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segunda-feira, 21 de março de 2022

Cinco mitos sobre a solteirice

Imagem: Radu Florin
Ela é muito exigente, é por isso que ela ainda está solteira”, “Ele é um pouco excêntrico, é por isso que ele ainda está solteiro”, “Você é casado com seu trabalho, é por isso que você ainda está solteiro”. 

Viver como solteiro em uma sociedade que valoriza encontrar o “amor verdadeiro” e “o prometido” pode ser um desafio. E ouvir esses comentários inúteis pode afetar a maneira como vemos a solteirice (um termo que deveria ser extinto), e se somos solteiros, a maneira como nos vemos (um excêntrico exigente casado com seu trabalho, destinado a ser sozinho para sempre). 

Mas, em última análise, nosso valor não depende de nosso estado civil, mas sim daquele que nos redimiu e nos chama de Seus amados (Efésios 1:6). 

Venha conosco enquanto desmascaramos alguns mitos sobre a solteirice. Vamos repensar juntos como podemos nos relacionar melhor com os solteiros em nosso meio e encorajar uns aos outros a buscar a identidade que mais importa. 

 

1- Solteiros são muito exigentes 

Se você é solteiro, é provável que já tenha ouvido esta frase muitas vezes: “Você é muito exigente, é por isso que ainda está solteiro”. 

Enquanto alguns podem estar priorizando selecionar em oração um futuro cônjuge, nem todos os solteiros estão envolvidos na tentativa de encontrar um parceiro. Eles podem ter outras prioridades em suas vidas no momento. 

Talvez, como Paulo, eles estejam preocupados “com os negócios do Senhor – como podem agradar ao Senhor” (1 Coríntios 7:32), ou estabelecendo uma carreira após anos de trabalho duro na universidade, ou gastando tempo explorando o que Deus gostaria de tê-los fazendo com suas vidas. 

Então, da próxima vez que você interagir com alguém solteiro, por que não mostrar algum interesse no que o motiva ou no que ele tem feito com sua vida? É uma ótima maneira de mostrar que os solteiros são mais do que apenas seu status. 

 

2- Solteiros são desequilibrados ou traumatizados 

Você viu isso nos olhos de seus parentes ou colegas enquanto eles observam seu primo solteiro ou colega de trabalho por cima da xícara de chá. “A razão pela qual ela ainda está solteira”, dizem enquanto balançam as sobrancelhas, “é porque há algo errado com ela. Ela é um pouco desequilibrada. Caso contrário, com certeza ela já estaria casada.” 

Mas os solteiros não estão mais quebrados ou necessitados de Jesus do que seus colegas que estão em um relacionamento. 

O quebrantamento existe em cada um de nós, casado ou não, e há apenas uma pessoa que é capaz de nos redimir de nossas feridas – Jesus. 

 

3- Os solteiros receberam a bênção de serem solteiros 

“O dom da solteirice” é provavelmente outra frase muito usada que você está super cansado de ouvir. 

Enquanto “o dom de ser solteiro” soa bem (oh, como um belo presente!), e soa bastante bíblico quando Paulo fala sobre “um tem este dom, outro tem aquele” (1 Coríntios 7:7), o presente de que Paulo fala não é um presente especial de edição limitada dado a uns poucos selecionados para que possam lidar com a solteirice. 

O pregador e teólogo americano Tim Keller disse: “Paulo sempre usa a palavra ‘dom’ para significar uma habilidade que Deus dá para edificar os outros. Paulo não está falando de algum tipo de estado indescritível e livre de estresse”. O ‘dom’ sobre o qual Paulo fala é a habilidade e a liberdade que uma pessoa solteira tem de servir a Deus de uma maneira que uma pessoa casada não serve.” 

Então, se você está solteiro atualmente, como tem usado esse tempo para construir não apenas sua conta bancária ou carreira, mas outras coisas no reino? E se você é casado ou namora, como está incentivando e fortalecendo os solteiros em seu meio? 

 

4- Estar solteiro significa que Deus está guardando algo bom para mim 

Sua irmã se casou no ano passado e sua melhor amiga acabou de anunciar o noivado. Agora você está começando a sentir que Deus não apenas se esqueceu de você, mas está deliberadamente retendo algo bom de você. 

Pode parecer que Deus está nos ignorando quando nossos desejos não são atendidos e nossas orações não são respondidas. E o ressentimento logo pode surgir quando começamos a acreditar na mentira de que Deus está retendo coisas boas de nós. 

Mas Deus é um Pai bom e generoso. A Escritura diz que todo dom bom e perfeito vem daquele que não muda como sombras inconstantes (Tiago 1:17). Ele nos abençoou com todas as bênçãos espirituais (Efésios 1:3) e também nos deu gratuitamente Seu melhor presente – Seu Filho (Romanos 8:32). Deus não está retendo coisas boas de nós, Ele simplesmente tem o melhor em Seu coração. 

 

5- Solteiros não terão a própria família 

Uma família só sua. Como uma pessoa solteira, essas palavras podem evocar uma infinidade de sentimentos, desde um profundo desejo de ter uma família para chamar de sua, até uma sensação de fracasso por ter atingido uma certa idade e ainda sem “sua própria” família, ou talvez você está se sentindo desanimado com o quão esmagadoramente inatingível tudo isso parece. 

No entanto, uma família pode ser mais do que apenas o modelo de micro-família (pais mais filhos) que nos é vendido pela sociedade. A família vem em várias formas, como as amizades estreitas formadas em seu local de trabalho ou igreja, ou talvez sendo a tia ou tio legal de seus sobrinhos e sobrinhas. 

E como cristãos, somos parte da família de Deus (Romanos 9:8, 1 João 3:1-2), e há uma grande alegria em saber que somos Seus filhos. Então, vamos ajudar uns aos outros a abraçar a família que Deus nos deu e fazer o que as famílias fazem de melhor – amar e encorajar uns aos outros em diferentes épocas e desafios da vida. 

 

Originalmente publicado no ymi.today, que faz parte de Ministérios Pão Diário, em inglês. Traduzido e republicado com permissão.

 

PÃO DIÁRIO

paodiario.org


Consequências de Guerra como consequências de guerra

Temos registros de muitas guerras que já se passaram pelo mundo. Por muitas vezes, esses conflitos armados iniciam pela falta de comunicação, por interesses políticos, interesses territoriais, por rivalidades étnicas ou divergências religiosas. Até mesmo por comportamentos egoístas, autoritários e intransigentes. Personalidades doentias que por detrás de carreiras e poder, escondem-se crianças mimadas que não tiveram um desenvolvimento de acordo com um padrão de normalidade. Por resultado disso, conflitos podem acontecer. Divergências familiares, confrontos com colegas, oposições sociais, conflitos armados.

Estruturas físicas adultas, comandadas por mentes patologicamente infantis. O que se ganha entrando em conflitos armados, que por muitas vezes, permanecem durante anos, se não dessa forma, os seus resultados podem ser vistos por décadas.

Território?

Raiva?

Razão?

Ou comportamento egoísta? Preencher vazios internos? Falta de autoconfiança camuflada em atitudes autoritárias e violentas? Estamos vivendo um grande e surreal conflito armado! Nem parece que já passamos por tanto crescimento econômico, cultural, até globalização... Pra que? Em pleno século XXI um confronto tipo vale tudo para se proteger? Atacar é a melhor defesa? Ainda?

E as metodologias de negociação? E os grandes treinamentos que ensinam sobre a arte de falar, de ouvir, como ensina o método Harvard que a melhor forma de negociar é aquela que todos ganham. Isso não conta? Pra quem não aprenderam o olhar empático, não.

Para aqueles que não sabem dialogar e só ganhar, não adianta. E as consequências que ficam depois de um conflito armado? Vidas perdidas de formas trágicas impactando famílias e estruturas de instituições com consequências devastadoras no presente e futuro de quem sobrevive.

Os adultos precisando refazer histórias inteiras. Reconstruir lugares onde morar,conquistar a própria dignidade e identidade. Consequências físicas, psicológicas, financeiras. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 78 crianças foram mortas e 100 ficaram feridas desde o final de fevereiro, mas com certeza esses números já estão muito maiores nesse momento.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), um milhão de crianças já fugiram da Ucrânia para países vizinhos. Essas crianças, ficam com os mesmos impactos dos adultos, mas com muitas variantes específicas. Desdobramentos injustos, já que essas estão em momento de construção de personalidade, de formação de um corpo físico que precisa de segurança, boa alimentação, proteção.

O estresse pós traumático, a depressão, a ansiedade ficam nesses sobreviventes que tiveram suas vidas totalmente devastadas e o futuro modificado brutalmente. As consequências da guerra para essas crianças são inúmeras e dificilmente pode-se prever todas.

Tantas perdas... Tantas consequências advindas de conflitos que se transformaram em confrontos armados por território, na verdade, por necessidade de proteção.

Que ironia.

Consequência.

Alguém que, sabe o que é a angústia de ter um pai que lutou na guerra e esse voltar pra casa gravemente ferido. Que sabe o sofrimento de ter a própria Mãe ferida e inclusive considerada morta em função da guerra e depois descoberta viva pelo esposo. Vladimir Putim vivenciou tudo isso, através de seus pais, simples operários que passaram por situações e consequências da guerra.

Putim conheceu um futuro depois das tragédias que chegaram com a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945). Provavelmente, cresceu vendo os resultados que 6 anos de conflito armado tinham deixado. Sabia bem que soldados poderiam perder a vida, perder partes do corpo e padecer com estresse pós traumático pelo resto da vida. Seu Pai foi um herói de guerra. Por debaixo de uma aparência inabalável, Putim, viveu efeitos do confronto em sua vida que somadas as predisposições pessoais podem ter suscitado formas de enfrentamento com distúrbios patológicos.

No livro escrito pelo jornalista russo-americana Masha Gessen 'O Homem Sem Rosto: A Ascensão Improvável de Vladimir Putin' ele relata sobre a história desse homem misterioso. Quando criança, conheceu uma realidade de superproteção. Seus Pais não queriam perder o único filho e já sabiam a dor da perda pelos outros dois filhos mais velhos que morreram antes do nascimento de Putim. Em função desse tratamento, Vladimir Putim cresceu demonstrando comportamentos de uma criança mimada.

Não suportava frustração, era agressivo puxava cabelo, mordia aqueles que se atrevessem a contradizê-lo. Assim que graduou-se em direito, ingressou no Comitê segurança Nacional, a KGB (Serviço secreto a União Soviética). Um trabalho próximo a espionagem, a desconfianças constantes, ao mesmo tempo que, ilusoriamente, um trabalho de guarda, de tutela. Traidores que poderiam fingir serem álibes.

Que vida?

Essa criança que viu seus pais sofrerem os efeitos de algo tão nocivo quanto uma guerra, poderia ter escolhido outro caminho. Todos temos escolhas, embora essas sejam mais complexas para aqueles com psicopatologias severas. Nem sempre conseguem caminhar por lados saudáveis da mente. Mas, Putim, empenhou-se ao longo de sua vida e mais do que nunca, seu presente espelha uma busca pelas seguranças a todo custo. Parecendo até uma extensão do mundo mimado de uma criança que teve excessos que podem ter favorecido faltas. Falta de empatia, de respeito, de humildade, de consideração, de honestidade.

Faltas que impõem cruelmente faltas para tantos.

Putim impõe consequências de guerra para milhares de crianças, a uma nação e para o mundo inteiro. Consequências de uma guerra, realidade da guerra que deixa outras consequências de guerra. A resiliência será necessária. Perceber que existem possibilidades em meio ao caos e que a vida continua. Difícil... Mas, é o que essas crianças poderão vivenciar. Muitas conseguirão isso, infelizmente muitas outras não. As que conseguirão terão apoio para fazerem essa transposição de sentimento e forma de enxergar as situações trágicas da vida. Já outras terão as próprias facilidades pessoais e possibilidades já

aprendidas para dar continuidade, fazendo germinar dentro de si sementes plantadas pelos pais e adultos que um fizeram parte de suas vidas.

Um futuro incerto, mas que daqui a alguns anos veremos suas consequências, como um acompanhamento longitudinal ano a ano, de como essas vítimas refizeram suas histórias. As crianças que estão vivendo essa guerra e aquelas que viveram outras, por muitas vezes se veem sozinhas caminhando para nem sabem onde. Crianças que ficam sem famílias, e precisam continuarem vivas, só elas sabem como. Sozinhas!

As notícias apresentam que essas crianças são direcionadas por adultos íntegros a abrigos e serão cuidadas e encaminhadas a lugares seguros. Mas e aquelas que são observadas e direcionadas por indivíduos que praticam tráfico de crianças? E aquelas que tiveram a sorte de serem direcionadas a abrigos “seguros” e convivem diariamente com a sensação de estarem sozinhas, sem a proteção dos seus cuidadores, sem a companhia dos seus irmãos? E aqueles sons de tiros, bombas e gritos, que devem ser ensurdecedores e permanecem em suas mentes.

 

Elisa Leão - Psicóloga Clínica, doutora em psicologia, professora, escritora e palestrante.


Autoconhecimento é o caminho para controlar ansiedade

Terapeuta explica como conhecer a si mesmo pode ajudar a controlar o mal do século

 

O transtorno de ansiedade, conhecido como o mal do século, afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo mundo. O seu controle é um desafio para psiquiatras, psicólogos e terapeutas. E uma das chaves para começar a controlar a ansiedade é o autoconhecimento. “Conhecer a si mesmo é essencial para controlar as emoções, compreender a realidade em que se está inserido, tomar decisões importantes pautadas pela racionalidade e para manter a saúde mental e emocional em dia”, enumera a terapeuta radiestesista do Instituto Plasma, Erika Thiele. 

Segundo Erika, a causa principal da ansiedade é o medo. “A necessidade de controlar o futuro, o excesso de tarefas e a própria morte provocam sentimentos de medo que são alimentados pela nossa mente e pelos nossos pensamentos, provocando desiquilíbrio emocional”, afirma. 

Experiências e traumáticas ajudam a potencializar as crises. “Quando algo se parece com aquilo que já vivemos a nossa mente dispara o medo e o organismo entra em estado de alerta como se aquilo fosse acontecer novamente”, completa. 

Por esse motivo, segundo a especialista, é fundamental conhecer a si mesmo, suas qualidades, desejos e limitações. “Quando conseguimos enxergar aquilo que nos atormenta há chance de vencer essa dificuldade, mas quando não sabemos o que está provocando o medo ou a preocupação, não tem como lidar com a situação”, afirma.

  

Meditação ajuda a desenvolver o autoconhecimento
Freepik


Opinião alheia

O medo de fracassar e das possíveis críticas são outro gatilho de ansiedade que podem ser controlados com o autoconhecimento. “Quando a pessoa entende, avalia e estrutura a própria mente em relação às suas falhas e conquistas que já existem, ela começa a se libertar e a opinião do outro passa a não ter tanta importância”, diz a terapeuta. 

O processo para desenvolver o autoconhecimento é longo e, na maioria dos casos, necessita de um auxílio profissional. Segundo Erika, a meditação e a terapia são grandes aliadas do controle emocional e mental. “Meditações longas e profundas com orientação profissional vão ajudar o indivíduo a olhar para dentro de si respeitando o seu tempo”, recomenda. “Além disso, existem programas e cursos que possibilitam certo nível de compreensão sobre como trabalhar o autoconhecimento, mas a terapia é o mais eficiente”, completa. 

 

Erika Thiele - terapeuta radiestesista do Instituto Plasma


Linhas 4-Amarela e 5-Lilás alertam passageiros e colaboradores sobre a Neuromielite Óptica

Exposição compõe as ações da Campanha Março Verde para a conscientização sobre a patologia, que afeta o sistema nervoso central

Cartaz da campanha "Março Verde"

A ViaQuatro - responsável pela manutenção e operação da Linha 4-Amarela de metrô - e a ViaMobilidade - Linha 5-Lilás -, em parceria com a Associação Crônicos do Dia a Dia (CDD), realizam a exposição Março Verde. A mostra está nas estações Faria Lima, Linha 4-Amarela, e Borba Gato, Linha 5-Lilás, até dia 30 de março, com vinte imagens informativas sobre a neuromielite óptica (NMO). 

Os cartazes expõem informações sobre a NMO, doença autoimune que atinge o sistema nervoso central, em maior parte, os nervos ópticos e a medula espinhal. Como essa é uma doença rara e sem cura, a curadoria trouxe informações para esclarecimento e cuidados com os sinais. 

Para tanto, a exposição traz a hashtag #NãoMenosprezeOsSinais como lema. Os cartazes anunciam sintomas que podem ser os sinais a se atentar e aqueles que não. Além disso, estão publicados testemunhos de pessoas que convivem com a doença, revelando que “ter o diagnóstico de uma doença neurológica, inflamatória e recorrente, rara, grave e ainda sem cura não é uma sentença de morte", como afirma Daniele Americano, que convive com a NMO há 10 anos. 

“Fizemos a exposição nas estações de metrô para falar sobre a Neuromielite Óptica porque, apesar de poder também afetar a visão, ela possui uma série de outros sinais e sintomas, como perda de sensibilidade, formigamentos, dificuldade de locomoção. Um dos objetivos é dar visibilidade para a vivência com a patologia, que envolve uma série de questões para além dos sintomas visuais, contribuir para diagnósticos mais precoces e uma maior conscientização da sociedade sobre a patologia”, afirma Bruna Rocha, Gerente Geral da Associação Crônicos do Dia a Dia. 

Em março, é comemorado o Dia Mundial de Optometria, área da Saúde focada nos olhos. Então, para ressaltar a relevância do cuidado com eles, as associações CBOO (Conselho Brasileiro de Óptica e Optometria), WCO (World Council of Optometry), ALDOO (Asociación Latinomericana de Optometría y Óptica) e entidades estaduais filiadas formaram uma parceria para criar a Campanha Março Verde: Conscientização em Saúde Visual - unindo à homenagem a necessidade de se prevenir. 

Estudos apontam que mais de 96 milhões de brasileiros sofrem com problemas de visão. Desse montante, cerca de 6 milhões são crianças em idade escolar, desassistidas pela falta de implementação de um programa eficaz de saúde. 

Para Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaQuatro e ViaMobilidade, a exposição é uma forma de garantir a saúde e bem-estar de todos. “O cuidado e o bem-estar de seus clientes são premissas das duas concessionárias que buscam ser referência em mobilidade humana, por isso, ao falar sobre a NMO, queremos que as pessoas possam conhecer um pouco mais sobre a importância do ‘Março Verde’ e informar a população sobre como determinadas doenças podem ser identificadas e, posteriormente, tratadas”, diz.

 

Serviço:

Exposição “Março Verde” - Associação Crônicos do Dia a Dia - até dia 30 de março

Estação Faria Lima - Linha 4-Amarela

Estação Borba Gato - Linha 5-Lilás


Metrô recebe ação "Março Roxo" para conscientizar sobre a epilepsia

 "Mitos e Verdades" é tema de campanha de conscientização da Epilepsia em exposição nas linhas Amarela e Lilás do metrô de São Paulo


 

A Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), em parceria com a ViaQuatro (Linha 4 - Amarela) e a Via Modalidade (Linha 5 - Lilás), concessionárias do Metrô de São Paulo, promovem a campanha "Mitos e Verdades", que tem por objetivo esclarecer as principais dúvidas e combater fake news sobre a doença. A iniciativa se estende por todo o mês de março, tendo como data principal o dia 26 deste mês, quando se comemora o Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia (Purple Day). De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a epilepsia atinge mais de 50 milhões de pessoas no mundo.

Segundo as experiências da ABE nos últimos dois anos, a disseminação de informações incorretas tem contribuído para uma visão errônea da doença, aumentando o descaso por parte da sociedade e do poder público. Sem contar que, com a pandemia, assim como aconteceu com outras enfermidades, houve um represamento nos tratamentos, atendimentos e aquisição de medicamentos e nem todos tiveram acesso à telemedicina, afetando a qualidade de vida dos pacientes.

“Apesar da maioria das pessoas com epilepsia ter condições de levar uma rotina sem restrições, são necessários o acompanhamento periódico de especialistas e o uso de remédios para o controle, e independente da gravidade do caso, a empatia dos familiares, dos amigos, colegas e de quem estiver ao lado é tão importante para os pacientes quanto o próprio tratamento médico. Esse é um dos propósitos que queremos enfatizar com a campanha, levando conhecimento sobre uma doença que não tem tido a mesma atenção da sociedade em comparação com outras”, diz Maria Alice Susemihl, presidente da ABE.

Com comunicação objetiva, que tem como marca a cor roxa, para remeter ao mês de conscientização, cada painel traz diferentes mensagens e estimula o público a conhecer os “Mitos e Verdades” sobre a epilepsia. Além disso, nos comunicados há imagens de pessoas comuns, de todas as idades e gêneros, reforçando que a epilepsia não atinge um único perfil de pessoas.

A ação teve início no começo de mês nas estações Grajaú, São Paulo Morumbi, Osasco e Largo Treze. Nos dias 23 e 25 de março acontecerão ações presenciais para disseminar os primeiros socorros, com distribuição de informativos que reforçam os cuidados imediatos que devem ser prestados a uma pessoa com crise convulsiva.

Saiba mais sobre epilepsia no site: https://epilepsiabrasil.org.br/


Dia Mundial da Infância

Crianças em tratamento oncológico precisam ter rotina acolhedora


SOBOPE ressalta a importância da infância no desenvolvimento dos pequenos e dá dicas para tornar a rotina de tratamento menos agressiva


Nesta segunda-feira, 21 de março, é celebrado o Dia Mundial da Infância. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) tem o compromisso de reforçar a importância da primeira etapa de vida dos pequenos e garantir a atenção e assistência às crianças e adolescentes em tratamento oncológico, valorizando a preservação da infância.
 

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 8.460 novos casos de câncer infanto-juvenis (4.310 em meninos e 4.150 em meninas), o que corresponde a um risco estimado de 137,87 casos novos por milhão no sexo masculino e de 139,04 por milhão para o sexo feminino. 

Segundo a Dra. Arli Pedrosa, psicóloga e membro da SOBOPE, é fundamental que os elementos infantis estejam presentes no tratamento contra o câncer. A criança deve poder contar com profissionais habilitados e treinados na equipe de atendimento, além de terapeutas ocupacionais, bibliotecários, professores, psicólogos e voluntários. 

"A criança em tratamento oncológico não vai deixar de ser criança em nenhum momento. Deve ter os seus direitos preservados, precisa sonhar, ter acesso a brinquedos. Isso facilita o lidar com o imaginário e as fantasias próprias da infância, o que ajuda no processo de enfrentamento de um momento extremamente delicado e difícil da sua vida", afirma.

Para a especialista, é de extrema relevância que os pequenos estejam sempre na companhia de seus familiares e amigos, além de ter tarefas em seu dia a dia para estabelecer uma rotina mais próxima do "normal" e, assim, poderem se distrair e tirar um pouco o foco do tratamento. 

"A criança pode fazer tudo que o organismo dela permitir. As limitações diferem para cada situação e fase do tratamento. Algumas ficam mais fatigadas e indispostas, algumas medicações alteram o humor e comportamento, mas não existem proibições. Ela é o termômetro para realizar o que a condição física permitir, nada é proibido, apenas os excessos", aconselha a profissional. 

Transparência é outra condição fundamental. A Dra. Arli recomenda sempre ser sincero com a criança e esclarecer o que está acontecendo: "Explicar qual a doença, como será o tratamento, falar sobre as medicações e seus efeitos colaterais. Estabelecer uma rotina, que nem sempre vai ser a mais agradável, mas que pode e deve ter o elemento de acolhimento. É preciso estar presente e descobrir, juntos, qual a melhor forma de enfrentar o dia a dia".


No Dia Mundial da Água, descubra sua importância para o bom funcionamento do sistema digestivo

 Mestre em nutrição fala sobre o papel do consumo do líquido em cada etapa da digestão

 

Nos últimos anos, o assunto saúde intestinal ganhou relevância com a publicação de vários trabalhos científicos sobre a importância de manter um "microbioma intestinal" saudável -- conjunto de bactérias que habitam o trato digestivo e influenciam em vários sistemas do corpo. 

A partir daí, foram divulgadas diversas recomendações sobre como melhorar ainda mais o funcionamento do aparelho digestivo, como o consumo de probióticos (bactérias "boas") e de prebióticos, fibras que servem de "alimento" para essas bactérias e que nos ajudam a eliminar resíduos. Sem contar a ingestão de água, essencial para várias funções do nosso organismo, inclusive para melhorar esse processo do início ao fim. 

A mestre em Nutrição e diretora sênior global de Educação e Treinamento em Nutrição da Herbalife Nutrition, Susan Bowerman, explica em detalhes como o consumo da água influencia em cada etapa da digestão:

 

Como a água ajuda no processo digestivo? 

Por ser um dos principais componentes da saliva, o líquido participa desde o início, ajudando a amolecer os alimentos, tornando-os mais fáceis de mastigar e engolir. Também é um veículo para as enzimas iniciarem o processo de quebra química de gorduras e carboidratos durante a mastigação. 

A água também está nos sucos gástricos liberados pelo estômago. Suas enzimas atuam na quebra de proteínas e carboidratos dos alimentos para seguirem sua jornada até o intestino delgado, onde acontece a maior parte do processo de digestão dos alimentos.

 

Consumir água na refeição atrapalha a digestão? 

É mito a ideia de que beber água com comida dilui os sucos digestivos ao ponto deles não poderem fazer seu trabalho. Na verdade, consumir líquidos adequados com alimentos ajudará a melhorar o processo. A água também é necessária para produzir o muco que reveste o estômago e o protege dos sucos digestivos altamente ácidos.



Como a água participar da função do intestino?

À medida que o alimento segue pelo intestino delgado, secreções aquosas com enzimas são enviadas por meio da parede intestinal, do pâncreas e do fígado para acelerar os processos químicos de absorção dos produtos finais da digestão: aminoácidos das proteínas, ácidos graxos das gorduras e moléculas individuais de açúcar dos carboidratos ingeridos. “A maior parte da absorção de nutrientes acontece no intestino delgado, após os nutrientes digeridos passarem para o ambiente aquoso da corrente sanguínea”, explica Susan. 

O processo digestivo continua no intestino grosso, onde a água também tem sua importância. Por exemplo, as fibras solúveis consumidas por meio de alimentos como aveia, feijão e cevada se dissolvem no meio líquido, incham e ganham volume. Já as insolúveis, que estão nos grãos integrais e na maioria dos vegetais, tendem a reter e atrair água, contribuindo para melhorar os movimentos intestinais. Nessa região é onde a maioria dos minerais são absorvidos, processo que é facilitado pelo ambiente aquoso. 

“Vale reforçar que, além do consumo adequado de água, fibras e probióticos, a prática de exercícios também é importante para estimular os músculos lisos do trato digestivo, fazendo com que o sistema funcione corretamente”, complementa a mestre em nutrição.

 

 

Susan Bowerman - Diretora Sênior Global de Educação e Treinamento em Nutrição da Herbalife Nutrition. Estudou biologia com honras na Universidade do Colorado e se titulou como Mestre em Ciência e Nutrição de Alimentos pela Universidade Estadual do Colorado. É nutricionista certificada pela Academia de Nutrição e Dietética como especialista em Nutrição Esportiva, Obesidade e Controle de Peso; Também é membro da Academia e diretora assistente do Centro de Nutrição Humana da UCLA e atua como professora assistente de nutrição na Universidade Pepperdine e professora de nutrição do Departamento de Ciência e Nutrição de Alimentos da Universidade Politécnica Estadual da Califórnia.


 

Herbalife Nutrition

irherbalifecom


Teste cardiopulmonar pode sinalizar precocemente doenças respiratórias em pessoas obesas

 

Pesquisa feita na Unifesp mostra que a obesidade não influencia respostas ventilatórias durante o exame. A detecção de parâmetros anormais, portanto, pode sinalizar distúrbios na respiração antes mesmo do aparecimento de sintomas (fotos: Epimov)

 

O teste de exercício cardiopulmonar (TECP), também conhecido como ergoespirometria, pode ajudar a sinalizar precocemente doenças respiratórias em pessoas obesas. Esse foi o principal achado de uma pesquisa desenvolvida para avaliar a influência da obesidade em respostas fisiológicas obtidas durante o teste.

A ergoespirometria é um exame que associa o teste ergométrico convencional com a análise do ar expirado pelo indivíduo, o que permite a obtenção de medidas como a capacidade de consumo de oxigênio pelos pulmões (VO2), a produção de gás carbônico (VCO2), a frequência respiratória e a ventilação pulmonar. Identifica em qual faixa do condicionamento aeróbico a pessoa se encontra. Por isso, é indicado para avaliação inicial em programas de exercícios físicos, tanto na prática clínica como para atletas amadores ou de alta performance.

O estudo mostrou que os resultados das principais respostas ventilatórias permaneceram inalterados em voluntários com obesidade quando comparados aos não obesos. Um exemplo é a relação entre o volume expirado por minuto (VE) e o VCO2, que teve média de 25,4 e 25,6, respectivamente. Essa variável representa a quantidade de ventilação utilizada para eliminar uma dada quantidade de gás carbônico ao longo de todo o teste e indica a eficiência ventilatória.

Ou seja, a obesidade não influencia essa variável. Portanto, valores anormais nesse caso podem ser úteis na detecção precoce de distúrbios respiratórios e dar sinais de problemas quando a pessoa ainda não apresenta sintomas, independentemente da obesidade.

No entanto, como esperado para a quase totalidade das dezenas de variáveis máximas e submáximas avaliadas no teste, a obesidade influenciou negativamente no desempenho dos indivíduos. As mais influenciadas foram as cardiovasculares, metabólicas e de troca gasosa.

O trabalho, publicado na revista PLOS ONE, foi realizado por pesquisadores do Departamento de Ciências do Movimento Humano da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no campus de Santos, com apoio da FAPESP. Também contou com a participação de três médicos pesquisadores do Instituto Angiocorpore de Medicina Cardiovascular, em Santos.

“O teste de exercício cardiopulmonar ainda é subutilizado em pacientes com obesidade. Pode apontar muitas variáveis e tem um grande potencial diagnóstico e pré-diagnóstico que não é explorado de maneira adequada. Mostramos com o estudo que, se a eficiência ventilatória estiver alterada, é muito provável que seja uma doença respiratória incipiente e não uma consequência da obesidade”, afirma o professor Victor Zuniga Dourado, coordenador do Laboratório de Epidemiologia e Movimento Humano (Epimov) da Unifesp e orientador da pesquisa.

Segundo ele, o teste não indica especificamente o tipo de doença, mas pode ser usado como um exame potencial para identificar precocemente as causas da intolerância ao exercício e possibilitar o encaminhamento do paciente a um médico especialista para um diagnóstico mais preciso.

“Há alterações respiratórias que demoram para serem detectadas em repouso. O exercício é um ótimo desafio para identificá-las no início. Nossos resultados têm grande aplicabilidade prática na identificação de limitação ao exercício, sobretudo ventilatória, independentemente do sobrepeso e da obesidade”, explica o professor.

Para Bárbara de Barros Gonze, primeira autora do trabalho (resultado de seu mestrado), uma das inovações foi a avaliação das respostas fisiológicas máximas e submáximas durante o teste, que variam de acordo com o preparo físico de cada pessoa.

“Os dados submáximos não necessitam de esforço máximo para serem obtidos, por isso podem ser úteis no diagnóstico precoce de limitações na tolerância ao exercício, sobretudo para pessoas com menos aptidão física ou alguma doença crônica. No trabalho, mostramos que a medida e a interpretação das respostas submáximas no teste podem ser incentivadas na rotina da prática clínica”, diz Gonze.

Zuniga Dourado também destaca o número de testes incluídos na análise. “Até onde sabemos, este é o primeiro estudo a investigar a influência da obesidade, de acordo com a gravidade e ajustada pelos principais fatores de risco cardiovascular, nas respostas fisiológicas dinâmicas obtidas no TECP em uma amostra robusta”, escrevem os pesquisadores no artigo.


Como foi feito

O grupo realizou um estudo transversal, no qual foram analisados 1.594 TECPs de adultos (sendo 755 participantes obesos) obtidos entre 2013 e 2018. Os testes são do banco de dados do ambulatório de Endocrinologia do Instituto Angiocorpore e do Epimov, cujo objetivo é investigar a associação entre baixo nível de atividade física e baixa aptidão física com o desenvolvimento de doenças e condições crônicas, especialmente as cardiovasculares, respiratórias e musculoesqueléticas.

A obesidade é uma doença crônica, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro mais usado é o do índice de massa corporal (IMC), que é calculado dividindo o peso da pessoa (em quilos) pela altura (em metros) elevada ao quadrado.

Indivíduos com excesso de peso têm IMC de 25 a 29,9 kg/m². Índice igual ou acima de 30 kg/m² é considerado obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Um dos principais problemas de saúde pública no mundo, a obesidade mais que dobrou em 17 anos no Brasil, atingindo também cada vez mais crianças e jovens. O percentual de adultos com a doença passou de 12,2% para 26,8% entre 2002 e 2019. Incluindo os com excesso de peso, a taxa cresceu de 43,3% para quase 62,1%, representando cerca de 96 milhões de brasileiros, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde 2019.

O IMC elevado é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, distúrbios musculoesqueléticos, câncer e, mais recentemente, também está ligado ao agravamento da COVID-19.

Na pesquisa, o critério de inclusão dos voluntários foi a ausência de doenças cardíacas, pulmonares ou locomotoras previamente diagnosticadas. As variáveis obtidas entre os grupos de “não obesos” (peso normal e sobrepeso) e de “obesos” foram comparadas por meio de análises de covariância multivariada.

Realizado em esteira rolante motorizada, o teste seguiu um protocolo de rampa individualizado. As mesmas variáveis de cada participante foram consideradas para aumentar automaticamente a velocidade e a inclinação, que começaram com 3 km/h e 0%, respectivamente.

Com base na idade, sexo, massa corporal, altura e nível de atividade física, o software estimou o VO2 (capacidade máxima de consumo de oxigênio pelos pulmões).

Em repouso, um indivíduo adulto tem um VO2 estimado em cerca de 3,5 ml/min-1 kg, também chamado de equivalente metabólico (MET). Um homem saudável alcança no esforço um VO2 máximo em torno de 35 a 40 ml/min-1 kg e mulheres entre 27 e 30 ml/min-1 kg, enquanto atletas de elite atingem 70 ml/min-1 kg.

Na pesquisa, os pacientes com peso normal tiveram, em média, VO2 máximo de 39,6 ml/min-1 kg, caindo para 33,8 ml/min-1 kg nos indivíduos com sobrepeso. Para as pessoas com IMC maiores, chegou a ficar em 19,2 ml/min-1 kg.

Antes do esforço até a exaustão, o voluntário permanece 3 minutos em repouso, permitindo uma avaliação inicial das medidas basais. Em seguida, o TECP máximo ou limitado por sintomas visa a levar o paciente à exaustão no período de 8 a 12 minutos de exercício, seguidos de 3 a 6 minutos de recuperação.

Durante o exame é feita uma avaliação contínua do sistema cardiovascular, respiratório e locomotor, obtendo resultados quando o organismo é submetido ao esforço físico. Também auxilia na investigação médica de doenças não diagnosticadas de forma clara em repouso.

O artigo Dynamic physiological responses in obese and non-obese adults submitted to cardiopulmonary exercise test pode ser lido em: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0255724.

 

 

Constantino

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/teste-cardiopulmonar-pode-sinalizar-precocemente-doencas-respiratorias-em-pessoas-obesas/38176/


Síndrome de Down: preconceito ainda é o maior obstáculo

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, 270 mil pessoas são acometidas por essa alteração genética

O 21 de março foi escolhido como o Dia Internacional da Síndrome de Down porque sua escrita – 21/3 – faz alusão à alteração genética que causa a trissomia 21.
Divulgação

 

"Uma vez atendi uma ligação no consultório, de uma mãe preocupada porque seu filho tinha lhe perguntado: mãe, eu sempre serei ‘só’ um down? Nunca esqueci dessa frase”, conta a psicóloga Verônica de Fátima Salvalaggio, do Plunes Centro Médico, de Curitiba (PR). 

Para a profissional, o testemunho dessa mãe ensina que a condição genética da Síndrome de Down não pode estar acima da pessoa. “Ensina, ainda, que as perguntas humanas fundamentais não poderiam faltar em uma pessoa com Síndrome de Down: ‘o que eu sou para o outro?’ e ‘o que esperam de mim?’”. 

O 21 de março foi escolhido como o Dia Internacional da Síndrome de Down porque sua escrita – 21/3 – faz alusão à alteração genética que causa a trissomia 21. A data consta na agenda das Organizações Unidas (ONU), desde 2011 mas somente em 2022 passa a ser incluída no calendário brasileiro, instituída como  Lei 14. 306. 

De acordo com o Ministério da Saúde, no país 270 mil pessoas são acometidas por essa alteração genética. No mundo, a incidência estimada é de um em 1 mil nascidos vivos. E, embora conhecida da maioria, da população, a Síndrome de Down ainda é pouco compreendida e enfrenta preconceitos. 

“Ela é uma condição genética que carrega determinadas características já bem conhecidas, como a estatura baixa, traços faciais, perfil cognitivo, certa peculiaridade na fala e possíveis alterações cardiológicas e da tireóide. Nada que impeça essas pessoas de seguir a vida e cuidar dos seus próprios interesses”, explica a psicóloga do Plunes. 

Segundo Verônica, uma criança, um jovem ou um adulto com Síndrome de Down é, acima de tudo, uma pessoa com suas alegrias e tristezas, realizações e dificuldades, medos e ousadias. 

“A alegria do abraço, o medo do abandono, a surpresa das descobertas, a culpa pela raiva, a realização de um sonho, são experiências vividas por todos, com ou sem síndrome”, diz ela.  

 

Acolhimento e respeito 

A Síndrome de Down é uma alteração genética que ocorre durante a divisão embrionária do cromossomo 21. Foi descrita pelo médico britânico John Langdon Down, que lhe deu o nome, mas somente em 1959, quase 100 anos depois, que o pediatra francês Jerôme Lejeune descobriu sua causa genética: a trissomia do cromossomo 21. 

A inclusão plena e efetiva das pessoas com Síndrome de Down na sociedade é um desafio global, a começar pela falta de entendimento sobre o que é inclusão e como praticá-la cotidianamente. 

“Todos merecem comemorar seus feitos e vitórias. Merecem também ter a oportunidade de cuidar e tratar das suas incertezas, aflições e inquietudes. Encontrar uma escuta que acolhe e respeita faz diferença na vida de qualquer pessoa que queira se ocupar dos temas essenciais de sua existência”, afirma Verônica.


Veja como cuidar da voz no outono

Fonoaudióloga que atende pelo GetNinjas elenca dicas para evitar dor de garganta e rouquidão

 

Com a chegada do outono, é comum que as pessoas fiquem roucas ou com dores de garganta, isso tem relação direta com a queda nas temperaturas e com o tempo seco, características que variam durante esse período. Pensando em ajudar as pessoas a diminuírem os impactos da estação na voz e a promover cuidados vocais, a Liliane Lopes, fonoaudióloga que atende pelo GetNinjas, maior aplicativo de contratação de serviços do país, elencou algumas dicas de como cuidar da voz. Confira: 

Dica 1: Poupe a voz e procure não falar tão alto;

Dica 2: Evite fumar;

Dica 3: Afaste-se do ar condicionado;

Dica 4: Faça inalação com vaporizador ou aproveite o vapor de uma chaleira com água quente;

Dica 5: Evite líquidos e alimentos muito gelados ou muito quentes; 

Dica 6: Beba bastante líquido, principalmente água, e prefira chás mornos; 

Dica 7: Evite as bebidas alcoólicas e as com gás; 

Dica 8: Coma maçã; 

Dica 9: Evite excesso no consumo de leite e derivados, pelo menos no período da manhã. 

#DICANINJA: “Muitas pessoas acreditam que o conhaque, auxilia a garganta durante o frio. Mas assim como qualquer outra bebida alcoólica, produz ácido clorídrico, o que é prejudicial para as cordas vocais”, explica a fonoaudióloga.

Se mesmo com todos esses cuidados, você perceber que está ficando doente, procure um médico para fazer o tratamento adequado. No caso dos profissionais que trabalham com a voz, é essencial fazer um acompanhamento com fonoaudiólogos.


Dia Internacional do Síndrome de Down


A Síndrome de Down é uma alteração genética na qual, em vez de 46 cromossomos (ou 23 pares), a pessoa apresenta 47, ou seja, 22 pares e um trio - no cromossomo 21. Em razão disso, a síndrome também é conhecida como "Trissomia do 21"; assim considerada como uma alteração genética e não uma doença. Essa alteração faz com que os portadores da síndrome tenham características físicas muito semelhantes, porém, com personalidade e singularidade únicas. 

O Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado no dia 21 de março, já fazia parte até mesmo do calendário da ONU e, agora, foi instituído oficialmente no Brasil. Esse dia (21/03) foi escolhido justamente por fazer referência aos 3 cromossomos no par 21. A comemoração tem como principal objetivo informar a sociedade (derrubando preconceitos) e dar visibilidade aos portadores, evidenciando suas inúmeras capacidades e habilidades. 

O conhecimento médico-científico muito contribuiu para a expectativa e a qualidade de vida de seus portadores, gerando também significativos avanços na reflexão e inclusão das pessoas na mídia em geral, no esporte e também na publicidade, pois marcas como a espanhola Zara, a norte-americana Victoria’s Secret e a francesa L´oreal de Paris já contam com modelos com a síndrome trabalhando por elas (inclusive, brasileiras como a Maria Julia Araújo e Georgia Furlan Traebert, entre outras). 

E como podemos ajudar? Trabalhando para a construção de famílias, escolas e uma sociedade que, com mais respeito e consciência, preocupe-se com a estimulação precoce (não só física e cognitiva, mas principalmente afetiva) para que assim possamos assistir crianças, jovens e adultos portadores da síndrome vivendo em plenitude com mais confiança, autonomia e liberdade.


 

Thaís Zardo - pediatra e professora do curso de Medicina da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR).

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