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quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Não se preparou para a Black Friday? Confira algumas dicas

 

A Black Friday no Brasil começou em 2010 e desde então conquistou os brasileiros pelas ofertas. Nesta sexta-feira, dia 25 de novembro, inicia-se a décima segunda edição. Em 2021, o e-commerce faturou o valor recorde de R$ 7,5 bilhões em vendas, segundo relatório da Neotrust. Este ano, 50% dos consumidores já afirmaram que pretendem comprar algum produto, segundo pesquisa da Inteligência de Mercado da Globo. 

A cada ano contamos com mais empresas aderindo, não somente o varejo que tem se beneficiado desta data. Hoje contamos com a participação de atacadistas, indústrias, serviços e também do agronegócio. É a oportunidade para empresas de todos os setores venderem mais. 

Chegou a semana da Black Friday e você não preparou nada? Muitas empresas ainda têm dúvidas do que fazer e como fazer. Se você está neste grupo, mas quer aproveitar este momento, confira algumas dicas para iniciar hoje e aproveitar a Black Friday. E na próxima, programa-se com antecedência pois há muitas oportunidades.

 

Crie sua oferta 

Antes de divulgar, é importante que você crie suas ofertas. Independente do seu segmento e do que você vende, há oportunidades. 

Defina quais produtos ou serviços você pode trabalhar com descontos atrativos e quais as condições para estes descontos serem aplicados.  

Converse com sua equipe para entender quais produtos possuem mais aderência para estes descontos. Insights valiosos podem surgir do time de vendas e do marketing. 

Produtos e serviços de entrada podem ser belos atrativos para atrair clientes e ser a oportunidade para você apresentar sua empresa. 

Mesmo que você não tenha condições de oferecer descontos agressivos, não desanime! Existem inúmeras estratégias para vender mais que podem ser extremamente atrativas, confira: 

·         Combos

·         Kits de produtos

·         Brindes especiais

·         Amostra grátis

·         Vendas adicionais (upsell)

·         Garantia extra ou frete grátis

·         Pontos extras em um programa de fidelidade

Se ainda tiver dúvidas, converse com seus clientes e entenda com eles o que seria atrativo. Certamente boas ideias vão surgir.

 

Não ofereça descontos falsos


Por algum tempo a Black Friday no Brasil foi conhecida como "Black Fraude", já que alguns varejistas aumentavam o valor dos produtos alguns dias e semanas antes para então no dia dar descontos maiores. Isso mudou, sites "fiscalizadores" dos preços surgiram e orientaram os consumidores a comprarem de empresas que tratavam o tema com seriedade. Além disso, os consumidores ficaram mais atentos e passaram a acompanhar os preços.

 

Apresente para sua equipe comercial e marketing


Uma vez definida a oferta, apresente para sua equipe comercial e de marketing para que eles possam te apoiar na divulgação.

 

Apresente os produtos ou serviços que participarão da promoção e as condições da oferta. Deixe sua equipe opinar e tirar dúvidas, podem ser as mesmas dos clientes. Ajuste a oferta se for necessário.

 

Um erro comum das empresas é criar promoções e não cumprir posteriormente ou cumprir com má qualidade. Por exemplo, não ter estoque do produto ou demorar para realizar a execução do serviço. 

 

Faça contato com prospects perdidos

 

Ligar para prospects recentes que não fecharam negócio pode ser uma ótima maneira de resgatar aquela oportunidade perdida. Pegue sua lista de negócios não fechados e apresente sua oferta, novos negócios podem surgir.

 

Divulgue para sua base de clientes

 

Sua base de clientes é o seu principal ativo, eles certamente terão interesse em comprar mais alguma coisa de você. Faça ligações ou envie um e-mail para seus clientes divulgando a oferta e que eles terão prioridade na aquisição.

 

É uma grande oportunidade para aumentar sua receita, já que seus clientes ativos conhecem sua empresa, então o processo de vendas é muito mais curto.

 

Inicie uma campanha no Google ADs, agora!

 

O Google ADs é a plataforma de anúncio do Google, são os 4 primeiros resultados que aparecem na página do Google quando você busca algo. É uma excelente maneira de divulgar seu negócio e tem proporcionado a empresas se conectarem com clientes em qualquer lugar do Brasil ou do mundo.

 

Engana-se quem acredita que anunciar no Google é só para quem tem uma loja virtual, mesmo que você tenha um site institucional é possível atrair clientes e gerar oportunidades de negócio. Muitos dos clientes aqui da TRIWI não possuem e-commerce e mesmo com sites institucionais conseguem gerar negócios.

 

Criar uma conta e iniciar uma campanha é super fácil, mas é preciso agir com cuidado para que o investimento não seja feito de maneira errada. E claro, há muitos ajustes e "macetes" que só profissionais com muita experiência sabem fazer.

 

Eu recomendo que toda empresa tenha anúncios no Google, mesmo que o investimento seja baixo. Por exemplo, R$ 10 por dia já é um valor adequado para você atrair clientes. Nestes anos atuando com marketing eu vi empresas crescerem em pouco tempo pois investiram corretamente sua verba de marketing em anúncios.

 

Divulgue em suas redes sociais

 

Utilize suas redes sociais para divulgar suas ofertas. Mesmo que você não tenha como criar posts profissionais, uma foto ou um vídeo feito do seu celular pode ser uma ótima maneira de divulgar para seus seguidores.

 

Faça posts frequentes antes e no dia, esteja presente nas redes sociais e divulgue o máximo que puder. Claro, não faça nada que seja massivo ou desagradável ao público, saiba dosar a quantidade de publicações.

 

Anuncie nas redes sociais

 

Da mesma maneira que é possível anunciar no Google, como relatei anteriormente, é possível anunciar nas redes sociais, como Facebook, Instagram e o LinkedIn. Você pode direcionar seus anúncios para sua base de seguidores e também para pessoas que estão dentro do perfil que você deseja.

 

É possível direcionar anúncios para pessoas que tenham interesse em um determinado assunto e também com base na localização, idade entre outros filtros.

 

Você pode anunciar nas redes sociais também com investimentos mais baixos, mas não deixe de agir com cautela para não perder dinheiro. O alerta aqui vale o mesmo.

 

E-mail marketing

 

Divulgue suas ofertas através de e-mail para seus contatos. Utilize ferramentas adequadas para a divulgação, assim você conseguirá ter mais alcance e espalhar a mensagem rapidamente.

 

Há muitas opções de ferramentas de envio de e-mail disponíveis, muitas delas disponibilizam um período de teste gratuito ou uma quantidade mensal de envio sem custos. Ou seja, não tem desculpa para não fazer, não é mesmo?

 

Não caia no erro de comprar base de e-mail, isso é ilegal e dinheiro jogado no lixo, já que os resultados são baixíssimos.

 

Atualize seu site com as ofertas

 

Um erro comum das empresas que não possuem loja virtual é não atualizar o site acreditando que possuem poucos acessos ou que ninguém irá ver.

 

Atualize seu site com as informações da sua oferta e deixe em destaque, isso pode gerar novas oportunidades. Certamente deve ter alguém acessando o seu site agora, você que não sabe disso.

 

Analise seus concorrentes

 

Certamente seus concorrentes já estão fazendo algo, então analise o que eles estão ofertando e quais ações estão realizando. Certamente você terá insights para fazer algo ainda melhor.

 

Visite o site e as redes sociais dos seus concorrentes e olhe atentamente, como se fosse um consumidor.

 

Disponibilize o máximo possível dos canais de atendimento

 

Disponibilize e-mail, telefone, formulário de contato, WhatsApp e o inbox das redes sociais. Esteja atento a todos os canais. Cada cliente tem uma maneira preferencial de fazer contato.

 

Mesmo no B2B eu vejo que canais de contato mais dinâmico como o WhatsApp tem se consolidado como um meio de comunicação rápido e dinâmico entre empresa e cliente. O telefone, julgado errado por muitos profissionais de marketing ainda é um canal de contato muito importante.

 

Promova upsell para vender mais

 

Aproveite a euforia do momento e promova o upsell para vender mais. Se a pessoa comprou de você um produto ou serviço, ofereça um complemento.

 

Por exemplo, a pessoa comprou de você uma máquina de café, ofereça descontos para a compra de grãos de café. Ou ela contratou seu serviço de limpeza de sofá, ofereça o serviço de limpeza de tapetes com custo reduzido.

 

Não confunda upsell, que é a técnica de aumentar o seu ticket médio com venda casada, o que é ilegal.

 

Capriche no atendimento

 

Ter um bom atendimento não é diferencial, é essencial. Você deve fazer isso o ano todo. E na Black Friday você deve caprichar ainda mais, coloque toda a sua equipe disponível e reforce as boas práticas de atendimento, pois é muito provável que apareçam novos clientes.

 

Coloque todo o seu time para o atendimento, mesmo as pessoas que não são dessa área podem contribuir muito neste momento de aumento de demanda.

 

Dicas extras

 

Além das dicas que citei neste artigo, existem algumas outras que vale destacar para que você tenha mais sucesso nesta Black Friday. Confira: 

·         Planeje-se com antecedência. Desta vez passa, mas ano que vem não deixe para iniciar uma semana antes.

·         Escolha produtos estratégicos ou de entrada.

·         Crie suas campanhas com antecedência.

·         Contrate um profissional ou uma agência de marketing digital para que possa te apoiar.

·         Faça parceria com influenciadores digitais.

·         Tenha cuidado com o custo e prazo do frete para não afastar os consumidores.

·         Disponibilize diversas opções de meios de pagamento.

·         Ofereça a opção de pagamento parcelado ou desconto para pagamento à vista.

·         Deixe claro aos clientes sua política de troca e devolução.

 

Agora é com você!

 

Espero que as dicas tenham sido úteis e que você possa aproveitar essa Black Friday para vender mais.

 

Aqui na TRIWI montamos um plantão para apoio às empresas que não conseguiram se preparar, nossa equipe de especialistas em vendas poderá dar o apoio necessário para você aproveitar as oportunidades da Black Friday.


5 dificuldades que as mulheres enfrentam na hora de avançar no comando das empresas

Estar em cargo de liderança dentro de uma empresa ou começar o seu próprio negócio não é uma tarefa fácil; especialistas apontam as principais dificuldades que as profissionais femininas enfrentam

 

Estar dentro de um negócio e avançar até conquistar cargos de liderança não é uma tarefa fácil, ainda mais quando são as mulheres que estão em busca disso. A dificuldade também é encontrada na hora que as mulheres desejam empreender. Para se ter ideia, mais de 7 milhões de CNPJs ativos no Brasil são controlados e pertencentes a mulheres. Entretanto, um levantamento feito pelo Sebrae-SP e o Movimento Aladas, mostra uma realidade dura: enquanto 24 milhões de mulheres brasileiras desejam empreender, 43% delas não o fazem por medo de falhar.

 

Além disso, de acordo com o relatório “Women in the Workplace 2021”, da consultoria McKinsey, que revela que quanto mais alto for o cargo, menor a presença feminina - enquanto há 62% de homens brancos na alta liderança (C-Suite), há apenas 20% de mulheres brancas. De homens de cor, há 13%, e o percentual de mulheres é ainda mais baixo, atingindo apenas 4%. O fato é que, quando falamos em mulheres se tornando líderes de empresas ou criando o seu próprio negócio, não são poucos os desafios e obstáculos que elas enfrentam.

 

Abaixo, especialistas esclarecem quais são os principais obstáculos a serem enfrentados. Confira: 

 

1. O apoio entre as mulheres: “Às vezes, é raro encontrarmos mulheres que se apoiam dentro dos negócios. Mas o que todos precisamos entender é que nenhuma caminhada se faz sozinha. Quando as mulheres acreditam uma na outra, se apoiam e lutam todos os dias para ocupar espaços de destaque dentro das empresas, isso serve para abrir portas para outras mulheres também. O percurso nunca é fácil, por conta disso, quando uma mulher conquista um espaço de destaque e liderança dentro de uma organização, ela tende a puxar outras mulheres com ela para que façam parte desse crescimento”, diz Dani Verdugo, que é CEO do Grupo THE.

 

2. Não saber argumentar: “Quando falamos de negócios, um dos principais requisitos para se tornar um bom líder é saber argumentar. Saber conversar e argumentar nos negócios já é uma tarefa difícil, e essa dificuldade pode se tornar ainda maior quando são mulheres em posições de liderança. É importante saber que a argumentação não servirá somente no aspecto profissional, mas no pessoal também. No mundo dos negócios vendemos nossas ideias e projetos todos os dias para parceiros, fornecedores e líderes. Damos e recebemos feedback. Isso diz muito sobre a importância de sabermos veicular nossas ideias e ideais de uma forma clara e convincente, mas não somente no ambiente profissional, mas principalmente pessoal”, explica Maytê Carvalho, que é escritora, professora, comunicóloga e autora do livro "Ouse Argumentar: Comunicação assertiva para sua voz ser ouvida”. 

 

3. Assédio e importunação sexual: “O assédio e a importunação sexual são uma das ferramentas utilizadas pela socialização patriarcal para intimidar mulheres a ocupar espaços de trabalho. Quando ocupamos espaços, eles nos reduzem a corpos que servem apenas para pegar café, anotar compromissos e para serem assediados. Quando ocupamos espaços, o sistema patriarcal nos pune. Por isso, cada dia é mais essencial que as mulheres que conseguem ocupar espaços, usem o seu privilégio dentro dos ambientes corporativos para remodelar esses espaços e ajudar com que sejam lugares seguros para as mulheres”, entende a advogada com perspectiva de gênero e especialista em Direitos Humanos e Direito Penal, Mayra Cardozo

 

4. Confiança no trabalho: “É fato que não se pode negar a realidade do preconceito e machismo contra mulheres e mães no mercado de trabalho atual. Não deveria ser assim, mas é a realidade. Para se destacar, a mulher tem que ser tecnicamente muito melhor qualificada do que qualquer homem que exerça a sua mesma função e ainda ter garra para dar conta, com mestria das suas duplas e, às vezes, triplas jornadas de trabalho. Mas na minha visão, o principal é ser uma profissional focada em resultados. Se o resultado final do seu trabalho é acima da média, isso vai ser o seu cartão de visitas”, acredita Larissa DeLucca, CEO da Negócios Acelerados e Diretora da Fundação Mulheres Aceleradas.

 

5. Machismo: “Mesmo que velado, é um comportamento que predomina no mundo dos negócios. O preconceito e a desvalorização das mulheres muitas vezes as mantém longe do crescimento nas empresas. Apesar de ser um assunto que está ganhando cada vez mais atenção, infelizmente a cultura predominante ainda é marcada por uma série de situações que, nos mais diferentes níveis, colocam as mulheres em posição de desvantagem. A falta de treinamento, de políticas rígidas e regras claras sobre o tema também abrem brechas para situações que prejudicam as mulheres. Existe desigualdade de tratamento, de salários, de critérios de desempenho, entre outros problemas por vezes até mais sutis como abertura para um ponto de vista, a receptividade a uma ideia, o espaço para conclusão de um raciocínio ou a aprovação de projetos. Por isso, é fundamental entender que essa situação não é normal e que devemos atuar a favor dos nossos direitos, com diálogo, conhecimento dos fatos e de forma estruturada”, afirma Fernanda Ramos, especialista em comunicação com mais de 18 anos de experiência na área.


Feedback: Como usá-lo para aumentar os resultados da sua equipe

 O feedback é uma das mais importantes ferramentas para os gestores se manterem alinhados com os colaboradores, saiba como usar corretamente essa ferramenta

 

O feedback é uma importante ferramenta na gestão de empresas e no direcionamento de equipes, no entanto, muitas vezes ele é utilizado de forma errada, por isso, é importante ter atenção a alguns detalhes ao utilizar essa técnica.

 

Por que usar o feedback?


Dois pontos essenciais ao sucesso de uma equipe são o autodesenvolvimento e o engajamento coletivo, ambos têm origem em uma ferramenta, muitas vezes negligenciada: O feedback” explica o escritor, palestrante e fundador do ITEM Brasil, Vinícius Guarnieri. 


O autodesenvolvimento está relacionado à preparação, expor-se e, na medida das possibilidades, e solicitar feedbacks para facilitar sua evolução, enquanto engajar-se está ligado à iniciativa para se adaptar às exigências do mercado, processo no qual o feedback desempenha um importante papel.

 

É importante saber quando usar o feedback

 

Quando alguém diz, por exemplo: ‘Desculpe-me, mas preciso te dar um feedback!’ Pode receber a seguinte resposta: ‘Quanto à iniciativa, desculpo; quanto ao feedback, agradeço, mas, não lhe pedi um’. Ou seja, se não foi solicitado, não é feedback, é crítica ou opinião. Portanto, evite utilizar clichês que podem denotar falta de conhecimento, despreparo técnico.” Explica Guarnieri.

 

O feedback é estratégia que garante à equipe a maturidade e o ‘upgrade’ necessário para lidar com os desafios do mundo corporativo e atingir os objetivos da organização, mas para isso é essencial saber quando utilizá-la.

 

Guarnieri destaca 3 pontos essenciais para um bom feedback e que devem ser seguidos para tornar a ferramenta mais efetiva:

 

Respeito: “Sim, a educação abre portas para que o feedback seja melhor recebido, respeito formal é fundamental

 

Receptividade: “Esse ponto diz respeito a quem recebe o feedback, é preciso estar aberto a mudanças e a ter atenção a pontos que não tinha tido antes, apreciá-la, analisá-la, e anotá-la é essencial para acompanhar seu desenvolvimento

 

Gratidão: “Esse aspecto está diretamente ligado ao segundo, pode parecer bobo, mas agradecer pelo feedback é o primeiro passo para pôr em prática as ações propostas, ele pode representar a diferença entre o sucesso e o fracasso imediatos

 

O que há de mais relevante em um gestor é saber criar uma cultura de feedbacks em uma equipe, visando à melhoria do desempenho individual e coletivo pelo valor inestimável no longo prazo para a organização", ressalta Vinícius Guarnieri.

 

 

M. Vinicius Guarnieri - fundador e consultor do ITEM Brasil - Instituto de transformação de empresas do Brasil, escritor, autor de "Vida - Manual do proprietário", "Consciência transformadora - Transformando vidas e recuperando empresas", "Alquimia Social - Como vencer a autossabotagem e atingir a prosperidade total", dentre outros, palestrante, coach executivo e empresarial , educador financeiro e engenheiro agrônomo, formado pela UFLA - Universidade Federal de Lavras.


Criatividade: o mito do dom

Imagine-se assistindo a uma partida de futebol em um bar com os amigos e, de repente, vê Neymar dando um drible incrível, deixando toda a defesa do time adversário desarmada, “esse menino nasceu com uma criatividade incrível”, você pensa.

Após o jogo, na volta para casa, esperando o Uber, com o celular na mão, você pensa “o cara que inventou esse aplicativo de transporte tinha o dom da criatividade”.

As cenas descritas acima não são incomuns. Com frequência vemos e usamos da criatividade vinda de resultados do que outras pessoas fizeram e, imediatamente, caímos no mito do dom.

O mito do dom acontece quando imaginando que toda a criatividade dessas pessoas é algo inato, intrínseco. Que nascem com o talento como um “presente dos deuses” dado a elas.

Mas, esta é uma grande armadilha. Na ideia de Nietzsche, declarar que alguém possui um dom ou é um gênio da criatividade, por exemplo, é o mesmo que afastar de nós mesmos a responsabilidade por nos tornarmos criativos, de desenvolvermos um talento e construirmos nossa excelência em algo.

A criatividade, assim como muitas outras virtudes que reconhecemos em figuras que admiramos, pode ser treinada e desenvolvida. A maior prova disso, encontrei no estudo conduzido pelo sociólogo estadunidense Daniel F. Chambliss, intitulado The Mundanity of Excellence [A mundanidade da excelência, em tradução livre].

Chambliss analisou a diferença entre nadadores de elite (medalhistas olímpicos) e aqueles que não passaram de campeonatos regionais. A grande conclusão do artigo foi que os grandes feitos de um ser humano e a conquista da excelência nada têm a ver com alguma característica extraordinária ou inata.

São antes, como escrito no estudo, “a confluência de dezenas de pequenas habilidades ou atividades, aprendidas ou com as quais nos deparamos, que são cuidadosamente treinadas e incorporadas como hábitos e depois encaixadas em um todo sintetizado”.

Essa ciência me abriu os olhos para o fato de que a busca pela excelência é gerenciável e pode ser construída e desenvolvida, inclusive a criatividade. Em meu livro, chamo essa habilidade de gerenciamento de consistência, que é a repetição acompanhada de um método, seguindo os seguintes passos:

  1. Exponha-se a atividades criativas,
  2. Escreva as etapas da atividade,
  3. Identifique em quais dessas etapas estão os pontos que você pode aprimorar; e
  4. Teste novas estratégias para melhorar cada etapa.

Repita esses passos incansavelmente.

Sua criatividade é gerenciável e se você tiver a consistência para desenvolvê-la vai entender o que Steve Jobs estava analisando quando disse que “todas as coisas ao seu redor, as quais você chama vida, foram feitas por pessoas que não eram melhores que você. E você pode mudar, pode influenciar, pode construir as próprias coisas para que outras possam usar”.

 

Victor de Almeida Moreira - engenheiro de produção, com MBA em Engenharia de Custos, gestor de projetos da Mineração Rio do Norte (MRN) e autor do livro (Auto)liderança Antifrágil, publicado pela Editora Gente.

Emissão destaca a importância das vacinas para a saúde pública brasileira

Os Correios lançaram, nessa terça-feira (22), o bloco Especial "Vacinas". A emissão filatélica celebra em 6 selos a importância histórica das vacinas, principalmente ao Brasil, que foi pioneiro na aplicação desse recurso imunobiológico em seu sistema de saúde pública.    

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição parceira dos Correios nesta emissão, as vacinas estão em primeiro lugar entre as dez maiores conquistas em saúde pública do século 20. A Organização Mundial de Saúde (OMS) também estima que a vacinação seja responsável por evitar cerca de 2,5 milhões de mortes por ano, valor que poderia ser ainda maior se as taxas de coberturas vacinais mundiais fossem atingidas.     

Além de incentivar a vacinação da população brasileira, os selos especiais resgatam passagens importantes sobre a evolução científica e da cobertura vacinal no país, que é referência mundial em imunização pública. Uma das estampas destaca a figura de Edward Jenner, desenvolvedor da vacina contra varíola, no século 19. Sua contribuição inovadora é reconhecida em todo o mundo e culminou na erradicação da doença, declarada pela OMS em 1980. Seu trabalho foi a base da imunologia moderna.    

O Programa Nacional de Imunizações brasileiro (PNI), que em 2023 completa 50 anos de combate e proteção da população contra doenças infecciosas, também é lembrado pela emissão. Assim como a caderneta de vacinação, um dos documentos mais importantes para a saúde pública, que apresenta um conjunto de orientações e vacinas específicas cada faixa etária.     

As campanhas de vacinação para erradicação da varíola iniciadas nos anos 60 do século passado e o direito de todos os indivíduos de terem acesso saúde, incluindo a vacinação, são outros grandes marcos registrados no bloco de selos. Por fim, o pioneirismo do Brasil por implementar estratégias de vacinação em massa contra a poliomielite e a multivacinação, considerada modelo pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), também é destaque na emissão.    

A OMS afirma que a pandemia da covid-19 reduziu as coberturas vacinais para o menor patamar dos últimos 30 anos, influenciada por diferentes questões como o crescimento da desinformação, conflitos armados, dentre outros, o que impacta no acesso à imunização. A gestão da saúde tem o desafio de intensificar os esforços para a retomada de altas coberturas vacinais, combater a desinformação e aumentar a confiança nas vacinas.  

 


O bloco – Com arte de Alan Magalhães, os selos da emissão especial estão aplicados sobre as cores da bandeira nacional. O primeiro selo está enfocando o médico Edward Jenner, pioneiro no conceito de vacina, inoculando uma criança. O segundo selo tem ilustrações de vários frascos, ampolas, seringa, representando as diversas vacinas disponíveis no PNI. O selo da segunda fileira mostra a Caderneta de Vacinação de meninas e meninos, o calendário de vacinação infantil, e uma mãe erguendo o seu bebê. Ao lado, uma família admirando as mãos em luvas que preparam uma seringa para a vacinação. Na última fileira, o selo da esquerda ilustra uma imunização feita com uma pistola, similar a utilizada na época, e um casal de idosos que remetem a população que se beneficiou com os efeitos da vacina no combate e erradicação da varíola. E por último, a estampa da vacinação contra a poliomielite, com uma criança recebendo a gotinha das mãos de um profissional de saúde, e dois jovens também beneficiados por campanhas de vacinação anteriores. A técnica usada foi computação gráfica.    

A tiragem é 14 mil blocos ao valor de R$ 14,10 cada bloco com os 6 selos. O exemplar de cada estampa tem o valor de 1º Porte da Carta (R$ 2,35). A emissão já está disponível para venda na loja virtual e, em breve, estará nas principais agências do País.    

 

Orientação jurídica tem tornado as empresas mais preparadas para a Black Friday

 

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O advogado Vinicius Zwarg, especialista em Direito das Relações de Consumo, lembra que, nem sempre, os problemas apontados no tradicional período de promoções no varejo podem ser atribuídos aos fornecedores. Com a adequada estrutura de atendimento e respeito às regras do Código de Defesa do Consumidor, as empresas conseguem fazer campanhas absolutamente corretas.

 

A chegada da Black Friday, tradicional data de promoções pré-natalinas do varejo, é sempre marcada por orientações aos consumidores a fim de que se previnam contra os golpes praticados em vendas online e, também, para que não sejam lesados por propaganda enganosa do comércio. O que pouco se comenta é que o mercado brasileiro evoluiu bastante à medida em que a Black Friday caiu no gosto dos consumidores, fazendo com que as empresas se preocupem em estar muito mais preparadas para enfrentar os problemas comuns a essa temporada de vendas, principalmente com o cumprimento da legislação.

É o que explica o advogado Vinicius Simony Zwarg, responsável pela área de Direito das Relações de Consumo na Emerenciano, Baggio & Associados, escritório de advocacia fundado há mais de 30 anos em Campinas e com filiais em São Paulo e Brasília. “Há uma visível melhora por parte das empresas sérias em se tratando de respeito ao consumidor no período da Black Friday”, analisa Zwarg, que acumula mais de 10 anos de experiência na revisão de contratos de consumo, assessoria estratégica e perante os órgãos de Defesa do Consumidor e Agências Regulatórias, auditoria nas relações de consumo, implantação de campanhas de recall, gestão de planos de crise e atuação em questões ligadas a acidentes de consumo.

Segundo ele, cada vez mais as empresas buscam sanar dúvidas frequentes sobre a interpretação da legislação específica das relações de consumo e, com isso, têm melhorado bastante suas políticas. “O aprendizado do passado e a adoção de medidas preventivas estão sendo essenciais para a evolução da compreensão da retidão do mercado de consumo”, avalia.


 Principais problemas

É claro que muitos problemas ainda persistem. O principal deles é o atraso na entrega, responsável por 20,88% das reclamações dos consumidores da Black Friday. No entanto, os fornecedores estão cada dia mais conscientes de que o prazo de entrega informado ao consumidor integra o contrato e, portanto, deve ser respeitado. Isso implica em uma maior avaliação de sua logística e a busca por soluções para atender uma demanda maior que a normal, concentrada em curto espaço de tempo.

A segunda maior motivação de queixas na Black Friday é relacionada à propaganda enganosa, responsável por 16,59% das reclamações. A convicção popular de que a Black Friday é o período em que o mercado oferece “tudo pela metade do dobro”, segundo o advogado, foi fruto da iniciativa de fornecedores que abusaram da publicidade para atrair consumidores com ofertas nem sempre reais. Esta situação também é menos comum a cada ano. “O Código de Defesa do Consumidor é claro ao coibir essa prática, punindo tanto a omissão quanto a divulgação de informações não verdadeiras na publicidade”, diz Vinicius Zwarg. Segundo ele, o CDC prestigia a boa-fé nas relações comerciais e não admite qualquer ato que frustre esse princípio, considerando que o consumidor é sempre a parte mais fraca na negociação.

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 Direito das empresas

No entanto, nem sempre o fornecedor é o culpado nas reclamações comuns da Black Friday. “Embora na maioria dos casos o problema esteja na falta de responsabilidade do fornecedor, também há muita incompreensão do consumidor, quer por desconhecer a legislação, quer por ignorar as práticas adotadas pela empresa da qual está adquirindo um produto”, observa. Nesses casos, quando o consumidor, de fato, não tem direito ou se vale de sua má-fé para tirar proveito da situação, alguns fornecedores têm adotado medidas isoladas para se acautelar e proteger os seus direitos. O ideal, recomenda o advogado, é que a empresa fornecedora preste sempre todos os esclarecimentos, à luz do Código de Defesa do Consumidor, aprimorando sua comunicação com o consumidor. “Quem organiza as informações precisa estar bem preparado para evitar que a empresa passe a carregar injustamente a fama de não atender à legislação”.


Multas

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A aplicação de multa aos fornecedores tem sido a solução para os abusos na Black Friday. Para evitá-las, é necessária a preparação adequada dos comerciantes com o auxílio da advocacia empresarial, com orientações sobre os limites das campanhas publicitárias, a correta disponibilização de informações nas páginas da internet e nas redes sociais, na redação de contratos, na elaboração de políticas de atendimento aos consumidores e de outros mecanismos de relação da empresa com o consumidor.

“Ao criar uma estrutura de atendimento, com total respeito às regras do Código de Defesa do Consumidor, as empresas conseguem fazer uma campanha de Black Friday absolutamente correta. Revisar todo o processo de comunicação, as ofertas, a publicidade, as campanhas e as promoções à luz da legislação é algo fundamental”, diz.


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