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terça-feira, 22 de novembro de 2022

Dia de Doar acontece no próximo dia 29 e mobiliza a generosidade em todo o país

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Parceria inédita com a Meta ofereceu créditos de até 5 mil dólares para anúncios no Facebook e no Instagram


No próximo dia 29 de novembro acontece a edição 2022 do Dia de Doar. A iniciativa que visa estimular doações, promover e mobilizar o Brasil para ser mais solidário e generoso, vai acontecer em todo o país. 

Embarcando em outras tradições do comércio, como a Black Friday e a Cyber Monday, o Dia de Doar é uma resposta solidária ao consumo estimulado nestas datas, trazendo a grande promoção das boas ações e a festa da generosidade.

Para chamar atenção para a data internacional, no Rio de Janeiro (RJ), em 29 de novembro, o Cristo Redentor será iluminado com a cor Laranja da campanha #DoaRio e despertar pessoas para a importância da doação. Bairros, cidades e Estados aderiram à data e realizam ações pelo Brasil, liderando mais de 60 campanhas comunitária. Confira as principais ações que serão realizadas para celebrar o Dia de Doar 2022:


#DoaSergipe

No dia 29, a campanha promoverá a arrecadação de alimentos, materiais de higiene e limpeza, roupas, calçados, doações de cabelo, brinquedos, absorventes, livros, ração para cães e gatos em supermercados e shoppings localizados nas cidades das ONGs participantes: Aracaju, Estância, Lagarto, Itabaiana, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão. Também serão realizadas mobilizações para doação de sangue em hemocentros. O movimento criou a arrecadação on-line www.boraajudar.com.br que distribuirá as doações financeiras para as organizações participantes.

No dia 3 de dezembro, será realizada a Feira Doa Sergipe no parque Municipal Sementeira, em Aracaju, na qual serão expostos produtos das organizações. Os visitantes também poderão desfrutar de aulas de dança, feira de adoção de animais, gastronomia, música e espaço de bem-estar com aplicação de práticas integrativas. O espaço contará com drive thru de arrecadação de alimentos, materiais de higiene e limpeza, brinquedos, roupas, calçados, livros e ração.

Outra ação será o Dia de Doar Kids, que motivará crianças a ajudar outras crianças, para ensinar a importância da generosidade. Escolas e centros educacionais do estado irão participar com ações voltadas a crianças e adolescentes. A data também será inserida dentro do calendário escolar das instituições. Mais informações pelo link: http://www.doasergipe.com.br/

Ao todo, 12 ONGs irão participar do Dia De Doar. São elas: Grupo de Apoio à Criança com Câncer de Sergipe (GAAC), Chave do Futuro, Casa Santa Zita, Ações com Amor, Fraternidade Pet, Instituto Agatha, Mulheres em Movimento, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Itabaiana (APAE Itabaiana), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Lagarto (APAE Lagarto), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Nossa Senhora do Socorro (APAE Socorro), Eu Acredito e Instituto Ipavi Jesus O Pão da Vida. Originárias de diferentes cidades do estado, as ONGs trabalham com causas diversas como crianças com câncer, proteção animal, defesa das mulheres, esporte, pessoas em situação de vulnerabilidade social e pessoas com deficiência.


#DoaSalvador (BA)

O #DoaSalvador (BA) realizará ações em diferentes datas em prol de mais de 50 instituições para que o sentimento de solidariedade alcance lugares historicamente esquecidos. No dia 10 de novembro, foi lançada uma vaquinha online durante um evento para aproximadamente 60 pessoas na sede do SEBRAE. O objetivo é apresentar a campanha comunitária para o setor empresarial e estimular doações desse público. No dia 20 de novembro, o foco será na doação de sangue com o intuito de ampliar o banco da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba). 

A ação contará com aproximadamente 500 pessoas mobilizadas de forma orgânica para realizar doações, além de pessoas alcançadas pela campanha nas redes sociais. No dia 26 de novembro, o #DoaSalvador fará uma ação corpo a corpo no Porto da Barra, um dos principais pontos turísticos da cidade para fomentar a cultura de doação. As pessoas que passarem pelo local terão acesso a folders e outros materiais como cartazes e banners explicativos sobre a campanha e como participar. Já o dia 29 de novembro será marcado por diversas ações nas ruas e maior incidência nas redes sociais com o intuito de atrair ainda mais doadores. 


#DoaPelotas (RS)

  O Dia de Doar em Pelotas (RS) se iniciou em 1º de novembro com a gincana solidária Doa Pelotas, cujo objetivo é desafiar as escolas municipais, estaduais e particulares a captarem doações de várias formas para aumentar a solidariedade na cidade e a participação da sociedade civil no desenvolvimento dos projetos propostos pelo Terceiro Setor. A gincana, que vai até o dia 29, incentiva a arrecadação de alimentos não perecíveis, materiais de higiene e de limpeza, roupas, brinquedos e doação de sangue.

No dia 29 de novembro, cerca de 20 projetos sociais estarão no largo do Mercado Central de Pelotas, onde cada uma terá um estande para se apresentar no horário das 9h às 17h. O espaço também contará com várias apresentações artísticas.


#DoaMT

A movimentação para estimular a generosidade começou cedo em Mato Grosso, no dia 31 de outubro. O foco do #DoaMT é arrecadar quase R$ 18 mil para ajudar Altair Júnior, aluno da Florescer Ação Social, localizada na cidade de Denise, a participar do Campeonato Panamericano de Judô. Altair foi campeão brasileiro de Judô na categoria sub 15 e foi convocado para o Pan Americano, que ocorrerá no Panamá. Em busca de patrocínio para assegurar a participação do aluno, a campanha tem mobilizado toda a cidade para contribuir com doações. Mais informações em www.floresceracaoasocial.org


#DoaRondônia

No dia 27 de novembro, as instituições envolvidas estarão com estandes no Espaço Alternativo, área de lazer localizada em Porto Velho, para apresentar seus trabalhos e expor produtos e serviços com o intuito de captar recursos. O local também receberá a banda Rádio 364 enquanto as pessoas são estimuladas a participar do Dia de Doar. No dia 29, cada instituição fará uma ação específica para despertar o engajamento do público na data marcada pela generosidade.

A campanha comunitária de Rondônia beneficiará sete instituições: Casa Família Rosetta, Centro Social Madre Mazzarello (CESMMAZZA), Hospital Santa Marcelina, LBV, Associação Pestalozzi de Porto Velho, Associação de Pais e Amigos do Autista de Rondônia (AMARO) e Vamos fazer, instituto de empreendedorismo, inovação e pesquisa de Rondônia. 


#DoaSãoLuis (MA)

Em São Luís (MA), há mais de 60 entidades envolvidas no Dia de Doar. Entre elas estão o Instituto Você em Cena, Movimento Popular de Lutas Urbanas, ONG COMPASCE (Biblioteca Comunitária Vila Maranhão) e Sociedade Beneficente e Educacional para o Futuro. No dia 18 de novembro, o #DoaSãoLuis será divulgado no Salão Literário da Rede de Bibliotecas Comunitárias Ilha Literária. No mesmo dia, ocorrerá a arrecadação de livros de literatura para as 17 bibliotecas da rede, no espaço Viva da Cidade Operária. No dia seguinte, o #DoaSãoLuis marcou presença no Empório Social, evento sociocultural que ocorreu na Praça das Árvores, e incentivou a doação de fraldas geriátricas que serão destinadas a 60 idosos vinculados à campanha Idosos Importam. No dia 29, todas as entidades vinculadas à campanha farão uma exposição de sua atuação e ações para arrecadação de recursos.


Campanhas comunitárias

Para esta edição, estão confirmadas a realização de 68 campanhas, lideradas voluntariamente pelas próprias comunidades. Alguns exemplos são: #DoaAraçatuba (SP), #DoaBlumenau (SC), #DoaFerraz (SP), #DoaAssu (RN), #DoaFloripa (SC), #DoaGloriadoGoitá (PE), #DoaEsteio (RS), #DoaItu (SP), #DoaMauá, #DoaTubarão (SC), #DoaTeresina (PI), #DoaValinhos (SP), #DoaParaibuna (SP) ,#DoaMaringá (PR) e #DoeCampinas (SP).

No site é possível encontrar a lista de campanhas comunitárias que já foram realizadas no país, saber como liderar uma campanha e até um modelo de projeto de lei para cidades que quiserem formalizar a celebração do Dia de Doar. Para consultar todas as campanhas participantes, acesse o link www.diadedoar.org.br/campanhas-comunitarias/.


Estímulo a filantropia comunitária

Esse ano, o Dia de Doar incentivou a realização das campanhas comunitárias, que mobilizam recursos locais para que sejam investidos na própria comunidade. Foi lançado um edital com um incentivo de R$ 500, para a criação de 40 campanhas comunitárias e coalizões, o que representa o dobro de ações apoiadas em 2021. Outra novidade foi o apoio inédito da Meta, com créditos de até 5 mil dólares para anúncios no Facebook e no Instagram. Foram selecionadas 10 coalizões para receber o recurso financeiro. 

“Nós acreditamos que a mobilização comunitária é muito efetiva quando estamos falando de novos doadores. São pessoas que convivem diariamente com os problemas que as instituições sem fins lucrativos lutam para superar, e as ações do Dia de Doar trazem oportunidades para que cada um saiba como fazer parte dessa transformação, doando aquilo que puder. Todos são bem-vindos e nenhuma doação é pequena!”, ressalta Carolina Farias, líder do Dia de Doar.


Edição de 2021 movimentou mais de R$ 2 milhões em doações

Na edição de 2021, o Dia de Doar movimentou mais de R$ 2 milhões em doações on-line e mais de 23 milhões de pessoas foram alcançadas por mensagens sobre doação nas redes sociais. Outro destaque de 2021 foi o aumento de 160% no número de campanhas comunitárias ativas no país. Algumas cidades participaram do movimento pela primeira vez, como Várzea Paulista (SP), Pelotas (RS) e Currais Novos (RN).

O movimento também promoveu o engajamento de empresas. O iFood possibilitou que usuários realizassem doações no momento de finalizar o pedido pelo aplicativo, para as ONGs parceiras da empresa, como a Ação da Cidadania, Gastromotiva, Orgânica Solidário, Gerando Falcões, CUFA, SOS Mata Atlântica e Todos pela Educação. Outras empresas que também aderiram ao Dia de Doar foram Gol, Privalia, Quitanda, Burger King Brasil, Petz, NK Store, Pão de Açúcar e Minuto, MDC Energia, Shoulder, Track&Field, Carello, Tricard, entre outros.


Como surgiu o Dia de Doar

O Dia de Doar faz parte de um movimento mundial chamado #GivingTuesday (terça-feira de doação). A iniciativa aconteceu pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2012, e é realizada sempre na terça-feira após o Dia de Ação de Graças (Thanksgiving), uma resposta solidária à Black Friday e à Cyber Monday. 

No Brasil, a primeira edição foi em 2013 e, no ano seguinte, o país entrou oficialmente no movimento global. Liderado pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), o Dia de Doar faz parte do Movimento por uma Cultura de Doação e, neste ano, conta com a apoio do Movimento Bem Maior e do Morro do Conselho Participações.

O Dia de Doar é uma iniciativa que visa estimular a doação de pessoas físicas, empresas e organizações, e tem um papel fundamental ao mostrar que todos podem participar, fortalecendo o hábito de doar como parte do cotidiano das pessoas. Já as organizações sem fins lucrativos podem realizar ações para receber doações, virtuais ou presenciais.

No site do Dia de Doar (www.diadedoar.org.br) estão disponíveis mais informações, dicas, materiais e manuais para quem quiser realizar sua própria ação de doação no dia 29 de novembro. Para assistir o vídeo da campanha do Dia de Doar, clique em https://www.youtube.com/watch?v=8Lkhydx1F00.


Perder a virgindade dói? Especialista comenta.

Perder a virgindade representa uma experiência que ficará para sempre na recordação da mulher. Idealizar como, quando e com quem faz parte do imaginário e que vem logo seguida de uma pergunta - perder a virgindade dói? É o suficiente para causar uma ansiedade que pode causar um medo e bloqueio em muitas mulheres.  

Mas, afinal, dói perder a virgindade? A fisioterapeuta pélvica, Débora Pádua de SP, especialista em dor na relação, explica que essa é uma resposta impossível de responder. Para ela, cada mulher irá descobrir seu limite à sensação de dor e sentir isso de forma única. “Mas, vários fatores importam neste momento, a conexão com o parceiro, o quanto ela está se sentindo segura e, do aspecto fisiológico, o quanto ela está estimulada sexualmente para ter lubrificação suficiente para tornar a penetração mais confortável”, fala. 

Ela conta ainda que não conseguir na primeira tentativa é absolutamente normal e toda a experiência para as próximas tem que ser um processo sem pressa de vencer etapas com confiança e naturalidade. “É compreensível que as próximas tentativas vão sendo cercadas de mais expectativas e isso pode significar mas tempo para a mulher se sentir preparada ou, em outras mulheres, pode gerar mais bloqueios e frustração para perder a virgindade”, fala.  

Conversar sobre o assunto e trocar experiências nem sempre é a solução, principalmente, se a mulher for se comparar com outra. Mas, a especialista ressalta que a experiência é única e envolve os próprios fatores emocionais e biológicos para vivenciar esse momento. 

“Para começar, é um mito acreditar que sempre vai doer para perder a virgindade. Ou que o hímen será rompido - o que caracteriza fisiologicamente a mulher deixar de ser virgem, e ainda, que sangrará na primeira vez. Mas, ao sentir frequentemente dor ou incapacidade para permitir a penetração, a mulher pode estar enfrentando um problema de vaginismo que apresenta-se de diferentes maneiras, algumas mulheres realizam exames ginecológicos, mas não são capazes de ter uma relação sexual. Outras que já se iniciaram sexualmente conseguem ter somente penetração parcial porque sentem dor, ou ainda, há casos de mulheres que são casadas e continuam virgens porque não permitem a penetração”, avisa.  

A especialista em dor na relação sexual desde 2004, fala que a fisioterapia pélvica - uma especialidade que tem como objetivo estudar, avaliar, prevenir e tratar todos os distúrbios associados à musculatura pélvica -- trabalhar com técnicas e exercícios específicos para tratar a dor na relação e distúrbios sexuais como vaginismo, dispareunia, disfunção erétil. “Somente um profundo conhecimento da fisiologia da mulher e todos os aspectos que envolvem a questão, como apoio psicológico e médico, quando necessário, é que conseguimos compreender verdadeiramente a mulher que esteja passando por esse problema que tem sim solução e que tira a tranquilidade de toda mulher que sofre com a dor”, finaliza.

Débora Padua - educadora e fisioterapeuta sexual. Especialista em fisioterapia pélvica desde 2004, atua desde 2014 em clínica própria no tratamento exclusivo de dor na relação. É criadora de um método de tratamento exclusivo e personalizado de acordo com a necessidade de cada mulher, para romper o chamado ‘ciclo da dor’. Já atendeu mais de 5.000 mulheres que tiveram suas vidas transformadas pelos resultados alcançados. vaginismo


Dicas para evitar a ressaca nas festas de fim de ano e curtir com saúde e bem-estar

Médica endocrinologista explica o que é ressaca e como evitá-la nas festas de final de ano

 

O exagero no consumo de bebida alcoólica, nas comemorações de final de ano, é comum e visível nas ressacas e disfunções alimentares. A endocrinologista e metabologista pala USP, Dra. Paula Pires explica como evitar o mal-estar com alimentação e bebidas adequadas. 

A ressaca ocorre porque “para absorver e metabolizar grande quantidade de bebida alcoólica, o organismo tem de se desdobrar e acaba sobrecarregando outros órgãos no processo. O fígado sofre mais por produzir as enzimas que ajudam na absorção do álcool. Além disso, demora a entender que deve parar de trabalhar. Assim, quando o álcool já se foi, a concentração dessas enzimas, que são muito tóxicas, ainda é alta, o que gera um desequilíbrio. O sistema nervoso, que se adequou a esse ritmo errado do corpo, acompanha a crise de abstinência. O resultado geral é dor de cabeça, desidratação, enjoo, diarreia e extremo cansaço”, detalha a médica. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a dose padrão para consumo de bebida alcoólica é de aproximadamente 10 a 12 g de álcool puro, o equivalente a uma lata de cerveja ou chope (330 ml), uma taça de vinho (100 ml) ou uma dose de destilado (30 ml). “Bebidas como uísque, vinho tinto, tequila e conhaque causam ressacas piores do que o vinho branco, cerveja ou bebidas claras, como vodca ou gim. Porém, não significa que cerveja ou vodca não provoquem ressaca”, alerta.

 

 Antes da festança:

- Hidrate-se com antecedência! Dê preferência a água e sucos naturais, de 2 a 3 litros/dia;

- Evite frituras e alimentos ricos em gorduras; prefira carnes magras;

- Pratique atividade física, principalmente aeróbica, para aumentar a resistência física;

 

Durante:

- Hidrate-se a todo o momento! A transpiração eletrólitos - sódio, potássio, magnésio e cloro;

- O consumo de álcool deve ser moderado e nunca em jejum; consuma alimentos leves.

- Fuja das frituras. Além de alto teor de gordura, dão sensação de estômago pesado e moleza;

 

Após:

- Para quem exagerou, vem a ressaca. Repouse, descanse e relaxe;

- A ingestão de água e suco durante todo o dia diminui o tempo da recuperação;

- Coma leve, frutas e verduras, e prefira sopas e caldos, evitando, alimentos gordurosos.

 

Estou de ressaca. O que fazer? 

“Não há nenhum remédio que a cure nem acelere o metabolismo do etanol. De nada adianta: banho frio, café, chás, produtos com cheiro forte ou qualquer outra medicação caseira. O essencial é hidratação, carboidratos e bastante repouso. Habitualmente, a ressaca melhora até o final do dia”, aconselha a médica. O que alguns medicamentos fazem é aliviar os sintomas (analgésicos, antiácidos ou anti-histamínicos). Sucos, água-de-coco e isotônicos (sem álcool) repõem água, sais minerais e vitaminas perdidos. O refrigerante não hidrata, mas ajuda contra a queda da glicose. 

Portanto, tomar medicamentos antirressaca tem pouco fundamento científico. “São drogas que misturam substâncias contra náuseas, analgésicos e cafeína, tentando amenizar alguns dos sintomas. Seu efeito não perdura muito e alguns contêm anti-inflamatórios ou aspirina, que irritam o estômago. A maioria não age sobre a desidratação, sobre a hipoglicemia, nem sobre a irritação que o acetaldeído provoca nas células. “O problema maior é: além de não funcionar bem como prevenção, ainda pode estimular o indivíduo a beber mais, por sentir-se protegido contra os efeitos do consumo exagerado”, frisa a médica.

 

Em poucas palavras, como prevenir, então? Quanto às bebidas:

1 - Nunca beba com estômago vazio, pois o álcool cai na corrente sanguínea em 30 min;

2 - Tome devagar e sempre depois de ingerir alimentos com proteínas e carboidratos;

3 - Uma alternativa é beliscar durante a festa enquanto bebe, pois ajuda a retardar a absorção;

4 - Beba muita água antes, durante e depois da festa. É a melhor dica;

5 - Toda vez que urinar, beba água, suco, isotônico ou refrigerantes (com açúcar, último caso);

6 - Beba muitos líquidos ao acordar e, se não tomar café sempre, evite-o, pois é diurético.

 

Quanto à comida:

1 - Coma carboidratos (frutas, cereais, grãos e massas com dê preferência aos integrais);

2 - Tome um café da manhã reforçado (frutas, leite, cereais integrais, iogurte, queijo ou ovo;

3 - Não pule refeições ou fique horas sem comer;

4 - Beba de 2 a 3 litros de água por dia. Se dificuldade, opte por chás gelados e água de coco;

5 - Antes de sair de casa, faça uma boa e saudável refeição para não chegar com muita fome;

6 - Para ter energia, comida leve: salada, proteína, leguminosa e carboidrato (batata doce ou inglesa, macarrão, mandioca e arroz) para aguentar a festa toda!

 

Dra Paula Pires - endocrinologista e clínica geral formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP)
drapaulapires

 

Dermatologista revela quais doenças da pele são mais comuns no verão; confira

 O verão está oficialmente chegando e a combinação sol, areia, praia, piscina e excesso de suor elevam o risco de algumas doenças da pele. Diante disso, de acordo com a médica dermatologista Clessya Rocha, alguns cuidados são extremamente necessários, especialmente, nessa época do ano.


Entre as doenças da pele mais frequentes durante a estação do verão, estão as micoses.

Conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia, as micoses são infecções causadas por fungos e que podem ocorrer na pele, unhas e cabelos.

“Quando as micoses encontram condições favoráveis ao seu crescimento (calor, umidade e baixa de imunidade), os fungos acabam se reproduzindo”, explicou a médica.

Os pés, a virilha e as unhas são os lugares mais comuns em que elas aparecem, mas isso não significa que outras partes do corpo estejam imunes. Vale lembrar que ninguém está livre delas, crianças, jovens, adultos e idosos.

A melhor forma de evitá-las, de acordo com a SBD, é manter hábitos de higiene, como: secar-se bem após o banho, principalmente áreas de dobras da pele, como virilha, entre os dedos dos pés e axilas. Deve-se também evitar andar descalço em pisos constantemente úmidos (lava-pés, vestiários, saunas).

A dermatologista também afirmou que é muito importante evitar calçados fechados durante o período. “Quando mais o corpo estiver livre, melhor”, pontuou.

Outra doença que pode surgir no verão é o aparecimento de brotoejas. Elas são pequenas bolinhas que surgem, especialmente em bebês, devido ao contato da pele com o suor, principalmente nas “dobrinhas” da própria pele ou das roupas. Podem ser bolhas transparentes com pouca coceira ou “bolinhas” avermelhadas que coçam bastante.

Entre os cuidados preventivos estão: usar roupas leves e soltas e evitar locais muito abafados que propiciam a sudorese excessiva são algumas dicas para evitar brotoejas, sobretudo em pessoas predispostas.
 

 

Clessya Rocha - médica formada pela Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e Dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Atualmente é professora de Dermatologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e doutoranda na Universidade de São Paulo (USP). Clessya também é Speaker em fios PDO e preenchimento com ácido hialurônico além de ser Palestrante nacional. Registros: CRM 18982 / RQE 12458

 

Novembro Branco: os desafios e perspectivas no tratamento do câncer de pulmão

 Avanços no diagnóstico e incorporação de novos tratamentos trazem esperança no enfrentamento da doença 


A ciência tem avançado a passos largos nas alternativas terapêuticas para o câncer de pulmão, doença que em 90% dos casos no mundo tem como origem o tabagismo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Mesmo diante de um arsenal poderoso de condutas que podem atuar no enfrentamento da neoplasia, ainda existem desafios que precisam ser vencidos ao longo dessa trajetória. De maneira otimista, a Dra. Mariana Laloni, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, comenta estratégias que têm se mostrado bastante promissoras. “Tivemos inúmeros avanços na detecção da doença, no diagnóstico molecular, nas técnicas cirúrgicas, nas técnicas de radioterapia e também na incorporação de novos tratamentos alvos para o câncer de pulmão”. 

Contudo, a médica explica ainda que as técnicas devem ser avaliadas caso a caso para os pacientes oncológicos. “A indicação depende, principalmente, do estadiamento, tipo, do tamanho e da localização do tumor, além do estado geral do paciente”.
 

Sintomas e tipos mais comuns do câncer de pulmão 

A grande maioria dos pacientes com câncer de pulmão tendem a apresentar sintomas ligados ao aparelho respiratório. Por isso, é importante ficar em alerta caso haja tosse, falta de ar e dor no peito. “Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Contudo, quando a doença é sintomática, geralmente, se encontra em uma fase mais avançada. Por isso, é muito importante que os programas incluam a cessação do tabagismo e estratégias de rastreamento da população de alto risco, como tabagistas e ex-tabagistas. A atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença, o que contribui amplamente para o sucesso do tratamento”, explica a oncologista da Oncoclínicas. 

Já quanto aos tipos da neoplasia, os dois principais são: o carcinoma de pequenas células e o de não pequenas células “O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes”, complementa.
 

Desafios 

No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que em 2022 cerca de 30.200 casos da doença sejam diagnosticados. Apesar dos dados não serem novidade, os tumores pulmonares ainda lideram o ranking das doenças oncológicas que mais matam todos os anos, segundo a OMS. 

Para Mariana, o grande desafio é a integração do tratamento para o paciente oncológico. “Integração no sentido fornecer acesso a todos os pacientes a um diagnóstico molecular adequado, com uma velocidade rápida para fazer as melhores escolhas na combinação do tratamento cirúrgico, sistêmico (baseados na adoção de medicações via oral ou intravenosa, como a quimioterapia) e radioterápico”, comenta. 

A médica comenta ainda que o diagnóstico molecular possui grande importância e pode auxiliar nas investigações alvo de interesse, gerando resultados mais precisos. “Com uma altíssima performance e redução do tempo de análise, é possível identificar mutações ou alterações genéticas e criar estratégias para que o tratamento se inicie o mais rápido possível. Isso nos abre novas frentes para o enfrentamento da doença e traz perspectivas de um futuro promissor”, finaliza Mariana Laloni.  

 

Oncoclínicas

https://grupooncoclinicas.com/


Rouquidão prolongada pode ser sintoma de câncer de laringe, explica oncologista

 O médico Ramon Andrade de Mello afirma que a doença é mais frequente nos fumantes e usuários habituais de álcool


Sintomas prolongados de rouquidão, que não regridem por mais de duas ou três semanas em pessoas fumante e usuários habituais de álcool, merecem uma investigação detalhada. “Esses podem ser indícios de câncer de laringe, uma doença com 90% de chances de cura, com um diagnóstico precoce”, esclarece o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e médico pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido. 

A doença geralmente é diagnosticada em homens acima de 40 anos de idade e é um dos tumores oncológicos mais frequentes que atingem a região da cabeça e pescoço, representando 25% dos cânceres que afetam essa área. “Além da rouquidão, o paciente pode sentir resistência para engolir e ter a sensação de um ‘caroço’ na garganta. Já nas fases mais avançadas, a pessoa pode ter até dificuldade de respirar e sentir falta de ar”, detalha Ramon Andrade de Mello.
 
De acordo com as estimativas de 2020 do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o país teria 7.650 novos casos naquele ano, sendo que a maioria dos registros (6.470) estão entre o público masculino. “É preciso eliminar os fatores de risco, ou seja, parar de consumir bebida alcoólica e tabaco. Os pacientes que persistem com esses hábitos ampliam as probabilidades de aparecimento de um segundo tumor na área de cabeça e pescoço”, afirma o oncologista.
 
Ramon Andrade de Mello explica que o tratamento depende do diagnóstico de cada paciente, que pode passar por intervenção cirúrgica, seguida ou não de radioterapia e quimioterapia: “Para cada caso, o especialista pode adotar uma estratégica específica. O importante é fazer o diagnóstico precoce, que ampliam as chances de cura”.
 


Dr. Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.
 https://ramondemello.com.br/


Número de infartos pode aumentar em até 8% na Copa do Mundo

Pesquisa indica que incidência de infarto entre brasileiros cresce de 4% a 8% durante a Copa do Mundo
Créditos: Envato

Dor no peito é um sinal de alerta; hidratação e escolhas inteligentes na alimentação ajudam a reduzir ansiedade dos jogos


A contagem regressiva para a Copa do Mundo do Catar já começou e, além de vestir a camisa e preparar a torcida, é importante cuidar do coração. Com a promessa de fortes emoções, especialistas indicam cuidados e maneiras mais saudáveis para curtir as partidas de futebol. 

Estudos sobre o aumento da incidência de mortes por problemas no coração durante a Copa do Mundo já são realizados desde 1996. Uma das pesquisas mais recentes, feita pela Universidade de São Paulo (USP) na Copa disputada na Rússia, em 2018, indica que a incidência de infarto aumenta de 4% a 8% entre os brasileiros durante o torneio. O alerta vale principalmente para quem tem problemas cardiovasculares ou histórico familiar da doença. “A dor no peito sempre deve ser um sinal de alerta e, nesses casos, o melhor é procurar um serviço de urgência e emergência”, orienta o cardiologista dos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, Gustavo Lenci Marques.


Mais saudável

O cardápio para a hora dos jogos também pode ser um aliado para a saúde. Trocar alimentos ultraprocessados como refrigerantes e salgadinhos por água saborizada e snacks caseiros, como chips de mandioca, palitinho de cenoura com molho de alho ou espetinhos de frutas são opções interessantes e que ajudam a controlar os níveis de ansiedade. Já para quem não abre mão da cervejinha gelada enquanto curte os jogos, a dica é ficar sempre de olho na hidratação. 

“A conta é bem simples: a cada latinha de cerveja consumida, intercale com 100 ml de água. Isso evita a desidratação e a ressaca do dia seguinte”, explica a nutricionista do Grupo Marista, Patricia Soneh.

 

4 erros que alteram o resultado do exame de urina - e você não pode cometer

O exame de urina é usado para verificar possíveis alterações no sistema renal e urinário, podendo descobrir infecções, insuficiência, diabetes, hipertensão arterial, e até lúpus eritematoso sistêmico


Fazer xixi em um potinho e ter que levá-lo ao laboratório não é uma experiência agradável. Agora, imagina ter que fazer isso mais de uma vez porque a coleta não foi realizada da forma correta… Seria desgastante, não é?

A boa notícia é que existem alguns cuidados para evitar que isso aconteça com você. Vem entender! 

Exame de urina: para que ele serve, afinal?

Sabemos que você está esperando pelas dicas, mas, antes, é preciso fazer uma breve contextualização sobre esse exame. É comum que algumas pessoas ainda não saibam qual é o objetivo dele. 

Se você é uma delas, não se preocupe! A gente te explica. Quando o médico pede um exame de urina, ele quer verificar se existem possíveis alterações no sistema renal e urinário.

O profissional pode solicitá-lo se desconfiar que a pessoa está com alguma doença. Também é comum que ele peça como rotina.  


Os tipos de coletas de urina podem variar

Não existe um único tipo. Os mais comuns são a coleta da amostra isolada de uma micção ou a urina 24h. 


Os tipos de exames de urina também podem ser diferentes

Existem diversos deles, mas os mais comuns são: EAS e Urocultura. Temos quase certeza de que você - ou alguém próximo - já deve ter feito. Agora, para que eles realmente servem? Na tabela abaixo, você vai descobrir alguns deles: 

Exames

Tipo de Coleta 

(amostra) de Urina

Para que serve o exame

EAS (também chamado de Urina tipo 1 ou Exame Parcial de Urina) 

 

Urina Isolada 

Para investigar se o paciente tem pedras nos rins, insuficiência renal, infecções etc.

Urocultura (também chamado de cultura de urina)

 

Urina Isolada 

Ver se existe a presença de bactérias. Ele é indicado para identificar se a pessoa está com infecção urinária

Sódio, potássio, cálcio, proteínas e outros componentes

Exame de urina 24 horas

Avalia as taxas de excreção de determinados componentes durante o dia. Auxilia no entendimento do equilíbrio, na concentração deles e na relação com a saúde dos rins.

Quaios Quais são os erros mais comuns ao fazer exame de urina? 

Agora que você já tem uma ideia do que é o exame de urina, podemos listar alguns erros na hora de realizá-lo. Cometer esses deslizes alteram o resultado ou, até mesmo, fazem você coletar de novo a amostra. Alguns deles são:

1. Não fazer a higienização correta 

O primeiro erro é não fazer a higienização correta das mãos e da área genital antes de coletar a urina. Ter esse cuidado vai evitar a contaminação da amostra.  

2. Não seguir as instruções de preparo

Cada tipo de exame de urina pode ter um preparo diferente. Por isso, é importante seguir sempre a recomendação do laboratório escolhido por você. Veja alguns exemplos:

Exames

Tipo de Coleta (amostra) de Urina

Preparo




Exame de urina EAS




Urina isolada 

A recomendação é evitar o uso de alguns medicamentos e de contraste oral. É ideal não fazer sexo durante as 24 horas antes da coleta da urina nem exercícios físicos. Outra orientação é evitar realizar o exame se a pessoa estiver menstruada.



Urocultura



Urina isolada 

Uma recomendação muito comum é: se a pessoa está tomando antimicrobianos, ela deve fazer o exame de urina somente depois de completar 7 dias do fim do remédio ou conforme a orientação médica.

 

Sódio, potássio, cálcio, proteínas 

***e todos os outros exames que têm essa forma de coleta 24h

 

Exame de Urina 24 horas

Manter a rotina de hidratação normalmente. 

3. Não seguir as instruções de coleta

Não seguir à risca as orientações de coleta pode fazer com que você tenha que fazer tudo de novo. Para evitar esse retrabalho, existem algumas instruções importantes:

Tipo de Coleta (amostra) de Urina

Instruções de coleta

 

Urina isolada

O ideal é coletar a primeira urina do dia pela manhã. Você deve “jogar fora” o primeiro jato e colocar o restante no material fornecido pelo laboratório escolhido.

 

        




   Urina 24 horas

No dia em que você vai iniciar a coleta, a orientação é eliminar o xixi normalmente no vaso sanitário até esvaziar a bexiga. O ideal é começar pela manhã. Depois, você deve anotar o horário exato em que isso aconteceu. 

 

Em seguida, toda vez que você tiver vontade de urinar, deverá armazenar parte do xixi no pote oferecido pelo laboratório. Repita essa ação até completar 24h. Para ficar mais claro, se você anotou que a 1ª urina foi às 8h, a coleta deve parar às 8h do dia seguinte

4. Ignorar o tempo de estabilidade

Um ponto importante é: a urina é uma amostra de baixa estabilidade. Então, logo depois que você terminar de coletar o xixi,  é preciso entregar o potinho ao laboratório rapidamente. Quanto mais “fresca” essa amostra for, melhor. 

Se você estiver perto do local no qual vai entregar a amostra, ótimo. Se não, o período de estabilidade da coleta da Urina Isolada e da Urina 24h é de até 6 horas caso estejam refrigerados. 

Pode dar erro no exame de urina?

Sim, é possível. Um dos erros mais comuns é a contaminação da urina pela falta de higiene adequada. Porém, se o exame é feito de forma correta e bem preparado, as chances de isso acontecer são bem menores. 

Onde fazer o exame de urina?

O exame de urina pode ser feito na rede pública e privada de saúde. Além disso, algumas empresas da rede particular oferecem o serviço em casa. Então, o desconforto de ir até o laboratório para entregar a amostra não acontece. Tudo isso torna a realização muito mais prática e confortável.

 

Apneia do Sono pode atingir cerca de 87% da população idosa, aponta pesquisa

Hospital Paulista alerta para os principais distúrbios na terceira idade


Os distúrbios do sono estão entre os problemas mais comuns em idosos, estando a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) em primeiro lugar. De acordo com o Episono - Estudo Epidemiológico do Sono de São Paulo, cerca de 60,2% dos idosos entre 60 e 69 anos apresentam a doença, com números que aumentam para 86,9% entre idosos na faixa de 70 e 80 anos.

Dr. Lucas Vaz Padial, otorrinolaringologista com atuação em Medicina do Sono no Hospital Paulista, explica que o fato ocorre porque a idade está entre os fatores de risco à apneia do sono, bem como para distúrbios menos prevalentes, mas que também apresentam relevância epidemiológica em idades mais avançadas.

“Entre eles podemos citar os distúrbios de movimento do sono, como a Síndrome das Pernas Inquietas, e os comportamentais REM, que podem coexistir ou preceder o diagnóstico de doenças neurodegenerativas, entre elas o Parkinson”, afirma.

Conforme o especialista, tanto os parâmetros como a arquitetura do sono sofrem alterações de acordo com a faixa etária. Dessa forma, a própria fisiologia do sono é afetada pelo envelhecimento. “Idosos costumam ter um tempo de sono menor, além de, em média, irem dormir mais cedo. Somado a isso, comorbidades clínicas e psiquiátricas, uso de substâncias e os próprios distúrbios do sono podem mediar negativamente esta fisiologia”, ressalta.

Segundo o médico, prováveis processos neurodegenerativos do próprio envelhecimento podem alterar os núcleos cerebrais, gerando maior dificuldade em manter um sono prolongado, contínuo e reparador. Somados às alterações circadianas da idade, entre elas a variação da temperatura corporal e os níveis de melatonina no sangue, a sensação é intensificada.

Para a apneia do sono, o principal mecanismo que justifica a alta prevalência é o aumento da chance de colapsar a faringe – fechá-la enquanto dorme –, seja por fraqueza muscular ou pelo aumento de gordura na região do pescoço e da língua.



Identificando distúrbios do sono em idosos  

Para identificar possíveis distúrbios do sono em idosos, é importante que as pessoas estejam atentas aos sintomas que começam a surgir precocemente. Entre os mais relevantes estão a sonolência excessiva durante o dia, necessitando de cochilos frequentes e/ou prolongados no decorrer da tarde.

“Despertar, muitas vezes, durante a noite, seja para beber água ou ir ao banheiro, também pode ser um sinal de alerta”, orienta o médico.

Segundo Dr. Lucas, por conta desta fragmentação, é comum a sensação de sono insuficiente e não reparador, compensado pelos cochilos excessivos durante o dia. "Isso diminui a ‘pressão de sono’ e o idoso novamente fica sem sono durante a noite, repetindo o processo sucessivamente.”

Em alguns casos, a sonolência pode não chamar a atenção, mas é importante ficar atento a sinais como alterações de memória e atenção recentes; transtornos de humor; aumento da frequência de idas ao banheiro, fazendo, muitas vezes, com que o idoso urine na cama; e sensações desagradáveis nas pernas, com necessidade de movimentá-las, bem como movimentos físicos bruscos e agressivos durante algum sonho.



Prevenção

O médico destaca que a prática de atividade física regular, de preferência diária, é a principal intervenção não farmacológica que leva a uma melhor percepção de sono em qualquer idoso e distúrbio.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de, ao menos, 150 minutos de atividade física moderada por semana, como caminhadas.

“Idosos que aderiram à recomendação apresentaram menores probabilidades de desenvolver os sintomas de insônia”, reitera o especialista. No entanto, ele alerta à carência de atividade mental de estímulos da percepção cognitiva, como leituras, que pode impactar negativamente a qualidade do sono.

“A própria superproteção de familiares e cuidadores gera um estado persistente de restrição ambiental, prejudicando o desenvolvimento de uma rotina de interação social, exposição à luz e marcadores circadianos, fatores significantes para um sono restaurador.”



Tratamentos

Os tratamentos para os distúrbios do sono dividem-se em intervenções gerais e específicas, de acordo com cada problema.

As intervenções gerais trabalham o contexto de hábitos de vida e higiene do sono, apontados acima, enquanto as específicas podem depender de uma avaliação médica criteriosa.

Entre as alternativas possíveis estão a terapia cognitivo comportamental (TCC), que auxilia no tratamento da insônia; exposição à luz artificial, em casos nos quais o contexto clínico não permite contato com luz natural; terapia farmacológica; e uso do CPAP, pequeno aparelho compressor de ar silencioso, utilizado no tratamento para apneia do sono.

“Se você conhece algum idoso que apresente sintomas e sente que isso impacta sua qualidade de vida, é de grande importância o agendamento de uma consulta médica. Assim, podemos, em conjunto, trabalhar as formas de tratamento e trazer conforto e benefícios para uma etapa tão importante da vida humana, que é o sono”, finaliza o especialista.



Centro de Diagnóstico dos Distúrbios do Sono

Para diagnóstico e tratamento dos distúrbios do sono (apneia, ronco, insônia, bruxismo, entre outros), é indicado exame de polissonografia, que avalia a qualidade do sono e mede a atividade respiratória, muscular e cerebral.

A polissonografia consiste no registro das variáveis fisiológicas durante o sono, como atividade elétrica cerebral, movimento dos olhos, tônus muscular, fluxo de ar oral e nasal, esforço respiratório, movimentos de pernas e oxigenação do sangue (oximetria).

No Hospital Paulista, o exame é realizado por técnicos e fisioterapeutas com certificado em polissonografia e exames com CPAP ou BIPAP, além de equipes médica e de enfermagem, para suporte total ao paciente.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

 

Precisamos falar sobre climatério e menopausa no ambiente corporativo


Já parou para pensar, o que vem a sua cabeça quando ouve a palavra “menopausa”?


É preciso atualizar essa visão urgente. Como todos os demais temas exclusivos da vivência feminina e de homens trans, a menopausa ainda é um tabu e infelizmente fazer cara de paisagem não altera a realidade, os países mais desenvolvidos em paralelo com o mundo corporativo, já estão se ocupando do tema.


A biografia hormonal das mulheres é marcada por mudanças naturais, assim como passamos pela puberdade, vivenciamos (se tudo der certo), o climatério. Segundo a OMS, 70% das mulheres chegam ao climatério sem informações suficientes para entender o que está acontecendo e como/onde buscar ajuda.


Os sintomas do climatério impactam na qualidade de vida, nas relações pessoais e de trabalho, são mais de sintomas físicos e mentais, desde os mais conhecidos, como “calorões”, até os esquecimentos.

Relação do climatério no trabalho. 


Assim como a maternidade, o climatério não pode ser visto como um empecilho para a vida profissional. Com informação, suporte e acesso aos serviços de saúde, é possível gerenciar esta etapa. A chegada da menopausa marca o fim da vida reprodutiva, não da vida produtiva e aqui chegamos na conexão entre climatério e trabalho.


Empresas cientes de seu papel na promoção da saúde e bem-estar das suas colaboradoras e atentas para questões como equidade de gênero, etarismo e manutenção de talentos vão entender a equação sem problemas, o tema começa a ganhar espaço no Brasil.


Algumas dicas importantes para desmistificar o assunto é compartilhar informações sobre os sintomas do climatério nos canais internos de comunicação da empresa; promover palestras com profissionais especializados no tema; e até mesmo incluir o Dia Internacional da Menopausa, 18 de Outubro, no calendário de ações corporativo.

Além disso, as organizações podem agir com suporte importante para essas colaboradoras, com o ajuste da política de RH; capacitação de pessoas em cargos de liderança para entender o contexto e saber como oferecer apoio, com profissionais especializados no tema.


Bianca Doeler – Coordenadora da No Pausa no Brasil, organização latino-americana que busca visibilizar o climatério/menopausa com uma perspectiva contemporânea e intergeracional. Formada em Comunicação Social/Relações Públicas.

 

Suplemento emagrece? Nutricionista esclarece mitos e verdades

Promessas de emagrecimento fácil e ganho de massa muscular em tempo recorde: o que os suplementos realmente fazem no seu organismo? 


Quem frequenta academia ou busca dicas de boa forma na internet certamente já ouviu ou leu várias versões sobre a ação dos suplementos alimentares no nosso organismo. As histórias variam desde benefícios incríveis, como aumentar a massa muscular se esforço, até o emagrecimento rápido e fácil, como é o caso da fama de alguns produtos. Há também quem diga que os suplementos podem fazer mal à saúde. O nutricionista esportivo Diogo Cirico, responsável técnico da Growth Supplements, esclarece que o primeiro boato a ser desmentido é que não há milagre. “Os suplementos funcionam, mas não fazem milagre, nem agem sozinhos. Eles são feitos para potencializar o resultado dos treinos e alimentação. A creatina e a beta alanina, por exemplo, aumentam a capacidade do músculo de produzir força e resistência, mas se a pessoa mantiver sempre a mesma rotina de treinos, não vai ver resultado diferente dos que já vem obtendo. É preciso intensificar o treino aumentando a carga, o número de repetições ou até mesmo empregar outras estratégias de treinamento, assim os nutrientes do suplemento vão acelerar esse ganho de massa muscular”, detalha. 

Termogênico emagrece?
A pressão social por um corpo magro que atenda aos padrões de beleza leva muita gente a buscar soluções mágicas e instantâneas para perder peso. Vale de tudo: desde a dieta da moda, até o uso de produtos que trazem a promessa de agirem como “emagrecedores”. O nutricionista esportivo explica que a palavra “ajuda” é mesmo a ideal, nesse caso. “Eles até aumentam o gasto calórico, mas ainda assim é preciso ter um déficit para perder peso. Se eu tomar termogênico e não reduzir a ingestão total de calorias não vai adiantar nada”, resume Cirico.  

Suplementos funcionam se combinados a dieta equilibrada e exercícios diários
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Para funcionar, suplementos devem ser combinados a exercícios e alimentação balanceada 


Suplemento te deixa mais forte?

O nutricionista explica que os suplementos são substâncias desenvolvidas para acelerar resultados. Como eles nos ajudam a fortalecer e regenerar o organismo mais rapidamente, eles possibilitam a evolução do treino para séries cada vez mais intensas. E é esse treino que vai levar ao resultado desejado, que pode ser ‘crescer’ ou perder peso. “No caso daqueles que desejam emagrecer, quando a pessoa gasta mais energia do que consome, estes suplementos aumentam o deficit calórico e impulsionam o uso da gordura como fonte de energia. Eles também aumentam a quantidade de enzimas que quebram as moléculas de gordura e ajudam na regulação da fome e saciedade. Os suplementos também aumentam a expressão dos genes responsáveis pelo nosso metabolismo, que queimam as gorduras”, explica Cirico.  

Entre as substâncias que auxiliam no emagrecimento, Diogo cita o chá verde, extrato de café verde, extrato de laranja moura, cafeína, l-carnitina, gengibre em pó. “O resultado só vem se houver uma combinação entre alimentação balanceada, prática diária de atividade e o uso de suplementos com essas substâncias naturais. Eles podem agir como aceleradores, mas se a pessoa não colaborar, não vai ter resultado”, resume.  

Uso de suplementos deve ser orientado por profissional
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Para crianças e idosos

Para quem ainda pensa que suplementos trazem algum risco, o nutricionista explica que qualquer pessoa pode consumir um suplemento, inclusive crianças e idosos, conforme orientação profissional. “O Ministério da Saúde estabelece regras e condições rigorosas para a liberação dos suplementos alimentares. E essa legislação não permite que seja comercializada nenhuma substância com um potencial danoso à saúde. Então se um suplemento está no mercado, ele atende às regras e é seguro”, resume.  


Existe suplemento esportivo?

Os suplementos podem ser usados por qualquer pessoa, inclusive crianças e idosos, sempre com orientação profissional. O termo “suplemento esportivo” não existe na legislação, nem na literatura científica. “É um termo popular entre quem é praticamente de algum esporte, mas os suplementos de um halterofilista podem ser os mesmos de um idoso que tenha recomendação médica para fortalecimento do organismo. Isso acontece porque eles agem de várias formas no nosso corpo: podem ajudar na recuperação da saúde intestinal; melhorar o metabolismo e ajudam na regulação das funções orgânicas (produzir hormônio, combater vírus e bactérias, ativar músculos, produzir neurônios), que são as ações que precisamos para atingir o resultado final, seja ficar mais forte ou recuperar-se de algum problema de saúde”, explica o nutricionista funcional.


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