Pesquisar no Blog

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Cognição: uma singela percepção que pode mudar uma vida

 Neurocientista, Dr. Fabiano de Abreu, discorre sobre a importância da cognição bem desenvolvida em diversos pequenos atos do dia a dia

 

A palavra ‘cognição’ se refere aos processos mentais envolvidos na compreensão e obtenção de conhecimento. Esses processos cognitivos incluem saber, pensar, lembrar, reconhecer, julgar, resolver problemas e tomar decisões. São funções de nível superior, relacionadas à região frontal do cérebro e abrangem linguagem, imaginação, percepção e planejamento. Eu, particularmente, gosto de vincular a cognição a uma singela percepção dos pormenores e nuances que captam a intenção”, opina o neurocientista, PhD e biólogo, Dr. Fabiano de Abreu.

 

De acordo com ele, o desenvolvimento da cognição se dá por diversas maneiras, tendo o precursor genético como gatilho genótipo para o fenótipo resultante. "Uma pessoa de alto QI, se não sofrer prejuízos cognitivos ao longo do caminho da vida desde o nascimento, tende a desenvolver mais a cognição”, detalha.

 

O ambiente, os hábitos, alimentação, vícios, sono, esportes, leitura de livros, rede social, educação, traumas, cultura local, sequelas de doenças, lesões e todas as pequenas diferenças que tornam cada vida única também são fatores expressivos no desenvolvimento. 

 

Fabiano alerta para a alteração psicossocial que vem moldando uma nova forma de comportamento na sociedade contemporânea. “Numa era de narcisismo coletivo devido a cultura das redes sociais, muitos falam ou escrevem convictos na dissertação. Mas este transtorno afeta a região frontal e emocional do cérebro levando a uma percepção incoerente da certeza, pois o simples fato de estar num "palco", aspas por ser imaginário, semântico ao virtual, já traz satisfação. Não somente este distúrbio, mas muitos outros presentes em nossa sociedade como consequência de uma ansiedade descontrolada”, exemplifica.

 

Mesmo em diferentes níveis, a cognição não deixa de existir. “Você pode ter a cognição a nível 10 até 1, onde 1 acredita em tudo e não raciocina ou pesquisa sobre os fatos, mesmo assim, ela está lá. Portanto, quando afetada, deve-se forçar para buscar no inconsciente o raciocínio sobre o que aprender e avaliar. Os que estão em nível mais alto, conseguem de imediato ter uma percepção mais rápida da intenção e os detalhes do que é dito avaliando as probabilidades”, pontua.

 

Por isso, o especialista considera que a neuroplasticidade é uma necessidade urgente e essencial para o desenvolvimento da cognição. “Funciona com todos, mas quanto mais desenvolvida, menos se é levado ao erro”.

 

  

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associações e sociedade de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.


Conheça cinco mitos e verdades sobre o clitóris

Muitas mulheres ainda não tem conhecimento sobre o seu próprio corpo e seus principais pontos de prazer, como o clitóris; a especialista em sexualidade, Talita Gois, explica um pouco sobre os principais pontos do clitóris

 

O mundo sexual para as mulheres pode ser ainda muito desconhecido, visto que a maioria delas, às vezes, não conhecem totalmente o seu próprio corpo. Para se ter ideia, um estudo do Departamento de Transtornos Sexuais Dolorosos Femininos da Universidade de São Paulo (USP), realizado em 2017, aponta que 55% das brasileiras não têm orgasmos nas relações sexuais. Além disso, uma outra pesquisa, realizada pela Archives of Sexual Behaviors, publicada em novembro de 2019, afirma que 60% das mulheres em relacionamentos heterossexuais fingem orgasmo.

 

A dificuldade para ter um orgasmo, na maioria das vezes, vem da falta de conhecimento do próprio corpo. Muitas mulheres, por exemplo, não sabem o que é o clitóris. “Não é novidade que, durante muito tempo, o prazer feminino foi um tabu para a sociedade. Para muitas pessoas, ainda é. Isso fez com que muitas mulheres deixassem de conhecer o seu próprio corpo. Muitas ainda nem sabem da existência do clitóris, que é a fonte primária do prazer feminino. É um pequeno órgão que possui a função de dar prazer à mulher - a estrutura completa dele, inclusive, foi descoberta há menos de 25 anos”, explica a especialista em sexualidade, Talita Gois.

 

Por muito tempo, acreditava-se que poderiam existir dois tipos de orgasmos: o vaginal e o clitoriano. Mas a verdade é que todos os orgasmos vêm causados pela excitação do clitóris. “O clitóris faz parte da anatomia feminina e fica localizado na vulva. Mesmo que o estímulo não aconteça diretamente no clitóris, todos os orgasmos femininos vêm dele. Além disso, existem muitos exercícios para o fortalecimento. O clitóris possui músculo que, quando bem trabalhado, é capaz de liberar orgasmos extremamente intensos. É necessário descobrir a melhor forma de tocar a mulher para que isso aconteça”, diz.

 

Para quem deseja entender mais sobre o clitóris, a especialista lista os principais mitos e verdades sobre o tema. Confira:

 

É difícil achar o clitóris?

MITO. “Muitas pessoas acham difícil encontrar o clitóris, mas a verdade é que elas não conhecem muito bem a anatomia feminina. O clitóris fica localizado na vulva feminina, e muitas vezes ele é tocado sem que as pessoas sequer percebam. É importante que as mulheres comecem a conhecer esses pontos do seu próprio corpo, até mesmo para entender o que elas gostam ou não na hora do prazer”, diz Talita.

 

Os clitóris podem ser diferentes?

VERDADE. “É real que podem existir vários tipos de clitóris. Ele está sempre localizado na mesma região do órgão feminino, mas a parte externa do clitóris de algumas mulheres podem ser mais visíveis do que outras. Alguns também podem ser mais sensíveis, enquanto outros são mais resistentes ao toque. Alguns clitóris também podem ficar mais eretos do que outros quando estimulados”, explica. 

 

Existe uma forma certa de estimular o clitóris?

MITO. “Muitas pessoas se referem ao clitóris como um “botão”, mas é importante que as pessoas entendam que, para estimular, não se pode ficar somente apertando o clitóris. Outros movimentos também são necessários para que a mulher sinta prazer com o estímulo, como movimentos circulares, por exemplo. É importante diferenciar e descobrir a forma que a mulher sente mais prazer neste órgão”, completa a especialista.

 

O clitóris não muda com o tempo?

VERDADE. “O clitóris não muda com o passar do tempo. O que acontece é que, com o passar do tempo e o envelhecimento das mulheres, a vulva acaba perdendo gordura. Isso faz com o clitóris pareça mais do que antes. Não acontece nenhum crescimento nele, mas o que acontece é que ele acaba ficando mais visível com o tempo, dando a percepção de aumento”, entende.

 

O tantra não pode ajudar a relação da mulher com a sua sexualidade?

MITO. “Muitas pessoas acreditam que o tantra é algo totalmente sexual, mas vai muito além disso. Ele ensina sobre o seu próprio corpo e a importância do prazer de cada ser humano. As mulheres aprendem a amar seu órgão genital, se conhecer e muitas vezes se libertar de traumas. Além disso, elas entendem que o clitóris é o seu maior aliado e conseguem se sentir muito mais seguras na hora de uma relação”, conclui Talita Gois.

 


Talita Gois - terapeuta vibracional, massoterapeuta, estudante de psicanálise e especialista em sexualidade. Atua na área há mais de 5 anos. Tornou-se Terapeuta Tântrica, palestrante e instrutora de cursos dedicada integralmente a resgatar centenas de pessoas de seus traumas, medos e repressões decorrentes de imposições da sociedade. Empresária e proprietária do Talita Gois Beauty Spa, localizado no bairro Anália Franco em São Paulo. Hoje, recebe pessoas de várias cidades, estados e países que buscam uma imersão para o autoconhecimento. Teve sua própria experiência transformadora dentro do tantra e resolveu levar a terapia como sua missão de vida. Idealizadora do projeto Ame-se, em que atende gratuitamente mulheres que sofreram qualquer tipo de abuso, seja ele físico ou emocional.


Como ser disciplinado em 2022?

Quais são os caminhos do cérebro para desenvolver disciplina?

Confira as dicas e abandone de vez a procrastinação!

 

A motivação é importante, mas definitivamente não é ela que te leva até o seu objetivo. Você certamente já ouviu algo semelhante na internet e, segundo a neurociência, esta afirmação está correta.

 

Embora a motivação seja determinante para a ação, o que nos ajuda a persistir e realizar os nossos objetivos é outro sentimento: a disciplina.

 

 

Como a disciplina funciona no cérebro?

 

A palavra disciplina vem no latim discere, que significa “aprender”. O cérebro - a nossa máquina adaptativa - relaciona o tempo todo quais são os comportamentos que tivemos e seus resultados. Quando um comportamento realizado resulta em uma recompensa imediata fica muito fácil para o cérebro entender que esse comportamento é bom.

 

“Por exemplo, faço uma receita nova de torta e ela fica deliciosa, imediatamente o cérebro registra que cozinhar doces é bom. Por outro lado, se vou à academia por uma semana e não percebo mudanças no corpo, o cérebro pode entender que aquilo é um gasto de energia ‘à toa’ e então fica mais difícil brigar contra a preguiça. Aqui entra a disciplina: preciso ensinar meu cérebro a persistir em esforços, mesmo que a recompensa não seja imediata”, alertou Livia Ciacci, neurocientista do Supera – Ginástica para o cérebro.

 

 

A importância da disciplina para o cérebro

 

Ainda segundo a especialista, ser disciplinado em algo é o resultado da atuação de um conjunto de funções do cérebro. “Quando mantenho a atenção em um objetivo, uso o raciocínio lógico para avaliar se tenho os recursos necessários para chegar lá, uso o controle inibitório para regular as melhores posturas de acordo com o meio social e ainda faço uma projeção futura com minha flexibilidade mental. Desta forma, estou dando direcionamento aos meus desejos. Tudo isso pode acontecer na nossa cabeça várias vezes por dia, a grande diferença estará no valor que eu atribuo àquele objetivo em especial - esse valor vai alimentar a motivação, e a motivação vai nos colocar em movimento para colocar o plano em prática”, alertou.

 

 

Motivação x disciplina

 

Mas a verdade é que todo mundo coloca planos em prática todos os dias não é mesmo? Principalmente quando tomamos uma decisão porque estamos empolgados.

 

No entanto, planos não funcionam perfeitamente e então, começam as dificuldades. Como seguir em frente mesmo assim? Como manter o plano quando a empolgação passou e bateu aquele imprevisto? Aqui entra a disciplina. 

A disciplina, segundo a especialista, é o que sustenta um comportamento na ausência da motivação. “A disciplina não vem de uma área do cérebro ou de uma função isolada, mas é construída pela metacognição - que é a capacidade do ser humano de monitorar e autorregular os processos cognitivos. Não adianta usar a atenção, o raciocínio e a flexibilidade mental sem ter plena consciência desses processos durante o planejamento de um objetivo”, alertou a especialista, que completou: “a metacognição está em ação quando, por exemplo, eu preparo a mesa para estudar e escolho cronometrar 20 minutos para ficar em total concentração e deixo o smartphone bem longe nesse período. Faço isso porque eu sei que se o aparelho estiver próximo terei grandes chances de distrair. Quando regulo meu comportamento usando estratégias para privilegiar a busca de um objetivo, estou usando a metacognição e desenvolvendo a disciplina”, explicou.

 

As vantagens de ser disciplinado

 

Ainda segundo Livia Ciacci, neurocientista do Supera– Ginástica para o cérebro, a grande vantagem de desenvolver esse controle é, que quanto mais melhoramos, mais resultados vamos conseguindo a partir das mudanças de hábitos e isso vai contribuir para o cérebro reforçar esse comportamento e assumir uma visão mais positiva e otimista da vida. “O contrário disso é o que acontece com muitas pessoas ao começar um plano para atingir um objetivo sem ter a consciência de quanto e quais esforços elas terão que assumir. Então começam a se autossabotar com comportamentos contrários à direção do objetivo”, alertou.

 

 

 

5 dicas para ter mais disciplina em 2022:  

 

·        Faça um planejamento realista da rotina é um passo importante. Organize seus dias levando em consideração todas as atividades – inclusive o novo hábito, o tempo real que elas consomem e como a rotina diária varia ao longo da semana;

 

·        Fragmente os resultados desejados em metas menores e sequenciais, e priorize atingi-las;

 

·        Crie gatilhos ambientais para auxiliar na constância também ajuda. Se você quer estudar inglês e mora com outras pessoas, já avise a todos qual dia e horário você estará focado;

 

·        Melhorar as habilidades de raciocínio lógico, memória e atenção por meio de exercícios cognitivos e ginastica cerebral são um caminho eficiente para atingir a metacognição e controlar melhor as próprias escolhas;

 

·        Exercite a autoconsciência, observando como sua mente funciona, o que o desanima e o que o estimula. Este é o primeiro passo para inserir pensamentos auto motivadores.

  

 “Ser focado é saber aonde você quer chegar, é visualizar o final da estrada, planejando exatamente quais etapas serão necessárias. É possível estar concentrado em algo ser ter um foco, mas não é possível se manter focado num objetivo sem manter a concentração nas etapas do trajeto”, concluiu Livia Ciacci, neurocientista do Supera – Ginastica para o cérebro.



Está sedentário? Algumas dicas para retomar os exercícios

O isolamento social durante pandemia mudou radicalmente a rotina em todos os aspectos. A prática de atividades físicas deu lugar ao sedentarismo prolongado, com consequências negativas para a saúde, como ganho de peso e perda de massa muscular.

No entanto, à medida que a vacinação avança e a quantidade de casos da doença diminui, passamos a sentir mais confiança para retomar hábitos saudáveis.

 A retomada das atividades físicas precisa ser feita de forma gradual e respeitando as medidas de biossegurança.

🔹Primeiro passo para voltar a fazer exercícios.

A primeira recomendação é procurar um médico para fazer check-up.

Isso vale tanto para quem contraiu a Covid-19 como para quem não se infectou, pois quando ficamos muito tempo parados, sem fazer exercícios, perdemos força muscular e até um pouco da capacidade respiratória.

 

🔹Exercício mais recomendado nessa retomada.

O exercício ideal é aquele que a pessoa gosta de fazer e com o qual se identifica.

Pode ser caminhada, academia, corrida, natação, hidroginástica, aulas de dança. São muitas as opções.

 

🔹Frequência ideal de exercícios.

Recentemente a OMS divulgou uma cartilha com diretrizes para atividade física e comportamento sedentário.

Segundo esse documento, para os adultos é indicado praticar de 30 a 60 minutos de atividade moderada em 5 vezes por semana, ou de 20 a 60 minutos de atividade vigorosa em 3 vezes por semana.

Para compreendermos a diferença, a atividade moderada aumenta a frequência cardíaca e faz respirar mais rápido.

Atividade vigorosa faz respirar ainda mais forte e rápido.

Se você quer retomar - ou começar - a prática de exercícios físicos, essa é a hora!

 


 Ricardo Oliveira - sócio fundador da Lion Saúde e especializado em Direito Securitário para planos de saúde.


Conheça técnicas para fazer um "detox mental"

Dani Costa, mentora e palestrante especialista em desenvolvimento humano, ensina as pessoas a iniciarem as atividades do dia com mais foco e leveza


Neste mês, profissionais da área da saúde estão imbuídos em ações para promover a saúde mental das pessoas. O Janeiro Branco é uma campanha ao estilo das demais realizadas em Outubro e Novembro e tem por objetivo chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional dos indivíduos e das instituições humanas.

Dani Costa, mentora palestrante e autora do livro “Você é o caminho”, no qual relata como superou a Síndrome de Burnout, indica algumas frentes em que a própria pessoa pode agir e que podem resultar em um verdadeiro “detox mental”:

  • Meditação – há diversos aplicativos hoje em dia que ensinam a prática. Minutos da prática já trazem resultados no dia a dia: mais foco, concentração e redução da ansiedade com o aumento do estado de presença.
  • Evitar pessoas, pensamentos, sentimentos e emoções negativos. E sempre se perguntar se algum desconforto emocional realmente tem só a ver com você ou foi algo que captou de uma reunião, conversa ou situação do trabalho. Somos verdadeiras esponjas, estamos muito presentes e conscientes aos pensamentos, sentimentos e emoções de outras pessoas.
  • Sempre que possível, realizar um detox de redes sociais e celular.
  • Buscar conectar-se com a natureza, seja por meio de uma planta em casa, animais ou a luz solar durante o dia.
  • Ler livros e ouvir músicas que remetam coisas boas e tragam sensação de alegria e prazer.
  • Incluir atividades físicas na rotina, elas promovem um detox no corpo e mente, além de trazer maior motivação para o dia a dia.
  • Prestar atenção no que come, a comida também traz toxidades, influenciando na química do corpo e por conseguinte no nosso equilíbrio como um todo.
  • E por último, bebe bastante água, pois ela limpa, purifica e leva embora as toxinas acumuladas durante o dia.

Dani ainda recomenda iniciar o dia com um mantra: “Eu me honro, escolho o que me honra e escolho o que me honra”, ele funciona como um algoritimo na nossa programação mental, liberando situações de abuso, assédio ou sobre carga de atividades. Quando você toma consciência de que tudo que você escolhe no seu dia pode vir de um lugar que honra você, de mais auto amor e empatia, você começa a eliminar tudo aquilo que não está congruente com isso da sua rotina, desde a forma com que se relaciona com você mesmo, bem como com o outro.

Ela ainda ressalta ser importante também iniciar o dia com um planejamento, uma organização diária e sempre se perguntar : “O que posso acrescentar à minha rotina hoje que vai me trazer mais plenitude e realização?”

A pergunta abre espaço para possibilidades, pois tira você de respostas pré-definidas.

Para finalizar, Dani afirma que a nossa mente funciona como um HD e quanto mais arquivos leves e produtivos enviamos a ela, mais refletimos isso na nossa realidade, e tudo funciona com maior fluidez. Porém, se ao longo do dia, levamos apenas arquivos pesados, o que se refletirá é uma vida pesada e lenta, podendo ser interpretada como procrastinadora. “Que tal fazer uma limpeza nesse HD mental, cuidar mais dele e trazer arquivos bons? Assim a vida poderá ser mais leve e divertida”, sugere.

 


Dani Costa - Trabalha com desenvolvimento humano há mais de 10 anos, é também mentora, palestrante e escritora, ela lançou o livro “Você é o Caminho” para contar como superou a Síndrome de Burnout e com isso ajudar quem sofre com o mesmo problema.  É  idealizadora da Plataforma da Vida, um portal de conteúdo e serviços voltados para autoconhecimento e gestão emocional. Formada em letras pela Unniversidade de Brasíliai, passou pelo serviço público de Brasília e atuou 13 anos como bancária, nove deles como gestora.

Instagram: @plataformadavidaoficial e @dani.costa.oficial

Relacionamento no trabalho. E agora?

 Como agir nessa situação? Margareth Signorelli dá orientações


Se apaixonar pelo chefe ou por alguém no ambiente de trabalho é uma responsabilidade maior do que se apaixonar por qualquer outra pessoa, pois você pode correr o risco de se dar mal e até perder seu emprego.

Em primeiro lugar vamos entender alguns pontos importantes:

- Você é correspondida?

- Quais as regras da empresa?

Partindo do princípio de que a empresa não tem nenhuma restrição em relação a relacionamentos, ainda assim existe uma responsabilidade mútua.

Vou exemplificar duas situações diversas.

  • Você não é correspondida, mas ele percebeu que você se apaixonou por ele. Aqui você poder ter duas atitudes: ser sincera expondo seus sentimentos ou não.

Se decidir tomar a primeira atitude, marque uma conversa e diga que infelizmente se deixou envolver, mas que não deixará, de forma alguma, que isto interfira na sua conduta de trabalho. Aí você precisa procurar ajuda para superar o que não começou e nem tem previsão de começar entender que um relacionamento é muito mais do que a atração ou a admiração que adquirimos por alguém.

Em um relacionamento amoroso existem duas pessoas que se propõem a se conhecerem mais profundamente e essa admiração, atração e amor devem crescer quando você conviver com a pessoa e ver como ela se relaciona com os outros, suas atitudes, valores e interesses.

Estes e muitos outros detalhes podem mudar profundamente a visão do outro, levando da paixão à aversão, mas para isso é preciso se relacionar para descobrir, senão você viverá um Amor Platônico.

É bom ter a consciência de que ninguém tem um relacionamento amoroso solitário. Precisamos de duas pessoas que neste exemplo, não irá acontecer, então não tem como sustentar este amor ilusório. 

  • Você é correspondida, mas o outro pede segredo.

Aqui, você pode perceber, que se não der certo, você corre o risco de se machucar e até perder seu emprego, principalmente se a outra pessoa for seu chefe.

Em uma relação deve existir uma responsabilidade mútua para que os dois se sintam aceitos, respeitados e assumidos. Isso tem que ser acordado entre vocês e pesado se os dois estão dispostos a expor para a empresa este começo ou mesmo se os dois estão dispostos a esperar que realmente se torne algo que mereça ser anunciado publicamente, pois existem consequências que os dois terão que enfrentar juntos.

O importante nessas duas situações é cuidar de você em primeiro lugar e se tiverem que estar juntos, que seja de uma forma que os dois sejam valorizados, se sintam pertencer e possam ter um relacionamento saudável e equilibrado.

Em primeiro lugar é importante saber se estamos preparados a arriscar algo que leva tempo para ser construído e não queremos brincar com os sentimentos da pessoa e nem com os nossos. Mas se não tentarmos, como saber?

 


MARGARETH SIGNORELLI - Profissional com formação internacional, fundadora do ILE - Instituto de  Liberação Emocional tem como missão auxiliar, apoiar, encorajar e guiar pessoas no processo de transformação, buscando o autoconhecimento profundo e quebra de obstáculos internos que impedem que o bem-estar e o amor fluam livremente em suas vidas, para isso possui a seguinte formação:

Instagram: @margareth.signorelli 


Altas temperaturas aumentam o risco de doenças cardiovasculares

Com previsão de aumento na temperatura para os próximos dias em algumas regiões do País, especialistas pedem atenção ao bem-estar cardíaco

 

O ano de 2022 começou com uma onda de calor atingindo o Cone Sul do continente sul-americano.1 Em São Paulo (SP), por exemplo, as temperaturas ultrapassaram os 30ºC nesta última semana. A brusca elevação da temperatura também é aguardada em outras partes da região Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil.² 

Os efeitos da alteração brusca de temperatura são bem conhecidos e podem impactar diretamente o sistema cardiovascular, ocasionando o aumento do risco de doenças cardiovasculares e, também, da taxa de mortalidade por doenças e condições como acidente vascular cerebral (AVC), infarto e síndrome coronária aguda.³ 

Algumas dessas doenças são perigosas também por não apresentarem sintomas facilmente detectáveis, sendo necessária avaliação clínica periódica para o diagnóstico precoce.3 

Dias com temperatura acima de 30ºC favorecem a vasodilatação (processo de expansão dos vasos sanguíneos). Tal efeito ocorre para equilibrar a temperatura corporal, na tentativa de diminuí-la.3 Com menos pressão nas artérias, alterações cardíacas podem acontecer. O aumento da sudorese também pode ser um fator: sem a reposição de líquidos, o volume de sangue circulando no corpo diminui - o que também causa vasodilatação.³ “Em pacientes que já convivem com comorbidades cardíacas, mudanças climáticas podem contribuir para ocasionar aumento da “viscosidade” do sangue podem acarretar complicações adicionais⁴”, afirma o cardiologista Jairo Lins Borges, consultor científico da Libbs Farmacêutica. 

Diabéticos, hipertensos e pacientes com doenças cardíacas, grupos de maior risco cardiovascular, devem ter ainda mais cuidado em dias com temperaturas elevadas. Alguns medicamentos que interferem no equilíbrio entre sal e água, como os diuréticos, predispõem o corpo a ter queda excessiva da pressão arterial.

 

Como se cuidar? 

Alguns hábitos favorecem a manutenção da saúde cardíaca: 

- Alimentação leve e saudável5

- Prática regular de atividade física, em horários com menor incidência solar, no caso de exercícios a céu aberto, e cuidado com a ventilação, no caso de ambientes fechados5,6

- Manutenção do peso adequado5

- Evitar o tabagismo e o abuso de bebidas alcóolicas5

- Beber muita água para manter a hidratação6 

Mesmo seguindo à risca essas dicas, podem ocorrer alterações cardíacas devido às altas temperaturas - como arritmias e queda brusca da pressão arterial. Segundo o cardiologista Jairo Borges, é necessário manter a hidratação e estar atento aos sintomas: 

- Tontura inesperada4,6

- Sensação de fraqueza4,6

- Batimentos cardíacos acelerados4,6

- Dores ou desconforto no peito e/ou nos braços4,6 

Caso algum(ns) (dos) sintoma(s) seja(m) percebido(s), é recomendada a procura a um cardiologista para avaliação do quadro clínico e, se necessário, a indicação do tratamento mais adequado.

 

 

Referências bibliográficas: 

1. BRAUN, Julia; BBC NEWS BRASIL EM SÃO PAULO. Onda de calor na América do Sul pode elevar temperaturas a quase 50 graus. BBC News Brasil em São Paulo, [s. l.], 12 jan. 2022. Disponível em BBC. Acesso em: 17 jan. 2022. 

2. ROBLES, Tiago; TEMPOCOM METEORED. Além do Sul, ar quente também chega ao Centro-Oeste e Sudeste. Previsão, 10 jan. 2022. Disponível em Tempo. Acesso em: 17 jan. 2022. 

3. Ministério Da Saúde (Brasil). Organização Panamericana De Saúde - OPAS; Fundação Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz; Instituto De Comunicação e Informação Científica e Tecnológica - ICICT. Observatório Nacional Da Saúde: Análise De Situação Em Clima E Saúde, [S. L.], 2017. Disponível em Clima e Saúde. Acesso em: 13 jan. 2022. 

4. DE BLOIS, Jonathan et al. The effects of climate change on cardiac health. Cardiology, v. 131, n. 4, p. 209-217, 2015.  

5. SIMÃO, Antonio Felipe et al. I diretriz de prevenção cardiovascular da sociedade Brasileira de cardiologia-Resumo executivo. Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 102, p. 420-431, 2014. 

6. MARINS, João Carlos Bouzas. Exercício Físico e calor-implicações fisiológicas e procedimentos de hidratação. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 1, n. 3, p. 26-38, 1996


Dermatologista esclarece: vitiligo não evolui para albinismo

Freepik
Sociedade Brasileira de Dermatologia - Secção RS (SBD-RS) esclarece diferenças entre os dois tipos de situações que foram citados em reality show da televisão brasileira


A participação da modelo mineira Natália Deodato no reality show Big Brother Brasil (BBB) colocou em debate não apenas o preconceito vivido por quem tem vitiligo. Além do tema ter ganhado destaque, um comentário chamou a atenção de especialistas. Diferente do que foi afirmado pela participante do programa, o vitiligo não evolui para albinismo. Embora tanto o vitiligo quanto o albinismo sejam distúrbios que afetam a pele, eles não são a mesma coisa e têm mecanismos de ação distintos.

"O vitiligo é uma doença autoimune na qual há anticorpos agindo contra os melanócitos, que são os responsáveis por darem cor para pele. Com isso, surgem manchas brancas, mais claras que nossa pele, que podem ser localizadas e pequenas ou extensas e acometerem o corpo inteiro. O mais comum, nestes casos, é que seja em determinadas partes do corpo", explica o médico dermatologista e diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Juliano Peruzzo.

Por outro lado, o albinismo é uma doença genética, na qual o paciente nasce sem nenhum tipo de pigmentação.

"O albinismo pode ser em todo o corpo ou também algo que acomete a coloração dos olhos. Há ausência de pigmentação da íris em alguns casos. Alterações neurológicas também podem estar presentes. A condição, então, é genética", complementa o médico

O tratamento para o vitiligo pode ser com medicações tópicas ou dependendo da condição, com tratamento via oral. Além disso, pode ser incluída a fototerapia, orientada por um médico dermatologista.

“A avaliação do médico, nos pacientes com vitiligo, é fundamental uma vez que o especialista pode trabalhar na prevenção e métodos para frear o avanço das manchas”, finaliza.

As duas doenças, além de estarem associadas à produção de melanina, têm uma coisa em comum: não são contagiosas e não há qualquer razão para ter preconceito contra as pessoas que possuem essas características.

 

 

Marcelo Matusiak


Saúde mental: pacientes oncológicos precisam de atenção especial no tratamento

Quando a pessoa descobre que está com câncer, o impacto é grande. Diversos questionamentos e incertezas vêm à tona. Várias histórias passam pela cabeça; medo de que o tratamento seja longo e ineficiente está sempre à espreita. A instabilidade emocional nesse momento é comum para a maioria dos pacientes que recebe o diagnóstico da doença. Há 5 anos, a descoberta de um câncer de próstata para o auxiliar de serviços gerais, Adenildo Rodrigues, foi um grande choque: “na época pensei que fosse morrer, que deixaria minha família, meus amigos, foi um momento bem difícil,” conta.

Para o oncologista do Instituto do Câncer de Brasília (ICB), Caio Neves, desde o início do diagnóstico é essencial um acompanhamento multidisciplinar.  “Receber o diagnóstico de câncer pode abalar o emocional de qualquer pessoa, além de interferir na organização familiar e social, deixando sequelas em todos envolvidos no processo. Portanto, é de extrema importância o cuidado não só com a doença física, mas também com a saúde mental dos pacientes oncológicos”, explica. 

Um levantamento feito pelo Instituto Oncoguia revela um dado preocupante: a maioria das pessoas em tratamento contra o câncer no Brasil não sabe o que fazer em relação à oscilação de humor. E o percentual de pacientes que declararam que o emocional ficou abalado depois do resultado é de 58%. Ainda segundo o estudo, os sentimentos mais presentes na vida destas pessoas foram o medo e a ansiedade. “O paciente tem que contar com toda uma rede de apoio por trás, a psicologia é a peça chave para esse trabalho, provendo a saúde mental. O câncer em si, pode deixar muitos traumas associados: desde o processo do diagnóstico, ao tratamento quimioterápico e os efeitos colaterais inerentes aos procedimentos. O acompanhamento psicológico atua em conjunto acolhendo, tentando deixar esse processo menos doloroso,” ressalta. 

O importante nessas horas, segundo o oncologista, é colocar o pé no chão e entender o que está acontecendo, quais serão os próximos passos e as razões dos procedimentos que estão sendo praticados. Foi desta forma que Adenildo conseguiu superar o impacto inicial e ter êxito no tratamento. “Depois de assimilar o que estava acontecendo, deixei nas mãos de Deus, recebi apoio da minha família e amigos, além dos médicos e psicólogos. O fato dos profissionais de saúde sempre serem transparentes comigo e me explicarem os processos, me deu mais tranquilidade no tratamento”, afirmou.


Janeiro Branco

O mês de janeiro faz alusão ao tratamento sobre a saúde mental. O movimento também tem um apelo especial para pacientes oncológicos. Embora os cuidados com a saúde mental sejam fundamentais para todas as pessoas, “o suporte psicológico para quem lida com o câncer pode fazer grande diferença na adesão do paciente ao tratamento, nos efeitos colaterais e até no resultado do processo de restauração da saúde'', conclui o oncologista.


Vacinas previnem até mesmo câncer!

Além da importância da vacinação contra a COVID-19, saiba porque vacinar contra o HPV, o maior causador de câncer de colo uterino, é fundamental; Janeiro Verde é o mês de conscientização deste tipo de tumor

 

Nunca se falou tanto em vacinação, uma das medidas mais importantes para a prevenção de doenças, como nos últimos tempos.  Por ano, a vacinação evita de dois a três milhões de mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, a pandemia da COVID- 19 colocou o assunto em destaque. Então este é o momento para falar de outras vacinas também. Para Leonardo Silva, oncologista do Grupo SOnHe, especialista em tumores femininos, é oportuno abordar a importância da vacinação contra o HPV. “Estamos no mês de conscientização do tumor de colo uterino, um câncer prevenível com a vacina contra o HPV, que está disponível no Brasil e incluída no Programa Nacional de Imunização desde 2014 para meninas de 9 a 13 anos e meninos de 11 a 13 anos. Idealmente,  ela deve ser aplicada antes do primeiro contato com o HPV, ou seja, antes da primeira relação sexual. Por isso, a faixa etária definida para as meninas e os meninos”, pontua. 

Segundo o oncologista, a vacina administrada é a chamada tetravalente e tem cobertura principalmente contra quatro cepas de HPV sabidamente causadores de câncer: 6, 11, 16 e 18. Além disso, ela é capaz de oferecer certo grau de proteção cruzada contra outras cepas menos comuns. “Apesar da disponibilidade da vacina gratuita no Brasil, a cobertura vacinal ainda é considerada baixa. Os dados oficiais mostram que, no período de 2014 a 2017, 72% das meninas haviam recebido uma dose, mas apenas 45% completaram o esquema de duas doses. Os dados para os meninos são ainda piores, com uma cobertura de apenas 20%. Um fator agravante recente foi a pandemia de COVID-19, que teve impacto direto na atenção à saúde, incluindo a cobertura vacinal contra o HPV”, lamenta o oncologista. 

O oncologista conta que, no final de 2020, a OMS lançou um projeto global ambicioso com o objetivo de acelerar o processo para a eliminação do câncer de colo uterino. “O alvo a ser atingido até o ano de 2030 é garantir a vacinação de 90% das meninas contra o HPV antes dos 15 anos de idade, o rastreamento de 70% das mulheres, e o tratamento adequado e em tempo hábil para os casos de lesões precursoras (pré-cancerosas) e de câncer propriamente dito. A OMS estima que, se atingirmos esses três objetivos, seremos capazes de reduzir em 40% o número de novos casos de câncer de colo uterino e evitar 5 milhões de mortes pela doença até o ano de 2050”, ensina. 

Para o Dr. Leonardo é importante ressaltar que o tempo transcorrido entre a infecção pelo vírus e o desenvolvimento do câncer de colo do útero é em média de 20 a 30 anos. Sendo assim, os efeitos benéficos da vacinação contra o HPV serão percebidos de forma mais significativa daqui algumas décadas. “Nesse contexto, fica claro a importância de fortalecermos concomitantemente o programa de rastreamento do câncer de colo uterino inicialmente baseado na realização de exames de Papanicolaou (citologia oncótica do colo uterino), que são feitos de forma oportunista, quando a mulher procura uma unidade de atenção básica para a realização do teste ou por outros motivos. Outros métodos de rastreamento, incluindo a pesquisa de material genético do HPV, já existem e estudos estão sendo conduzidos analisando a viabilidade de sua utilização no programa do Sistema Único de Saúde (SUS)”, conta. 

 

Dados 

Hoje, o câncer de colo uterino ocupa a quarta posição entre os cânceres mais frequentemente diagnosticados em mulheres, e representa a terceira causa de morte por câncer entre elas. “A cada ano, mais de 300.000 mulheres em todo o mundo morrem em decorrência desse tipo de câncer, e cerca de 90% dessas mortes ocorrem em países de média e baixa renda. Trazendo o foco para o Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima que a cada ano mais de 16.000 mulheres são diagnosticadas com câncer de colo uterino. No ano de 2019, mais de 6.500 mulheres morreram em decorrência dessa doença. E, embora tenhamos observado redução significativa no número de novos casos de câncer de colo uterino no Brasil, nos últimos 20 anos, ainda persistem importantes diferenças regionais. E, tão surpreendente quanto esses números, é o fato de que o câncer de colo uterino pode ser evitado. Vacinação pode mudar positivamente esse cenário . Sim, vacinas salvam vidas”, afirma Dr. Leonardo.

 

 

Leonardo Roberto da Silva - formado em Oncologia Clínica pela Universidade Federal Minas Gerais, é oncologista do CAISM/Unicamp, com função docente junto aos residentes em Oncologia Clínica da Unicamp. Mestre e Doutor em Oncologia Mamária pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, com doutorado sanduíche na Baylor College of Medicine – Houston/Texas, EUA. É membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO). Leonardo faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua no Radium – Instituto de Oncologia, no Hospital Santa Tereza e no Hospital Madre Theodora


Temida principalmente pelas mulheres, as varizes podem ser evitadas

 De acordo com uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular 38% da população brasileira possui este diagnóstico. Médica Cirurgiã Vascular ensina a evitar as varizes e explica sobre os riscos do não tratamento

 

Fique atento! Você sabia que as tão famosas dores nas pernas, com sensação de peso e queimação podem ser um indício do aparecimento de varizes? Poucas pessoas sabem, mas esses sintomas podem ser sinal de má circulação sanguínea e podem causar rompimento nas veias. Segundo dados compartilhados pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, estudos mostram uma prevalência média de varizes em 38% na população geral brasileira, com maior incidência em mulheres (45%) e depois em homens (30%).
 

Saiba mais e aprenda a evitá-las 

As varizes são vasos venosos de pequeno, médio ou grande porte que se desenvolvem abaixo da pele por conta da má circulação sanguínea, dificultando o trabalho do organismo na transposição do sangue pelas veias. Os membros mais acometidos por este processo são os inferiores, principalmente os pés, pernas e coxas. 

Entre os diagnósticos, as varizes mais comuns são: Telangiectasias, pequenos vasos sanguíneos dilatados na pele ou nas mucosas; Veias reticulares, conhecidas como “aranhas vasculares”; Varizes de origem safênica, ou seja, que surgem por machucados, que são de calibres maiores e visíveis. 

De acordo com a médica cirurgiã vascular Alane Leite, não existe uma idade pré-definida para o surgimento das varizes, e vai de organismo e organismo para a evolução dos sinais, visto que é uma doença multifatorial com relacionamento direto da genética, hormônios e estilo de vida. 

“O aparecimento de varizes depende muito do estilo de vida dessa pessoa, seja jovem, adulto ou idoso. Há um ponto específico com relação às mulheres por conta do ciclo hormonal que é mais forte, tornando-as as principais vítimas das varizes. Na gravidez geralmente elas ficam mais suscetíveis devido ao aumento do volume uterino, que causa compressão de veias localizadas na pelve, dificultando o retorno venoso convencional”, explica a médica do Hospital Anchieta de Brasília. 

Já em relação à prevenção não existe segredo, e ela se dá a partir de um estilo de vida saudável, desde alimentação, hidratação, atividades físicas regulares e exames de rotina. 

“Praticar atividade física regular e respeitar seus limites, ter uma alimentação saudável a fim de manter em sinergia o peso ideal do corpo, evitar ficar longas horas em pé ou sentado, ficar atento ao uso excessivo de salto alto ou sapatos apertados por longos períodos, são algumas formas de prevenir das varizes. Uma outra dica especial, essa voltada para as mulheres que fazem o uso de anticoncepcional, é o acompanhamento com o ginecologista e angiologista, para exames e manutenção das dosagens”, explica Alane.

 

Tratamentos 

O principal tratamento para veias menores já acometidas são pequenos procedimentos que são feitos em consultórios, como a escleroterapia, que consiste na injecção localizada de medicamentos nos vasos dilatados; outra opção é com laser transdérmico, uma técnica de aplicação de luz específica que promove a contração e destruição da veia varicosa. 

Para veias maiores, o indicado é o tratamento cirúrgico convencional ou escleroterapia em paciente com alto risco cirúrgico. Para safenas, o indicado é a remoção total, podendo ser com técnica convencional de extração ou por meio de ablação, que é o processo de queimar a safena com uso de laser endovenoso ou radiofrequência. 

Vale lembrar que quem não trata a tendência é sempre aumentar de tamanho e ampliar a quantidade de varizes pelas partes acometidas.

 

Riscos

“O risco de não tratar varizes a longo prazo é de ter uma insuficiência venosa não controlada. Principalmente se tratando de veias mais grossas onde há a presença de edema persistente com alteração de consistência da pele, presença de hiperpigmentação (manchas escurecidas) e possíveis feridas”, explica Alane. 

Segundo a médica do Hospital Anchieta de Brasília, o risco de trombose com o desenvolvimento das varizes existe, mas é pequeno. “O principal risco são os quadros tromboflebite (veia grossas), porque a formação se coagula nas veias, o que leva a sentir muita dor e hiperemia (vermelhidão local), contudo pode ser tratado com compressas mornas e antiinflamatórios. Além desse quadro, as varizes não tratadas podem levar à insuficiência venosa grave, evoluindo para dermatite, edemas crônicos e em alguns casos até úlceras em membros”.


Posts mais acessados