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quarta-feira, 29 de março de 2023

Câncer adrenal infantil: sinais podem ser confundidos com puberdade precoce


O carcinoma adrenal é um tumor que se origina no córtex da própria adrenal, camada mais superficial da glândula localizada acima dos rins, na qual se produzem alguns hormônios essenciais como cortisol, sulfato de DHEA, aldosterona, adrenalina e noradrenalina.

 

Não é raro acometer crianças e, geralmente, o prognóstico não é bom, porque depende muito do tipo de câncer, que, na maioria das vezes, são tumores agressivos. Existem causas genéticas, mas muitos dos casos são idiopáticos, ou seja, não há uma doença genética familiar associada.

 

A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica como perceber os sinais e quais os especialistas que precisam se envolver no tratamento.


 

Quais os sinais de câncer adrenal em criança?


Em meninas, os principais sintomas são o surgimento e o aumento de pelos, acne, engrossamento da voz, ganho de massa muscular, hipertrofia de clitóris e o corpo vai ganhando uma forma mais masculina. Isso porque a adrenal produz também os hormônios chamados androgênios, além do sulfato de DHEA, que são andrógenos adrenais e a criança pode ter esse sinal de virilização, que é o aumento do hormônio masculino.

 

Já em meninos, acontece o aumento do tamanho peniano, pelos, acnes e oleosidade na pele. Importante prestar atenção a um outro sinal, comum em ambos os sexos, que é a massa abdominal palpável.


 

Esses sinais podem ser confundidos com os sinais da puberdade precoce?


Com certeza e esses sinais podem surgir também na pré-adolescência e não apenas na infância. Por isso, ao notar algum desses sinais, é muito importante buscar um endocrinologista para que seja feito o diagnóstico correto.


 

Confirmando-se o diagnóstico de carcinoma adrenal, qual o especialista que que seguirá o tratamento?


São dois especialistas – endocrinologista, porque provavelmente a criança vai precisar de um manejo hormonal, e o oncologista que ficará responsável pelo tratamento quimioterápico, inclusive o cirúrgico para a retirada do tumor.


 

O câncer adrenal tem cura?

Vai depender muito do tipo do tumor, porém, no geral, a expectativa não é positiva, porque costuma ser tumores mais agressivos.

 



Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
https://endocrino.com/ e www.amato.com.br
https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/


Qual o melhor procedimento para clarear os dentes? Dentista responde

Dra. Pamela Pironi, dentista especialista há dez anos, explicou as vantagens dos dois procedimentos

 

Divulgação
Todo mundo quer ter um sorriso branco. E quem já tem os dentes alinhados pode ficar na dúvida entre clareamento ou lentes de contato. A Dra. Pamela Pironi, que faz parte do quadro Beleza Renovada, do programa Eliana, pontua qual é a melhor opção. 

“Se o paciente estiver satisfeito com seu sorriso alinhado e com o formato dos seus dentes naturais, desejando apenas dar uma tonalidade mais clara ao dente, em razão de amarelamento no sorriso, a melhor opção é optar pelo clareamento dental. No entanto, se o paciente estiver com o sorriso amarelado, tenha os dentes alinhados, mas o formato dos dentes não o agrada, ainda que faça o clareamento para corrigir o amarelamento, os dentes continuarão com a mesma forma insatisfatória para ele. A indicação, neste caso, são as lentes de porcelana para dar um novo formato que seja ideal para o sorriso do paciente”, explica. 

Dra. Pamela fala sobre os benefícios dos procedimentos. “A vantagem de fazer o clareamento dental é de ele devolver a tonalidade mais branca e natural do dente ao paciente, mas lembrando que cada paciente e cada organismo tem um limite de clarear o dente para que ele não seja desmineralizado. A vantagem das lentes de porcelana para reabilitar a boca é que elas não mancham, a sua resistência à mastigação e durabilidade são de, no mínimo, 20 anos. Mas sempre lembrando que se deve fazer a manutenção de limpeza e polimento de 6 em 6 meses”, diz. 

Mas quem tem os dentes mais amarelados e optar pelas lentes de contato dental, precisará fazer clareamento. “Para início do tratamento com as lentes de porcelana ou reabilitação oral, é necessário concluir a parte clínica, iniciar a profilaxia (limpeza) e depois iniciar o clareamento para os pacientes que têm a tonalidade dos dentes muito amarelada, para depois iniciar o tratamento com as lentes de porcelana e reabilitação oral”, destaca. 

Se a dúvida é entre o clareamento em gel ou a laser, Pironi aconselha o caseiro. “O clareamento a laser eu não indico por ele ter peróxido de hidrogênio em sua composição. E tende a desmineralizar o dente deixando o aspecto de dente branco, e de enganar o paciente pelo aspecto ‘brancão’. Pode desencadear uma forte sensibilidade dental. Seu efeito clareador é mais rápido, mas é preciso ter atenção a este ponto: o dente não estará naturalmente branco e com sinal de saúde, ao contrário, estará com desmineralização dental, podendo causar sérios problemas”, diz. 

Ela continua: “Eu recomendo sempre o clareamento caseiro, à base de peróxido de Carbamida + Nitrato de Potássio + Flúor em sua composição. 

É sem dúvida a melhor técnica a ser indicada para o paciente que deseja um clareamento mais duradouro. O paciente faz em casa com a placa de clareamento e o gel clareador viscoso durante a hora do sono. Essa técnica de clareamento será, certamente, muito mais eficaz e satisfatória ao dente e ao paciente.

Durante o sono, nossa salivação diminui, ajudando o gel clareador em contato com os dentes a ser mais eficaz e elevar a qualidade do poder clareador.

Lembrando que o melhor clareador é aquele que fica por mais tempo em contato com o dente, assim tirando todo o “manchamento” causado pelos diversos corantes nos alimentos e bebidas ingeridos durante a vida”, finaliza.


Câncer de colo do útero atinge 17 mil mulheres por ano, mas pode ser evitado

Acompanhamento preventivo e vacina contra o HPV são as melhores formas de evitar a doença, segundo médica da Kipp Saúde

 

O câncer de colo do útero é a terceira neoplasia maligna mais comum entre as mulheres brasileiras, de acordo com informações do Instituto Oncoguia, ONG e portal informativo voltado para a qualidade de vida do paciente com câncer. Para 2023, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima que surjam mais de 17 mil casos novos, o que representa um risco considerado de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres. 

 

Segundo Clarissa Willets, Médica de Família e Consultora da Kipp Saúde, o câncer de colo de útero é causado pela infecção por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV), que é muito frequente, mas que normalmente não causa doença. “HPV é o nome de um grupo muito comum de vírus. A maioria das pessoas terá contato com algum vírus do HPV na vida. É supercomum e ninguém deve ter vergonha disso. A transmissão ocorre pelo contato pele a pele com outra pessoa na área genital e não apenas no sexo com penetração”, explica. 

 

Ainda de acordo com a médica, alguns tipos de HPV, os chamados HPV de alto risco, podem causar câncer de colo do útero. “Na maioria das vezes, seu corpo irá se livrar do HPV sem causar nenhum problema ou sintoma. Mas em alguns casos, ele pode permanecer no corpo por um longo período. Se um HPV de alto risco permanecer no corpo por muito tempo sem ser detectado e tratado, ele pode causar modificações nas células de seu colo do útero. Essas alterações podem gerar um câncer", continua Clarissa. 

 

Prevenção 

 

Assim como muitas doenças, o câncer de colo do útero pode ser evitado. “Este é um câncer muito frequente em mulheres e é altamente prevenível! Ele corresponde a 7,5% dos cânceres que aparecem em mulheres em um ano e causa 6% das mortes por câncer em mulheres”, diz Clarissa. 

 

Fazer o exame conhecido como papanicolau é uma das melhores maneiras de se proteger do câncer de colo de útero, mas tomar a vacina contra o HPV e usar preservativo também são indicados. “Programas de rastreamento podem reduzir muito o aparecimento e as mortes por câncer de colo do útero. Segundo a OMS, se 80% de uma população de mulheres fizer o exame e for adequadamente tratada, é possível reduzir em 60-90% a incidência de câncer invasivo nesta população”, comenta a médica. 

 

O exame citopatológico, ou papanicolau, é indicado para qualquer pessoa com colo do útero com idade entre 25 e 64 anos e que já teve atividade sexual. “É importante desmistificar este exame e entender que ele é simples e muito importante, mas não precisa ser feito todo ano. Se for detectada alguma lesão, pode ser que o médico indique repetir com menor intervalo, mas nos casos em que o rastreamento vem normal, o exame pode ser repetido entre dois e três anos. Além disso, ele não é feito exclusivamente pelo médico ginecologista e pode ser coletado por médicos generalistas e por enfermeira no consultório ou em qualquer laboratório”, explica.  

Já a vacina do HPV está disponível gratuitamente nos postos de saúde, em 2 a 3 doses, para meninas e meninos de 9 a 14 anos; e crianças e adultos dos 9 a 45 anos que tenham HIV ou AIDS, ou que receberam transplante de órgãos ou de medula óssea, além de pessoas em tratamento contra o câncer.

 

Kipp Saúde
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Conhecimento médico dobra a cada 73 dias: Como acompanhar esse ritmo frenético de atualização?

De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu, é impossível ter conhecimento de tudo sobre a medicina e explica como médicos podem se manter atualizados 

 

Se manter atualizado é fundamental para qualquer profissional, mas para os médicos onde um novo conhecimento ou a correlação entre eles pode ajudar a ter um diagnóstico mais preciso ou um tratamento mais efetivo, estar atualizado é essencial. 

No entanto, com a evolução da medicina e dos métodos de pesquisa o conhecimento médico passou a se multiplicar em um ritmo cada vez maior, segundo estimativa do Challenges and Opportunities Facing Medical Education, a partir de 2020 o conhecimento médico passou a dobrar em um período de apenas 73 dias, um ritmo humanamente impossível de ser acompanhado. 

Por isso, de acordo com o Pós PhD em neurociências e CEO da assessoria internacional MF Press Global, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, fundador do Teacher Coach, sistema que auxilia médicos a obterem novas formações, é preciso seguir uma estratégia de especialização assertiva. 

Conhecer e se aprofundar em todas as novas pesquisas, artigos, estudos não é um caminho viável aos médicos, em especial por eles, em geral, disporem de pouco tempo para dedicar aos estudos”. 

Por isso, é importante direcionar as atualizações necessárias, focando em áreas que fornecam um conhecimento amplo e complemente os já adquiridos, mas  sem excessos, uma das áreas mais buscadas para isso é a neurociência”. 

Entender melhor o funcionamento do cérebro é essencial para profissionais de qualquer área da medicina pois ele se integra a todos os órgãos e sistemas, além de auxiliar na compreensão do paciente, o que é fundamental, por exemplo, no nosso projeto Teacher Coach temos cirurgiões plásticos, cardiologistas, ortopedistas, entre outros, contando com um horário flexível e a assertividade necessária para se manter atualizado em meio a essa avalanche de novas informações” Explica Dr. Fabiano de Abreu.

  

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e genômica. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society.


Endometriose: ignorar cólicas menstruais pode ter consequências graves para as mulheres

Médico especialista alerta para a normalização das dores e recomenda a procura por exames específicos para detectar a doença o quanto antes

 

A saúde vaginal de pessoas que menstruam ainda é considerada tabu, e esse estigma se estende até os consultórios médicos. Metade das mulheres cis relatam que a dor durante o período menstrual é o sintoma que mais as incomoda, segundo levantamento do Datafolha. Além disso, 55% delas afirmam que preferiam não menstruar. 

Essas dores chegam a ser tão intensas ao ponto de interromper suas rotinas. Apesar dos dados e das queixas das pacientes, muitos ginecologistas continuam não considerando os desconfortos como algo passível de investigação médica, prescrevendo apenas o uso de anticoncepcionais e analgésicos para controlar a dor. 

As cólicas menstruais são um dos principais indícios da endometriose. Para o médico especialista Patrick Bellelis, “é comum que sintomas como as cólicas sejam normalizados nesse período, mas não devem ser. Há mulheres com dores severas durante a menstruação e isso pode ter diferentes significados”. Sem o tratamento adequado, a doença pode atingir formas graves, como a endometriose profunda. 

A relativização das queixas de pessoas com útero retarda o diagnóstico. É comum a descoberta tardia da doença, que geralmente é feita somente após tentativas frustradas de engravidar, quando são solicitados exames para detectar infertilidade. Estudos apontam que a endometriose pode levar até dez anos para ter um diagnóstico comprovado. 

“Precisamos dar visibilidade ao assunto, conscientizar profissionais de saúde e orientar cada vez mais mulheres a observarem seu corpo, porque o diagnóstico precoce é capaz de prevenir sequelas e permitir um tratamento que pode garantir o controle da doença e a qualidade de vida”, conclui Bellelis. 

 

PATRICK BELLELIS -- GINECOLOGISTA. Tem ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intra uterinas e infertilidade. É graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC. Possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia -- FEBRASGO. Doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Faz parte da diretoria da SBE (Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva) desde a sua fundação. Médico Assistente do Setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo desde 2010. Professor do Curso de Especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva -- Pós- Graduação Latu Senso, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês desde 2011. Professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica -- IRCAD -- do Hospital de Câncer de Barretos, desde 2012.


Pedras nos Rins: nefrologista esclarece 5 mitos

Segundo o Ministério da Saúde, durante a vida, aproximadamente 12% dos homens e 6% das mulheres terão cálculo renal. Trata-se da formação de cristais nos rins, que se manifestam através de pequenas pedrinhas no aparelho urinário (rins, ureteres, bexiga e uretra).

 

Cálculos renais, popularmente conhecidos como pedras nos rins, são extremamente comuns e podem afetar até 1 em cada 10 adultos. Esses cálculos podem ser pequenos e passar despercebidos ou grandes o suficiente para causar dor e desconforto intensos, a chamada crise renal. 

Justamente por serem tão frequentes e afetarem quase 10% da população, existem muitos mitos sobre este assunto, e é importante estar bem-informado para evitar equívocos e saber como prevenir ou tratar esta condição. 

Dra. Tamara Cunha, Médica Nefrologista pela UNIFESP e especialista em prevenção de cálculos renais esclarece os mitos mais comuns:

 

MITO 1-Pedras nos rins são causadas pelo consumo excessivo de cálcio. 

Embora a maior parte dos cálculos renais sejam formações cálcicas (um composto chamado oxalato de cálcio), é um mito que o consumo de cálcio aumenta o risco de formação. “Na verdade, hoje sabemos que o cálcio proveniente da alimentação é um potencial aliado no tratamento dos cálculos de oxalato de cálcio e que estratégias de restrição da ingestão de cálcio podem piorar tanto as formações quanto a saúde dos nossos ossos.” Explica a médica.

 

MITO 2-Beber muita água pode desfazer as pedras nos rins. 

A hidratação é um dos pilares básicos no processo de prevenção de cálculos renais. No entanto, beber água em excesso não é benéfico para desfazer ou diluir cálculo renal. É importante beber quantidades suficientes de líquidos para manter a urina diluída e esta quantidade é melhor ajustada de acordo com o peso de cada um. Uma regra simples que ajuda adultos é calcular a ingestão de líquidos necessária por dia multiplicando 30mL para cada kg de peso. Por esta regra, um indivíduo adulto, sem outros problemas de saúde que indiquem limitar a quantidade de líquidos, devem ingerir 2100mL de líquidos ao longo do dia (30x70=2100mL).

 

MITO 3-Apenas pessoas com histórico familiar de pedras nos rins precisam se preocupar. 

Embora uma predisposição genética possa aumentar o risco de formação de cálculos renais, qualquer pessoa pode desenvolver pedras nos rins. Hoje, sabe-se que a maior parte das pessoas que desenvolve cálculos renais apresenta tanto fatores genéticos quanto ambientais -- sendo os principais o sedentarismo e uma dieta desequilibrada.

 

Mito 4- Pedras nos rins só causam dor nas costas. 

Embora a dor nas costas seja um sintoma comum de pedras nos rins, outras manifestações incluem dor ao urinar, micção frequente ou urgente, náusea e vômito, dor abdominal, sangue na urina e febre. Dependendo do tamanho e localização do cálculo, os sintomas podem variar.

 

Mito 5 -É seguro tomar chá de quebra pedra durante a crise renal. 

Embora muitas pedras nos rins possam ser eliminadas naturalmente através da urina, algumas pedras podem ser grandes demais ou obstruir o trato urinário, sendo urgente a avaliação em ambiente hospitalar. Em alguns casos, pode ser necessário tratamento médico para eliminar os cálculos renais, seja através de medicamentos ou procedimentos urológicos. Dra. Tamara Cunha explica que o consumo de chá de quebra pedra durante a crise não será capaz de dissolver o cálculo impactado e pode fazer com que o indivíduo atrase sua procura por assistência médica na expectativa de que o chá resolverá o problema. 

A médica ainda reforça que é importante estar informado sobre os fatores de risco, sintomas e opções de tratamento para prevenir ou tratar o cálculo renal de maneira adequada. 

Além disso, é importante que todos saibam que cálculos renais são diferentes entre si e, portanto, os fatores que estão levando a formação de cálculos de uma pessoa podem ser completamente diferentes de outra. “Existem formas eficientes de prevenir este problema, mas somente uma avaliação individualizada pode ser capaz de estabelecer o tratamento específico e mais eficaz em cada situação.” Finaliza a Nefrologista.

 

Dra. Tamara Cunha Médica Nefrologista - CRM 5288468-5 @eracalculorenal.Diploma Universitário pela Universidade Sorbonne, Paris em Litíase Renal e Análise Cristalográfica de Cálculos Renais. Doutorado (PhD) pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) em Prevenção de Cálculos Renais. Mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em Tubulopatias Renais. Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Residência Médica em Clínica Médica e Nefrologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Certificado Europeu de Qualificação em Análise Mineralógica/ Cristalográfica de Cálculos Renais.


Cerca de 25% dos pacientes com Epilepsia no Brasil têm diagnóstico grave

Sociedade Brasileira de Neurocirurgia levanta o alerta sobre a necessidade de identificação da doença

 

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a epilepsia afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Dentro deste número, 25% dos pacientes com epilepsia no Brasil têm um diagnóstico grave da doença, o que pode afetar significativamente sua qualidade de vida.

Segundo a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, é necessário que a doença tenha destaque e que haja a conscientização sobre a sua gravidade.

"A identificação precoce dos pacientes com epilepsia grave é fundamental para melhorar seu prognóstico e qualidade de vida. É importante que os médicos estejam atentos aos sinais de epilepsia grave e encaminhem esses pacientes para um tratamento especializado", alerta a neurocirurgiã e diretora de comunicação da SBN, Vanessa Milanese.

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por convulsões recorrentes. Embora a maioria dos pacientes com epilepsia possa controlar suas convulsões com medicamentos, cerca de um terço dos casos não respondem bem à terapia medicamentosa e são considerados graves. A causa pode ocorrer por várias condições, incluindo lesões cerebrais, infecções, doenças genéticas e existem também causas idiopáticas (desconhecidas) que afetam 6 a cada 10 casos. Seus sintomas podem variar de paciente para paciente. As convulsões são o sintoma mais comum, mas os pacientes também podem experimentar outros sintomas, como perda de consciência, espasmos musculares, sensação de formigamento, tontura, náusea e vômito.

"É recomendado consultar um profissional de saúde qualificado imediatamente caso haja suspeita de epilepsia. O diagnóstico pode ser realizado por meio de exame de sangue, urina, exames de eletroencefalografia, que permitem ver as ondas cerebrais e exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética.", orienta.

Embora a maioria dos casos possa ser controlado com medicamentos, é importante identificar e tratar a epilepsia grave o mais cedo possível.

"Além disso, campanhas de conscientização sobre a doença podem ajudar a reduzir o estigma associado à condição e melhorar a qualidade de vida dos pacientes", finaliza Vanessa Milanese

 

Sociedade Brasileira de Neurocirurgia – SBN
portalsbn.org /
sbn.neurocirurgia


QUAIS SÃO OS SINAIS QUE PODEM INDICAR O DESENVOLVIMENTO DO LIPEDEMA?

Crédito foto: Instituto Lipedema Brasil e ONG Movimento Lipedema
O médico e diretor do Instituto Lipedema Brasil, dr. Fábio Kamamoto, um dos pioneiros no tratamento da doença no país, revela que o peso nas pernas, hematomas súbitos, e, principalmente, os nódulos de gordura nas pernas e joelhos devem ser investigados

 

 

O Lipedema - uma doença crônica e progressiva, que atinge cerca de 10% de mulheres no mundo inteiro, causada pelo acúmulo de gordura nos braços, quadris e, principalmente, nas pernas - possui quatro estágios e ganhou até CID no ano passado. É comumente confundida com obesidade, mas há alguns sinais que podem ajudar as mulheres a identificarem a condição. A doença não tem cura, mas tem tratamento.

 

O dr. Fábio Kamamoto, um dos pioneiros e um dos poucos especialistas no tratamento cirúrgico do Lipedema no país, listou os 10 principais sinais, que merecem atenção da população feminina: 

1

Corpo é desproporcional.

As pernas e os quadris são muito diferentes do tronco.

 

2

As pernas não têm forma.

O acúmulo de gordura faz as pernas parecerem um “tronco”.

 

3

Sensação de peso nas pernas.

Tente imaginar cada perna com um peso de 3Kg. É um peso assim que elas sentem.

 

4

Parece que há um "garrote" entre o tornozelo e o pé.

 

5

Mãos, pés e barriga não são afetados.

O Lipedema age nos braços, quadris e pernas, e não "some" com dieta.

 

6

Hematomas nestas regiões.

Eles aparecem espontaneamente.

 

7

Dor nas articulações.

 

8

Pele é fina e com aspecto de "casca de laranja"

Estas cascas são nódulos de gordura.

 

9

Hipersensibilidade nas áreas afetadas

A mulher sente muita dor ao pressionar ou massagear estas partes do corpo.

 

10

Simetria das pernas

O acúmulo de gordura é proporcional.

  


Instituto Lipedema Brasil
www.institutolipedemabrasil.com.br


DR. FÁBIO KAMAMOTO – Diretor do Instituto Lipedema Brasil e idealizador da ONG Movimento Lipedema (https://movimentolipedema.org). Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, especialista em Cirurgia Plástica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP, com mestrado e doutorado pela USP e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. É um dos poucos especialistas no tratamento cirúrgico do Lipedema no Brasil.

 

CÂNCER DE PÂNCREAS AVANÇA NO PAÍS E ESTÁ ENTRE OS 10 MAIS INCIDENTES EM MULHERES DO SUL, SUDESTE E CENTRO-OESTE

  Embora seja mais prevalente em homens, a doença está crescendo na população feminina, afirma a médica Mariana Bruno Siqueira, da Oncologia D’Or.

 

Pela primeira vez, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) inseriu o câncer de pâncreas entre os 21 tipos da doença mais prevalentes no País1. Em 2023, deverão ser diagnosticados 10.980 casos deste tumor agressivo, responsável por 5% das mortes por todos os tipos de câncer no Brasil2. Só entre 2011 e 2020, a taxa de letalidade de câncer de pâncreas subiu 53,9%, passando de 7.7263 para 11.8932. Embora seja mais prevalente em homens, ele vem crescendo entre as mulheres, passando a figurar entre os 10 tipos de câncer mais comuns da população feminina das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 

O fenômeno não ocorre apenas no Brasil. Um estudo estatístico4 publicado na revista da Associação Médica Americana projetou a incidência e a mortalidade por câncer nos Estados Unidos entre 2020 e 2040. A previsão é que, em 17 anos, o câncer pâncreas será o segundo mais letal, ficando atrás apenas do câncer de pulmão. Entre as mulheres, o número de casos subirá 66% passando de 27 mil, em 2020, para 45 mil, em 2040. Neste mesmo período, o aumento da incidência entre os homens será de 65,5%, passando de 29 mil para 48 mil casos. 

De origem multifatorial, o câncer de pâncreas está associado ao histórico familiar e fatores externos como obesidade, tabagismo, diabete e alcoolismo “O número de casos na população feminina está aumentando, porque as mulheres estão cada vez mais tendo um comportamento de risco para este tipo de câncer”, adverte a médica Mariana Bruno Siqueira, especializada em oncologia gástrica, da Oncologia D’Or.
 

A doença

Dos casos diagnosticados de câncer de pâncreas, 90% são do tipo adenocarcinoma5, que se origina no tecido glandular. A doença é mais comum a partir dos 60 anos. Segundo a União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), a incidência aumenta com o avanço da idade. Na faixa dos 40 anos a 50 anos, são registrados 10 casos a cada grupo de 100 mil habitantes. Entre os 80 anos e 85 anos, essa proporção sobre para 116 casos cada grupo de 100 mil pessoas. 

Os principais sintomas são icterícia, fadiga, falta de apetite, perda de peso e dores no abdômen e nas costas. Quando eles se manifestam, a doença está em estágio avançado. O diagnóstico tardio e o comportamento agressivo fazem do câncer de pâncreas uma enfermidade altamente letal. 

Para prevenir a doença, o melhor é levar um estilo de vida saudável, conforme aponta o oncologista Alexandre Palladino, da Oncologia Dor e chefe da Oncologia do Hospital do Câncer 1 do INCA. “Praticar atividade física, manter o peso apropriado e evitar o alcoolismo e o tabagismo são medidas que têm efeito protetor em relação a doença”, assevera o especialista. Não há exame capaz de detectar o câncer de pâncreas de maneira precoce.

 

Aumento de casos em mulheres é um fenômeno mundial

Tratamento 

A oncologista Maria de Lourdes Lopes de Oliveira, coordenadora do Grupo de Tumores Gastrointestinais Oncologia D ´Or do Rio de Janeiro, afirma que o tratamento do câncer de pâncreas ainda é bastante desafiador por ficar restrito, na maioria das vezes, ao tratamento sistêmico com quimioterapia convencional. Para outros tipos de tumor, é possível tratar com terapia alvo molecular e imunoterapia. 

“No entanto, descobertas recentes da associação da doença à síndrome do câncer hereditário, provocada principalmente pela alteração do gene BRCA 1 e 2, e o uso de terapias para controle local de doença, como eletroporação irreversível (nanoknife), abrem alguma expectativa de novos caminhos na terapia do câncer de pâncreas”, declara a médica. Nas famílias com esta mutação, recomenda-se o rastreio para câncer de pâncreas. Pessoas que tiveram membros da família com este tipo de câncer devem consultar o médico regularmente. 

Para a médica Ana Carolina Nobre, oncologista do Grupo de Tumores Gastrointestinais Oncologia D´Or do Rio de Janeiro, apenas o diagnóstico precoce do tumor melhorará o prognóstico da doença. “Apesar do contínuo trabalho no desenvolvimento de terapias mais eficazes para o câncer de pâncreas, avançar na detecção precoce é o que trará mais impacto no combate à doença”, ressalta. 

A especialista destaca o estudo observacional PRECEDE (do inglês Pancreatic Cancer Early Detection) Consortium, lançado em 2020 para aumentar a taxa de sobrevida em 50% nos próximos dez. A pesquisa reúne pessoas com risco aumentado para o câncer de pâncreas por causa de fatores hereditários ou a presença de cistos pancreáticos. A expectativa é chegar aos dez mil participantes. A cada seis meses ou um ano os participantes são submetidos a biópsias e exames de imagens, a fim de identificar qualquer anomalia o mais rapidamente possível.


Referências
Instituto Nacional do Câncer (INCA). Disponível em Link
INCA. Disponível em Link
Anderson Amaral da Fonseca; Marco Antônio Vasconcelos Rêgo. Tendência da Mortalidade por Câncer de Pâncreas em Salvador - Brasil, 1980 a 2012.Revista Brasileira de Cancerologia 2016; 62(1): 9-16. Disponível em Link
Lola Rahib e al. Estimated Projection of US Cancer Incidence and Death to 2040. JAMA Network Open. 2021;4(4):e214708. doi:10.1001/jamanetworkopen.2021.4708. Disponível em Link
INCA.

Ataque em escola de São Paulo: onde pode ter nascido comportamento homicida do adolescente?

Reprodução

O Brasil se chocou com a notícia de que um estudante foi apreendido pela Polícia Militar (PM) após atacar quatro professores e dois alunos em uma escola na zona sul da cidade de São Paulo. O ataque aconteceu na manhã desta segunda-feira, 27, na Escola Estadual Thomazia Montoro e deixou uma professora de 71 anos morta. As informações preliminares apontaram que o aluno tem 13 anos e frequentava a unidade de ensino desde o dia 15 de março.

Depois do ocorrido, muito vem se falando a respeito do comportamento desse adolescente. Quem também opinou foi a neuropsicóloga Roselene Espírito Santo Wagner.

Tudo o que acontece na infância, não fica lá. Segue conosco em todas as outras fases da vida. Pois um adulto é somente uma criança que cresceu. A adolescência é uma ponte, uma passagem de uma etapa para outra. É considerado que nesta etapa cheia de emoções e transformações físicas, haja muitos conflitos, sobretudo entre o que se é e o que se quer ser.

Segundo ela, chamamos isso de “A síndrome da adolescência normal”. Porém, conforme ela, há que se cuidar dos excessos. "Todo ser humano necessita viver em sociedade, portanto estar sob regras e normas sociais. Já é um caso de saúde pública, a falta de responsabilidade e comprometimento com a educação, informação e formação de qualidade e principalmente a intenção de construir, através de comportamentos saudáveis, maturidade emocional", disse.

Roselene explica que uma criança precisa de limites e dar limites é dar amor. "Um rio só é rio porque suas águas estão contidas por margens limítrofes. A criança necessita de frustrações para desenvolver resiliência e persistência na conquista desejada. Felicidade é apenas o intervalo de tempo entre um problema e outro", completou.

"O adolescente necessita dessa contenção, para que suporte a lei social, as condutas arbitradas precisam ser seguidas. No caso desse adolescente específico, pouco ainda se sabe. Mas é provável que sua conduta tenha um lastro de mal comportamento, desrespeito, desobediência às regras sociais. Não foi por acaso e muito menos de repente que esse comportamento agressivo, violento, que o fez se transformar num homicida em potencial foi deflagrado. Basta uma investigação minuciosa, para constatar que havia indícios que levantavam suspeitas sobre um 'ataque de fúria'. Somos todos partícipes desse cenário catastrófico enquanto como sociedade não nos comprometermos em educar de forma criteriosa e responsável", emendou.

"Leninha", como é mais conhecida, cita que não podemos mais ser omissos e preguiçosos com a formação de personalidade e caráter, através de conduta que se desviam dos hábitos saudáveis, da conduta, causa deformação de caráter e prejuízo a vida do transgressor e de quem com ele convive.

"É necessário, portanto, que família, pais, professores/educação, sociedade e saúde pública, tenham a consciência de formar cidadãos de bem. Nesse aspecto, a  autoridade sem autoritarismo, à condução por parte de um adulto maduro e responsável para gerar novos adultos com a mesma característica, se faz necessário. Assumir essa responsabilidade, requer restringir o tempo de uso de telas, de redes sociais, que são altamente distratores da informação e educação de qualidade e geradores de estímulos estressores e ansiosos que geram comparação e desvalorização da vida, ética e comportamento saudável", comentou.

Leninha explica que dedicar tempo de qualidade, palavras de afirmação, reforço positivo, diálogo de comunicação saudável, exige tempo e esse é o recurso mais caro que as pessoas passaram a gastar de forma irresponsável.
 

 "Sugiro uma reorganização social, onde todos os atores sintam-se e sejam de fato responsáveis pelas vida que são geradas nessa nova era. Estamos no limiar de uma evolução das máquinas. Não podemos voltar atrás, mas podemos trazer um novo uso para o que já construímos. O uso adequado e saudável dos meios de comunicação e da virtualidade da vida nas redes sociais. Esse adolescente que cometeu esses crimes, no ataque à Escola, pode ser o mensageiro. Queremos continuar ou quebrar esse paradigma doentio, onde vidas são desperdiçadas pela falta do olhar de amor e cuidado que toda criança merece? Toda criança merece ser cuidada para se transformar num adulto de alto valor. Crianças negligenciadas em suas demandas emocionais, físicas e mentais, viram adolescentes adultos adoecidos, convivendo em sociedade e apresentando riscos", finalizou. 

 

Dra Roselene Espírito Santo Wagner - Também conhecida como Dra. Leninha, é Ph.D em Neurociências, Dra em Psicologia, Mestre em Psicanálise e Neuropsicóloga especialista no tratamento de diversos transtornos, além de ser habilitada para aplicação de testes psicométricos reconhecidos mundialmente. Dra. Leninha tem participação em diversos programas de rádio e televisão, assim como periódicos e revistas nacionais e internacionais.


De Sol a tela de celular: especialista lista causas e riscos do melasma no rosto; saiba como prevenir e tratar

 

O melasma é um uma alteração na pele em que surgem manchas com formatos irregulares em tonalidade acastanhada ou escura. A hiperpigmentação é desencadeada, principalmente, pela exposição solar e à luz visível, como a do celular, que afeta a autoestima e qualidade de vida das pacientes que procuram dermatologistas.  

Geralmente, as manchas surgem na pele do rosto, pescoço e colo, podendo aparecer também nos braços.  

"Mesmo sendo sempre atrelada à luz do sol, o melasma pode aparecer também pela exposição constante a outras fontes luminosas, como telas de celular, computadores e a iluminação interna de ambientes com luz artificial. Outros fatores que aumentam a chance do desenvolvimento de manchas são o uso de anticoncepcional, a gravidez, a predisposição genética e questões hormonais sem tratamento", afirma a dermatologista e especialista em estética avançada Kaline Ferraz. 

Além do autoconhecimento corporal, o acompanhamento médico especializado é essencial nesses casos para garantir a eficácia do tratamento. 

"Para tratar precisamos saber qual a camada da pele está sendo atingida pelo melasma da paciente. Ele pode estar na epiderme, na derme ou nas duas, por exemplo. Depois, estudamos um tratamento para aquele tipo de pele. No momento, o tratamento a laser com o Fotona Starwalker está oferecendo os melhores resultados. Porque ele quebra o pigmento em partículas menores e torna a eliminação mais fácil e com menos efeitos colaterais", explica a dermatologista. 

No entanto, alguns cuidados podem evitar ou retardar o surgimento do melasma. A especialista listou as precauções necessárias para isso. 

"Para a prevenção é muito importante o uso de protetor solar com cor, pois eles possuem óxido de ferro que protege contra a luz visível também e não apenas a solar. Outros filtros que podem e devem ser usados são os bonés, óculos escuros, guarda-sóis, roupas e outros acessórios", finaliza Kaline Ferraz.


A insegurança jurídica nas relações de trabalho e a LGPD

Demissões por justa causa devem levar à reflexão sobre a efetiva e correta assimilação dos conceitos de privacidade


 

A Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, criada em 2018 e passando a vigorar em setembro de 2020, após um período de transição de 2 anos, é uma legislação brasileira que estabelece regras e diretrizes para o tratamento de dados pessoais por empresas públicas e privadas. Foi criada, ainda, para promover a transparência e a privacidade no uso desses dados pelas empresas.

 

Em recente decisão da 81ª Vara do Trabalho de São Paulo, a juíza considerou improcedente um pedido de rescisão indireta de um trabalhador e ainda o responsabilizou pela falta praticada, sendo punido com a dispensa por justa causa, uma vez que infringiu a LGPD, utilizando dados sensíveis de forma ilícita.

 

Razoável destacar que a LGPD estabelece regras e diretrizes para o tratamento de dados pessoais, incluindo informações de funcionários de uma empresa. Portanto, é importante que todos os colaboradores estejam cientes das suas obrigações legais e trabalhem para garantir que o tratamento dos dados pessoais esteja em conformidade com a lei.

 

Julia Bogdan, advogada do Ricardo Trotta Advogados Associados, informa que para evitar situações do tipo, “em especial quando há o tratamento de dados sensíveis, é essencial que a empresa forneça aos funcionários cursos ou palestras explicando a importância e seriedade dos documentos que estão sendo trabalhados, bem como quais são as consequências legais que o descumprimento da LGPD pode gerar tanto para a empresa, pessoa jurídica, quanto para o próprio funcionário, pessoa física”.

 

No entanto, ao falarmos de uma lei recém-criada, é importante que se esclareça que realmente há certa insegurança jurídica em relação a demissões que possam violar a LGPD, já que a aplicação da lei ainda é recente e muitas situações ainda não foram testadas na prática.

 

É o que explica a especialista ao comentar que a empresa precisa elaborar políticas internas que sejam realmente efetivas para o cumprimento de todas as determinações previstas na LGPD. “Fazer uso de compliance e do código de ética, instrumentos extremamente importantes para evitar a violação à proteção dos dados sensíveis, relacionados à saúde dos titulares dos dados, são ações imprescindíveis. Contudo, caso um funcionário viole a LGPD isso pode ser motivo para a sua demissão. A empresa pode adotar medidas disciplinares, que podem incluir advertências, suspensões e até a demissão por justa causa. Porém, é importante que a empresa siga um processo justo e imparcial, assegurando que as normas e procedimentos estabelecidos sejam cumpridos”, considera.

 

Vale ressaltar que a empresa deve estar ciente de que, mesmo em casos de demissão por justa causa, o funcionário ainda tem o direito de contestar a decisão perante a Justiça do Trabalho, o que pode levar a processos trabalhistas e outras consequências para a empresa.

 

“Por isso é fundamental que as empresas estejam atentas às suas obrigações legais e trabalhem para garantir que todos os seus colaboradores estejam cientes das regras e diretrizes da LGPD, além de investir em treinamentos regulares sobre a proteção de dados pessoais. Em caso de dúvidas, é recomendável buscar orientação jurídica especializada para evitar riscos e consequências legais desfavoráveis”, finaliza. 


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