÃO! Somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, recomendar tratamentos e receitar medicamentos. Em caso de suspeita de sintomas, procure um médico.


Março Azul Marinho: mês de combate ao câncer colorretal


O Teste Onco-PDOTM, uma ferramenta inovadora na guerra contra o câncer


O Mês de Março é conhecido pela cor Azul-Marinho em conscientização ao câncer colorretal, sendo celebrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal no dia 27 do mês, como símbolo de prevenção e tratamento da doença. Esse é o terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), que estima o surgimento de 41 mil novos casos por ano no país.

A doença se manifesta na presença de tumores alocados na região do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e no ânus. A doença se desenvolve gradativamente por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desordenada e sem apresentar qualquer sintoma. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Esta neoplasia é tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser detectado precocemente, principalmente quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura da doença.

A detecção precoce do câncer, por meio do exame de colonoscopia, em todas as pessoas acima dos 50 anos é uma estratégia fundamental para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, aumentar a chance de tratamento. Os principais fatores de risco são: idade acima dos 50 anos, histórico familiar, dieta pobre em fibras, ingestão excessiva de carnes vermelhas e processadas. 

Com chances de cura, a guerra contra o câncer será travada com ferramentas de tomada de decisão aprimoradas

Para os casos de diagnóstico positivo com recomendação de quimioterapia, os avanços científicos têm apresentado novas ferramentas. Uma delas foi trazida pela Invitrocue Brasil ao país. Os investimentos da empresa na tecnologia de organoides levaram ao desenvolvimento do teste Onco-PDO (Organoides Derivados do Paciente) que auxilia os médicos a individualizar o tratamento do paciente. Com ele, as células do paciente são cultivadas e testadas contra diferentes drogas quimioterápicas, analisando como respondem aos diferentes tratamentos.  

Trata-se de um cultivo celular tridimensional, que melhor reflete in vitro as condições observadas in vivo do seu tumor de origem. O Teste Onco-PDO leva em conta que cada paciente é único, e isso ajuda o médico a traçar a melhor escolha para aquele paciente específico. Alguns tumores mostram-se resistentes a certos medicamentos e saber previamente as respostas das células tumorais do paciente para os diferentes tratamentos em laboratório contribui para a tomada de decisão dos médicos oncologistas.

O benefício é que, ao invés de fazer previsões de como um o câncer pode responder a uma terapia, o Teste Onco-PDO permite verificar especificamente o efeito dessa terapia no tumor do paciente e trabalhar diretamente com as células vivas que formam o câncer em cada caso.

Disponível no Brasil para câncer de mama, pulmão, colorretal, pancreático, gástrico, próstata e ovário, o Teste Onco-PDO permite que o médico escolha 8 de 60 drogas para teste e o resultado demonstrará como as células responderam em laboratório, sendo uma ferramenta de alto valor para o médico oncologista.

O relatório, gerado em até 21 dias, fornece informações de como os organoides derivados do paciente responderam aos diferentes tratamentos testados. A resposta aos tratamentos é apresentada como porcentagem de resposta, onde 100% corresponde ao máximo de morte celular. 

O Teste Onco-PDO  está disponível para coletas em todo o Brasil. Para mais informações, consulte a Invitrocue Brasil.

O futuro da medicina agora depende de ações de precisão. Para que as novas ferramentas possam ser utilizadas, converse com o seu médico para uma avaliação precisa e análise das opções de tratamento!

 

Invitrocue Brasil

www.invitrocuebrasil.com.br / invitrocue@invitrocue.com.br

 

Adolescentes que usam celular ou tablet por mais de três horas ao dia sofrem mais com dor na coluna

 

Conclusão é de estudo longitudinal conduzido em Bauru, no interior paulista, com jovens entre 14 e 18 anos; problema afeta mais as meninas e está associado à inatividade física e baixo rendimento acadêmico (foto: Freepik) 

 

Com a popularização de dispositivos como celulares e tablets e a multiplicação de canais de vídeos, jogos e aplicativos educacionais, crianças e adolescentes têm passado cada vez mais tempo em frente de telas. E, nesses momentos, é comum adotarem posturas inadequadas, que podem causar, entre outros problemas, dores na coluna vertebral.

Estudo financiado pela FAPESP e publicado na revista científica Healthcare identificou diversos fatores de risco para a saúde da coluna, como o uso de telas por mais de três horas ao dia, a pouca distância entre o equipamento eletrônico e os olhos, a utilização na posição deitada de prono (de barriga para baixo) e também na posição sentada. O foco do estudo foi a chamada dor no meio das costas (thoracic back pain, ou TSP). Foram avaliados 1.628 estudantes de ambos os sexos entre 14 e 18 anos de idade, matriculados no primeiro e no segundo ano do ensino médio, período diurno, na área urbana do município de Bauru (SP), que responderam a um questionário entre março e junho de 2017. Destes, 1.393 foram reavaliados em 2018. A pesquisa constatou que, de todos os participantes, a prevalência de um ano foi de 38,4%, o que significa que os adolescentes relataram TSP tanto em 2017 quanto em 2018. A incidência em um ano foi de 10,1%; ou seja, não notificaram TSP em 2017, mas foram encaminhados como casos novos de TSP em 2018. As dores na coluna ocorrem mais nas meninas do que nos meninos.


Fatores de risco

TSP é comum em diferentes grupos etários na população mundial. Estima-se que afete de 15% a 35% dos adultos e de 13% a 35% de crianças e adolescentes. A pandemia de COVID-19 e a consequente explosão no uso de eletrônicos seguramente agravaram a incidência do problema. Fatores de risco físicos, fisiológicos, psicológicos e comportamentais ou uma combinação destes estão associados à TSP, de acordo com várias investigações. Há também fortes evidências dos efeitos da atividade física, comportamento sedentário e saúde mental na saúde da coluna vertebral. Todos esses fatores foram considerados críticos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em sua mais recente revisão global de evidências e diretrizes.

“Esse trabalho pode ser utilizado para implementar programas de educação em saúde nos diversos níveis escolares, visando capacitar estudantes, professores, funcionários e pais”, diz Alberto de Vitta, doutor em educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com pós-doutorado em saúde pública pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu e um dos autores do artigo. “Isso vai ao encontro de alguns objetivos dos Parâmetros Curriculares Nacionais [PCN], segundo os quais a escola deve assumir a responsabilidade pela educação para a saúde, identificando fatores de risco à saúde pessoal e coletiva no meio em que vivem, intervindo de forma individual ou coletiva sobre os fatores desfavoráveis à saúde e promovendo a adoção de hábitos de autocuidado com respeito às possibilidades e limites do corpo”, complementa Vitta, que atualmente leciona e pesquisa no Departamento de Fisioterapia da Faculdade Eduvale de Avaré (SP) e no programa de pós-graduação em Educação, Conhecimento e Sociedade da Universidade do Vale do Sapucaí (Pouso Alegre, MG).

Informações sobre fatores de risco para TSP em estudantes do ensino médio são relevantes porque crianças e adolescentes com dor nas costas são mais inativos, apresentam baixo rendimento acadêmico e apresentam mais problemas psicossociais, aponta o artigo. Além disso, poucos estudos foram realizados em TSP em comparação com a dor lombar e cervical. Uma revisão sistemática de TSP identificou apenas dois estudos prospectivos sobre fatores prognósticos.

Além de Vitta, assinam o artigo Matias Noll, Instituto Federal Goiano e da Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás, Manuel Monfort-Pañego e Vicente Miñana-Signes, da Universidade de Valência (Espanha), e Nicoly Machado Maciel, da Universidade de São Paulo.

O artigo Thoracic Spine Pain in High School Adolescents: A One-Year Longitudinal Study pode ser acessado em: www.mdpi.com/2227-9032/11/2/196.

 

Ricardo Muniz
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/adolescentes-que-usam-celular-ou-tablet-por-mais-de-tres-horas-ao-dia-sofrem-mais-com-dor-na-coluna/40960/


Purple Day: data reforça combate aos mitos e preconceitos sobre a epilepsia

No mês que marca o Dia Mundial da Conscientização sobre a Epilepsia, que será comemorado neste domingo (26), especialista esclarece dúvidas sobre doença que atinge 50 milhões de pessoas em todo o mundo


 Divulgação
Neste domingo (26/03), comemora-se o Purple Day, que tem como objetivo esclarecer as pessoas e combater os mitos a respeito da epilepsia

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo têm epilepsia, doença que causa uma alteração temporária e reversível no funcionamento cerebral. No Brasil, são pelo menos três milhões de pessoas que sofrem com este problema. O mês de março é dedicado para esclarecer e combater os preconceitos em relação à epilepsia. Neste domingo, dia 26, é comemorado o Purple Day, data que marca o Dia Mundial da Conscientização sobre a Epilepsia.

Cercada de muitos estigmas e mitos, a epilepsia é ocasionada quando existe um desequilíbrio na produção e transmissão de sinais elétricos das células dos neurônios. Quando isso acontece de forma recorrente em uma pessoa em pelo menos dois dias diferentes, trata-se de uma crise epiléptica de origem cerebral. “Estas crises podem ser ocasionadas através de desmaios, sobrecarga emocional ou enxaqueca forte. Ela afeta o sistema nervoso central, mas tem cura se for diagnosticada precocemente”, explica o neuropediatra Jaime Lin, convidado pela Prati-Donaduzzi para falar sobre o Purple Day.

Segundo o especialista, a doença, que atinge desde o período neonatal até os idosos e pode acontecer em qualquer período da vida, podendo ser controlada. “Com os avanços da ciência, os neurologistas já conseguem saber para qual tipo de epilepsia cada medicamento responde melhor. Atualmente, com tratamento adequado e acompanhamento regular, uma pessoa pode ter vida normal”, afirmou o Dr. Lin.


Como agir em uma crise?

Muitas pessoas encaram a epilepsia como algo assustador e não sabem como agir diante de uma pessoa em crise, cometendo às vezes erros que podem mais prejudicar do que ajudar. “Alguns tentam segurar a pessoa ou mesmo impedir seus movimentos. Outros introduzem objetos na boca, tentando puxar a língua da pessoa. Há quem dê tapas ou jogue água no rosto dos pacientes em crise. Estas atitudes não devem ser executadas de forma alguma”, orienta o neuropediatra.

O fundamental nestas situações, segundo o especialista convidado pela Prati-Donaduzzi, é manter a calma.

“É preciso tranquilizar quem esteja ao redor e tentar evitar que a pessoa em crise caia bruscamente no chão. Posicione a pessoa deitada, em um local confortável, com a cabeça voltada para o lado, para que ela não se engasgue com a própria saliva. Retire objetos próximos que possam machucá-la, afrouxe suas roupas se necessário e fique ao lado desta pessoa até que ela recupere a consciência. Se a crise convulsiva durar mais do que cinco minutos e não houver melhora, procure ajuda médica”, aconselha o médico Jaime Lin.

Ao longo do mês de março, a Prati-Donaduzzi, empresa que é referência na produção de medicamentos no Brasil, tem divulgado conteúdos em suas redes sociais para esclarecer as principais dúvidas sobre epilepsia, formas de tratamento, mitos e verdades e como ajudar as pessoas em momentos de crises epilépticas.

 

Dia Mundial da Tuberculose: redes de tratamento precisam de mais investimentos


foto: reprodução
A sexta-feira, dia 24 de março, será marcada pelo Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que tem como objetivo conscientizar o público sobre a epidemia global de tuberculose e os esforços para eliminar a doença. Em 2018, 10 milhões de pessoas adoeceram com TB e 1,5 milhão morreram da doença, principalmente em países de baixa e média renda.


No ano passado, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) pediu mais investimentos, ajuda, atenção e informação urgentes para combater a doença naquele que era um momento em que a pandemia de Covid-19 reverteu o progresso feito contra uma das enfermidades infecciosas mais mortais do mundo.

Passado mais um tempo desde então, o médico Vital Fernandes Araújo corrobora o argumento defendendo um maior investimento nas políticas de combate e prevenção à tuberculose.

“É nítido que todas as áreas da saúde pública necessitam de mais investimentos. Mas os números da Tuberculose inspiram maior atenção, sobretudo pelo número de mortes a todo ano”, aponta.

Dr. Vital lembra que todos os dias, mais de 70 pessoas morrem e 800 adoecem de tuberculose nas Américas. “Embora os esforços para combater a doença tenha salvado mais de 1,2 milhão de vidas no continente desde 2000, estima-se que as mortes anuais tenham aumentado em 3 mil no ano de 2020 devido à interrupção de serviços essenciais”, mencionou.

Ainda de acordo com Vital, cerca de 18,3 mil crianças e adolescentes menores de 15 anos vivem com tuberculose nas Américas e mais da metade não tem acesso a serviços de diagnóstico e tratamento. “A própria Covid-19 também teve um impacto desproporcional em crianças e adolescentes com TB, levando ao aumento da transmissão em suas casas, redução da vigilância ativa, menos visitas a uma unidade de saúde e seguimento limitado do tratamento”, emendou.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou diretrizes atualizadas para o tratamento da tuberculose em crianças e adolescentes. Essas incluem recomendações para expandir testes diagnósticos e tratamento, medicamentos para tratar TB farmacorresistente em crianças e novos modelos de atenção descentralizada e integrada para melhorar o acesso a cuidados preventivos e tratamento mais próximo de casa”, emendou.



Dr. Vital Fernandes Araújo - Médico e se formou pela Universidade Federal da Bahia. Ele é pós-graduado em Medicina Ortomolecular e pós-graduado em Psiquiatria. O médico hoje atua como mentor de médicos e grandes empresários através da sua metodologia que denominou de Integração Neuro Emocional.


 

 

Abril Azul: mês de conscientização sobre o autismo

Fato ou fake? Especialista do PROADI-SUS esclarece mitos e verdades sobre o Transtorno do Espectro Autista


A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que haja 70 milhões de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no mundo, sendo cerca de 2 milhões só no Brasil. Oitenta anos depois do primeiro caso diagnosticado na história, a falta de informação ainda é a principal barreira para a inclusão desses indivíduos na sociedade. Como abril é o mês da conscientização mundial sobre o autismo, confira o que é fato ou fake sobre o TEA segundo o Dr. Thiago Rocha, Psiquiatra da Infância e Adolescência, coordenador do Centro Especializado em Neurodesenvolvimento Infantil (CENI) do Hospital Moinhos de Vento, e responsável técnico de projeto no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).


Autismo é uma doença. 

Fake!

Autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento e não uma doença, ao contrário do que muitas pessoas imaginam. O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades. Sem uma definição do diagnóstico, e consequentemente sem a ajuda e o tratamento necessários para viver melhor com a condição, pessoas dentro do espectro passam anos, e até décadas, lidando com dificuldades que não sabem o que é, sentindo-se deslocados e "diferentes", impactando seu desenvolvimento. Quando finalmente recebem o diagnóstico, sentem-se aliviados e passam a lidar com suas características de forma mais leve. 


O autismo pode ser diagnosticado em bebês. 

Fato! 

O TEA costuma apresentar seus sintomas antes dos 3 anos de idade, mas alguns pais podem reconhecer os sinais de autismo mesmo antes, quando seus filhos têm 9-12 meses, dependendo dos sintomas e de sua gravidade. Há inclusive recomendação do Ministério da Saúde para a realização de perguntas de rastreamento, disponíveis na Caderneta de Saúde da Criança, em todas as crianças entre os 16 e os 30 meses, para que casos suspeitos possam ser identificados de forma mais precoce. Entretanto, de maneira geral, o diagnóstico de transtorno do espectro autista no Brasil é feito tardiamente. Esse atraso pode gerar repercussões negativas para o desenvolvimento da criança, por essa não receber estimulação adequada em períodos sensíveis do neurodesenvolvimento. A falta de informações adequadas e dificuldades de acesso ao sistema de saúde são causas comuns para o diagnóstico tardio. A resistência ao diagnóstico e o estigma em torno de condições neurodivergentes também impedem que algumas crianças sejam levadas para avaliação e diagnosticadas.


O autismo pode ser hereditário. 

Fato!

Diversas pesquisas já foram realizadas para buscar descobrir as possíveis causas por trás do desenvolvimento do TEA. Os estudos apontam uma forte influência genética nos casos, onde diferentes genes parecem contribuir para a ocorrência do diagnóstico. Fatores ambientais também podem influenciar, em menor grau, o risco do desenvolvimento do TEA. A explicação mais aceita no momento é uma contribuição de múltiplos fatores, numa combinação de fatores genéticos e ambientais. 


Certos medicamentos na gravidez podem aumentar o risco de autismo. 

Fato!

Alguns fatores durante a gestação podem aumentar o risco de TEA. Diversos estudos apontam que o uso de ácido valpróico, que é utilizado para tratamento de epilepsia e transtorno bipolar, pode aumentar a chance da criança nascer com autismo. 


Vacinas causam autismo. 

Fake!

Segundo a OMS, não há nenhuma comprovação científica que ligue o transtorno do espectro autista a nenhuma vacina. Essa relação surgiu a partir de um estudo realizado em 1998, que depois se mostrou fraudulento, no qual os resultados mostravam que vacinas para quadros virais como sarampo, caxumba ou rubéola aumentariam o risco do desenvolvimento de TEA nas crianças. O estudo foi investigado e foi comprovada a manipulação dos dados, com posterior retratação por parte da revista científica e cassação do principal autor do estudo. Essa relação entre vacinas e TEA vem sendo objeto de múltiplos estudos ao longo dos últimos anos, tendo sido refutada por vários especialistas.


Os casos de autismo aumentaram muito nos últimos anos. 

Fato!

Não há dúvidas de que há um aumento considerável nos casos de autismo nos últimos anos. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) atinge de 1% a 2% da população mundial e, no Brasil, aproximadamente dois milhões de pessoas. Esse crescimento da prevalência do TEA pode estar associado a três fatores principais: 

  • Ampliação do acesso a informações sobre o TEA, com redução de estigma e maior procura por diagnóstico;
  • Crescimento do número de diagnósticos dos casos mais leves, que até recentemente não eram identificados;
  • Aumento real do número de casos possivelmente associados à idade materna e paterna mais avançadas e aumento de casos de nascimentos prematuros. 


Autistas não conseguem trabalhar. 

Fake!

Hoje, um autista ter uma carreira já é uma realidade e muitas empresas se conscientizaram para incentivar e absorver o melhor que esses profissionais podem oferecer. A inclusão de um autista no mercado de trabalho é garantida pela mesma lei que determina a participação mínima para portadores de qualquer deficiência. Foi a Lei 12.764, de 2012 – também conhecida como Lei Berenice Piana – que abriu as portas para o reconhecimento do Autismo dentro do rol das demais deficiências. Desde então, o autismo tem sido muito mais discutido e diagnosticado no país. Como prova, confira pessoas famosas dentro do Espectro que você não conhecia: 

 

  • Bill Gates 

Diagnosticado dentro do Espectro Autista aos oito anos de idade, Bill Gates é atualmente um dos homens mais ricos do mundo por ter fundado a Microsoft. Sua fortuna é estimada nos 97 bilhões de dólares.

 

  • Greta Thunberg 

A ativista ambiental sueca Greta Thunberg, 20 anos, foi diagnosticada com Síndrome de Asperger, agora classificada como Transtorno do Espectro Autista nível 1, aos 11 anos de idade.

 

  • Anthony Hopkins 

Vencedor do Oscar de Melhor Ator no filme “O Silêncio dos Inocentes”, Anthony Hopkins teve o diagnóstico de autismo na vida adulta, por volta dos 70 anos. Foi a esposa do ator quem o incentivou a pesquisar mais sobre o TEA e entender que algumas das suas características poderiam ser sinais de uma pessoa atípica.

 

Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, PROADI-SUS
https://hospitais.proadi-sus.org.br


Dia de Combate à Tuberculose: Pacientes com HIV têm 25 vezes mais risco de desenvolverem a doença

Microbiologista Clínica do CEUB alerta sobre as formas de transmissão, diagnóstico e tratamento da infecção


Desafio da saúde pública mundial, a incidência da tuberculose cresceu nos últimos anos. Para ampliar as ações de atenção, tratamento e controle da doença, é celebrado em 24 de março o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Ela é uma das principais causas de morte em pacientes com HIV, sendo responsável por 300 mil óbitos por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A especialista em Microbiologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Fabíola Castro faz um alerta sobre o aumento das taxas de infecção e indica como prevenir e diagnosticar a infecção.

Segundo a microbiologista clínica e professora de Medicina do CEUB, conhecer os sintomas, as formas de transmissão e as alternativas de tratamento é fundamental para minimizar os riscos relacionados à tuberculose. A especialista explica que a doença evolui de forma lenta e que os infectados são transmissores em potencial. Os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, dificultando o diagnóstico: “Além da tosse, da perda de peso rápida, sudorese noturna e febres baixas vespertinas, falta de ar e tosse com sangue podem ocorrer com o infectado”.

O diagnóstico precoce, conforme destaca a especialista, ajuda a melhorar a qualidade de vida do paciente. O tratamento pode ser feito a partir de medicamentos próprios, que são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com o acompanhamento, monitoramento e orientação de especialistas durante o período de uso das medicações, que pode variar conforme o local da infecção.

"O surgimento dos bacilos resistentes exige o tratamento com drogas antimicrobianas não convencionais. Desta forma, existe uma dificuldade de resposta e diversos efeitos colaterais – o que aumenta o tempo de tratamento e reduz as chances de cura”, explica Fabíola Castro. Para diminuir o risco de tuberculose em pacientes com HIV, é fundamental que eles façam o teste quando houver suspeita e iniciem o tratamento imediatamente se a doença for identificada.

A professora do CEUB acrescenta que a eficácia do tratamento depende da rapidez do diagnóstico e do pronto atendimento médico. “A tuberculose é uma doença que tem cura, com a possibilidade de uma recuperação plena, sem sequelas. Mas existe também o risco de ocasionar sequelas nos casos mais avançados, quando o infectado apresenta graves lesões no pulmão e nos órgãos afetados”, arremata.


Cenário mundial

De acordo com dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), mais de 38 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com HIV. Embora a terapia antirretroviral tenha melhorado significativamente a expectativa de vida desses pacientes, eles ainda estão em risco de contrair outras doenças, como a tuberculose.

Dados mais recentes do UNAIDS, cerca de 690 mil pessoas vivendo com HIV foram diagnosticadas com tuberculose. Isso representa uma redução de 23% em comparação com o número de casos registrados em 2010. Apesar dessa queda, ainda há muito a ser feito para prevenir e tratar a tuberculose em pacientes com HIV. A doença é altamente contagiosa, o que aumenta o risco de transmissão em ambientes onde as pessoas vivem em condições precárias e em contato próximo, como prisões, abrigos e centros de refugiados.


Retirada de ovários em mulheres mais jovens está associada ao aumento do risco da Doença de Parkinson aponta pesquisa

freepix
Estudo incluiu 2.750 mulheres que foram submetidas a cirurgia para remover ambos os ovários

 

A remoção cirúrgica de ambos os ovários está associada a um risco aumentado de Doença de Parkinson e parkinsonismo em mulheres com menos de 43 anos, conforme relatam os pesquisadores da Mayo Clinic na revista médica JAMA Network Open

Usando dados de registros de saúde do Rochester Epidemiology Project, o estudo incluiu 2.750 mulheres que foram submetidas a cirurgia para remover ambos os ovários (um procedimento chamado ooforectomia bilateral) e 2.749 que não passaram pela cirurgia. As razões para a cirurgia foram uma condição benigna (não cancerosa), como endometriose, cisto ou outro motivo, incluindo a cirurgia preventiva do câncer. Os pesquisadores descobriram que para cada 48 mulheres com menos de 43 anos no momento da cirurgia, uma mulher adicional desenvolveu a Doença de Parkinson em comparação com mulheres da mesma idade que não tiveram os ovários removidos. 

A Doença de Parkinson é um distúrbio progressivo que afeta o sistema nervoso e as partes do corpo controladas pelos nervos. Os tremores são comuns, mas o distúrbio também pode causar rigidez ou lentidão dos movimentos. Os sintomas muitas vezes são acompanhados por demência, distúrbios do sono e problemas intestinais e da bexiga. Parkinsonismo é um termo geral para lentidão dos movimentos, juntamente com rigidez, tremores ou perda de equilíbrio.

A Doença de Parkinson se manifesta comumente quase duas vezes mais em homens do que em mulheres na população em geral, sugerindo que fatores de sexo ou gênero desempenham um papel no seu desenvolvimento. Para as mulheres, os ovários são a principal fonte do hormônio estrogênio. A remoção cirúrgica dos ovários de uma mulher pode ser recomendada devido ao câncer, mutações genéticas e outras condições. Quando os ovários de uma mulher são removidos cirurgicamente antes que ela entre na menopausa, essa fonte de estrogênio e outros hormônios é perdida e a remoção causa uma disfunção endócrina abrupta.

As descobertas confirmam um estudo de 2008 que sugeriu que a falta de estrogênio causada pela remoção de ambos os ovários em mulheres mais jovens pode estar associada a um risco aumentado da Doença de Parkinson e do parkinsonismo. Os resultados comprovam as diretrizes atuais de que a remoção de ambos os ovários não deve ser realizada para prevenir o câncer de ovário em mulheres com risco médio de câncer, diz o Dr. Walter Rocca, neurologista e epidemiologista da Mayo Clinic e investigador principal do estudo. 

Para mulheres que carregam uma variante genética de alto risco para câncer de ovário, a remoção do ovário antes da menopausa pode ser indicada, mas as mulheres devem receber terapia de estrogênio após a cirurgia até os 50 ou 51 anos, idade aproximada da menopausa espontânea, diz ele. 

“Hoje em dia, não é recomendado o uso de terapia com estrogênio para a prevenção de demência ou parkinsonismo após a menopausa espontânea para mulheres com idade entre 46 e 55 anos”, diz o Dr. Rocca. “Mas este estudo e estudos anteriores sugerem que a terapia com estrogênio é importante em mulheres cujos ovários foram removidos cirurgicamente antes dos 46 anos. Mulheres que passaram pela menopausa induzida cirurgicamente antes dos 40 anos são particularmente vulneráveis.”

A pesquisa foi financiada em parte pelo National Institute on Aging (Instituto Nacional do Envelhecimento) dos National Institutes of Health.  Uma lista completa de autores e afiliações pode ser encontrada no artigo de pesquisa. 

 

Mayo Clinic

 

Por que não se deve interromper o tratamento da tuberculose?


A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa que atinge mundialmente cerca de 30 mil pessoas e causa 4,5 mil mortes todos os dias, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com a chegada do Dia Mundial de Combate à Tuberculose, em 24 de março, é preciso alertar as pessoas sobre a prevenção e o tratamento da doença.

A vacina BCG não oferece eficácia 100% na prevenção da tuberculose pulmonar, mas sua aplicação em massa permite a prevenção de formas graves da doença com o a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar (forma disseminada) que deve ser tomada até os cinco anos de idade No entanto, além da prevenção, a conscientização sobre o tratamento da tuberculose é essencial para a diminuição da mortalidade pela condição.

Outra forma de diminuir a frequência de casos da tuberculose é adotar uma vida mais saudável com prática de exercícios físicos, alimentação saudável, frequentar ambientes limpos e arejados e evitar locais em que pessoas com suspeita da doença estão presentes. Nesse contexto, é importante ter o devido controle também dos familiares em torno do paciente diagnosticado para que, caso também estejam com a tuberculose, não transmitam para outras pessoas. 

A partir do momento que o paciente tenha suspeita de estar com tuberculose, o correto é buscar atendimento médico o mais rápido possível para que a doença não se agrave – podendo levar a óbito e aumentando o risco de transmissão para outras pessoas –, assim como é importante não interromper o tratamento.


Por que não interromper o tratamento?

Outro desafio do cuidado com a tuberculose é não interromper o tratamento que dura cerca de seis meses e, caso seja paralisado pode levar a consequências como resistência aos medicamentos em possível agravamento/complicação da doença.

A principal motivação para o abandono do tratamento, além do longo prazo, é a melhora dos sintomas que ocorrem já nas primeiras semanas, a qual faz com que as pessoas se sintam devidamente “curadas” e parem de tomar as medicações por conta própria. No entanto, somente o médico assistente poderá suspender o tratamento no momento correto .


Atenção aos sintomas

Dentre os principais sintomas para se atentar estão: tosse que dura três semanas ou mais, febre alta que se manifesta normalmente no final do dia, sudorese noturna, cansaço excessivo, perda de apetite e emagrecimento. A doença é transmitida por via respiratória por pessoas com tuberculose ativa.

Segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa em comunidade que não esteja tratando a condição pode transmiti-la para cerca de 10 a 15 pessoas no período de um ano. 

Algumas pessoas são mais propensas a desenvolver a tuberculose, devido a imunidade baixa, por isso, é essencial se atentar a fatores de risco como o câncer, diabetes, pessoas que são HIV positivo, assim como o alcoolismo e o tabagismo também podem aumentar as chances de desenvolver a doença.

 

Rafael Faraco - pneumologista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo


Câncer colorretal está entre os três mais incidentes no Brasil

Artigo de pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer revela que o óbito prematuro por câncer de intestino, na faixa etária de 30 a 69 anos, pode ter um aumento de 10% até 2030

 

Os casos de cânceres colorretais estão entre os mais incidentes tanto nos homens quanto nas mulheres brasileiras, atrás apenas dos cânceres de pele não melanoma, do câncer de próstata nos homens e do câncer de mama nas mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) que prevê cerca de 45 mil casos novos de câncer colorretal em 2023. “Diagnosticado nos estágios iniciais, o câncer tem boas possibilidades de cura”, diz o Dr. Clóvis Klock, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).

Na maioria das vezes, o câncer do intestino se desenvolve a partir de pólipos, que são lesões benignas que crescem na parede do intestino. Significa dizer que com a retirada do pólipo, evita-se que se torne um câncer. O cuidado maior é quando são detectados pólipos adenomatosos (adenomas), pois estes podem se tornar um câncer.

Artigo publicado na revista científica Frontiers in Oncology em 10/01/2023, de autoria de pesquisadores do INCA mostra que a probabilidade de óbito prematuro por câncer de intestino na faixa etária de 30 a 69 anos pode ter um aumento de 10% até 2030. Na análise feita de vários tipos de tumores, o câncer colorretal foi o que apresentou o maior aumento projetado nas cinco regiões do Brasil. O estudo traz também uma projeção da mortalidade por câncer no Brasil para o quinquênio 2026-2030, na comparação com o período base de 2011 a 2015.

O cenário atual é preocupante, pois 80% dos casos de câncer colorretal são diagnosticados em fase avançada, quando os tratamentos são mais invasivos. A Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) reportou uma queda de até 70% nos diagnósticos realizados em serviços de Patologia, durante a primeira onda da pandemia em 2020. Por isso, alguns casos de câncer estão sendo descobertos em estágios mais avançados.

A jornalista Cristiane Rhoden, de 43 anos, sabe o que isso significa. Em 2020, em plena pandemia, teve o diagnóstico de câncer colorretal em estágio 3, quando o tumor já se disseminou para os linfonodos. Após os exames de rastreamento, foi realizada a biópsia e o diagnóstico foi feito pelo médico patologista. Passou por cirurgia, quimioterapia (tratamento sistêmico) e durante nove meses permaneceu ostomizada, com bolsa de colostomia. Um período difícil que foi superado.

Hoje, Cristiane coordena a TV Câmera de Erechim (RS) e faz o acompanhamento regular junto ao seu médico. “O corpo dá sinais e a gente tem que ficar alerta”, reforça a jornalista.

Neste Março Azul Marinho que busca a conscientização sobre o câncer colorretal, vamos ficar todos alertas. A doença atinge a todos, celebridades como Preta Gil, Simony, Pelé e Roberto Dinamite e pessoas comuns. Já o dia 27 de março é considerado o Dia Nacional do Câncer Colorretal.

“A indicação do rastreamento precoce, por meio da colonoscopia, exame de imagem, antes dos 50 anos, depende da história pregressa familiar, por isso é sempre bom conversar com o médico gastroenterologista que fará a melhor indicação”, explica o Dr. Klock.

Os exames de rastreamento, recomendados para todas as pessoas a partir de 50 anos, incluem o de sangue oculto nas fezes e, em caso positivo, a colonoscopia, que, caso mostre algo suspeito, permite aos médicos fazer biópsia já durante a sua realização. “Dependendo desses resultados, uma amostra é enviada para o médico patologista, que é quem faz a análise de biópsia e o diagnóstico – se é mesmo um câncer, de que tipo é o tumor. O diagnóstico é fundamental para a definição do tratamento”, acrescenta o Dr. Klock.


Vida mais saudável

Cerca de 30% de todos os cânceres de intestino (cânceres colorretais) são causados por fatores como o baixo consumo de fibras alimentares, sedentarismo, consumo de carne processada, de carne vermelha acima do recomendado (até 500 gramas por semana) e de bebidas alcoólicas, além do excesso de peso. Assim, boa alimentação, atividade física e evitar álcool ajudam a evitá-lo.

“A demora no diagnóstico correto, permite que o câncer cresça, podendo comprimir e invadir outros órgãos sadios na região do corpo. Outro cenário é quando as células cancerosas se desprendem e se espalham no sangue e/ou vasos linfáticos e nesse caso o câncer migra para outros órgãos, como fígado, pulmão e ossos. Por isso, lembro da importância do acesso aos exames pela rede pública de saúde, alerta o Dr. Klock.

 

Sociedade Brasileira de Patologia - SBP

 

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