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quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Veja o que mudou com o novo decreto do SAC

 

Em vigor desde o início de outubro, novidade determina inovações relacionadas ao atendimento ao consumidor, como a omnicanalidade, e vale apenas para empresas reguladas pelo governo

As novas regras para o Serviço de Atendimento ao Consumidor, o SAC, já estão em vigor para todas as empresas reguladas pelo governo. Neste novo decreto, o Governo Federal tenta atualizar os formatos de atendimento. A principal mudança é a ampliação dos canais de reclamação, que agora contam com sites, aplicativos, chatbots e outras ferramentas digitais. Antes, o único canal de atendimento ao consumidor oficial era o telefone.

A partir de agora, o consumidor poderá cancelar um serviço por qualquer canal de atendimento disponibilizado pela empresa. Ou seja, empresas que permitem contratação via apps de mensagens e redes sociais precisarão disponibilizar cancelamento pelos mesmos canais.

No biênio 2019-2020, a plataforma Consumidor.gov registrou aumento de 70% nas reclamações sobre os SAC’s no modelo tradicional, o telefônico. Essas novas regras chegam para modernizar a comunicação entre fornecedores, prestadores de serviços e consumidores.

A nova Lei foi instituída pelo decreto 11.034/2022 e passou a vigorar em 02 de outubro de 2022. Se a sua empresa ainda não se ajustou às novas regras, é tempo de atualização. Veja como fazer:


Atendimento telefônico

Passa a ser obrigatório o atendimento telefônico para SAC e de pelo menos um outro canal de comunicação, como whatsapp, chatbots, sites etc. Pelo menos um desses canais deve estar disponível durante 24 horas, nos sete dias da semana, para qualquer tipo de serviço, como, por exemplo, cancelamento.


Atendimento humano obrigatório

As empresas seguem obrigadas a disponibilizar o SAC por atendimento humano e não podem oferecer menos de oito horas por dia desse modelo, sendo mantida a exigência de que o acesso ao SAC esteja disponível ininterruptamente, mas agora podendo ser atendida por outros canais.


Menu inicial

Há agora uma definição de um menu inicial com opções pré-determinadas, ou seja, um mínimo de opções no atendimento automático inicial, aquele do primeiro contato. Elas devem incluir, obrigatoriamente, opções de reclamação e cancelamento de contratos e serviços.


Resposta ao consumidor

A partir de agora, as solicitações devem ser respondidas em no máximo sete dias corridos contados da data do registro. Já para pedidos de cancelamento, esse prazo é desconsiderado e o pedido deve ter efeito imediato, independentemente da inadimplência do consumidor.


Gravações e registro de atendimento

A gravação da chamada telefônica deverá ser mantida pelo fornecedor por pelo menos 90 dias, a partir da data do atendimento. Mas também há necessidade de manter o registro de atendimento pelo prazo mínimo de dois anos - o documento deve estar à disposição do consumidor e do órgão ou da entidade fiscalizadora, a partir da resolução da demanda.


Limite de tempo de espera

Deve haver definição de tempo máximo de espera para a transferência do menu a um atendente quando solicitado. A regra sugere que haja apenas uma única transferência ao setor competente, para atendimento definitivo da demanda, quando o primeiro atendente não tiver essa atribuição.


Mensagem na espera

A nova legislação proíbe a veiculação de mensagens com caráter publicitário/propaganda durante o tempo de espera para atendimento. Porém, continua autorizada a veiculação de mensagens de caráter informativo durante o tempo de espera, desde que tratem dos direitos e deveres dos consumidores ou de outros canais de atendimento disponíveis.


Acessibilidade

Houve também reestruturação no quesito inclusão. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, no Brasil, 8,4% da população acima de dois anos possui uma deficiência, totalizando mais de 17 milhões de pessoas em todo o país.

Com isso, a lei também demanda que as empresas se comprometam a oferecer um atendimento acessível para pessoas com deficiência, de acordo com as especificidades que ainda serão definidas pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).


Qualidade

Há também a exigência de garantia de qualidade no tratamento das demandas, assim como o respeito aos prazos, à segurança e à privacidade. No tratamento dessas demandas, devem ser observados os princípios da dignidade, boa-fé, transparência, eficiência, celeridade e cordialidade.


Resolutividade

O índice de efetividade ainda será regulamentado pela Senacon. O órgão pretende mapear dados de satisfação e insatisfação dos clientes, como quantidade de reclamações e taxa de resolução para estabelecer uma ferramenta que vai mensurar a resolutividade das empresas.


Cancelamentos

O consumidor deve ter disponíveis para o cancelamento todos os meios que são oferecidos para a contratação do serviço, observadas as condições aplicáveis à rescisão e às multas decorrentes de cláusulas contratuais. Essas informações devem ser apresentadas com clareza 

 

 Mariana Missiaggia

https://dcomercio.com.br/publicacao/s/veja-o-que-mudou-com-o-novo-decreto-do-sac

 

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Campanhas devem focar no combate à desinformação para reverter queda na cobertura vacinal, alerta Interfarma

A queda nas taxas de vacinação nos últimos anos representa uma ameaça para a saúde da população brasileira, com a possibilidade da volta de doenças já controladas ou erradicadas do território nacional. O país possui o maior programa público de imunização do mundo. Por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), são distribuídas todos os anos 300 milhões de doses de vacinas e o país conta com cerca de 40 mil salas de vacinação. 

“O Brasil é um dos únicos países com mais de 200 milhões de habitantes que oferece um programa gratuito de imunização de forma ampla. É inaceitável que a cobertura vacinal dos mais de 20 imunizantes oferecidos pelo PNI esteja tão baixa. A vacinação é crucial para termos um país mais saudável, livre de surtos e epidemias”, destaca Eduardo Calderari, presidente-executivo da Interfarma – Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa. 

Segundo dados levantados pela Associação por meio do DATASUS1, a taxa média de cobertura vacinal, considerando todos os imunizantes oferecidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), foi de 67,42% em 2020 e 60,04% em 2021, bem abaixo dos 95% de 2015. “Há anos estamos registrando queda no índice de vacinação. A última vez que o Brasil atingiu a meta foi em 2015. Hoje estamos na iminência de ver a volta da poliomielite no país, assim como registramos o retorno do sarampo. Em 2021, a taxa de vacinação para a paralisia infantil foi de 69,99%, sendo que a meta é de 95% do público-alvo composto por crianças menores de 5 anos”, alerta o presidente-executivo da Interfarma. 

A pandemia de COVID-19 pode ter tido um impacto grande na cobertura vacinal dos imunizantes oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas não explica sozinha a atual situação. “A procura pelas vacinas já vinha caindo mesmo antes da pandemia. Pode ser um dos principais motivos para as baixas taxas de 2022 e 2021 – ano que registramos a pior queda em 30 anos, mas não o único. Há outros fatores que explicam a baixa procura dos imunizantes, entre eles, a difusão de notícias falsas sobre vacinação e o crescimento dos grupos antivacinas, que fazem um desserviço para a Saúde Pública. Também acontece de uma mãe levar o filho para vacinar e o local não ter o imunizante disponível no momento. Você acaba perdendo a chance de vacinar a criança e não sabe quando a mãe ou o responsável conseguirá voltar à UBS. Por isso, a troca de Informações entre o Ministério da Saúde, as secretarias estaduais e municipais e as UBS precisa funcionar para que não falte imunizantes”, aponta Calderari. 

A taxa de imunização das vacinas disponíveis para adultos e gestantes também vem apresentando queda. Segundo dados do Sistema de Informação do PNI, em 2021, a cobertura da vacina dTpa gestante foi de 43,09%, menor do que o ano de 2019, que foi de 46,36%. “Além dos motivos já elencados para a baixa cobertura vacinal, o governo cortou a verba para divulgar as campanhas de vacinação. A verba publicitária da campanha da gripe deste ano, por exemplo, foi quase 60% menor do que a verba de 2019, segundo dados divulgados pela imprensa2. As campanhas estão ocorrendo, mas a população não está sendo informada. A comunicação é a melhor ferramenta que temos tanto para combater às notícias falsas quanto para informar sobre as campanhas e as vacinas disponíveis pelo PNI”, conclui o presidente da Interfarma.  

 

1 Fonte: Datasus / Ministério da Saúde, com dados até 18/10/2022.

2 Fonte: Portal UOL. “Não vi, não tomei: governo corta verba de anúncios e vacinação da gripe cai” em https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2022/07/23/gripe-corte-em-publicidade-campanha-de-vacinacao-governo-federal.htm


Pfizer e Flamengo juntos pela vacinação

A farmacêutica e o finalista da Copa do Brasil aproveitarão a decisão do campeonato para destacar a importância do calendário atualizado de vacinas

 

A Pfizer Brasil e o Clube de Regatas do Flamengo unirão forças na luta em prol da vacinação na final de hoje da Copa do Brasil. A farmacêutica e o time carioca usarão o maior símbolo de responsabilidade coletiva no futebol – a braçadeira de capitão – para liderar um movimento a favor da imunização da população. 

 

A braçadeira é o ícone do capitão em campo, que é o responsável por toda a equipe, pelo diálogo e, principalmente, por motivar a busca pelo melhor resultado. E é por isso que na grande decisão da Copa do Brasil, o capitão do time do Flamengo entrará na partida com uma braçadeira especial em que o tradicional "C" da faixa de capitão será substituído pelo símbolo do curativo de vacina.

 

“Estamos muito felizes por poder contribuir com essa causa, manter a vacinação em dia é importantíssimo para evitar inúmeras doenças. Temos certeza que a nação rubro-negra vai se engajar nessa campanha”, comenta Gustavo Oliveira VP de Comunicação e Marketing do Flamengo. 

 

“Todos nós trabalhamos para evitar a volta de doenças que podem ser prevenidas por meio da vacinação, por isso, precisamos continuar alertando sobre a importância de mantermos o esquema vacinal completo, incluindo doses de reforço” diz Adriana Ribeiro, Diretora Médica da Pfizer Brasil.

 

A ação de conscientização, intitulada “Braçadeira da Responsabilidade”, contará também com depoimento de Júnior, ídolo da torcida rubro-negra, para reforçar a mensagem com os torcedores, que será transmitido nos telões do Maracanã. Além de ser exibido na final da Copa do Brasil, o vídeo terá um replay na partida do Flamengo contra o Corinthians, no mesmo estádio, no dia 2 de novembro, pelo Campeonato Brasileiro. No campo virtual, a ação ainda vai reverberar nas redes sociais do Flamengo, do Júnior e da Pfizer.

 

Pfizer

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Casos de meningite aumentam no país e reforçam sobre a importância da vacinação

702 pessoas vieram a óbito até setembro de 2022; previsão é de aumento neste número


Segundo o Ministério da Saúde, até 30 de setembro deste ano, foram registrados 5821 casos de meningites de diversas etiologias, sendo que desses, 702 pessoas vieram a óbito. Além disso, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte estão vivendo aumentos de casos relacionados à doença. Segundo especialistas, a razão para o surto é, em grande parte, a falta de vacinação.

Caracterizada como doença grave, com alto risco de morte, a meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. “A meningite pode ser causada por vírus e bactérias, tendo transmissão respiratória e por contato, o que agrava ainda mais o quadro transmissor da doença, por isso é extremamente importante que a população esteja atenta à vacinação”, alerta a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Katia Oliveira.

            A vacina é considerada a forma mais eficaz na prevenção da meningite bacteriana, porém a sua cobertura vacinal tem caído nos últimos anos, o que reforça ainda mais a importância da população buscar o imunizante. “A meningite pode ser causada por diferentes tipos de microrganismos como bactérias, vírus e fungos. Para as meningites virais, que são as menos graves, nós não temos vacina, porém para as bacterianas, que vão sempre apresentar alto nível de gravidade, nós já temos, como a que previne a meningite meningocócica, causada por Neisseria meningitidis dos sorogrupos A, B, C, W-135 e Y, a meningite pneumocócica causada por Streptococcus pneumoniae e a meningite causada por Haemophilus influenzae tipo b. Todas são fundamentais para garantir a proteção de crianças, adolescentes e adultos”, explica Katia.

 

Sintomas e contágio

Entre os sintomas mais comuns da meningite estão as dores de cabeça, na nuca, febre, vômito, confusão mental e manchas na pele, sendo que a principal forma de transmissão é por meio das gotículas da saliva da pessoa infectada que entram em contato com as mucosas do nariz ou boca de alguém saudável. O contágio também pode ocorrer por tosse, espirro ou pelo contato com superfícies infectadas, como objetos pessoais, lápis, etc.

 

Principais vacinas contra a meningite

Vacina meningocócica C

Vacina meningocócica ACWY

Vacina meningocócica B

Vacina pneumocócica conjugada 10-valente

Vacina pneumocócica conjugada 13-valente

Vacina conjugada contra Haemophilus influenzae b

 

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica tem grande incidência em São Paulo

Problema pode ser prevenido e tratado, mas também levar a quadros mais sérios se não detectado


Apesar do nome parecer assustar, a doença pulmonar obstrutiva crônica é bastante comum, prevenível e tratável, como explica o pneumologista Gleison Guimarães. Os sintomas respiratórios podem ser persistentes, com limitação do fluxo aéreo devido a alterações nas vias ou alvéolos. Traduzindo, é aquela falta de ar que parece não passar.

A bronquite e o enfisema pulmonar são algumas características comuns do problema, que existe ainda na forma de fibrose pulmonar relacionada ao tabagismo. “A doença pulmonar obstrutiva crônica está presente em cerca de 10.1% da população e, na cidade de São Paulo, em aproximadamente15.8% dos adultos com mais de 40 anos. A doença é mais comum em pessoas que já passaram dos 50 anos e está associada principalmente à exposição ao cigarro, mas também relacionada à poluição, poeira e queima de biomassa, entre outros”, conta o especialista.

É verdade que São Paulo costuma ainda a ter uma alta de casos de problemas respiratórios durante o inverno, mas este ano, esse valor foi maior em comparação a momentos anteriores. Para se ter uma ideia, em um único dia de junho foi registrada a ocupação de 91% dos leitos pediátricos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, por conta de problemas no pulmão.


O que é a doença pulmonar obstrutiva crônica?

A doença é caracterizada principalmente por falta de ar e tosse, geralmente de caráter crônico, com produção de muco. Ou seja, expectoração com catarro, predominantemente matutina. Nesses casos, o doutor Gleison indica a análise clínica com pneumologista ou especialistas que realizem exames de função pulmonar. Geralmente, é indicada a espirometria, que consegue medir fluxos e volumes pulmonares e é capaz de fazer o diagnóstico funcional do problema.

“É uma doença progressiva e pode ser incapacitante se não tratada, levando mesmo a uma falta de ar e cansaço ao realizar as atividades de vida diária, o que impacta muito negativamente na qualidade de vida dos pacientes. Ela possui caráter inflamatório e, por conta desse aumento no número de células inflamatórias, resulta numa produção anormal de citocinas pró-inflamatórias e o próprio desequilíbrio entre a formação de radicais livres com capacidade antioxidante”, detalha o médico.

Ele destaca também que pode levar a uma inflamação sistêmica, que gera risco cardiovascular, osteoporose e até problemas nutricionais. Em resumo, é uma doença que pode consumir a saúde da pessoa de outras maneiras se não for detectada e tratada como se faz necessário.

A associação com o cigarro é algo que agrava ainda mais a situação. “Esses pacientes terão mais riscos ao câncer das vias aéreas e também da boca de esôfago e estômago, além de maior propensão aos diabetes e doenças endócrino metabólicas. Realizar atividades físicas precisa ser algo feito com acompanhamento, principalmente se a pessoa possui quadros mais avançados”, finaliza.

 

Gleison Marinho Guimarães - médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), especialista em Medicina do Sono pela Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e também em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Possui certificado de atuação em Medicina do Sono pela SBPT/AMB/CFM, Mestre em Clínica Médica/Pneumologia pela UFRJ, membro da American Academy of Sleep Medicine (AASM) e da European Respiratory Society (ERS). É também diretor do Instituto do Sono de Macaé (SONNO) e da Clinicar – Clínicas e Vacinas, membro efetivo do Departamento de Sono da SBPT. Atuou como coordenador de Políticas Públicas sobre Drogas no município de Macaé (2013) e pela Fundação Educacional de Macaé (Funemac), gestora da Cidade Universitária (FeMASS, UFF, UFRJ e UERJ) até 2016. Professor assistente de Pneumologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé.

https://drgleisonguimaraes.com.br/

 

Silenciosa e perigosa, a osteoporose atinge 18 milhões de brasileiros

Data voltada para a enfermidade, nesta quinta-feira (20), busca conscientizar as pessoas para sua prevenção. Ortopedista fala da importância do assunto


De acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose (IOF, da sigla em inglês), cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo têm a osteoporose. Segundo a Fundação Internacional de Osteoporose (IOF, da sigla em inglês), por todo o planeta, uma em cada três mulheres com mais de 50 anos vão sofrer fraturas osteoporóticas, assim como um em cada cinco homens nesta idade. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que 18 milhões de brasileiros sofram com a doença. A osteoporose provoca a perda de massa óssea, é uma doença silenciosa, que avança lentamente.

Não há dor, nem sintomas. Os ossos tornam-se porosos, frágeis, e podem fraturar com facilidade. Por causa da gravidade, 20 de outubro é o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, voltado para a conscientização sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da enfermidade. O ortopedista Murilo Tavares Daher, que atende no centro clínico do Órion Complex, confirma que as mulheres são mais suscetíveis à doença. “É relacionado aos fatores hormonais. Geralmente acontece depois da menopausa, quando há uma queda na produção dos hormônios femininos, principalmente o estrógeno”. 

Por ser uma enfermidade que não apresenta dor ou outros sintomas, o especialista destaca a importância de exames. “É importante o diagnóstico nos exames de rotina, principalmente dos pacientes mais suscetíveis, pois muitas vezes ela só apresenta sintomas quando se tem uma consequência da osteoporose, que seria a fratura por insuficiência”, revela. Fora do grupo de risco, o médico conta que os casos são raros. “Existem casos de osteoporose secundária, que é causada por alguma outra doença e pode aparecer nos mais jovens. Quando se tem alteração de algum órgão que é importante para o metabolismo do cálcio e do fósforo, você pode ter alterações que vão levar à fragilidade óssea, como por exemplo alguns pacientes com insuficiência renal”.


*Prevenção*


Murilo Daher ressalta que é importante fortalecer os ossos durante a sua formação. “A massa óssea é formada durante o desenvolvimento da pessoa, principalmente durante as duas primeiras décadas de vida. Então é importante o aporte de nutrientes, principalmente de cálcio, com o consumo de leite e derivados nessa fase da vida. A oferta adequada desses nutrientes permitirá uma boa formação do osso e diminuirá o aparecimento da osteoporose nas fases mais avançadas da vida”, afirma. “Os derivados do leite são fontes ricas em cálcio, no entanto algumas vezes necessitamos suplementá-lo também através de medicamentos”, detalha o médico sobre pessoas que não consomem o alimento.

O tratamento da osteoporose se dá por meio de remédios e mudanças de hábitos. “Baseia-se na suplementação de cálcio, vitamina D e alguns remédios que diminuem a reabsorção do cálcio nos ossos. Contudo, é muito importante o tratamento com as mudanças de hábitos de vida, principalmente o ganho de massa muscular, pois a massa óssea é diretamente proporcional à muscular. Uma dieta rica em proteínas para ganho de massa muscular, atividade física com carga, como musculação e hidroginástica, são muito importantes para o ganho de massa muscular e na manutenção da massa óssea também”, salienta Murilo.

Sobre o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, o especialista destaca que é importante para deixar a enfermidade em evidência. “A data serve para fazer campanhas de prevenção e orientar a população. A osteoporose é uma doença tratável e quando feito de maneira adequada, permite evitar o desfecho desfavorável, que seria a fratura. No idoso, a fratura por osteoporose, principalmente de coluna e quadril, pode levar a consequências graves, diminuindo a qualidade de vida e aumentando, inclusive, a mortalidade desses pacientes”, finaliza Murilo Daher.

 

Respostas médico

- O que faz as mulheres serem mais suscetíveis à osteoporose?

Realmente a osteoporose é mais frequente nas mulheres, isso é relacionado a fatores hormonais. Então geralmente acontece depois da menopausa, quando você tem uma queda dos hormônios femininos na mulher e também relacionado a menor massa magra, menor massa muscular, a massa óssea é diretamente proporcional a massa muscular. 

- Se a doença não tem sintomas, como saber se a tem ou não?

Realmente a osteoporose é uma doença silenciosa, uma doença assintomática, ela causa sintomas quando você tem uma consequência da osteoporose que seria a fratura por insuficiência, que é uma fratura que acontece pela fragilidade do osso. Então por isso é importante o diagnóstico nos exames de rotina, principalmente dos pacientes mais suscetíveis, que são as mulheres na faixa etária da menopausa. Então por conta disso, nós sempre fazemos esse screaming desse tipo de paciente a partir dessa fase da vida. 

- A osteoporose afeta mais aqueles a partir dos 50 anos. Porém, tem casos de pessoas com idade menor que essa e com a doença ou isso seria algo raro?

A osteoporose mais comum é osteoporose primária, que acontece principalmente em mulheres depois da menopausa. Existem casos da osteoporose secundária, que é causada por alguma outra doença, secundária a outra doença e pode aparecer mais jovens. Quando você tem alguma alteração de algum outro órgão que é importante para o metabolismo do cálcio e do fósforo, você pode ter alterações que vão levar à fragilidade óssea. Por exemplo, paciente que tem uma insuficiência renal, ele tem um menor nível de hormônio importante na formação do osso, ele por conta disso pode ter uma osteoporose secundária, e aí secundária a doença renal dele. Também há outras causas de osteoporose secundárias que podem acontecer, mas aí são casos mais raros, mais infrequentes. Os mais comuns são as osteoporoses primárias, principalmente nas mulheres acima de 60 anos de idade.

- Quais os meios de prevenção da doença?

Massa óssea é formada durante o desenvolvimento da pessoa, principalmente até a fase adulta. Então é importante o aporte de nutrientes, principalmente de cálcio, com o consumo de leite e derivados nessa fase da vida para você ter uma oferta adequada desses nutrientes para ter uma boa formação do osso e evitar presença de osteoporose.

- Fala-se muito do consumo de leite, contudo se a pessoa não consome essa bebida, seja por intolerância ou outros motivos, como amenizar ou substituir a falta desse alimento?

Então o leite e os seus derivados são substâncias ricas em cálcio e eles devem ser consumidos, principalmente aí nessa fase onde você tem a formação da massa óssea, principalmente até a fase adulta jovem. Todos os derivados do leite são ricos em cálcio, então você tem várias fontes de cálcio, não é o leite a única e você tem como suplementar ele também através de medicamentos. Então você tem suplementos alimentares que contém cálcio que ajudam bastante nesse processo. Mas muitas vezes além do cálcio a gente tem que suplementar também outros nutrientes que são importantes no metabolismo ósseo, como a vitamina D por exemplo e também existem tratamentos medicamentosos com remédios que evitam a reabsorção do cálcio no osso, são remédios que nós chamamos de anti reabsortivos.

 

- Como é o tratamento da osteoporose?

O tratamento da osteoporose é baseado no medicamentoso, com a complementação com cálcio, vitamina D e esses remédios que eu disse que são os anti reabsortivos, em casos mais graves pode-se usar até medicações anabólicas, que são remédios que ajudam na formação do outro. Mas, além disso, é muito importante o tratamento com as mudanças de hábitos de vida, principalmente o ganho de massa muscular, que é tão importante já que a massa óssea é diretamente proporcional à massa muscular. Então uma dieta rica em proteínas para ganho de massa muscular, atividade física com resistência, então atividade física com carga como academia, musculação, hidroginástica, que tem exercício contra resistência, são muito importantes para o ganho de massa muscular que vai ajudar na formação da massa óssea também. 

- Como avalia a importância do Dia da Osteoporose?

A questão do Dia da Osteoporose é importante justamente pela questão da prevenção né. A osteoporose é uma doença que é tratável, e quando se trata de maneira adequada, principalmente com as mudanças de hábito de vida você consegue melhorar muito a função do paciente e com isso evitar o desfecho desfavorável que seria a fatura, né? A fratura é a consequência da osteoporose que leva o paciente a perder qualidade de vida, aumenta o risco quando se tem uma fratura de ter outras fraturas e pode levar a consequências importantes, como perda da função, incapacidade e até mortalidade pode aumentar nos pacientes que têm fraturas por osteoporose, principalmente fratura da coluna e fraturas do quadril. Por isso que a prevenção é importante e o dia da osteoporose serve para a gente lembrar disso, fazer essas campanhas de prevenção e orientar a população.

 

Câncer de estômago: bactéria H. pylori é um dos principais fatores de risco para a doença

Contaminação pode aumentar o risco de aparecimento de tumores na região, oncologista comenta como prevenir



Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que mais de 50% da população mundial está ou já foi contaminada pela bactéria H. pylori, que se instala na mucosa do trato digestivo que gera um processo inflamatório crônico podendo aumentar o risco de aparecimento de tumores. Isso não significa que a sua presença implica, necessariamente, em um diagnóstico de câncer, no entanto que, no Brasil, os casos de neoplasia no estômago mantém uma média anual de pouco mais de 21 mil, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), número muito inferior aos casos de H. Pylori”, alerta Marcos Vinicius, médico oncologista do Instituto de Câncer de Brasília. 

Mesmo não sendo determinante para o desenvolvimento do câncer, Marcos, reforça ser necessário atenção com os sinais do organismo. “Grande parte das pessoas que contraem H. pylori não apresentam nenhum sintoma. Porém, a bactéria pode deteriorar a barreira natural que protege as paredes internas do estômago e do intestino, o que permite a circulação do ácido gástrico no trato digestivo. Isso resulta em sensação de queimação, falta de apetite, enjoo e vômito, por exemplo. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar sangue nas fezes e quadro de anemia. Assim, ao apresentar qualquer um desses indícios, a indicação é buscar atendimento médico”, explica. Após uma avaliação, o profissional pode recomendar a realização de exames laboratoriais, como uma coleta de biópsia de tecido do órgão, a partir do qual são feitos testes para detecção da bactéria. Outra possibilidade é o teste de detecção respiratória da ureia, cujo resultado é obtido por meio de exame de sangue ou exame de fezes. 

Assim como a infecção por H. pylori, Marcos esclarece que os sintomas de câncer de estômago são inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico. Os principais sinais são: azia constante; dor na barriga frequente; náuseas e vômitos; perda de apetite e emagrecimento sem causa aparente, que também podem estar relacionados a outras doenças. “No entanto, também é comum que este tipo de neoplasia não cause nenhum indício específico, o que faz com que o tumor vá se desenvolvendo gradualmente e acabe sendo diagnosticado numa fase já muito avançada, quando as chances de cura são mais baixas. O ideal é que em casos de histórico familiar ou da presença de algum problema na região, passe em consulta com um gastroenterologista, que poderá avaliar e indicar a realização de exames, como a endoscopia, por exemplo, de forma a identificar se existe alguma alteração que precise de tratamento”, comenta.
 

Prevenção 

Ao contrário de alguns tumores — como os cânceres de próstata, de colo uterino e mama, para os quais existem exames rotineiros que possibilitam o diagnóstico precoce — não há programas de rastreamento para o câncer de estômago. “Como estratégia preventiva, uma dieta rica em frutas e vegetais e pobre em carnes vermelhas, alimentos defumados, muito salgados ou embutidos, além da prática regular de exercícios físicos podem reduzir o risco de desenvolver a neoplasia", afirma o especialista. 

Já em relação ao H. pylori, como a infecção ocorre principalmente a partir do contato com água e alimentos contaminados ou vômito e fezes de pessoas que têm a bactéria, a higiene é a principal aliada. “É muito importante adotar alguns cuidados, como lavar as mãos antes de comer e após ir ao banheiro, higienizar frutas, verduras e legumes que serão consumidos crus, evitar compartilhar talheres e copos com outras pessoas, entre outras práticas”, finaliza Marcos.

 

Instituto de Câncer de Brasília - ICB


Saiba por que alergias respiratórias são mais frequentes na primavera

A primavera é uma das estações mais lindas do ano. Nela acontece o desabrochar das flores, o que deixa as paisagens mais coloridas, mas, também, provoca os casos mais graves de alergias respiratórias. Pensando nisso, a Extrafarma preparou uma lista de dicas para auxiliar as pessoas no combate as alergias respiratórias.


Aproveitando a primavera sem alergias

Este processo da natureza é fundamental por vários motivos, entre eles, transportar o pólen no ar pelo vento, o que permite que as plantas continuem dando novos frutos e produzindo sementes, porém, pode desencadear a polinose, doença estacional devido à sensibilização por pólens. Quer saber como evitá-la? Olhe nossa lista abaixo.

 

  1. Evite deixar as janelas abertas

Ao contrário da recomendação para quem tem alergia à poeira, ácaro e pelos de animais, deve-se dar preferência para ambientes com as janelas fechadas, pois a circulação do ar externo pode trazer o pólen. Se puder, dê preferência ao ar-condicionado, pois ele filtra o pólen.


  1. Cuidado extra com o grupo de risco

Idosos, pessoas com comorbidades e crianças são os mais vulneráveis a desenvolverem doenças alérgicas no trato respiratório. A recomendação é passar em um médico alergista que poderá prescrever remédios que ajudarão em possíveis crises alérgicas.


  1. Evitar exposição a alérgenos

Mantenha os ambientes livres de poeira, ácaro, fungo, mofo e tecidos que acumulem essas substâncias. Uma dica para a higienização é passar pano úmido nos ambientes, pois varrer pode ajudar a espalhar ainda mais os alérgenos. E na hora de escolher os produtos de limpeza, prefira os neutros, sem perfume. Evite secar as roupas ao ar livre, principalmente em áreas arborizadas.


  1. Fazer a lavagem nasal ao menos uma vez ao dia

Com soro fisiológico, faça a lavagem nasal. A técnica pode melhorar sintomas de alergia e eventuais resfriados, além de poder prevenir inflamações que podem acontecer depois de quadros alérgicos, gripes e resfriados.


  1. Use óculos escuros ao ar livre

Com a maior concentração de pólen no ar, o recomendável é utilizar óculos escuros para evitar o contato direto com os olhos. Principalmente em locais com jardins, árvores e flores.

 

Extrafarma


Mitos e verdades sobre o autismo: entenda o que de fato é o transtorno

De acordo com a Dra. Fabiele Russo, neurocientista da NeuroConecta, instituição especializada em Transtorno do Espectro do Autismo, muitos mitos acabam confundindo as pessoas quando o assunto é o TEA (Transtorno do Espectro do Autismo)

Crédito: canva


Cerca de 2-4 milhões de pessoas convivem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) só no Brasil, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde). Esse número não é exato, uma vez que muitos não sabem que possuem essa condição. Segundo a Dra. Fabiele Russo, neurocientista da NeuroConecta, instituição especializada em Transtorno do Espectro do Autismo, a falta de informação sobre o transtorno atrapalha, pois é essencial que a descoberta ocorra ainda na infância. “Quanto mais rápido acontece o diagnóstico, mais cedo é possível iniciar as intervenções e estímulos precoces”, afirma a especialista. 

“O autismo costuma ser identificado pelos especialistas quando a criança tem entre 1 ano e meio e 3 anos. Porém, especialistas destacam que os próprios pais são capazes de detectar os primeiros sinais do autismo a partir dos 8 meses, dependendo do grau”, completa. 

O problema é que, apesar de se tratar de um transtorno conhecido, são muitas as informações sobre o autismo na internet e muitas delas não são verdadeiras. Pensando nisso, a Dra. Fabiele esclarece os mitos e verdades envolvendo o TEA. Confira:

 

O autismo não é uma doença. VERDADE

Crédito: canva

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o autismo não é uma doença e é exatamente por isso que também não tem cura. “O TEA é uma condição relacionada ao desenvolvimento do cérebro que afeta a forma como uma pessoa percebe o mundo e se socializa”, explica Fabiele. 

Dessa forma, essas pessoas costumam ter dificuldades de interação social e comunicação. Porém, muitas pessoas com autismo conseguem realizar todas as suas atividades diárias, enquanto outros podem necessitar de ajuda.

 

Todos os autistas são agressivos. MITO

A agressividade pode sim ser uma característica de uma pessoa autista, mas não é certo generalizar esse e outros comportamentos dos autistas. 

“Algumas pessoas com TEA podem realmente ser menos tolerantes e ter grandes frustrações, mas isso pode ocorrer quando existe uma dificuldade de se expressar, no entanto, assim como outras características do autista, não é uma regra”, comenta a especialista.

 

Vacinas causam autismo. MITO

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde não existe nenhuma evidência que comprove que vacinas causem TEA. “As causas do autismo estão associadas a genética, na maioria dos casos, e fatores ambientais, mas nada relacionado a nenhuma vacina”, afirma a neurocientista.

 

Não existem exames para diagnosticar o TEA. VERDADE

Fabiele explica que o diagnóstico é clínico, baseado em evidências científicas, de acordo com os critérios estabelecidos pelo DSM--V (Manual de Diagnóstico e Estatístico da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo CID-11 (Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde -- OMS). “Isso significa que não existe um exame específico que identifique o autismo. O diagnóstico ocorre por meio de avaliações do comportamento.

 

O tratamento do autismo é multidisciplinar. VERDADE

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“Uma pessoa com autismo tem acompanhamento multidisciplinar, o que significa que realiza o tratamento com diversos especialistas: médico, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo, fisioterapeuta, entre outros. Tudo vai depender das necessidades da criança”, explica Fabiele.

 

Todos os autistas se comportam da mesma forma. MITO

Como dito anteriormente, não podemos generalizar como as pessoas com TEA se comportam, ou seja, algumas podem ser mais agressivas, outras se socializam menos. O mesmo ocorre com as dificuldades que cada um apresenta. “Por exemplo, alguns têm dificuldades para escrever, outros para matemática. Mais uma vez digo que não podemos generalizar”, explica Fabiele.
 

Autistas não podem frequentar a escola. MITO

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Muitas pessoas acreditam que autistas não podem frequentar a escola ou que só podem frequentar instituições específicas para pessoas com autismo, mas isso não é verdade.

As leis garantem ao autista o direito à educação e ao ensino profissionalizante. Além disso, garante que em casos comprovados de necessidade, o aluno autista que esteja matriculado na escola pública ou particular, tenha direito a um acompanhante especializado dentro da sala de aula. Esse profissional, segundo o Decreto 8.368/14, deve possuir capacitação para o acompanhamento das crianças dentro do ambiente escolar. Além disso, os custos do acompanhante são de responsabilidade exclusiva da escola, ou seja, a família está isenta.

 

Toda pessoa com TEA tem inteligência acima da média. MITO

De fato, algumas pessoas com autismo possuem inteligência acima da média, assim como também algumas pessoas neurotípicas tem inteligência acima da média. Isso não é critério diagnóstico de TEA, aliás, cerca de 40% dos autistas apresentam algum grau de deficiência intelectual.
 

O diagnóstico precoce ajuda no tratamento. VERDADE

Um dos grandes diferenciais da qualidade de vida das pessoas que possuem autismo é identificar o transtorno logo no início. Muitos acreditam que o diagnóstico só pode ser feito a partir dos três anos, quando, na realidade, logo nos primeiros meses de vida já é possível identificar sinais e já iniciar as intervenções precoces. 

“Há casos de autismo que podem ser identificados por volta de 18 meses de vida e até mesmo antes, o que é muito importante, pois quanto mais rápido acontece o diagnóstico, mais cedo é possível cuidar, com intervenções e estímulos precoces”, explica a Dra. Fabiele. 

“Um ponto muito importante que sempre falo é que não devemos esperar o diagnóstico para iniciar as intervenções. Se a criança apresentar qualquer atraso no desenvolvimento já devemos intervir’, completa.
 

Traumas psicológicos causam autismo. MITO

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Como já se sabe, as causas do autismo não são totalmente conhecidas, mas se sabe que o transtorno está ligado à genética e fatores ambientais estabelecidos antes do nascimento. “Ou seja, traumas psicológicos não estão ligados ao desenvolvimento do TEA, mas sim, podem prejudicar ainda mais o desenvolvimento das crianças com TEA”, finaliza Fabiele.

 

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