Pesquisar no Blog

sábado, 25 de junho de 2022

Dia Nacional do Diabetes: Perda de peso é apontada como nova prioridade no tratamento do Diabetes Tipo 2 por Sociedades Internacionais

A proposta também deverá chegar ao Brasil, que comemora no dia 26 de junho o Dia Nacional do Diabetes.

 

A perda de peso está sendo apontada mundialmente como um dos principais passos para evitar a progressão do Diabetes Tipo 2 e garantir o controle da glicemia. A informação começou a ser divulgada no início do mês de junho, durante o 82nd Scientific Sessions of the American Diabetes Association, realizado no Estados Unidos, onde as Sociedades Americana e Europeia de Diabetes propuseram um novo algoritmo, orientado que o tratamento da obesidade é o passo inicial para o tratamento do diabetes tipo 2 e, consequentemente, para reduzir os índices glicêmicos. 

Um novo algoritmo significa rever as diretrizes que irão guiar o tratamento de uma doença, principalmente de doenças crônicas como diabetes tipo 2. Os algoritmos - publicados anualmente pela Sociedade Americana de Diabetes - regulam desde o tratamento nos consultórios e chegam até a revisão de políticas públicas para o tratamento do diabetes tipo 2 no país. Isso inclui o passo a passo dos cuidados, como será a infraestrutura e a ordem de condutas, sejam elas clínicas ou cirúrgicas. 

A proposta também deverá chegar ao Brasil, que comemora no dia 26 de junho o Dia Nacional do Diabetes.

"As novas diretrizes são revistas e publicadas anualmente pela Sociedade Americana e, com toda certeza, servirão como ponto chave para a publicação das novas diretrizes brasileiras em breve", explica o médico endocrinologista André Vianna, que também é coordenador do departamento de educação da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). 

Segundo ele, sempre se soube que a obesidade era o fator fundamental, bem como a tarefa mais desafiadora para uma pessoa com diabetes tipo 2. "No entanto, apenas agora está sendo colocado este fator em primeiro lugar", destacou o endocrinologista.
 

Embasamento científico - A mudança proposta pelas Sociedades Americanas e Européia de Diabetes, utilizaram como base um estudo científico, publicado em setembro de 2021, na revista The Lancet, importante periódico internacional, demonstrou que naqueles pacientes portadores de diabetes associados à obesidade, a perda de peso é o primeiro passo para controle da glicemia e para evitar a progressão da doença e de suas complicações, como a insuficiência renal e eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio e AVC (acidente vascular cerebral). Os novos agentes farmacológicos, apesar de ainda com estudos com curto tempo de seguimento, têm resultados excelentes em relação à perda de peso e controle da glicemia. Porém, como acontece com qualquer tratamento médico, existem pacientes que não têm a resposta esperada ao tratamento medicamentoso. Assim, para aqueles onde o melhor tratamento não consegue o objetivo, a cirurgia metabólica aparece com destaque no novo algoritmo proposto. 

O artigo do The Lancet contou com a participação do Dr. Ricardo Cohen, Coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, além de pesquisadores dos EUA, Austrália e Irlanda. “Esta é a primeira vez que a perda de peso é mencionada como passo inicial no tratamento do diabetes tipo 2 para que depois haja redução na glicemia, ou seja, o emagrecimento foi apontado como a principal ferramenta para interromper a evolução da doença a longo prazo”, afirma o Dr. Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e um dos autores da publicação.
 

Dados - Recentemente, a Federação Internacional de Diabetes (IFD, na sigla em inglês) publicou a 10ª edição do Atlas do Diabetes. Os dados mostram o crescimento da doença e colocam o Brasil no ranking entre os países em que há maior prevalência e despesas com tratamento. 

Neste ano, o custo estimado do diabetes no Brasil é de 42,9 bilhões de dólares, ficando atrás apenas da China e Estados Unidos, com US 165,3 bi e US 379,5 bi, respectivamente. Segundo o relatório, o Brasil é o sexto país do mundo com o maior número de pacientes com diabetes. São cerca de 15,7 milhões de pessoas convivendo com a doença. Até 2045, a estimativa é que tenhamos no país cerca de 23,2 milhões de pacientes. Por ser uma doença que não apresenta sintomas em sua fase inicial, o diabetes é difícil de ser diagnosticado. A nova edição do Atlas estima que só no Brasil cerca de 5 milhões de pessoas não saibam que estão com diabetes.
 

Sobrepeso e obesidade são fatores de risco 

Estima-se que 90% dos casos de diabetes no mundo sejam do Tipo 2. Apesar da genética ter uma forte influência no desenvolvimento da doença, o sobrepeso e a obesidade são os principais motivos do crescimento deste tipo de diabetes no mundo. O tratamento para o Diabetes tipo 2 inclui tratamento clínico, mudanças no estilo de vida, prática de exercícios físicos e a introdução de uma dieta adequada. Pacientes com IMC acima de 30 que não estão obtendo resultados com mudanças no estilo de vida e medicamentos podem ter indicação para a cirurgia metabólica.


Como cuidar de pés diabéticos?

Idosos são a maior preocupação, pois têm dificuldades de inspecionar os próprios pés

  

No dia 26 de junho, Dia Nacional do Diabetes, a preocupação de cerca de 15 milhões de brasileiros com a doença é em relação ao pé diabético. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 44 mil adultos no Brasil lidam com feridas nos pés e é essencial a busca por produtos de alta tecnologia para que o tratamento seja eficiente ou até mesmo evitado. 

Normalmente, os especialistas indicam cremes, que também previnem contra ressecamento e fissuras, para esfoliar e suavizar a pele extremamente seca dos pés, com rachaduras e calosidades. No entanto, caso haja feridas, a ação é buscar um curativo especializado:   

“Temos um agravante nos pacientes idosos, que têm dificuldade para inspecionar o próprio pé, um hábito que deve ser diário. Devido ao diabetes, há a morte das terminações nervosas e alguns pacientes nem percebem que estão com uma ferida no pé. Ainda mais quando as mesmas não fecham, torna-se um pé crônico, com uma pele muito frágil e propensa a infecções. Os cremes hidratantes devem ser usados como prevenção ao surgimento de feridas, mas são os curativos que controlam o meio úmido e aceleram a cicatrização do local”, reforça Cristina Berreta, gerente de mercado da linha de Wound & Skin Care da Coloplast, empresa referência mundial na linha de cuidados com feridas e com a pele. 

A gerente ressalta que todas essas opções são tecnologias criadas a partir de estudos científicos, voltados para o bem-estar de pacientes e que, muitas vezes, não chegam ao conhecimento da população. Além disso, enfatiza que esse tipo de ferida gera cicatrizes que precisam ser acompanhadas. “O controle deve ser realizado por profissionais especializados até que a cicatriz apresente a estética desejada. Essa etapa pode durar um ou mais anos e, para isso, é muito importante uma hidratação adequada da pele, assim como a sua proteção com o uso de cremes que criam uma barreira, ou de barreiras físicas como um curativo que tenha uma placa de hidrocoloide. São opções que um bom atendimento feito por um profissional de saúde qualificado oferece a quem necessita”, afirma.


O clima mudou. E seu treino também

Com a chegada do inverno é importante ajustar suas atividades físicas para prevenir lesões e melhorar o desempenho   

 

A temporada mais fria do ano deixa o corpo mais preguiçoso e os músculos mais contraídos. Para evitar lesões e melhorar o desempenho durante os treinos é preciso adaptar os exercícios. “É preciso ter paciência e entender que nosso corpo responde de forma diferente no calor e no frio”, diz Guilherme Micheski, gerente técnico da Smart Fit.

Segundo ele, é essencial preparar o corpo antes de começar o treino. Ao invés de começar na esteira, o indicado é fazer um aquecimento longo, estruturado e mais central do que periférico. Isso significa ativar o abdômen e a região lombar por meio de pranchas, exercícios de rotação e tronco, fazer saltos e focar em movimentos com o peso corporal. Essa ativação também é muito importante para a produção de calor, que vai prevenir lesões e dores. Outra chave para não correr riscos de machucar é fazer um ajuste entre a intensidade (carga) e o volume (quantidade de repetições, séries e exercícios) do treino.

Para quem deseja praticar atividade física e "aquecer os motores" nesses dias frios, Micheski sugere um treino, sem equipamentos, que pode ser realizado em casa, no parque ou na academia.


Aquecimento:

- Agachamento

- Corrida parada

- Abdominal completo

1 série de cada exercício com 30seg de execução, sem intervalo.

 

Parte principal:

- Afundo alternado

- Abdominal remador

- Meio burpee

- Prancha isométrica

- Agachamento Overhead

3 séries de cada exercício com 30seg de execução, descansando 1min após o último exercício.

 

Volta à calma:

- Alongamento de quadríceps

- Alongamento de posteriores

- Alongamento de pescoço

1 série de cada exercício com 30seg de execução, sem intervalo.

 

 

Smart Fit

www.smartfit.com.br


Campanha chama atenção para doença rara causada pela perda de fosfato

O raquitismo hipofosfatêmico ligado ao X (XLH) é uma condição hereditária que afeta crianças e adultos

 

O dia 23 de junho marca, mundialmente, o dia da conscientização do raquitismo hipofosfatêmico ligado ao ligado ao cromossomo X (XLH) - patologia crônica e progressiva causada pela perda de fosfato, mineral fundamental para a formação dos ossos, dentes, sangue e músculos. Com o objetivo de promover o conhecimento sobre a doença e reforçar a importância do diagnóstico precoce, associações de pacientes de todo o Brasil, promovem a campanha XLH Day com diversas ações que serão realizadas durante todo o mês. 

Voltadas para toda a sociedade, as iniciativas acontecem, principalmente, no ambiente digital, com publicações na rede social e site oficiais da ONE XLH VOICE: Instagram e portal. A campanha também contemplou a distribuição de folhetos informativos e educativos. Em São Paulo, aquém passar pela estação Santa Cruz (Linha 1- Azul) do Metrô, durante os dias 20 a 26 de junho, encontrará um painel informativo da campanha. No Ceará, mobiliários urbanos poderão ser avistados em diversos pontos de Fortaleza.

No dia 23 de junho, o Cristo Redentor foi iluminado durante uma missa, que aconteceu em homenagem aos pacientes e familiares, na cidade do Rio de Janeiro.

“Precisamos disseminar informações a respeito do XLH. Infelizmente, não é incomum a doença ser confundida com outras enfermidades ósseas, inclusive, algumas relacionadas a má alimentação”, explica Rafaelli Cardoso Silva, cofundadora da associação de pacientes Mundo XLH. 

Entre os principais sinais e sintomas do raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X estão deficiência do crescimento, abcessos dentários, alargamento dos punhos, joelhos e tornozelos, dor óssea articular e nos membros inferiores, fraqueza muscular e pernas arqueadas. “Os sintomas normalmente tornam-se perceptíveis aos dois anos de idade, período em que as pernas começam a sustentar o peso do corpo. Mas novos sinais também podem aparecer conforme a criança cresce. Por isso, é importante reforçar que, embora achava-se que após o término do crescimento a doença estabilizava, ficando as sequelas. Entretanto, sabe-se hoje que a doença continua ativa em adultos com XLH, com manifestações crônicas”, afirma Maria Helena Vaisbich, nefrologista pediátrica. 

O diagnóstico do XLH é realizado por meio de exames de sangue e urina, que detectam os níveis de fósforo, cálcio e outros parâmetros. “A identificação precoce da doença é mais que necessária. É por isso que o XLH Day é uma campanha de conscientização tão importante. O objetivo é disseminar informações acessíveis, para que se possa obter um melhor entendimento a respeito desta doença que, infelizmente, ainda é subdiagnosticada” declara Edson Paixão, vice-presidente e gerente geral da Ultragenyx Brasil. 

Além do tratamento farmacológico, o XLH é uma doença que exige uma abordagem multidisciplinar com médicos especializados -- pediatras, endocrinologistas, ortopedistas, nefrologistas e geneticistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, educadores físicos e dentistas. “Esse cuidado é indispensável para garantir mais qualidade de vida para quem tem a condição e familiares”, finaliza Maria Helena. 

Para outras informações sobre a doença, acesse.


Dia Nacional do Diabetes

Entenda a importância do controle e da saúde bucal para pacientes com diabetes 

 

O conceito de que a saúde bucal interfere na saúde geral deve ser levado muito a sério, principalmente entre os pacientes com diabetes. Por isso, na data em que a doença é nacionalmente lembrada, 26 de junho, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) alerta sobre a importância de manter os cuidados.

De acordo com o cirurgião-dentista Dr. Marcelo Cavenague, entender que a saúde da boca faz parte de um todo é fundamental em qualquer circunstância. No caso de doenças como o diabetes, ele destaca, entre outros pontos, a importância do controle dos índices de glicemia para manter a qualidade de vida. 


A doença sob controle  

O cirurgião-dentista esclarece que existem dois perfis de pacientes com diabetes. O paciente que se cuida e o paciente que não se cuida. O primeiro mantém o controle da doença e é visto como uma pessoa normal. “Esse paciente tem uma doença séria e crônica, mas em relação aos riscos bucais ele não corre nenhum a mais, uma vez que doença sob controle é sinônimo de saúde. Ainda que seja insulinodependente, esse paciente tem os mesmos riscos de uma pessoa normal, que se cuida e mantém a saúde bucal”. 

O segundo perfil, de acordo com o Dr. Cavenague, corresponde àquele paciente que se descuida ou, por qualquer outro motivo, não consegue manter o controle do diabetes e tem picos de hiperglicemia ou crises de hipoglicemia e, nesse caso, pode apresentar alterações. Nesse contexto, o cirurgião-dentista explica que existem duas doenças principais da boca, a cárie e a doença periodontal. No caso da cárie, não há tantas alterações diante desse quadro, uma vez que a cárie está ligada à multifatores como frequência de ingestão de açúcar e à má higienização. 

Já diante da doença periodontal, os riscos de alterações são maiores, isso porque a ela está associada aos tipos de bactérias que existem na boca, ao sangramento e à presença de cálculos. Além disso, a doença periodontal age num pH um pouco mais alcalino do que a cárie. Ele explica que esse processo envolve também às células de defesa e que o diabetes provoca problemas nos vasos sanguíneos. “A doença periodontal é uma doença inflamatória, que depende das células de defesa. Se o paciente diabético já tiver problemas vasculares, a defesa será menor. Portanto, a evolução da doença periodontal será mais rápida”. 

As visitas frequentes ao cirurgião-dentista são necessárias em qualquer momento da vida e em qualquer situação. A frequência de retorno ao consultório será determinada em função do perfil de cada paciente. Quanto maior a necessidade, mais próximo será o retorno. 

O ideal, segundo Dr. Cavenague, seria que todo o cirurgião-dentista tivesse em seu consultório um aparelho para verificar a glicemia do paciente e, em casos extremos, encaminha-lo para atendimento médico. “O tratamento periodontal em um paciente descontrolado não responde normalmente como em um paciente controlado”, explica.

Outro ponto importante no caso do diabetes, segundo o cirurgião-dentista, é realizar um trabalho multidisciplinar, por meio do acompanhamento do endocrinologista, do cirurgião-dentista e do nutricionista.  “É importante lembrar que se trata de uma doença crônica que não tem cura, em que o segredo é manter o controle”.


A importância da higiene bucal        

Por meio da higiene, é possível ter um controle maior da doença. A falta de cuidado, nesse caso, resulta em tártaro (cálculo) e inflamação. Por isso, é imprescindível manter a saúde da boca em dia, por meio da escovação com creme fluoretado e uso do fio dental.

Lembre-se, o diabetes é uma doença crônica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue. Se não for tratada, pode provocar danos em vários órgãos. O diabetes é dividido em dois tipos principais. A tipo 1 e a tipo 2. Há também o diabetes gestacional, situação transitória que marcada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gravidez.

 

  

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

 www.crosp.org.br


Como agir quando o bebê está prestes a nascer? Obstetra explica

Dra. Carolina Curci, especialista em reprodução humana, orienta como proceder e manter a calma quando o bebê decide nascer a caminho da maternidade 

 

A gestação é uma condição com novidades, mudanças e ansiedade para a chegada do bebê. Por isso, é importante que a mulher faça sempre o acompanhamento de rotina com o ginecologista para entender as necessidades e se preparar para o grande momento. Como tudo na vida há imprevistos, a chegada do bebê pode ser improvisada e pegar os futuros papais de surpresa. Mas, calma! É o que orienta a dra. Carolina Curci. “É raro, mas pode acontecer que a mãe não chegue a tempo na maternidade. Nessas situações pode acontecer do bebê nascer em casa ou até mesmo no carro, mas, CALMA. Apesar de parecer desesperador é preciso se concentrar e saber o que fazer”, explica.

- O primeiro passo é pedir ajuda, se estiver sozinha em casa ligue para alguém que possa chegar rapidamente, se for no carro, o serviço do SAMU (192) pode ajudar com os procedimentos iniciais a caminho da maternidade.

- Avise seu obstetra e sua doula, eles saberão como te acalmar e irão te encontrar na maternidade. 

A obstetra ressalta que o parto avança de forma natural, é importante que quem esteja acompanhando a mulher que está prestes a ter o bebê ajude a manter a calma. O principal é ter em mente algumas noções do que fazer quando esse momento chegar e você ainda estiver distante do hospital”, comenta a dra. Carolina. 

- Controlar a respiração e a manter as pernas em uma posição confortável.

- Se manter deitada de lado, e somente no momento de expelir o bebe deitar de barriga para cima.

“Além do contato direto do obstetra que te acompanha, o ideal é que se tenha uma doula, ela poderá acompanhar todo o processo da gestação e ao primeiro sinal de chegada, ela irá até você e dará todo o suporte necessário.”, finaliza.

 


Dra. Carolina Curci - atua com Ginecologia, Reprodução Humana e Obstetrícia, formada pela universidade de Marília no Conjunto Hospitalar Mandaqui, cursou Dermatologia Estética na ISMD e Reprodução Humana no Gera/UNIP. Suas especializações sempre foram voltadas a áreas relacionadas à saúde da mulher desde estética ao pré-natal. Hoje é diretora técnica da Clínica Curci, onde atende gestantes de 18 a 55 anos, mulheres tentantes e que buscam acompanhamento ginecológico.


Cirúrgico x medicamentoso: Hospital Paulista explica os tipos de tratamento à rinite alérgica

Problema atinge cerca de 40% da população global, segundo a Organização Mundial da Alergia


Caracterizada pela inflamação da mucosa nasal, a rinite alérgica é uma resposta exagerada do sistema imunológico a determinadas substâncias e atinge entre 30 e 40% da população global, segundo a Organização Mundial da Alergia (na sigla em inglês, WAO (World Allergy Organization).
 

Obstrução nasal, rinorreia aquosa (coriza), espirros frequentes e prurido nasal e/ou ocular estão entre os principais sintomas do problema.

Conforme Dra. Cristiane Adami, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, o tratamento para a rinite pode ser medicamentoso, cirúrgico ou através de imunoterapia. 

“Ao apresentar os sintomas, o paciente deve fazer lavagem nasal com solução fisiológica. Caso eles persistam, o indicado é buscar um otorrinolaringologista, que fará o diagnóstico correto e a prescrição do melhor tratamento.” 

A especialista destaca que o tratamento medicamentoso pode ser feito com antialérgicos, anti-inflamatórios corticoides, sprays nasais, descongestionantes sistêmicos e imunoterapia específica para os alérgenos. 

“A imunoterapia é uma vacina que diminui a sensibilidadepara determinadas substâncias, fazendo com que o organismo não tenha reações tão exageradas do sistema imunológico.” 

Segundo a médica, a indicação da classe terapêutica depende tanto da frequência como da intensidade dos sintomas. “Alguns medicamentos são excelentes para uma crise aguda de rinite alérgica, enquanto outros são mais indicados para o controle e manutenção do problema.”

 

Cirurgias 

Geralmente, a grande maioria dos pacientes com rinite alérgica apresenta obstrução nasal frequente associada à rinite, podendo ocorrer apenas durante as crises ou cronicamente. 

Dra. Cristiane ressalta que o fato se deve a problemas como desvios do septo e/ou alterações anatômicas que o paciente possa ter. Além disso, outra questão comum em pessoas com rinite alérgica é a hipertrofia dos cornetos, conhecida popularmente como carne esponjosa. 

“Ocorre uma inflamação crônica, essa mucosa incha e, por consequência, acontecem o edema e a obstrução nasal. Por isso, o tratamento cirúrgico também é uma boa opção para pacientes que não têm bons resultados com o tratamento clínico.” 

Quando a pessoa é submetida à cirurgia, é realizada a desobstrução da via aérea, retirando o excesso de mucosa inflamada, que, por si só, já é capaz de reduzir os sintomas da obstrução nasal. 

No entanto, Dra. Cristiane explica que a cirurgia, isoladamente, não é a solução mais ideal. “O interessante é fazer a manutenção com tratamento clínico. A combinação do cirúrgico com o clínico é a melhor opção às pessoas que sofrem de rinite alérgica.” 

Entre as possibilidades cirúrgicas estão a septoplastia -- cirurgia realizada para corrigir o desvio de septo -- e a turbinectomia -- retirada parcial dos cornetos. “Ambas são ótimas opções para pessoas que sofrem com o problema. Se houver sinusite crônica associada, ainda é feita a limpeza dos seios paranasais, deixando um excelente fluxo aéreo para o paciente”, reitera a especialista. 

A médica finaliza destacando que não existe um tratamento melhor que o outro. “Alguns casos vão precisar de cirurgia, outros não, em que a imunoterapia pode ser ideal. Os especialistas procuram fazer um tratamento personalizado.”


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Dia Nacional da Diabetes: alimentação balanceada pode melhorar quadro da doença

A WW VigilantesdoPeso reflete sobre a prevenção da diabetes e hábitos saudáveis
 

Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde ao final de 2021 apontou que 9,14% da população brasileira convive com diabetes, o que representa mais de 15 milhões de pessoas. Em 2020, eram 8,2%, um aumento de 11,47% em apenas um ano.

Diante deste cenário, o WW VigilantesdoPeso, programa de emagrecimento sustentável que estimula mudanças de hábitos, de mentalidade e de estilo de vida, reforça a relevância do Dia Nacional da Diabetes, dia 26 de junho, com uma reflexão sobre a importância da alimentação balanceada - um de seus pilares fundamentais. 

A diabetes tipo 2 é a mais comum. Os principais fatores de impacto são gerados pela obesidade, muitas vezes em decorrência da má alimentação frequente e falta de atividade física. O organismo não consegue utilizar a insulina adequadamente na captação da glicose ou a produz em quantidades insuficientes. Assim, o corpo tem dificuldade de usar o açúcar para produzir energia e fica com esse excedente, que é armazenado em forma de gordura. E isso vira um ciclo vicioso, já que um grande aumento do peso leva à elevação da resistência à insulina. 

Mas é possível melhorar a qualidade de vida ao adotar novos hábitos saudáveis de alimentação e exercícios regulares. Especialistas afirmam que pessoas com alto risco para diabetes podem prevenir ou atrasar seu aparecimento apenas perdendo de 5 a 7% do seu peso corporal. 

Apesar de nenhum alimento específico estar diretamente ligado ao desenvolvimento de diabetes, uma alimentação rica em grãos integrais, frutas e legumes, proteínas magras e laticínios desnatados é importante para ajudar na manutenção do peso. Praticar atividades físicas regulares, com o aval do seu médico, é outro componente essencial no manejo da diabetes. 

“O programa da WW VigilantesdoPeso foi desenvolvido para guiar o usuário para longe de alimentos com açúcar adicionado e para escolhas mais ricas em fibras, proteínas e gorduras saudáveis. Ao adicionar um alimento no aplicativo, é apresentado seu valor de Pontos e as informações nutricionais, incluindo a quantidade de carboidratos, que será ajustada de acordo com o tamanho da porção. Você tem uma cota de Pontos para usar como quiser e incluir outros alimentos. Siga sua cota de Pontos e você pode emagrecer até 1 kg por semana”, explica Matheus Mota, nutricionista da WW VigilantesdoPeso.

Ao iniciar o programa, uma das opções é sinalizar se a pessoa tem diabetes, o que gera uma diferenciação personalizada na lista de alimentos que não contam pontos, que leva em consideração suas preferências alimentares e a diabetes. É apresentado então apenas opções que são menos prováveis de impactar a glicemia (níveis de açúcar no sangue), cuidadosamente selecionadas com a diabetes em mente.

Nosso plano não substitui o médico, e a perda de peso nunca deve vir antes da saúde, completa Matheus. Se o seu nível de açúcar no sangue não estiver onde deveria estar, continue a monitorá-lo com base nas recomendações do seu médico e siga as orientações do seu médico sobre como estabilizar esses números.



WW VigilantesdoPeso

https://www.ww.com/br


Dia Nacional do Diabetes: médico destaca a importância de hábitos saudáveis para prevenção e controle da doença

Nutrólogo do Hospital IGESP, Andrea Bottoni ressalta que a adoção de hábitos saudáveis é importante para prevenir o diabetes tipo 2 e essencial para controlar o tipo 1 

 

O Brasil é o sexto país do mundo com o maior número de pacientes com diabetes. São cerca de 15,7 milhões de pessoas convivendo com a doença, de acordo com a 10ª edição do Atlas do Diabetes, publicada pela Federação Internacional de Diabetes em dezembro de 2021. Andrea Bottoni, nutrólogo do Hospital IGESP, aproveita o Dia Nacional do Diabetes, lembrado em 26 de junho, para explicar que existem dois tipos de diabetes:

 

Diabetes tipo 1

No diabetes tipo 1, que pode aparecer na infância, o pâncreas não produz ou produz insulina insuficiente para exercer sua ação de fazer com que a glicose entre nas células.

 

Diabetes tipo 2

Já no diabetes tipo 2, mais frequente em adultos e, geralmente, associado a um estilo de vida com hábitos não saudáveis, a insulina é produzida, mas não consegue fazer o efeito adequado para favorecer a entrada de glicose nas células. Assim, a glicose se eleva no sangue e estimula o pâncreas a produzir mais insulina. “A glicemia elevada, que pode ser avaliada por meio da dosagem dos níveis da glicose no exame de sangue, é um dos parâmetros para diagnosticar o diabetes”, esclarece. 

A principal abordagem para a regulação do diabetes é manter os níveis normais de glicose no sangue. No caso do diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2 avançado, a injeção subcutânea de insulina é necessária para controlar os níveis de glicose no sangue. 

Segundo Bottoni, o diagnóstico precoce é essencial, já que se trata de uma doença complexa, que ao se tornar descompensada, pode gerar complicações como insuficiência renal, neuropatia diabética, problemas na visão e vasculares. 

O nutrólogo ressalta que a adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos, é importante para prevenir o diabetes tipo 2 e essencial para controlar o tipo 1, em conjunto com acompanhamento médico e uso de medicamentos.

 

Tratamentos alternativos

Há muitos anos, terapias alternativas para o tratamento do diabetes têm sido investigadas. Alguns métodos estão em ensaios clínicos e outros na fase pré-clínica. Uma recente pesquisa publicada no Jornal Internacional de Macromoléculas Biológicas mostrou que, no futuro, suplementos à base de quitosana podem ser alternativas para combater o diabetes. 

Entretanto, atualmente, existem algumas limitações à recomendação da quitosana para o tratamento do diabetes, já que a eficácia antidiabética da quitosana depende do peso molecular, viscosidade e grau de desacetilação dessa substância.

 

 Hospital IGESP


Novo medicamento é capaz de impedir o crescimento de meningiomas atípicos

 Ainda em fase experimental, nova droga pode ser uma esperança no tratamento de meningiomas mais agressivos

 

Os meningiomas representam por volta de 20% dos tumores que surgem no cérebro. Na maioria dos casos eles são benignos, porém, existe uma subcategoria mais incomum, chamada meningiomas atípicos, que possuem prognósticos mais agressivos e maior frequência de recorrência. A boa notícia é o desenvolvimento de uma nova droga que conseguiu impedir o crescimento de meningiomas agressivos em testes realizados em camundongos e voluntários.

 

Diagnóstico, sintomas e nova droga

O diagnóstico desta doença é realizado via ressonância magnética e com contraste paramagnético. Já os sintomas dos meningiomas atípicos podem ser: perda de olfato, da visão, alteração do comportamento, dificuldade para falar ou movimentar a língua e alterações de coordenação motora.    

A Dra. Vanessa Milanese, diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, diz que os meningiomas atípicos ainda carecem de terapias médicas eficazes adjuvantes à cirurgia, para o seu devido tratamento.

"Este é um dos estudos mais interessantes sobre meningioma publicados nos últimos anos. O uso desta droga, ainda em fase experimental, mostrou bons resultados em camundongos, fazendo com que eles vivessem mais e que os meningiomas não crescessem de forma tão acelerada. O medicamento trata-se de um inibidor de ciclo celular, que faz com que ela seja capaz de bloquear a divisão celular, interrompendo o crescimento deste tipo de tumor", comenta a especialista. 

Para chegar ao resultado, os pesquisadores precisaram analisar os perfis de metilação de DNA e de sequenciamento de RNA de 565 amostras de meningiomas integrados com abordagens genéticas, transcriptômicas, bioquímicas, proteômicas e unicelulares para mostrar que os meningiomas são compostos por três grupos de metilação de DNA com resultados clínicos distintos, fatores biológicos e vulnerabilidades terapêuticas, segundo o artigo.

Vale lembrar que a droga ainda está em fase experimental e necessita de mais estudos para ter a sua eficácia totalmente comprovada.

"A comunidade científica e neurocirúrgica fica no aguardo de mais informações positivas sobre esta nova droga. Esperamos que ela seja uma opção de tratamento em um futuro próximo", finaliza Vanessa.

 

 

SBN - Sociedade Brasileira de Neurocirurgia 

 www.portalsbn.org 

Instagram @sbn.neurocirurgia

 

Saiba como manter imunidade alta nos meses mais frios do ano

 Alimentação, hidratação, exercícios e suplementação são algumas das dicas infalíveis para atravessar o inverno com saúde

 

Com a chegada do inverno, a imunidade tende a cair. Motivos como baixa umidade do ar, alterações bruscas de temperatura e aglomerações de pessoas em ambientes fechados são fatores que colaboram para o contágio por vírus e aumentam casos de inflamações das vias respiratórias e alergias durante os dias mais frios. O sistema imunológico é a nossa primeira barreira para combater as doenças, então, caso ele fique enfraquecido, você poderá ficar doente com mais facilidade. 

Blindar a saúde é importante para manter o sistema imunológico forte e evitar enfermidades. Confira algumas dicas para manter a imunidade alta: 

Mantenha o corpo hidratado e tenha uma alimentação balanceada. Tenha também um estilo de vida saudável e pratique exercícios: tire 30 minutos diários para se exercitar. Esse hábito pode diminuir o estresse e aumentar a produção de anticorpos. Tome sol: reserve 20 minutos do seu dia para tomar sol, a luz solar é fundamental para a produção de vitamina D e também muito importante para a imunidade. Evite o uso excessivo de bebidas alcoólicas e tabaco, durma bem e evite privação de sono, se possível. 

Algumas dicas, por mais simples que pareçam, muitas vezes não são fáceis de adequar à nossa rotina e não chegamos a atingir o nível ideal diário de cada vitamina necessária para o nosso corpo se manter saudável. Por isso, as vitaminas suplementares são ótimas opções. “Cuidar da saúde deveria ser a prioridade para muitos, mas com a rotina corrida acabamos tendo dificuldade em nos organizar para manter simples hábitos diários. Nesse cenário, o uso de suplementos pode auxiliar a manter uma imunidade equilibrada, prevenindo futuras complicações”, revela Thais Bonelly, Head de Nutrição da Vitamine-se.

Para Thais, vitaminas como a C, Zinco Quelato, Própolis Verde e D3 podem ser uma combinação perfeita para dar um up na imunidade e deixar o organismo mais forte. “O mix de nutrientes desses compostos pode auxiliar nas várias funções celulares ajudando no funcionamento do sistema imunológico”. Confira abaixo o benefício de cada uma delas:

 

Vitamina C: A vitamina C tem ação oxidante, combate a formação dos radicais livres, ajuda as células do organismo a crescerem e permanecerem sadias, em especial as de ossos, dentes e vasos sanguíneos. Além disso, é necessária para combater infecções, atua na absorção do ferro, na produção de colágeno e fortalece o sistema imunológico.

 

Zinco Quelato: O zinco tem estímulo positivo no funcionamento do sistema imune, no fortalecimento das unhas e cabelos e na saúde da pele.

 

Própolis Verde: O própolis verde é um composto extraído pelas abelhas por meio da absorção da resina das plantas, brotos, cascas naturais e botões das flores. O extrato de própolis é indicado para combater microrganismos como bactérias e vírus, além de ser usado para fortalecer o sistema imunológico.

 

Vitamina D3: A Vitamina D3 está presente em peixes, fígado e leite. A suplementação da Vitamina D3 tem várias funções relevantes, em especial, a capacidade de aumentar a absorção de cálcio pelo intestino. A substância também é muito importante para o funcionamento adequado do sistema imunológico e da função muscular.


Para os que ainda têm dúvidas sobre o uso das vitaminas, elas são suplementos alimentares retirados de alimentos e compostos nutricionais em maior concentração, dando ao corpo quantidade necessária para um funcionamento adequado do organismo.

 

Vitamine-se - startup brasileira que combina inteligência artificial e suplementos de altíssima qualidade para oferecer uma nutrição personalizada para cada pessoa, com base em seus objetivos, necessidades e estilo de vida.


Dia Nacional do Diabetes: células-tronco encontradas no sangue e tecido do cordão umbilical podem beneficiar cerca de 17 milhões de diabéticos no Brasil

 

Especialista da Criogênesis explica como material é capaz de reduzir o uso de insulina e melhorar a qualidade de vida dos pacientes

 

Em 26 de junho é celebrado o Dia Nacional do Diabetes, data criada pelo Ministério da Saúde (MS) e Organização Mundial da Saúde (OMS). A iniciativa visa conscientizar a população acerca dos riscos, prevenção e tratamento adequado para a síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta ou incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos. 

De acordo com Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, a enfermidade é um distúrbio autoimune em que há a destruição das células produtoras de insulina pelos anticorpos gerados pelo próprio organismo contra o pâncreas. “Há um excesso de glicose no sangue e, consequentemente, um quadro de hiperglicemia. Seus sintomas mais recorrentes são: cansaço, alterações na visão, aumento do apetite, sensação de sede de forma exagerada e vontade frequente de urinar”, explica. 

Dados do Ministério da Saúde estimam que, no Brasil, aproximadamente 17 milhões de pessoas vivam com diabetes -- número que pode ser maior, se considerados os não diagnosticados. Nelson explica que, apesar de ser uma doença controlável, não existe cura para a condição, principalmente para o Tipo 1, que é considerado o mais grave. “O acúmulo permanente de glicose na corrente sanguínea causa uma série de danos. Entre as complicações, destacam-se lesões e placas nos vasos sanguíneos, falência renal, risco de infartos e AVCs e amputações decorrente de feridas não perceptíveis na pele e que podem evoluir para a morte do tecido dérmico”, alerta. 

O hematologista explica que nos últimos anos diversas pesquisas revelaram que os tratamentos à base de células-tronco são promissores contra a patologia. “Durante os estudos o material foi transformado em produtor de insulina ou diminuiu a destruição das células do pâncreas. Dessa forma, os pacientes necessitaram de menores índices de glicose, proporcionando uma maior qualidade de vida”, relata. 

O diretor explica que, por serem potencialmente aptas a regenerar tecidos do corpo humano, as células-tronco presentes no sangue e tecido do cordão umbilical são responsáveis pela manutenção funcional do organismo, por meio da substituição das células que vão morrendo ou perdendo sua função. “É justamente por causa dessa capacidade de regeneração que as elas podem ser utilizadas no tratamento de diversas doenças”, comenta. 

Por fim, o médico ressalta que nos últimos anos diversos tipos de terapias, baseadas na utilização de células-tronco, vêm sendo propostas para o tratamento de várias doenças degenerativas. “Elas apresentam a capacidade de formar qualquer tecido do corpo e é pesquisado no mundo todo o seu potencial para o tratamento de diversas enfermidades graves, como câncer, lesões de medula espinhal, demências e doenças autoimunes e genéticas”, finaliza.


  
Criogênesis


Estudo revela como o vírus da COVID-19 manipula as células para se replicar

 Ensaio em cultura de células mostra a interação da proteína celular PCNA e a proteína M do SARS-CoV-2. Em vermelho, proteína humana PCNA migra do núcleo da célula (em azul) para o citoplasma na presença da proteína M (verde) (crédito: Orlando B. Scudero/ICB-USP)

 

Em estudo publicado na revista Frontiers in Cellular and Infection Microbiology, um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade de São Paulo (USP) descreveu como uma proteína humana interage com uma proteína do SARS-CoV-2, demonstrando um dos mecanismos usados pelo vírus causador da COVID-19 para recrutar as células e se replicar.

Em testes in vitro, os pesquisadores conseguiram inibir a interação entre as moléculas usando um fármaco e, com isso, reduziram a replicação viral entre 15% e 20%. Com o resultado, o grupo espera contribuir com o desenvolvimento de terapias contra a COVID-19.

“A proteína humana conhecida como PCNA [sigla para Proliferating Cell Nuclear Antigen] interage com a proteína M [matriz] do SARS-CoV-2, uma das moléculas que compõem a membrana do vírus e dão forma a ele. A descoberta em si mostra uma das maneiras pelas quais o patógeno manipula a função da célula para poder seguir seu ciclo de vida”, explica Fernando Moreira Simabuco, professor da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, em Limeira, que coordenou o estudo apoiado pela FAPESP.

Em laboratório, o grupo utilizou diferentes técnicas para mostrar como a presença da proteína M do vírus no organismo faz com que a PCNA, uma proteína envolvida no reparo do DNA, migre do núcleo das células – onde ela normalmente se encontra – para o citoplasma, região onde ficam as organelas, responsáveis por importantes funções celulares.

Segundo os pesquisadores, essa migração demonstra que as proteínas viral e humana estão interagindo entre si, o que foi corroborado por outras metodologias.

Outra forma de verificar o fenômeno foi usando um composto que é inibidor da migração de proteínas do núcleo para o citoplasma. Tanto em células tratadas com um composto específico para a PCNA quanto com esse outro que inibe a migração de diferentes proteínas, incluindo a PCNA, o coronavírus teve uma replicação entre 15% e 20% menor quando comparado aos que estavam em células sem tratamento algum.

“Se estivéssemos pensando em uma terapia, talvez essa redução não fosse significativa. Porém, o principal objetivo era demonstrar essa interação e que ela pode ser um alvo para futuros tratamentos”, diz Simabuco.

Em colaboração com pesquisadores do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP, foram analisadas ainda amostras de tecido pulmonar obtidas durante autópsias de pacientes mortos pela COVID-19 (leia mais em: agencia.fapesp.br/32882/).

Foi observado um aumento da expressão tanto da proteína PCNA como de gamaH2AX, proteína considerada um marcador de dano ao DNA, o que reforça os resultados.

“Esse dado pode indicar mais uma consequência da infecção pelo coronavírus”, diz Simabuco.

O trabalho tem como primeira autora Érika Pereira Zambaldepós-doutoranda na FCA-Unicamp sob supervisão de Simabuco.


Novo caminho

A proteína M se ancora, junto com as proteínas E e S, na membrana que envolve todo o SARS-CoV-2, e é a mais abundante das quatro principais proteínas estruturais do vírus, que levam esse nome por darem forma ao patógeno. Por isso, tem sido vista como um alvo potencial para medicamentos e vacinas.

Por sua vez, a proteína S, da espícula (spike, em inglês), é a mais conhecida por conta do seu papel na ligação com o receptor humano, que a tornou o alvo das principais vacinas atuais.

A proteína humana PCNA, por sua vez, é bastante estudada no contexto do câncer, tema de projeto conduzido por Simabuco na FCA-Unicamp. Na infecção por vírus, porém, muito pouco se sabe sobre o papel dessa proteína humana.

O artigo publicado agora, portanto, abre caminho para novos estudos sobre essa interação entre o coronavírus e a molécula, facilitando o desenvolvimento de tratamentos. Um próximo passo seria a validação das descobertas em modelos animais, o que ainda não há previsão para acontecer.

Parte dos experimentos foi realizada no Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (LEVE), coordenado por José Luiz Proença Módena no Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, que é apoiado pela FAPESP.

O estudo teve ainda colaboração dos grupos de pesquisa coordenados por Armando Morais Ventura, professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, e Henrique Marques-Souza, professor do IB-Unicamp.

O artigo Characterization of the Interaction Between SARS-CoV-2 Membrane Protein (M) and Proliferating Cell Nuclear Antigen (PCNA) as a Potential Therapeutic Target pode ser lido em: www.frontiersin.org/articles/10.3389/fcimb.2022.849017.

   

André Julião

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/estudo-revela-como-o-virus-da-covid-19-manipula-as-celulas-para-se-replicar/38955/


Posts mais acessados