Pesquisar no Blog

terça-feira, 26 de abril de 2022

63% dos brasileiros se consideram preparados para o futuro do trabalho

      

Thinkstock
Pesquisa global da Salesforce mostra ainda que 79% dos trabalhadores planejam aprender novas habilidades digitais. Mesmo assim, ainda há desafios para preencher vagas que exigem maior qualificação, como TI

 

Ainda que a pandemia tenha acelerado o processo de digitalização, ainda há uma crise global de habilidades digitais - e uma necessidade urgente de ação. De acordo com o novo Global Digital Skills Index, estudo global da Salesforce, especialista em soluções de gestão de relacionamento com clientes (CRM), aponta que 73% dos trabalhadores não se sentem preparados para aprender as habilidades digitais hpje necessárias exigidas pelas empresas

Realizada com mais de 23 mil trabalhadores em 19 países, incluindo o Brasil, a pesquisa revela ainda que, apesar de 82% planejarem aprender novas competências nos próximos cinco anos, neste momento apenas 28% estão ativamente envolvidos em programas de aprendizado e treinamento destas capacidades.

Enquanto isso, o cenário no Brasil é mais otimista, com apenas 37% dos entrevistados afirmando não estarem preparados com as habilidades digitais necessárias para o futuro do trabalho - o menor índice entre todos os países pesquisados -, sendo que 79% dos trabalhadores brasileiros estão planejando aprender novas habilidades, seja para crescer na própria carreira ou em busca de um novo caminho profissional.

 

LACUNA GLOBAL

Essa lacuna é uma preocupação, mas também Uma oportunidade. Com empresas em todo o mundo em rápida transição para modelos digitais, aumentou muito a demanda por funcionários com habilidades digitais.

“Existe uma lacuna entre a fronteira da inovação e as habilidades necessárias para usar essas inovações”, disse Peter Schwartz, vice-presidente sênior de planejamento estratégico e Chief Futures Officer da Salesforce. “Isso, por si só, não é novidade. Mas o que é novo é o alcance dessa inovação, quão difundida ela é, e como ela permeia todos os aspectos da vida. É difícil fazer quase qualquer coisa hoje em dia sem alguma forma de interação digital”.

A pontuação global dos 19 países pesquisados no Salesforce Index para prontidão digital, avaliada em termos de preparação, nível de habilidade, acesso e participação ativa em requalificação digital, hoje de apenas 33 de 100.

Os países representados na pesquisa variaram de pontuações de 63 a 15, destacando que, embora alguns países se sintam mais preparados digitalmente do que outros, como o Brasil, que possui uma pontuação de 53, há urgência em fazer investimentos para diminuir a lacuna de habilidades digitais e construir uma força de trabalho mais inclusiva.

Mesmo com a boa pontuação do Brasil no Salesforce Global Digital Skills Index, é importante ressaltar que a mensuração é feita a partir da autoavaliação dos respondentes. Apesar de grande parte dos profissionais consultados se considerarem bem preparados para o futuro profissional, associações de classe no país indicam desafios para preencher vagas mais qualificadas, como na área de tecnologia da informação.


COTIDIANO X LOCAL DE TRABALHO

Habilidades cotidianas, como mídias sociais e navegação na web, não se traduzem necessariamente nas principais habilidades digitais do local de trabalho necessárias para as empresas impulsionarem a recuperação, a resiliência e o crescimento.

No mundo, mais de dois terços (64%) de todos os entrevistados da Geração Z dizem ter habilidades avançadas de mídias sociais - apoiando o estereótipo de domínio digital entre a geração mais jovem. Porém, menos de um terço (31%) acreditam ter as habilidades avançadas de trabalho digital necessárias hoje pelas empresas.

No Brasil, ao fazer a mesma comparação há uma percepção mais otimista sobre as habilidades digitais aplicadas ao trabalho, mas as habilidades do dia-a-dia também tendem a superar o nível de conhecimento das habilidades relacionadas ao trabalho. Segundo o estudo, 75% do público da Geração Z no país que participou do levantamento considera usar de forma avançada as mídias sociais, e 66% se sentem muito preparadas com habilidades digitais aplicadas ao ambiente de trabalho.

Contudo, quando olhamos para a habilidade em e-commerce e comércio digital, considerada a mais importante no ambiente de trabalho pelos consultados no Brasil, apenas 32% dos jovens da Geração Z consideram ter um nível avançado, em linha com o observado com os respondentes das demais faixas etárias.

“A tecnologia faz parte da vida do brasileiro, mas nem sempre o conhecimento que se tem sobre ela é o que fará a diferença na carreira”, destaca Fabio Costa, general manager da Salesforce. “Assim como a transformação digital impacta empresas e colaboradores constantemente, capacitar-se também é uma jornada. E ela exige profundidade nos interesses do indivíduo e nas demandas do mercado”, completa.


LACUNA GERACIONAL

O Salesforce Index também revela que os entrevistados mais jovens têm maior confiança e ambição para aprender novas habilidades -mais de um terço da Geração Z está aprendendo e treinando ativamente as habilidades que serão necessárias nos próximos cinco anos, em comparação com 12% dos baby boomers (53 a 71 anos).

A discrepância geracional no Brasil é similar, com quase metade dos Gen Z (45%), ativamente se preparando com as habilidades necessárias para o futuro, contra apenas 24% dos baby boomers.

Curiosamente, no Brasil, existe uma pequena parcela de respondentes (5%) que afirmam que seus planos são permanecer na mesma carreira sem aprender nenhuma nova habilidade. Este percentual é menor entre os jovens da Geração Z (3%) e maior entre os baby boomers (9%). Globalmente, este percentual alcança 18%.

“Com mais de 25 anos de experiência em sistemas de TI e CRM, reconheço em atividades de voluntariado e em implementações que apoiei o quanto o jovem se dedica a desenvolver suas habilidades em tech”, aponta Rosângela Sousa, arquiteta sênior de soluções na Salesforce. “Apoiar-se em ferramentas fáceis de usar e com menos ou sem  necessidade de código tendem a ajudar jovens profissionais a solucionar desafios e inovar."

Habilidades em tecnologia de colaboração são vistas como a habilidade digital mais importante para os trabalhadores no ambiente de trabalho, hoje e nos próximos cinco anos, segundo o Salesforce Index.

Mas, apesar da destreza dos entrevistados com a tecnologia de colaboração cotidiana, como mídias sociais, apenas 25% se classificam como avançados nessas habilidades especificamente para o local de trabalho.

No Brasil, a maior parte dos respondentes (66%) avaliam suas habilidades em tecnologia de colaboração, considerada a terceira mais importante pelos brasileiros, como iniciante e intermediário, e apenas 34% as classificam como avançadas. Ao analisarmos a habilidade em e-commerce e comércio digital, 32% dos brasileiros se classificam como avançados, enquanto os demais se consideram intermediários (40%) ou iniciantes (28%).

 

 

Redação DC 

Da equipe de jornalistas do Diário do Comércio

https://dcomercio.com.br/categoria/gestao/63-dos-brasileiros-se-consideram-preparados-para-o-futuro-do-trabalho

 

Trabalho intermitente: especialista explica como funciona a prestação de serviços não contínua

pixabay

De acordo com a Lei 13.467 de 13 de julho de 2017, o “Contrato de Trabalho intermitente é uma prestação de serviços não contínua, com subordinação, que ocorre com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador (exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria).” O empresário e especialista em direito, Gérlio Figueiredo descomplicou: o trabalho intermitente é aquele que é necessário que ocorram intervalos entre períodos de convocação de dias, semanas ou meses.


O especialista explicou que durante a pandemia da Covid-19, o índice de empregados dentro da modalidade chegou a representar até 50% das novas vagas de emprego, com base nos dados do Caged.

Gérlio também explicou que a diferença entre o contrato intermitente e por tempo indeterminado é que, apesar dos dois garantirem os direitos trabalhistas do empregado, existem diferenças.

“A diferença que considero mais importante entre entre as modalidades é, justamente, a questão da continuidade. No trabalho intermitente a demanda pode ser mudada, como também é necessário que haja a convocação com início e encerramento demarcados. Já no contrato por tempo indeterminado, como o nome já diz, não há data de término”, pontuou.

O especialista ainda alertou o trabalhador para que fique atento ao seu regime de trabalho, bem como às suas garantias. “Como esse modelo é recente, muitos trabalhadores ainda não sabem as diferenças entre as modalidades, o que não é bom. O empregado precisa ter total entendimento sobre o contrato do serviço que presta”, finalizou.



Gerlio figueiredo - retrato da cena cultural baiana. O empreendedor que é especialista em direito, já acumula vasta experiência em diferentes nichos de mercado, como transportes, construção civil, pecuária, factoring, indústria de vestuário e entretenimento.  


Brasileiros são cautelosos ao investir com alta dos juros, inflação e eleição

 

Pixabay

Relação com dinheiro mudou durante a pandemia e hoje a reserva de emergência é um dos principais objetivos financeiros de quem já investe

 

 

O brasileiro que costuma investir está atento ao calendário para decidir como aplicar seu dinheiro este ano, mostram dados da quinta edição do Raio X do Investidor, realizada em 2021 pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) em parceria com o Datafolha. Com alta de juros e aumento da inflação, assim como eleições presidenciais, o investidor está cauteloso nas aplicações neste ano.

E mesmo quem está começando a investir tem metas cautelosas em 2022: segundo a edição anterior do Raio X do Investidor, realizada em 2020, a intenção de destinar o dinheiro para uma reserva de emergência cresceu em todas as classes sociais, e é o objetivo principal de 27% dos entrevistados que tinham uma quantia guardada.

Segundo o fundador e CEO da plataforma de orientação financeira n2 app, André Barretto, não é necessário ter muito dinheiro para começar a investir, e sim perseverança: “Com trinta reais já é possível comprar um título no Tesouro Direto, por exemplo. Existem inúmeros tipos de produtos em que se pode investir, desde títulos públicos e renda fixa até ações de empresas estrangeiras, negociadas na bolsa. O importante é dar o primeiro passo”.

Hoje, informações sobre o mercado financeiro estão se tornando mais acessíveis ao público geral, tanto que a B3, bolsa de valores brasileira, registrou um aumento de 43% no número de investidores com cadastro de pessoa física no primeiro semestre do ano passado. Quando isso? “Por meio da educação financeira, muitas pessoas que às vezes se assustam ao ouvir falar em renda fixa, renda variável, CDB, IPCA e taxa Selic estão perdendo o medo, aprendendo e passando a poupar de forma consciente e rentável”, explica André.

Com o objetivo principal de dar acesso à orientação financeira de forma fácil, rápida e de qualidade a todos os brasileiros, a n2 disponibiliza conteúdos sobre o Mercado Financeiro,  e organizados em trilhas de conhecimento, bem como o contato individual e anônimo com orientadores financeiros certificados, que conseguem ajudar tanto quem está iniciando sua trajetória, quanto quem já conhece a dinâmica do mundo das finanças. “Queremos atingir todos os públicos, do investidor experiente até as classes D e E, que por muito tempo ficaram à margem do mercado financeiro”, finaliza o CEO.

 

 n2

n2app.com.br


Linhas 4-Amarela alerta passageiros e colaboradores sobre a Neuromielite Óptica

 
Exposição compõe as ações da Campanha Março Verde para a conscientização sobre a patologia que afeta o sistema nervoso central

 


A ViaQuatro -- responsável pela manutenção e operação da Linha 4-Amarela de metrô -- em parceria com a Associação Crônicos do Dia a Dia (CDD), apresenta na Estação São Paulo-Morumbi a exposição Março Verde. A mostra, que já passou por outras estações, vai até o final deste mês. 

Os cartazes, com vinte imagens informativas sobre a neuromielite óptica (NMO), expõem informações sobre a NMO, doença autoimune que atinge o sistema nervoso central -- em maior parte, os nervos ópticos e a medula espinhal. Como essa é uma doença rara e sem cura, a curadoria trouxe informações para esclarecimento e cuidados com os sinais.

Para tanto, a exposição traz a hashtag #NãoMenosprezeOsSinais como lema. Os cartazes anunciam sintomas que podem ser os sinais a se atentar e aqueles que não. Além disso, estão publicados testemunhos de pessoas que convivem com a doença, revelando que “ter o diagnóstico de uma doença neurológica, inflamatória e recorrente, rara, grave e ainda sem cura não é uma sentença de morte", como afirma Daniele Americano, que convive com a NMO há 10 anos. 

“Fizemos a exposição nas estações de metrô para falar sobre a Neuromielite Óptica porque, apesar de poder também afetar a visão, ela possui uma série de outros sinais e sintomas, como perda de sensibilidade, formigamentos, dificuldade de locomoção. Um dos objetivos é dar visibilidade para a vivência com a patologia, que envolve uma série de questões para além dos sintomas visuais, contribuir para diagnósticos mais precoces e uma maior conscientização da sociedade sobre a patologia”, afirma Bruna Rocha, Gerente Geral da Associação Crônicos do Dia a Dia. 

Em março, é comemorado o Dia Mundial de Optometria, área da Saúde focada nos olhos. Então, para ressaltar a relevância do cuidado com eles, as associações CBOO (Conselho Brasileiro de Óptica e Optometria), WCO (World Council of Optometry), ALDOO (Asociación Latinomericana de Optometría y Óptica) e entidades estaduais filiadas formaram uma parceria para criar a Campanha Março Verde: Conscientização em Saúde Visual - unindo à homenagem a necessidade de se prevenir. 

Estudos apontam que mais de 96 milhões de brasileiros sofrem com problemas de visão. Desse montante, cerca de 6 milhões são crianças em idade escolar, desassistidas pela falta de implementação de um programa eficaz de saúde. 

Para Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaQuatro, a exposição é uma forma de garantir a saúde de todos. “O cuidado e o bem-estar de seus clientes são premissas da concessionária, que busca ser referência em mobilidade humana. Por isso, ao falar sobre a NMO, queremos que as pessoas possam conhecer um pouco mais sobre a importância do ‘Março Verde’ e se informar sobre como determinadas doenças podem ser identificadas e tratadas”, diz.


Serviço:

Exposição “Março Verde” - Associação Crônicos do Dia a Dia - até 30 de abril

Estação São Paulo-Morumbi - Linha 4-Amarela

 

3 cuidados para identificar golpistas na internet

Detetive Luciano Polato, especialista em investigação, fornece algumas dicas para evitar ser enganado em aplicativos e sites

 

Lançado em fevereiro de 2022, o filme ‘O Golpista do Tinder’, disponibilizado pelo serviço de streaming Netflix, fez grande sucesso entre o público em sua semana de estreia, trazendo o tema do documentário para grandes debates nas redes sociais. O principal ponto abordado era sobre a segurança em encontrar e confiar em alguém. 

Segundo levantamento realizado pelo dfndr lab, laboratório especializado em cibersegurança da PSafe, cerca de 150 milhões de pessoas caíram em algum golpe virtual em 2021. Soma-se esse medo com o perigo de sofrer algum dano ou até um sequestro, o receio antes de se encontrar com alguém deve ser dobrado, principalmente em grandes centros urbanos. 

“A segurança vem caindo a cada dia, ainda mais no Brasil. Seja qual for a instância da sua vida, sempre tem uma preocupação, e com encontros com pessoas que conhece somente virtualmente, é ainda maior a tensão, pois nunca se sabe quem está do outro lado”, comenta Luciano Polato, detetive e fundador da Evidência Detetive. 

O investigador profissional, a fim de ajudar quem navega nas redes, disponibiliza 3 dicas para se preparar antes de encontrar com alguém

 

Diferença de idade em aplicativos de relacionamento 

Atente-se a diferença de idade. Por mais que os tempos venham mudando, ainda é muito comum pessoas mais novas tentarem extorquir ou dar golpes em pessoas mais velhas. E também existem pessoas mais velhas que apenas estão nesses aplicativos com segunda intenções. Portanto, se deu match com alguém com uma diferença de idade, fique esperto.

 

Ganhe a confiança da pessoa, conheça ela melhor antes de marcar um encontro 

Pode parecer clichê essa dica, mas ainda é uma das falhas mais cometidas pelas pessoas. Os dias de hoje tem muito do imediatismo, de querer conseguir o que quer logo, e com isso certos cuidados deixam de ser tomados. Conheça bem a pessoa com quem está conversando, tenha no mínimo duas semanas de contato para então agendar algum encontro.


Marcar em lugar seguro e público 

Após checar se a pessoa é mesmo de confiança, e realmente existe da forma que disse, marque um encontro em um local público, onde possa ser vista por todos. Um detalhe importante, deixe avisado para seus amigos ou familiares onde está indo e com quem. Passe características da pessoa, e caso forem a outro lugar, avise a esse contato de segurança. Se possível, compartilhe sua localização. Segurança nunca é demais.


IR 2022: Veja o passo a passo para declarar criptomoedas

Fontes de patrimônio, que incluem NFTs, estão no radar do fisco. Ativos virtuais a partir de R$ 5 mil têm de ser informados, e quem negocia mais de R$ 35 mil por mês precisa pagar imposto.

 

Bitcoin, ether, NFT. Nos últimos anos, essas palavras passaram a fazer parte do cotidiano de investidores em todo o mundo. Ativos virtuais que acumulam rendimentos, os criptoativos têm passado a representar uma fonte de patrimônio que entrou no radar do Fisco, e que precisam ser declarados no Imposto de Renda (IR), dependendo do valor acumulado e dos ganhos do investidor.

Ainda sem regulação no Brasil, os criptoativos receberam códigos próprios na ficha “Bens e direitos” em 2019. Até então declarados genericamente como “outros bens e direitos”, eles ganharam seção específica na declaração do Imposto de Renda. Neste ano, a Receita Federal criou um código para os Non-Fungible Tokens (NFT), tipo de assinatura criptografada para arquivos digitais.

Confira o passo a passo sobre o preenchimento de criptoativos na declaração do Imposto de Renda:


QUANDO DECLARAR - Segundo norma da Receita Federal, qualquer criptoativo com valor de compra igual ou superior a R$ 5 mil em nome do contribuinte em 31 de dezembro do ano anterior precisa ser declarado. Abaixo desse montante, não é necessário declarar.

Esse limite de R$ 5 mil é válido por categoria de criptoativo. Dessa forma, um contribuinte com R$ 5 mil em bitcoin e R$ 3 mil em outro ativo virtual, por exemplo, só precisará declarar o primeiro ativo.


QUE CÓDIGOS USAR - Neste ano, a Receita Federal mudou os códigos para declarar patrimônio no Imposto de Renda, reorganizando os tipos de ativos em grupos. Na ficha “Bens e direitos”, o contribuinte deve escolher o grupo “8 – criptoativos”. Em seguida, deve escolher os seguintes códigos:

• Código 01: criptoativo bitcoin – BTC;
• Código 02: outras criptomoedas, conhecidas como altcoins. Exemplo: Ether (ETH), Ripple (XRP), Bitcoin Cash (BCH) e Litecoin (LTC);
• Código 03: criptoativos conhecidos como stablecoins. Exemplo: Tether (USDT), USD Coin (USDC), Brazilian Digital Token (BRZ), Binance USD (BUSD), DAI, True USD (TUSD), Gemini USD (GUSD), Paxos USD (PAX), Paxos Gold (PAXG) e outros;
• Código 10: criptoativos conhecidos como Non-Fungible Tokens (NFT);
• Código 99: outros criptoativos. Engloba tokens, ativos digitais não considerados criptomoedas.


COMO DECLARAR - Os criptoativos seguem padrão semelhante ao de imóveis, carros e Certificados de Depósito Bancário (CDB). O valor a ser informado na declaração é o gasto em reais pelo investidor no momento da aquisição do ativo digital, devendo ser repetido todos os anos. Somente na venda desse ativo, o contribuinte deve atualizar o valor e calcular o imposto a pagar com base nos ganhos de capital.


QUANDO É COBRADO IMPOSTO SOBE CRIPTOATIVOS? - Só precisa pagar Imposto de Renda quem negocia mais de R$ 35 mil em criptoativos por mês. Esse limite abrange a soma de todos os ativos digitais e operações em todos os países.

Dessa forma, quem vendeu R$ 10 mil em bitcoin, R$ 3 mil em tether e R$ 5 mil em etherium num intervalo de 30 dias, em diferentes lugares do mundo, não precisa pagar nada pois o valor das operações não ultrapassa R$ 35 mil.  Quem, no entanto, vendeu R$ 20 mil, R$ 5 mil e R$ 12 mil nas mesmas moedas em um único mês, terá de pagar o imposto sobre os ganhos.

Mesmo nos casos em que seja isento de pagar IR sobre os lucros, o contribuinte deverá declarar, na ficha “Bens e direitos”, os criptoativos se o preço de aquisição de um ativo digital for igual ou superior a R$ 5 mil.

O investidor também deverá preencher outra declaração no Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal (e-CAC), quando fizer transações – isoladas ou em conjunto – de mais de R$ 30 mil em um mês com exchanges (corretoras virtuais) no exterior ou não usar nenhuma corretora.

Mais informações sobre essa declaração podem ser obtidas neste guia elaborado pelo governo.


QUAL A ALÍQUOTA - A alíquota incide apenas sobre os rendimentos, não sobre o valor total dos criptoativos. Os lucros são tributados da seguinte forma:

Rendimentos-Alíquota
Menos de R$ 5 milhões: 15%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões: 17,5%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões: 20%
Mais de R$ 30 milhões: 22,5%


COMO PAGAR O IMPOSTO DE RENDA - O procedimento é semelhante à cobrança sobre os lucros com renda variável (como investimentos na bolsa de valores). O próprio investidor deve calcular os ganhos mensais com os criptoativos, emitir o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), calcular e pagar o imposto. O processo deve ser feito todos os meses, caso o valor das negociações – em conjunto – supere R$ 35 mil.

Após a emissão do Darf, o contribuinte tem até o último dia útil do mês seguinte à operação para pagar o imposto. O documento pode ser emitido e preenchido no sistema Siscalweb, na página da Receita Federal na internet, sem a necessidade de baixar um programa gerador da guia.


COMO INFORMAR OS GANHOS DE CAPITAL - Além de pagar o Imposto de Renda, o contribuinte deverá declarar os ganhos de capital (lucro com a valorização de um bem) ao Fisco. O procedimento pode ser feito por meio do programa Ganhos de Capital (GCAP), que pode ser baixado na página da Receita Federal. Os lucros informados no programa são importados para a declaração do Imposto de Renda do ano seguinte.

Na declaração do Imposto de Renda deste ano, o contribuinte deverá baixar o programa GCAP 2021, escolher a opção “Exportar para o IRPF”, e salvar o arquivo no computador. Em seguida, deve ir ao programa gerador do IR, acessar a ficha “Ganhos de Capital” e importar o arquivo salvo na opção “Importação GCAP”. 

 

Agência Brasil 

Agência de notícias da Empresa Brasileira de Comunicação.

Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/leis-e-tributos/ir-2022-veja-o-passo-a-passo-para-declarar-criptomoedas


Executivos apostam em inteligência artificial para vencer crise

 Inteligência artificial e automação, em especial os chatbots tem se tornado onipresentes nas companhias e mudaram a forma como as empresas se relacionam com seus clientes.

 

Diante de um ambiente global de incertezas comerciais e políticas, e com a retomada após prolongada recessão, os executivos passaram a buscar internamente oportunidades de crescimento, “Os CEOS perceberam que frente do enorme volume de dados diários, só a automação e a inteligência artificial poderiam atender à crescente demanda, ampliando a velocidade e a eficiência nas comunicações”, diz Rodrigo Martins, CEO da Doc.Sync, agência de publicidade especializada em inteligência de vendas.

De acordo com Martins, a inteligência artificial oferece uma enorme oportunidade para quem inseri-la em seu negócio. Desde chatbots, passando pela machine learning e internet das coisas, as ferramentas de IA agregam eficiência e alto índice de resolução para os usuários.  Segundo pesquisa da Price Waterhouse Coopers de janeiro de 2022, a IA pode contribuir para aumentar em US$ 15,7 trilhões o PIB global até 2030, um salto de quase 15%.

No mercado de telefonia, a IA tem se tornado uma forte aliada. Durante a pandemia as empresas reduziram ou simplesmente retiraram os funcionários das frentes de atendimento ao cliente dos escritórios para o home office. Ao mesmo tempo o serviço dos chatbots teve um aumento exponencial, com elevação expressiva nas vendas e melhoras no relacionamento com os clientes como resultados. Segundo o Gartner, até 2022 70% de todas as interações com empresas envolveriam essas novas ferramentas, enquanto que esse índice era de apenas 18% em 2018.

“Toda empresa que possui foco em crescimento e competitividade sabe que não é suficiente trabalhar muito para alcançar seus objetivos. A velocidade hoje é fator determinante no processo”, analisa Martins, e continua: “é vital construir um bom relacionamento para a conversão efetiva em vendas e melhores resultados e nesse sentido investir em chatbots é o grande trunfo das empresas na busca de uma comunicação eficaz com o novo consumidor”, finaliza.

 

 

Doc.Sync - agência de comunicação e tecnologia antenada nos novos meios para trazer conversões e vendas para seus clientes.

 

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Retomada lenta do tratamento cirúrgico da obesidade agrava quadro de pacientes

Pacientes que sofrem com problemas relacionados a obesidade estão tendo um agravamento das doenças no último ano, segundo especialistas que atuam nesta área.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) alerta para o fato de que pacientes com indicação cirúrgica, antes da pandemia, e que apresentavam Índice de Massa Corporal (IMC) até 35 estão chegando aos consultórios e ambulatórios com IMC acima de 40.

Paralelamente a isso em todo o país a retomada das cirurgias bariátricas, especialmente na rede pública, está sendo feita a passos lentos. A queda no número de procedimentos realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no país, no último ano foi de 81,7% e em muitos estados do país os procedimentos ainda não estão sendo realizados.

Para que se tenha ideia, nos quatro estados da região sudeste -- a mais populosa do país -- foram realizadas 1.210 cirurgias bariátricas pelo SUS em 2021. Em São Paulo, a fila para realização do procedimento em 16 cidades no mês de fevereiro, era de 6.047 pessoas.

As consequências do tratamento tardio da obesidade estão nos preocupando, devido ao agravamento da doença pós-pandemia. Em muitos hospitais, em que houve a suspensão das cirurgias eletivas, o tratamento de pacientes com obesidade doenças associadas a ela não foi retomado e, com isso, as filas só aumentam e os riscos e custos com o tratamento também”, afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Fábio Viegas.

Outro fator que chama a atenção é o repasse de recursos para realização do procedimento. No Rio de Janeiro o Hospital de Ipanema recebeu R134 mil para realizar cirurgias bariátricas em 2021. Já o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, recebeu R69 mil. Estes são os dois únicos hospitais públicos do Rio de Janeiro que realizam a cirurgia bariátrica pelo sistema público cadastrados no Datasus.

 

Caso grave -- Mesmo em meio a tanta dificuldade, na última semana, o Hospital de Ipanema conseguiu viabilizar a cirurgia em uma paciente com caso grave de obesidade. Desde muito jovem a Rogélia Pazos de Avelar sofria com o excesso de peso, mas com o tempo o quadro piorou.

Foram algumas tentativas frustradas de fazer a cirurgia bariátrica e que levaram ao agravamento do quadro. No final de 2020, Rogélia buscou ajuda da equipe do Hospital Federal de Ipanema, aos 44 anos, pesando 300 quilos e com IMC de 120. Durante um ano e meio, uma equipe multidisciplinar formada por endocrinologista, cirurgião bariátrico, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, enfermeira e assistente social prestaram atendimento domiciliar a paciente para reduzir os riscos do procedimento e promover um controle mais eficaz. Com muito esforço da paciente e da equipe ela conseguiu perder 50 quilos antes da cirurgia para realizar a cirurgia, baixando o IMC para 89.

O médico responsável foi o cirurgião, Luiz Gustavo Oliveira, que também preside o Capítulo do Rio de Janeiro da Sociedade de Bariátrica. Ele explica que o avanço da obesidade resultou em dificuldades técnicas e necessidade de planejamento detalhado para o sucesso da cirurgia. “Em casos de obesidade severa existem preocupações que envolvem excesso de gordura visceral, a cicatrização, maiores chances de sangramento, de trombose e de embolia pulmonar tendo em vista que a paciente estava acamada”, explica Luiz Gustavo.

Além disso, para a realização do procedimento o Hospital adequou toda a sua estrutura de cama, mesa cirúrgica, maca para transporte, unidade de pós-operatório específica e quarto especial.

“Pacientes com grau menos severo de obesidade têm mais possibilidades de manejo do tratamento, menores riscos e melhores resultados. No entanto, com uma grande mobilização, mesmo em um serviço público, conseguimos direcionar demanda de trabalho e insumos para tratar essa paciente”, disse o médico. A paciente continua internada e recebendo o tratamento no Hospital.

 

Novos dados - A constatação do agravamento da obesidade não ocorre apenas no Brasil. Dados do novo atlas da obesidade -- publicado no último mês pela Federação Mundial de Obesidade (World Obesity Federation) - apontam que um bilhão de pessoas em todo o mundo, incluindo 1 em cada 5 mulheres e 1 em cada 7 homens, viverão com obesidade até 2030.

As descobertas destacam que os países não apenas perderão a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) para 2025 de interromper o aumento da obesidade nos níveis de 2010, mas que o número de pessoas com obesidade está prestes a dobrar em todo o mundo. Além disso, o Atlas mostra que o maior número de pessoas que vivem com obesidade está em países de baixa e média renda, com números mais que dobrando em todos os países de média renda e triplicando em países de baixa renda, em comparação com 2010.


Como o uso prolongado de benzodiazepínicos leva a deficiências cognitivas


Os benzodiazepínicos são medicamentos eficazes e amplamente utilizados no tratamento de estados de ansiedade e distúrbios do sono. Embora os tratamentos de curto prazo sejam considerados seguros, sua ingestão de longo prazo pode levar à dependência física e, principalmente no caso de pessoas idosas, a deficiências cognitivas. 

Os mecanismos pelos quais os benzodiazepínicos desencadeiam essas alterações eram previamente desconhecidos. Pesquisadores liderados por Jochen Herms e Mario Dorostkar, do Centro de Neuropatologia e Pesquisa de Prions da LMU e do Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas (DZNE), conseguiram demonstrar em um modelo animal que o ingrediente ativo leva à perda de conexões neurais no cérebro. 

Um papel fundamental é desempenhado pelas células imunes do cérebro conhecidas como microglia. Os benzodiazepínicos se ligam a uma proteína específica, a proteína translocadora (TSPO), na superfície das organelas celulares da micróglia. Essa ligação ativa a microglia, que então degrada e recicla as sinapses -- isto é, as conexões entre as células nervosas. Experimentos realizados pelos cientistas mostraram que a perda de sinapses em camundongos que receberam uma dose diária do benzodiazepínico diazepam por várias semanas levou a deficiências cognitivas. 

"Sabia-se que a microglia desempenha um papel importante na eliminação de sinapses durante o desenvolvimento do cérebro e em doenças neurodegenerativas", dizem o Dr. Yuan Shi e Mochen Cui, co-autores do estudo. "Mas o que realmente nos surpreendeu foi que drogas tão bem pesquisadas como os benzodiazepínicos influenciam esse processo”. Quando o tratamento com diazepam foi descontinuado, o efeito persistiu por algum tempo, mas foi finalmente reversível. 

Na opinião dos pesquisadores, o estudo pode ter efeitos sobre como os distúrbios do sono e a ansiedade são tratados em pessoas com risco de demência. "Drogas que são conhecidas por não terem afinidade de ligação com TSPO devem ser preferidas sempre que possível", dizem os autores.


 

Rubens de Fraga Júnior - professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e é médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.


Fonte: Yuan Shi et al, Long-term diazepam treatment enhances microglial spine engulfment and impairs cognitive performance via the mitochondrial 18 kDa translocator protein (TSPO), Nature Neuroscience (2022).


Infectologista reforça a importância da vacinação contra o HPV

 Essencial no combate ao câncer de colo do útero, a vacina está disponível para meninas e meninos a partir dos 9 anos 


Em tempos de coronavírus, a vacinação se tornou um assunto comum nas rodas de conversa. E por que não usar essa alta do tema para estimular outras campanhas, como a da vacina contra o HPV? 

Essa vacina protege contra verrugas e infecções persistentes, além de lesões pré-malignas e malignas causadas pelos tipos de HPV 6, 11, 16 e 18 - os dois últimos são responsáveis pelo desenvolvimento do câncer de colo do útero, o terceiro com maior incidência de morte em mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). 

"A vacina é indicada para a prevenção de verrugas genitais, também chamadas de condilomas (HPV 6 e 11), e também para a prevenção dos cânceres relacionados ao HPV 16 e 18, como os de vulva, vagina, colo de útero, ânus, cavidade oral, traqueia, e pênis", explica a Dra. Aline Scarabelli, infectologista e consultora médica do Labi Exames.

 

QUEM PODE TOMAR A VACINA CONTRA HPV? 

Você já deve ter ouvido falar sobre a questão da faixa etária para essa vacinação específica. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), ela é recomendada para ambos os sexos a partir dos 9 anos. 

Aqui, quanto mais cedo a vacinação ocorrer, melhor. De forma a evitar que essas crianças, quando mais velhas, iniciem a vida sexual desprotegidas. 

Homens acima de 27 anos e mulheres acima de 45 anos também podem ser vacinados, segundo orientação médica. Já pessoas que já foram infectadas por algum tipo de papilomavírus humano podem se beneficiar da vacinação como forma de prevenção por outros tipos de HPV contidos na fórmula. As demais faixas etárias podem se vacinar voluntariamente apenas na rede privada e apenas de acordo com a orientação médica. 

"As contraindicações são apenas para pessoas que apresentaram anafilaxia após receber uma dose da vacina ou a algum de seus componentes e, a princípio, gestantes também devem adiar a vacinação", explica a infectologista.

 

 Labi

Site

Linkedin

Instagram: @labiexames


Semana Mundial de Imunização: conheça as vacinas recomendadas e contraindicadas para pacientes oncológicos

Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) chama a atenção para as particularidades da imunização de pacientes oncológicos e divulga material sobre o tema

 

Realizada de 24 a 30 de abril com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Semana Mundial de Imunização tem por objetivo conscientizar a população sobre a importância das vacinas na proteção de diversas doenças. Em 2022, o lema estabelecido pela OMS é: Você está protegido? Tome todas as vacinas.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) enfatiza que a proteção das vacinas também é benéfica e recomendada a quem tem câncer, mas alerta que nem todas as vacinas são indicadas a imunossuprimidos, que é o caso de muitos pacientes oncológicos, especialmente aqueles em tratamento com quimioterapia ou radioterapia.

“Vacinas com vírus vivos atenuados são contraindicadas a pessoas imunocomprometidas porque podem se replicar no organismo do individuo vacinado”, explica Dra. Maria Ignez Braghiroli, membro da diretoria da SBOC. “Nesse grupo de vacinas, estão a tríplice viral [contra sarampo, caxumba e rubéola] e os imunizantes que combatem a febre amarela, herpes zoster e poliomielite”, exemplifica.

Em contrapartida, para início de qualquer tratamento oncológico, há duas vacinas fundamentais, informa a oncologista clínica: a vacina contra a influenza e contra a pneumonia. “Esta última chamada de antipneumocócica”, explica. “Especificamente para adultos, estão disponíveis ainda as pneumocócicas conjugada (PVC-13) e a polissacarídica (VPP23)”, acrescenta.

Essas e muitas outras recomendações constam no guia Vacinação no Paciente Oncológico, produzido pela SBOC e pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) no ano passado. O material tem sido usado como fonte de referência para diversos oncologistas no Brasil e no mundo, mas também pode ser acessado gratuitamente por qualquer pessoa que busque informações sobre o tema.

Um estudo*, realizado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e mencionado no guia, apontou que a orientação do médico faz toda a diferença para que o paciente, de fato, se vacine. Quando o profissional de saúde estimula a imunização, as taxas de vacinados podem chegar a até 90%; entretanto, se ocorre um desestímulo por parte do médico, a mesma taxa gira em torno de 8%. “O guia Vacinação no Paciente Oncológico contribui ao sensibilizar os oncologistas para a importância da vacinação”, afirma Dra. Maria Ignez Braghiroli.

Embora os benefícios da vacinação sejam bastante evidenciados de forma geral, o estudo destaca a relevância de análises individuais, pois existem recomendações específicas também quanto ao momento adequado das imunizações, assim como considerações acerca da revacinação e de esquemas de doses especiais. Quem passou por um transplante de células tronco-hematopoiéticas, por exemplo, deve obedecer a um calendário de imunização adaptado ao processo do tratamento.

Pacientes oncológicos têm recomendação da 4a dose do imunizante contra a covid-19?

Sim. O esquema vacinal completo contra a Covid-19 é indicado a pacientes com câncer, inclusive a quarta dose, que deve ser tomada 120 dias (cerca de quatro meses) após a terceira dose.  Uma pesquisa** liderada por cientistas do Reino Unido revelou que 40% das pessoas imunocomprometidas conseguiram gerar menos anticorpos do que pessoas saudáveis após duas doses de vacina, o que justificaria a necessidade de reforços. 

Há também necessidade de proteção contra possíveis variantes do coronavírus, como a ômicron, que provocou um novo aumento de casos de covid em várias partes do mundo.

Neste mês, cálculos do Ministério da Saúde revelaram que 58,2% dos brasileiros que têm idade acima de 18 anos e que já estão elegíveis para receber a quarta dose ainda não completaram o esquema de imunização.

A SBOC também sublinha que todos os que convivem com pacientes oncológicos, como familiares e cuidadores, devem manter seu calendário vacinal atualizado, de acordo com as recomendações do Programa Nacional de Imunizações (PNI). E você, está protegido?

 


Dra. Maria Ignez Braghiroli - oncologista clínica e membro da diretoria da  SBOC – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA 


 Referências

*Centers for Disease Control and Prevention (CDC). MMWR Morb Mortal Whly Rep. 1988;37:657-661. **Covid-19: 40% dos pacientes com sistema imunológico enfraquecido apresentam menor resposta às vacinas. Em https://doi.org/10.1136/bmj.n2098. Acessado em 18/04/2022.

 

Posts mais acessados