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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Revisão de moto: quais são os itens essenciais para rodar tranquilo?

Além de garantir a segurança do motociclista e dos demais usuários da pista, a revisão periódica pode aumentar a vida útil do veículo

 

Com a proximidade do verão, muitos motociclistas aproveitam o clima quente para pegar a estrada e curtir o vento no rosto sobre duas rodas. Contudo, além da atenção básica para a quantidade de combustível no tanque, estado dos pneus e calibragem recomendada pelo fabricante, é muito importante verificar se o veículo está em boas condições de uso antes de viajar, principalmente se a motocicleta não estiver sendo usada frequentemente. 

“Ao assumir a direção de qualquer veículo, é extremamente importante ter em mente que alguns cuidados devem ser tomados, principalmente referente a manutenção das peças e da dirigibilidade”, aponta Rodrigo Villatore, analista de produto da Laquila, empresa líder do mercado de motopeças na América Latina. “Se a motocicleta estiver com pneus excessivamente desgastados, por exemplo, as chances de acidente aumentam consideravelmente”, diz. 

Contudo, engana-se quem pensa que a revisão está apenas relacionada com a segurança do motorista e dos demais usuários da pista. Ao cumprir com o cronograma de revisão, a maior vantagem é o aumento da vida útil do veículo. “Todas as motocicletas comercializadas atualmente possuem no manual do proprietário uma tabela de manutenção periódica para garantir uma maior durabilidade e condições de dirigibilidade”, comenta o especialista.

 

Kit transmissão

O kit transmissão, também conhecido como kit relação, com folga excessiva ou desgaste pode resultar em uma corrente quebrada com risco de queda ao motociclista. “Devido à falta de regulagem, a corrente pode pular e travar a roda traseira”, alerta Villatore. Vale ressaltar que tanto a regulagem quanto a lubrificação devem ser realizadas conforme especificação do fabricante. “Hoje, o mais recomendado para lubrificação é o óleo SAE 90 ou 80, por sua capacidade de se manter entre os elos durante o trabalho do conjunto de transmissão”, explica.

 

Óleo no motor

Quando falamos em lubrificação do motor, o analista de produtos da Laquila ressalta que o óleo lubrificante possui uma data de validade, mesmo que a motocicleta não rode a quilometragem que o fabricante coloca como limite. “Se o manual do proprietário de uma CG 160 recomenda verificar o óleo do motor diariamente e sua troca a cada 6 mil quilômetros ou 6 meses, o que vencer primeiro, é sempre bom ficar atento a data também da troca do óleo do motor”, diz. “Caso sua motocicleta seja apenas para uso casual, é bem provável que a troca de óleo tenha que ser efetuada pela validade de data”, complementa.

 

Vela de Ignição

Por ser um dos principais componentes responsáveis pela queima assertiva da massa de ar/combustível dentro da câmara de combustão, é sempre recomendado verificar o estado da vela. “Antes de pegar a estrada, o motociclista precisa conferir se o GAP (distância entre eletrodo lateral e central) está correto conforme manual e se a vela não está carbonizada ou até mesmo desgastada, ocasionando uma queima ineficiente ou falha”, aponta.

 

Cabos de Comandos

Todos os cabos, sejam eles de acelerador, embreagem ou de freios, necessitam de uma atenção especial para que não estejam partidos, com fios rompidos ou até mesmo travando. Neste caso, Villatore recomenda levar a motocicleta para uma revisão com um mecânico de confiança.

 

Pastilhas e/ou Lonas de Freio

Uma viagem segura é aquela que permite ao motociclista parar a motocicleta instantaneamente em um caso de emergência. Para o especialista, um detalhe importante é verificar o desgaste das pastilhas ou lonas de freios para que não exista o risco de ficar sem freio no meio da estrada.

 

Filtro de Ar

Responsável por entregar a massa de ar para a câmara de combustão, é necessário verificar esse componente para que não esteja sujo, obstruído ou com sua validade vencida, assim evitando que a motocicleta tenha um consumo excessivo ou falhas



Reeleição: vamos nos proteger das nossas escolhas?

 

Muito se fala sobre o instituto da reeleição e sua conturbada aprovação pela Emenda Constitucional n.º 16, em 1997, às vésperas do lançamento da campanha de recondução de Fernando Henrique Cardoso para a Presidência da República. Até aquele momento era proibida a reeleição para mandatos consecutivos de cargos no Poder Executivo, o que gerava um impedimento na manutenção de políticos que desenvolviam um trabalho popularmente aceito nos cargos de Presidente, Governador e Prefeito.

Na época, a reeleição surgiu como uma conquista para bons mandatos, muito motivada por regras semelhantes adotadas em boa parte das democracias avançadas no mundo, em que a reeleição era uma realidade constante. Desde então, o brasileiro se acostumou a manter uma postura “comedida” pelas mudanças políticas, e a reeleição se tornou algo muito corriqueiro. Basta, tomar como exemplo, as campanhas presidenciais desde 1998, que reconduziram todos os candidatos que tentaram um mandato consecutivo. E tal postura se repete nos Estados e Municípios, onde o candidato que busca a recondução tem uma chance muito grande de vencer o pleito eleitoral. Aliás, costumamos demonstrar surpresa quando um candidato que concorre à reeleição perde o pleito ou não vai para o segundo turno de uma campanha eleitoral.

Apesar de ser um “sucesso de público” em matéria de “crítica”, a reeleição sofre de forma constante com os embates relacionados à sua ineficácia, às situações de utilização da máquina pública nas campanhas e possíveis situações viciosas relacionadas à manutenção de políticos no poder. Mas, a pergunta que eu faço é: Será que a reeleição é o problema?

O político que considera o instituto da reeleição uma mazela, tem a escolha de não fazer uso da mesma, e finalizar seu mandato sem tentar a reeleição. Esse político não precisa da proibição da legislação eleitoral para “não cair em tentação”; ele pode simplesmente considerar a reeleição incompatível com seus posicionamentos. O mesmo vale para a população que, diante de um mandato popularmente aceito, pode tomar a decisão de não votar em um candidato que concorre pela segunda vez consecutiva, aliás, já tivemos esses casos no Brasil.

O mais curioso é que em boa parte das democracias maduras pelo mundo a reeleição não é considerada um problema estrutural, mas  simplesmente uma escolha do eleitor, que tem maturidade suficiente para tomar suas decisões e exercer seus direitos políticos. Ou você nunca ouviu falar da chanceler alemã Angela Merkel ou dos primeiros-ministros britânicos, que permaneceram nos seus cargos, reconduzidos pela população, por mais de uma década? Achar que os europeus têm maturidade política e são livres para reconduzir seus políticos e nós precisamos nos proteger dos nossos pecados, é um tanto quanto contraditório.

Se algo deve ser discutido relacionado à reeleição, talvez seja a possibilidade de afastamento do candidato do cargo que exerce pelo menos durante o período de campanha, para se evitar a utilização da máquina pública durante a disputa eleitoral. No  mais, não podemos considerar que a reeleição seja um problema grave. A nossa história pós-Constituição de 1988 demonstra que políticos que fazem mandatos contestados ou não satisfatórios tendem a não ter êxito eleitoral em tentativas de reeleição, mesmo com todas as benesses relacionadas aos exercícios do mandato em curso.

Considero que a alternância no poder é fundamental, assim como, mudanças de rumos quando o caminho não está satisfatório, mas a proibição da reeleição, que foi aprovada por maioria qualificada no Congresso Nacional, não é a saída para tal situação. Proibir uma escolha política por considerar tal conduta reprovável ou não favorável aos meus cálculos eleitorais é como pedir a absolvição para os pecados que os outros cometem.

 


Francis Ricken - advogado e mestre em Ciência Política, é professor da Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo (UP).


O acesso dos motoristas e entregadores de aplicativos aos benefícios do INSS

Os direitos dos trabalhadores que atuam como motoristas e entregadores de aplicativos estão em discussões nos principais tribunais do país. Atualmente, esses profissionais vivem sem nenhuma cobertura previdenciária e sem nenhum acesso aos direitos trabalhistas como FGTS e 13º salário, por exemplo. Entretanto, o Colegiado da 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), de forma inédita, formou maioria no julgamento da matéria que discute a existência de relação de emprego entre o motorista por aplicativo e a plataforma da Uber.  

O relator do julgamento, ministro Mauricio Godinho Delgado, havia proferido seu voto em dezembro de 2020. Na época, o relator foi favorável ao reconhecimento do vínculo empregatício.  Na retomada do julgamento no último dia 15 de dezembro, o ministro Alberto Luiz Bresciani, acompanhou o voto do relator e também considerou da relação de emprego entre a plataforma e o motorista. 

Desta forma, com dois votos favoráveis, a 3ª Turma do TST já formou maioria no entendimento sobre o assunto, uma vez que é composta por três ministros, restando apenas o voto do ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte, que pediu vistas do processo e travou o julgamento. 

E essa discussão cresceu na pandemia, pois muitos trabalhadores perderam seus empregos com carteira assinada e, como forma de sobrevivência, migraram para outras atividades ligadas aos aplicativos, como motorista ou entregador de delivery. 

E esses trabalhadores não se encaixam em nenhuma legislação trabalhista atual. E o chamado fenômeno da “uberização”, no qual os trabalhadores que utilizam aplicativos para prestar serviços são vistos como “parceiros” das empresas de tecnologia.

E para não ficarem sem nenhuma cobertura previdenciária, esses profissionais têm algumas alternativas para contribuir para a Previdência Social. Para isso, é necessário que contribuam como MEI (Microempreendedor Individual) ou autônomo, já que não possuem, atualmente, vínculo empregatício formal com a empresa. 

No caso do MEI, o trabalhador deve se formalizar como “motorista de aplicativo independente”, categoria criada em 2019. Ao pagar os valores mensais da formalização, a contribuição previdenciária, cuja alíquota é de 5% do salário mínimo, é feita automaticamente. 

Já para o motorista ou entregador que opte pela contribuição como autônomo, há duas possibilidades. A primeira é com a alíquota de 11% do salário mínimo, no Plano Simplificado. Outra opção é pagar 20% como contribuinte individual sobre valores acima do mínimo até o teto do INSS, de R$ 6.433,57 neste ano, sendo essa única modalidade dá direito à aposentadoria por tempo de contribuição ou permite um benefício maior. O requisito é que a renda não seja inferior a 20% do mínimo ou maior do que 20% do teto do INSS. A contribuição como MEI garante todos os direitos e tem o menor valor, mas dá só aposentadoria por idade.

Ao realizarem a opção por qualquer uma dessas alternativas, os motoristas ou entregadores de aplicativo poderão ter acesso aos benefícios previdenciários: aposentadoria por idade, auxílio-doença (benefício por incapacidade temporária), salário-maternidade, pensão por morte, aposentadoria por invalidez (aposentadoria por incapacidade permanente), auxílio acidente (em caso de sequela), dentre outros.

 Com o recolhimento mensal para a Previdência pública, o trabalhador de aplicativos irá sair do limbo previdenciário atual em que se encontram. E mesmo que a decisão recente do TST prospere, é importante frisar que os direitos desses trabalhadores serão assegurados apenas através da via judicial, pois ainda não existe nenhuma lei que garanta o acesso deles aos direitos trabalhistas e previdenciários das outras categorias profissionais no país.

 


João Badari - advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados

 

Especialista alerta para os riscos da aquisição da casa própria por meio de leilão

Os leilões de imóveis realizados por bancos sempre foram um grande atrativo para investidores, já que o valor da compra era abaixo do que o de mercado. De uns tempos para cá, com a facilidade de realização de leilões online, a modalidade tem atraído cada vez mais pessoas e mudando um pouco o foco de investimento para aquisição para uso próprio. Contudo o participante deve ter uma atenção especial para situação do imóvel, pois pode acabar caindo em uma armadilha.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, ao optar pela aquisição de imóvel via leilão ao invés de uma compra e venda direta com o vendedor, o adquirente deve ter em mente que o imóvel que ele vai comprar pode estar ocupado. “Por pessoas ligadas ou não a um financiamento habitacional/imobiliário com o banco que está realizando o leilão. Isso pode acabar se tornando um empecilho para tomar posse do imóvel, fato que pode acabar demorando anos”, alerta.

Já quando se adquire um imóvel diretamente do vendedor, por contrato, é possível estipular uma data certa para desocupação ou transferência da posse do imóvel para o comprador, como esclarece Vinícius Costa. “Estando tudo certo, não havendo a desocupação, o comprador pode pedir a imissão na posse imediata, além das penalidades e perdas e danos que forem cabíveis ao caso concreto.”

No caso de leilão, nem sempre é possível fazer um acordo com o ocupante, isso porque não se sabe a relação dele com o imóvel, nem mesmo as intenções dele para com o adquirente. “A medida, muitas vezes, se resolve em ação de imissão na posse, que pode durar mais ou menos tempo, de pendendo de vários fatores, como por exemplo a existência de outros processos contra o agente financeiro questionando o financiamento ou a execução do contrato, ação de manutenção na posse etc.”, conta o presidente da ABMH. 

Portanto, ele aconselha que se há interesse na aquisição de imóvel por leilão para uso próprio, o interessado deve ter em mente que o negócio precisa ser feito com cautela. “Caso o imóvel esteja ocupado, o risco da demora em tomar posse será somente de quem arrematou o imóvel, e não da instituição financeira.”

 


 Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação - ABMH

 

Manual de defesa contra o cyberbullying

Eu mesma sofri quando menina, mas naquele tempo tudo se resolvia de pronto, na base do Código de Hamurabi.

Atualmente, a situação é um pouco pior, pois o ataque psicológico vem muitas vezes por trás de uma tela de computador ou de celular, com covardia e crueldade, expondo, ridicularizando e menosprezando particularidades físicas ou intelectuais. É praticamente o mesmo comportamento, os mesmos ataques repetidos, porém agravados por um “suposto” anonimato.

Cyberbullying é a violência realizada com o uso de tecnologias da informação em ambientes digitais. Essa prática tem como intuito ofender, humilhar ou ainda envergonhar e intimidar a vítima da ação. O Brasil é o 2º país com mais casos de cyberbullying no mundo, segundo o Instituto Ipsos, ficando atrás somente da Índia.

A falta de compaixão, tolerância e respeito, conforme consta da lei Nacional de Diretrizes e Bases da Educação, são as principais características do cyberbullying. Porém, acredito que o fato de os agressores poderem praticar esse ato sem serem vistos, cria uma falsa sensação de impunidade. Acham que são super heróis, pessoas acima do bem e do mal e com todos os direitos e nenhum dever.

Em tempos de pandemia, os casos de cyberbullying aumentaram de forma exponencial. Em razão disso, as escolas e universidades estão investindo cada vez mais na capacitação dos seus professores, a fim de evitar indenizações milionárias contra as instituições educacionais.

Para ser um cyberbullie (valentão, agressor digital), não é preciso ser o mais forte, o mais popular ou o mais temido do grupo, agora basta apenas ter acesso a um celular com internet. O poder de destruição do cyberbullying sobre as vítimas é maior, porque o público, aquela plateia que "assiste" aos ataques, ultrapassa as fronteiras da escola e repercute de forma mundial. Isso ocorre porque as ofensas são transmitidas com grande velocidade para outras esferas de convívio da vítima, como os amigos, familiares e colegas, conforme consta do manual antibullying feito pelo Ministério Público de São Paulo.

Além do bullying virtual, outra prática recorrente na internet e que pode ser grande ameaça a crianças, adolescentes e mulheres em geral é o cyberstalking (ou, em português, perseguição virtual), em que um indivíduo ou grupo de indivíduos utiliza a tecnologia para perseguir alguém.

 As duas práticas podem ter impacto na autoestima, autoconfiança e até mesmo na segurança das vítimas, e estão previstas em lei com penas variadas, que vão de multas a reclusão.

Veja como se proteger:


  1. Não responda aos ataques

Quando percebem que suas provocações têm efeitos na vítima, é possível que os agressores enxerguem nessa reação um estímulo e, desse modo, invistam cada vez mais na agressão. Embora não responder a essas intimidações pareça um conselho óbvio e difícil de seguir, essa é uma das melhores maneiras de desestimular os chamados bullies (quem pratica bullying), já que a indiferença pode fazer com que eles desistam de seus alvos. Além disso, outra razão importante para não responder às provocações é evitar incorrer na mesma prática do agressor, proferindo ofensas e propagando informações caluniosas como vingança.


  1. Salve evidencias

Diferentemente de outras formas de intimidação e perseguição, o cyberbullying e o cyberstalking costumam deixar rastros pela forma e pelo meio em que são praticados. Felizmente, esses registros podem ser utilizados posteriormente a favor da vítima. Nesse sentido, devem ser guardadas todas as provas dos ataques sofridos — como capturas de telas de mensagens e ameaças ou ainda a comprovação da instalação de stalkerwares, por exemplo — já que esses materiais podem ser utilizados em uma possível denúncia ou processo judicial. Vale lembrar também que é necessário que todos esses registros mostrem claramente os endereços de e-mail, nomes de usuário ou números de telefone de que partiram os ataques.


  1. Peça ajuda a parentes, amigos e profissionais

Sempre que se sentir atingido por uma agressão, mais do que apenas buscar auxílio na lei, é importante pedir ajuda a pessoas de confiança para não precisar lidar com a pressão sozinho.


  1. Entre em contato com o suporte das redes sociais

Caso sofra ou presencie ataques partindo de perfis em redes sociais como Instagram, Facebook e Twitter, por exemplo, é importante contatar o suporte da plataforma pelos canais de ajuda. Nesse contato, você deve informar a conduta e o perfil envolvido na prática de cyberbullying ou cyberstalking, denunciando a conta do agressor.

Após reportar uma prática de cyberbullying, também é importante denunciar e bloquear o perfil envolvido na ação, para evitar que o agressor entre em contato com novas intimidações. Vale lembrar, no entanto, que os assediadores têm a prática comum de criar mais perfis falsos para realizar intimidação sistemática, o que pode gerar um ciclo sem fim de bloqueio e surgimento de perfis. Por isso, é importante reunir todo o acervo de provas necessário para denunciar e comprovar a prática reiterada de abusos.


  1. Caso nada funcione, use a lei a seu favor

A prática de cyberbullying pode se enquadrar em crime contra a honra, previsto nos artigos 138 a 140 do capítulo IV do Código Penal brasileiro. Para ele, já existe punição no Brasil, com uma pena que pode ser aumentada em casos que envolvam crianças ou adolescentes.

Além disso, desde 2018 o Código Penal também prevê, em seu artigo 218-C, punição de um a cinco anos de reclusão para quem oferecer, transmitir, publicar ou divulgar, sem o consentimento da vítima, fotos, vídeos ou qualquer outro tipo de mídia que contenha, por exemplo, cena de sexo, nudez ou pornografia. Essa pena pode ser aumentada caso o crime envolva menores de idade e/ou mulheres.

Ainda se tratando de bullying, há a Lei 13.185, de 2015, que instaurou o Programa de Combate à Intimidação Sistemática. Nela, são caracterizados atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos, praticados por indivíduos ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-las ou agredi-las — como, por exemplo, o bullying. O texto legal determina que escolas, clubes e agremiações recreativas desenvolvam medidas de conscientização para prevenção e combate à prática.

Por fim, a Lei 14.132, sancionada em março de 2021, acrescentou ao Código Penal a previsão do crime de perseguição, que inclui a prática de cyberstalking. Caso haja condenação, ele pode render ao infrator multas ou ainda penas de reclusão com períodos que variam de seis meses a dois anos.

Vale lembrar, no entanto, que, para que essas legislações sejam colocadas em prática, é necessário que seja buscada ajuda. A vítima ou seu representante legal — em caso de menores de 18 anos ou incapazes — tem de declarar às autoridades que quer que o agressor seja investigado e processado.


Como perceber os sinais em crianças e adolescentes?

Crianças e adolescentes às vezes têm dificuldades de se abrir sobre casos de bullying ou stalking sofridos na Internet.

Oscilações de humor abruptas, dificuldades para dormir, perda de apetite e desinteresse por atividades cotidianas são algumas das alterações que podem indicar um possível caso de cyberbullying. Além disso, exclusão repentina de perfis nas redes sociais ou falta de vontade de participar de aulas e eventos sociais também podem significar que há algo de errado nesse sentido.

Por isso é importante que pais ou responsáveis mantenham um diálogo aberto com seus filhos, buscando entender que tipo de conteúdo eles consomem.

 


Ana Cláudia Cardoso Braga - militante em Direito Digital e advogada da Toledo e Advogados Associados.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br


Vale a pena parcelar o IPVA 2022? Entenda como o pagamento em até 12 vezes pode ajudar o condutor financeiramente

O Zul+, principal autotech da América Latina, disponibiliza o parcelamento em até 12x para que o aumento do IPVA não pese no bolso

 

Com a escassez da disponibilidade de semicondutores no mercado e o aumento da demanda do setor automotivo, os carros atingiram uma valorização de cerca de 30% neste ano. Se falta peça na produção, logo, menos carros vão para as concessionárias e a busca por carros seminovos aumenta por consequência. O brasileiro presenciou em 2021 uma escalada de preços que não se via desde o Plano Cruzado (nos anos 1980). Isso porque é possível encontrar modelos com valorização de mais de 20% que, em um mercado pré-pandêmico, perderia entre 15% e 20% do seu valor após um ano de uso.

Junto com essa supervalorização dos preços, houve também o aumento proporcional do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores). Apesar das alíquotas não terem sido alteradas, a porcentagem do imposto utiliza como base a tabela Fipe, que indica o preço atualizado dos veículos no mercado. Ou seja, com um aumento generalizado de novos, e principalmente, de seminovos no mercado, esta elevação se reflete diretamente no imposto a ser pago. Todo este aumento gerou reclamações por parte de diversos brasileiros que, de alguma forma, conseguiram com que governos estaduais entendessem o quão essa elevação dos preços poderia afetar os bolsos da população.

Sendo assim, algumas políticas de desconto ou de aumento no prazo para o parcelamento começaram a ser implementadas pelos estados. E com essas possibilidades, também se fizeram presentes as oportunidades de aposta em aplicativos que ajudam a quitar o imposto com mais segurança. É o caso do app do Zul+, principal autotech da América Latina que disponibiliza o parcelamento em até 12 vezes no cartão de crédito para veículos registrados em São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

O custo da transação no aplicativo depende do valor do imposto e número de parcelas. Após o pagamento, o IPVA fica regularizado em até dois dias úteis. Além disso, o proprietário poderá pagar no aplicativo com Pix ou até em cinco vezes, de acordo com a proposta do governo estadual. “No parcelamento com o governo, o IPVA só vai ficar pago ao final da última parcela. Já com o app, o motorista parcela em 12 vezes e o Zul+ quita o tributo integralmente junto com a Secretaria da Fazenda. Assim, o IPVA estará regularizado”, explica o diretor de conteúdo do Zul+, Lucas Palma.

Apesar das iniciativas, ainda há muita dúvida sobre o assunto, como por exemplo, com a alta no valor do IPVA em 2022, vale a pena parcelar o valor total? Pois bem, segundo Lucas Palma, o parcelamento dependerá primeiramente da situação financeira do motorista. “Caso a pessoa tenha dinheiro para quitar o imposto à vista em janeiro, o desconto da cota única estará garantido. Agora, se o pagamento ficar pesado desta maneira, o parcelamento se torna uma ótima opção para fugir do aperto financeiro. Isso porque o desconto de cota única, em São Paulo e no Paraná, por exemplo, é de apenas 3% enquanto o IPVA vem com um aumento de 30%, dependendo do veículo”, conclui.

E quando o proprietário não tem recursos para quitar o imposto e opta por não pagar. O que acontece com esse condutor? Ainda de acordo com o diretor de conteúdo do Zul+, no Brasil, todo proprietário de um veículo é obrigado a pagar o IPVA, pois ele se torna requisito fundamental para o licenciamento anual. Deixar de pagar o imposto, neste caso, não vai gerar multa de trânsito, mas bloqueará o licenciamento e a emissão do documento do automóvel. Desta forma, quem não tem recursos para a quitação precisa se programar e entender qual é a melhor forma de deixar as contas do carro em dia.

“E se eu deixar o imposto atrasar para que só depois eu negocie o pagamento com a Procuradoria Geral do Estado? Essa iniciativa não será muito positiva no final do processo, pois o IPVA atrasado rende juros diários e acaba deixando o nome do condutor sujo na praça. Por isso, a recomendação é o parcelamento com as soluções disponíveis no mercado, como o caso do Zul+, que tem um custo de transação de acordo com o número de parcelas, mas ainda assim, é vantajoso diante do cenário econômico”, reforça Lucas Palma. Vale destacar que para quem estiver com o IPVA atrasado, o parcelamento em 12 vezes também é válido, desde que o tributo não tenha entrado em dívida ativa.

 

Advogado de imigração fala sobre a ida de brasileiros aos EUA durante o Natal e Réveillon

1. Ao contrário de 2020, neste ano os turistas brasileiros podem entrar nos EUA. Devemos esperar um tsunami de brasileiros?

Vamos ter um tsunami? Acho que é a palavra perfeita para descrever. Acho que sim, porque há uma vontade reprimida de viajar, e agora as pessoas podem vir sem quarentena. Com o Natal e com o Ano Novo, as pessoas estão doidas para vir para cá.

 

2. Essa é a melhor época para ir para os Estados Unidos?

Se é época melhor ou pior, depende da sua perspectiva. Para mim, fila de aeroporto e multidão é pesadelo (risos). Mas se você quer fazer parte de um movimento de vir para cá no Natal e estar junto das pessoas, aí pode ser bom. Mas em termos de filas, acho extremamente inconveniente, mas eu sou chato (risos).

 

3. Como foi o ano de 2021 em termos de imigração?

Nossa, 2021 passou rápido. E foi um ano promissor para imigrantes. Houve certas melhorias, em termos de políticas, regras e políticas internas da imigração. Achei positivo e que plantou muitas sementes para o ano que vem. Foi um ano muito bom e que essas sementes vão começar a brotar em 2022, vamos ver. O governo quer investir para reduzir o backlog, então vamos ver os casos sendo aprovados mais rápidos e mais aprovações acontecendo, porque a perspectiva mudou um pouco. 

 


 

Dr. Felipe Alexandre - fundador da AG Immigration é referência internacional em assuntos ligados a imigração, vistos e green cards. Figura há 5 anos como um dos 10 melhores advogados de imigração do Estado de Nova York, prêmio concedido pelo “American Institute of Legal Counsel”. Considerado, em 2021, um dos 10 principais advogados da Califórnia, em votação da revista jurídica “Attorney & Practice Magazine”, e reconhecido pela “Super Lawyers (Thomas Reuters)” como referência no campo das leis imigratórias dos EUA. Nascido no Brasil, mudou-se para os Estados Unidos ainda criança. Tem dedicado sua carreira à comunidade estrangeira que busca viver legalmente no país.


Aumento do abandono de animais no fim de ano preocupa abrigos

Ao viajar, tutores devem garantir a melhor opção de cuidado para o pet, evitando acréscimo de resgates de cães e gatos feitos a ONGs e protetores


Planejados para receber um determinado número de cães e gatos, os abrigos das ONGs ou as casas de protetores independentes convivem com o problema da falta de espaço e estrutura para dar conta da demanda diária de resgates. A chegada das festas de fim de ano e das férias escolares agrava uma situação já prejudicada pela pandemia pela pausa nos eventos de adoção e é uma preocupação a mais para quem dedica a vida a cuidar dos animais.

"A irresponsabilidade de muita gente faz com que uma viagem seja uma razão para abandonar um animal, o que é uma tristeza. Por causa da pandemia, as pessoas ficaram muito tempo sem viajar e agora é a primeira oportunidade depois de muito tempo. Então, a preocupação dos protetores e das ONGs é gigantesca", comenta o jornalista Celso Zucatelli, sócio do aplicativo PetPonto, um espaço para cuidadores divulgarem cães e gatos disponíveis para adoção. 

Na rotina dos protetores, estão casos de resgates de animais deixados na rua porque os moradores saíram de férias ou mesmo o abandono domiciliar, em que a pessoa viaja e deixa o pet trancado sem assistência, apenas com água e ração. Há ainda quem cogite entregar o cão ou gato para ONGs sem pensar que, em decorrência da superlotação desses abrigos, os animais acolhidos acabam ocupando locais improvisados diante do excesso de animais. Em épocas de fortes chuvas, como a atual, a situação piora, pois muitas ONGs não têm recursos para montar uma estrutura coberta nos canis. 

“É uma época que temos de tomar bastante cuidado e conscientizar as pessoas que o abandono é crime, que os animais não se viram sozinhos, que sofrem bastante e podem morrer atropelados, envenenados, é algo muito grave”, alerta a gerente de projetos da AMPARA Animal, Rosângela Gebara. 

Se a pessoa pretende aproveitar o período de festas para viajar e não pode incluir o animal de estimação na viagem, Rosângela explica que os tutores devem optar por saídas responsáveis como deixar o pet sob os cuidados de um familiar ou amigo, em um hotel especializado ou contratar um profissional pet sitter, que irá passear e olhar o cão ou gato diariamente durante a ausência dos donos. 

Para aqueles animais que ainda não tiveram a sorte de sair dos lares temporários e abrigos, a adoção é a chance de ter uma vida mais digna. Para encontrar o pet ideal, existem muitas formas. Além da divulgação de animais disponíveis para adoção nas redes sociais, como realiza a AMPARA Animal, considerada a “ONG mãe” de mais de 450 abrigos, é possível encontrar um novo melhor amigo via aplicativo PetPonto, o Tinder dos pets e adotantes”.

Na plataforma digital gratuita, a pessoa visualiza quase 2 mil perfis de pets resgatados das ruas ou de situações de maus-tratos em todo Brasil. As ONGs e os protetores usam a ferramenta para a divulgação dos animais abrigados e o candidato a adotante faz uma busca, que pode ser filtrada pelas características do animal e/ou da família, preferências de porte e personalidade, e também pode ser realizada por geolocalização, facilitando a aproximação com o local do abrigo temporário.

 

Caminho além da adoção

Caso não seja possível adotar um pet no momento, há ainda outro caminho para tornar a vida de um animal mais confortável na espera por uma família. A AMPARA Animal recebe doações financeiras, que auxiliam no pagamento de ração, medicamentos, vacinas, atendimento veterinário, eventos de adoção e projetos de conscientização. 

Os custos mensais, que já eram grandes, tiveram um acréscimo expressivo em um item fundamental: a ração. Conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal medidor da inflação do país, os alimentos para animais tiveram um aumento de 24,5% no acumulado dos últimos 12 meses. O impacto nas contas das organizações de defesa animal é direto porque, mesmo que o número de pets acolhidos não cresça, a conta já aumentou.

 


SOBRE O APP PETPONTO

Lançado em agosto, o aplicativo PetPonto logo foi apelidado de “Tinder dos pets e adotantes” porque sua primeira função e mais necessária é justamente dar o match entre possíveis adotantes e os animais ainda sem uma família. ONGs lotadas precisam de exposição para promover a adoção. No app, é possível visualizar cerca de 2 mil perfis de cachorros e gatos para dar “match” com um melhor amigo e realizar buscas personalizadas por geolocalização, gênero do animal, idade e porte, além da necessidade de ser bom com outros pets e/ou crianças.

 

SOBRE A AMPARA ANIMAL

Em atividade desde 2010, a AMPARA Animal é a maior organização de proteção animal do Brasil e atua pela defesa dos direitos e respeito aos animais. Desde 2013, tem a certificação de OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), comprovando sua seriedade e transparência administrativa. Em 2015, tornou-se a instituição que mais ajuda animais no país ao se tornar uma “ONG mãe” que ampara mais de 450 abrigos com cerca de 10 mil animais, auxiliados com ração, medicamentos, vacinas, atendimento veterinário, eventos de adoção e projetos de conscientização.


Saia do vermelho utilizando o décimo terceiro


Fim de ano é tempo de ganhos, gastos extras e neste ano... crise. Contudo, independentemente dessa, todo ano alguns fatos se repetem, como a euforia das comemorações, o desejo de presentear parentes e amigos e o sonho de viajar para o merecido descanso podem ser comprometidos quando falta planejamento financeiro para essas despesas e para aquelas que chegam junto com o ano novo - IPVA, IPTU, matrícula e material escolar, entre outras.

Por isso, esse é o período ideal para promover uma "faxina" financeira no orçamento, com o objetivo de diagnosticar a atual situação das contas e decidir o que fazer com o décimo terceiro salário.

O ideal é que esse benefício chegasse como um bônus para realização de satisfações pessoais, como um presente. No entanto, desde 1962, quando foi criado esse benefício extra, muita gente o aguarda ansiosamente para cobrir o desequilíbrio financeiro. Há quem recorra aos bancos que oferecem antecipação desse recurso como uma forma de empréstimo para quitar dívidas ou amenizá-las.

Pagar dívida com o 13º salário é combater o efeito do problema financeiro. Com essa atitude, só mascarará o real e verdadeiro problema - a ausência de educação financeira em toda família. O endividamento é um problema que tem de ser resolvido com o próprio salário. Ou seja, com a redução nos gastos. É muito provável que pessoas que estejam nessa situação não estejam respeitando o próprio padrão de vida.

Só sabe quanto pode gastar, sem ficar no vermelho, quem sabe exatamente quanto entra e quanto sai do bolso mensalmente. E, com base nisso, define quanto e com o que pode gastar. Mesmo quando é necessário entrar em um financiamento para a realização de determinados sonhos que não são acessíveis de outra forma, é importante avaliar se as parcelas, de fato, caberão no orçamento, levando em conta todas as outras despesas e demais sonhos de curto, médio e longo prazos.

Portanto, antes de ir compulsivamente às compras de fim de ano, faça um diagnóstico da sua situação financeira. Relacione todas as despesas fixas e variáveis para descobrir o comprometimento dos seus ganhos com as dívidas. Investigue para onde está indo cada centavo dos seus ganhos. Só assim conseguirá saber quais são os gastos supérfluos que podem ser eliminados. Verifique se está endividado, ou seja, se já tem mais despesas do que seu bolso suporta. Certifique-se de que, mesmo estando no azul, de que vai conseguir pagar as compras que pretende fazer nesse final de ano, cujas parcelas que se arrastarão pelo ano seguinte, somando-se aos gastos extras com impostos e escola.

Faça escolhas que estejam dentro do seu padrão de vida. Se as condições não permitem, procure outras opções mais prazerosas e de menor valor. O ideal é não se endividar com compras e viagens de final de ano. Pesquise os melhores preços de presentes e itens da ceia e das festas, e experimente estipular um valor máximo a gastar com cada item e peça desconto, sempre.

Felizmente, nem todos estão endividados. Quem está numa situação mais confortável, de equilíbrio financeiro, mas ainda não tem o hábito de poupar pode aproveitar o décimo terceiro para iniciar uma reserva e manter essa prática de poupar.

Para quem já tem perfil investidor, o décimo terceiro é oportunidade para incrementar o investimento. 50% pode ser destinado para alguma aplicação que a pessoa já possua e outros 50% pode servir para planejar um salto em direção à sua independência financeira, investindo, por exemplo, em previdência privada.

E lembre-se: fim de ano também é tempo de fazer planos para o futuro. Aproveite para reunir a família, inclusive as crianças, para conversar sobre o que querem realizar nos próximos anos. Definam três sonhos prioritários que tenham diferentes prazos a serem realizados - curto (até um ano), médio (até dez anos) e longo (acima de dez anos). Esse será um fator de motivação para ajustar e conduzir o orçamento familiar.

Seja qual for o perfil do leitor, desejo que 2022 seja azul para todos.

 

Reinaldo Domingos - educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP, autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.


O que esperar do mercado de saúde para os próximos anos?

 

O mercado de saúde passou por uma série de transformações nos últimos anos. Acompanhamos o processo de digitalização dos hospitais, com a adoção de ferramentas disruptivas como prontuário eletrônico e certificação digital, além da popularização das consultas virtuais, incorporadas à rotina das instituições após a autorização do uso da Telemedicina pelo Congresso Nacional. A irrupção da pandemia trouxe novos desafios para as organizações de saúde, que passaram a investir ainda mais em inovação e novos recursos tecnológicos. De acordo com um estudo da International Data Corporation, o investimento em tecnologias no setor de saúde na América Latina deve atingir US 1.931 milhões até 2022. Nesse sentido, o que devemos esperar do mercado de saúde para os próximos anos? 

Antes de mais nada, as soluções focadas na gestão integrada dos processos clínicos e administrativos dos hospitais seguirão em alta, uma vez que este tipo de tecnologia permite obter mais informações estratégicas desde a gestão de contratos, convênios, atendimento ao paciente, prontuário eletrônico, controle cirúrgico, farmácia e suprimentos, até o faturamento, financeiro, contábil e recursos humanos de uma instituição de saúde. Este tipo de sistema contribui para um controle mais efetivo das operações, haja vista a integração entre todos os setores, dados e equipes. Além disso, quando digitalizado, este processo permite reduzir custos e, ainda, eliminar contencioso trabalhista. 

A Telemedicina é outra tendência que seguirá em alta, pois tornou-se essencial para o segmento, especialmente no início da pandemia, após a recomendação de distanciamento social e a superlotação dos hospitais. Para se ter uma ideia, somente no Brasil, houve um aumento de mais de 800% no uso da Telemedicina nos seis primeiros dias da pandemia, segundo pesquisa publicada na revista científica Plos One, em julho deste ano. Desta forma, a prescrição eletrônica integrada com o prontuário, além de eliminar o papel, utiliza todo o processo de compra do medicamento e controle, se adquirido ou não.  

Diante deste contexto, o atendimento à distância possibilita uma rápida troca de informações entre profissionais e pacientes, agilidade nos trâmites dos dados pelos membros da equipe médica para uma segunda opinião, aumento da capacidade de atendimento com eliminação de deslocamento do profissional, conforto e agilidade na consulta, sem a necessidade de deslocamento do paciente, e, principalmente, a diminuição do tempo de espera e o risco de contágio, não só da COVID-19, mas também de outras doenças presentes no ambiente hospitalar. Nesse sentido, as plataformas de Telemedicina permitem conectar médicos e pacientes de maneira ágil e otimizada, por meio do agendamento online, prontuário eletrônico, pagamento digital de consulta e, ainda, geração de relatórios e estatísticas inteligentes.


Desafios para o mercado de saúde no Brasil

Embora o desenvolvimento do setor seja nítido e o caminho para a evolução tecnológica inegável, ainda existem desafios que o segmento deverá superar. Entre eles está a conexão e a promoção da segurança de dados no mercado de saúde, especialmente por tratar-se de informações sensíveis. Isto, somado, é claro, à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), cujo primeiro ciclo de monitoramento terá início a partir de janeiro do ano que vem. Com relação às operadoras, por exemplo, o enfoque dos próximos anos será para evitar fraudes. Mesmo que o reconhecimento facial já exista no combate a estas irregularidades, a partir de agora, sua adoção será essencial, juntamente com a utilização da biometria. 

Além disso, atuar no segmento de saúde exige, em primeiro lugar, agilidade e alta disponibilidade no atendimento, uma vez que o setor funciona 24 horas. Por isso, investir em novas tecnologias não envolve apenas a adaptação do corpo clinico às plataformas. O mercado passou a demandar profissionais de tecnologia cada vez mais capacitados para atender as necessidades específicas do setor e, para os próximos anos, contar com um time de TI especializado pode ser a chave para o sucesso da operação hospitalar. 

Com o alto investimento realizado na área da saúde brasileira nos últimos dois anos, foi possível acompanhar um grande movimento de consolidação de hospitais e clínicas de todos os portes e especialidades. Além disso, a ascensão das healthtechs trouxe consigo o surgimento de novas soluções no mercado de saúde, em que cada uma é dedicada a uma especialidade. O grande desafio daqui para frente é integrá-las juntamente a segurança dos dados perante a LGPD.

O futuro deste mercado está diretamente ligado à evolução da tecnologia, clínicas e de gestão. Por conta disso, cada vez mais, as instituições terão que contar com o apoio de empresas especializadas em TI que ofereçam ferramentas eficientes e integradas para otimizar a gestão integrada de todos os processos com segurança.

 

Severino Benner - CEO do Grupo Benner, empresa que disponibiliza informações por meio de softwares e processos com o objetivo de revolucionar os negócios.


IPVA MAIS CARO EM 2022 E NOVAS REGRAS DO SEGURO DO CARRO

Mudanças permitem vincular os seguros de automóveis ao motorista

 

Em agosto deste ano, a SUSEP editou a Circular nº 639 que estabelece novas regras para flexibilização dos seguros de automóveis no Brasil. Dentre as novidades, está prevista a possibilidade de contratação de seguro vinculado ao motorista ou condutor indicado na apólice e não ao veículo. Por essa nova modalidade, o motorista tem cobertura do seguro em caso de acidente mesmo se o veículo não estiver segurado. O seguro abrange a cobertura para acidentes pessoais de passageiros e responsabilidade civil facultativa.

A norma também permite que os consumidores tenham liberdade de escolher as melhores condições para contratação do seguro que caiba no seu bolso. Nesse sentido, é possível estipular franquia para reparação de itens independentes do veículo como, por exemplo, faróis, retrovisores, rodas, etc., a utilização de peças usadas no reparo e a cobertura parcial do casco.

Também existe a alternativa de estipular um determinado valor para indenização sem, necessariamente, corresponder ao valor total do veículo sinistrado. Outra forma de diminuir a mensalidade é a contratação do seguro apenas para reembolso das despesas causadas pelo sinistro.

Por fim, uma medida justa estabelecida na norma é obrigação da seguradora devolver para o consumidor o valor dos seguros contratados e não utilizados quando houver o cancelamento por sinistro.

As seguradoras tem até o início de 2022 para adaptação e disponibilização dessas novas modalidades de contratação para os consumidores.

Cumpre lembrar que essas regras não são válidas para seguros de automóveis de responsabilidade civil que, em viagem internacional, ingressarem em países do Mercosul e para o seguro obrigatório (DPVAT).

A criação de outras alternativas adequadas às necessidades e ao orçamento do consumidor estimula os brasileiros a contratarem seguros para reduzir os prejuízos sofridos nos veículos, além de favorecer o crescimento desse mercado

 

Ludmila Heloise Bondaczuk

 

Agência de pesquisas globais revela tendência do mercado de compras para 2022

Compras virtuais continuarão ganhando força. E-commerce é oportunidade para quem compra e para quem vende! Para empresas, reduzem custos, como aluguel, IPTU e gastos com internet, conta de energia e telefone. E preços são repassados em descontos para consumidores.

 

De olho no próximo ano, a agência de pesquisas globais Mintel acaba de anunciar as principais inclinações para impactar os mercados consumidores no próximo ano. Passando pelo avanço da tecnologia, marcas que abordam a “culpa dos sobreviventes” e a ansiedade ecológica por causa da pandemia da Covid-19, as tendências de 2022 englobam controle, uma vez que, em tempos de imprecisões, os consumidores anseiam por um senso de gestão sobre suas vidas.

Então, as marcas podem – e devem – fornecer as informações e as opções para que as pessoas se sintam, literalmente, no “banco do motorista”. Neste caso, a corrida pela entrega mais rápida evoluirá para se concentrar em ser mais flexível, dando aos clientes mais controle sobre quando os produtos chegam, atendendo seus horários ou outras necessidades específicas.

Ainda segundo o levantamento, agora, depois do isolamento social, os consumidores estão ansiosos para sair de seus limites e explorar novas experiências, tanto no mundo “real” quanto no virtual. Neste aspecto, vale lembrar que à medida que a pandemia se desenrolava, muitas mudanças, que não estavam previstas para ocorrer tão rapidamente, foram aceleradas. No Brasil, por exemplo, a frequência de compras na internet aumentou 71% no último ano e as expectativas para 2022 são bem animadoras para o e-commerce, conforme mostra o estudo de pesquisa de mercado “Market Review | Edição 1: Tendências do E-commerce para 2022”, resultado da parceria entre a RetailTech Bornlogic e a Opinion Box.


Compras pela internet impulsionam negócios digitais

O setor de franquias on-line é um dos que estão em extrema ascensão. Seu faturamento, conforme a “Pesquisa de Desempenho 2º Trimestre 2021”, realizada pela ABF (Associação Brasileira de Franchising), mostra forte alta quando comparado com o ápice dos efeitos da pandemia, no segundo trimestre de 2020. Entre as áreas que mais impulsionaram esse resultado, está o segmento de saúde, beleza e bem-estar, apresentando alta de 17,4% em relação ao segundo trimestre de 2019 e 21,2% em relação ao mesmo período de 2020.

“Sem dúvida, o e-commerce representa a possibilidade de trabalhar em casa, reduzindo investimentos como aluguel, IPTU do imóvel, condomínio, imobiliário, deslocamento, telefone, internet e todos os aparatos necessários para se abrir um espaço físico. É vantajoso para quem compra e para quem vende”, comenta Dhyenny Leal, coordenadora de Marketing de As Franquias do Futuro, grupo que cuida das vendas das franquias Bellaza, a qual, no embalo da pandemia, viu seu número de franqueados ampliar de cerca de 100, no fim do ano passado, para mais de 300, este ano, e, graças à expansão, tem pretensão de fechar 2021 com faturamento de R$ 5,5 milhões, confirmando os dados da ABF.

 


Dhyenny Leal - coordenadora de Marketing de As Franquias do Futuro, que cuida da Franqueadora Bellaza


Especialista explica cuidados jurídicos com pets durante as viagens de fim de ano

Fim de ano representa também o momento de muitas pessoas viajarem para descansar, reencontrar amigos e familiares. Contudo, além dos preparativos da viagem, aqueles que possuem animais de estimação precisam de cuidados redobrados na hora de escolher o que fazer com o bichinho, como as obrigações legais para levá-lo na viagem ou até mesmo escolher, de forma correta, um hotel adequado para o pet.Segundo a advogada Brenda Guimarães, é necessário ficar atento às legislações nacionais ou internacionais no momento que se decide levar um animal junto na viagem. A especialista explica que as leis internacionais costumam ser mais rígidas que as vigentes no Brasil.

“Os animais domésticos, por exemplo, são mais simples de transportar, já os não domésticos precisam de licença ambiental. Geralmente é necessário que eles viajem em uma gaiola específica, possuam carteira de vacinação atualizada e com a vacina antirrábica em dia, além do atestado do médico veterinário informando que o animal pode viajar”, pontua Brenda, que também é professora da Rede UniFTC.

Já na hora de escolher um hotel de pet, os cuidados precisam ser redobrados, principalmente porque o tutor não estará presente e deixará o animal em um ambiente desconhecido. Como o caso que aconteceu em Salvador, que a coelha Nicinha foi deixada em um hotel e sua tutora recebeu uma ligação durante a viagem informando o falecimento do animal.

Nas redes sociais da coelha (@quemvaiecoelho) foi publicado o resultado da necropsia realizada pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) informando politraumatismo como causa da morte. Segundo a advogada Brenda, não tem como garantir que estes casos não ocorram, mas o tutor pode fazer algumas pesquisas antes para saber se o hotel realmente está funcionando de forma legalizada, buscar referências de quem utilizou os serviços anteriormente.

“O mais importante é verificar o CNPJ da empresa e procurar saber se ela tem licença da vigilância sanitária, além de alvará de funcionamento da Prefeitura da cidade. Essas precauções evitam os "’hotéis caseiros’ sem licença alguma de funcionamento”, comenta.

No caso de morte e maus tratos do pet, tanto em um hotel, quanto em uma empresa de viação ou aviação, a especialista recomenda que se entre com uma Ação Indenizatória Civil. “Nesta ação se busca a reparação pelo dano sofrido, lesão ou morte do animal. Isso toma como base o dever de custódia e da prestação do serviço ofertado, que tem que garantir a saúde e integridade física do pet”, finaliza Brenda.

 

Estudo inédito revela médias salariais na área de tecnologia

Yoctoo, consultoria boutique em recrutamento e seleção de TI, inovação e digital, apresenta os salários dos principais cargos do setor


Não há dúvida sobre o quanto a área de TI está em alta. Com a pandemia e a necessidade emergencial de adoção de novas tecnologias, a busca por esses profissionais aumentou de forma exponencial, assim como as remunerações de muitos dos cargos ligados a esta área. Buscando entender esse panorama, a Yoctoo, consultoria boutique em recrutamento e seleção de TI, inovação e digital, acaba de publicar o primeiro Guia Salarial exclusivo do setor.

A empresa utilizou o tipo de pesquisa exploratória, a fim de cruzar diferentes variáveis e sintetizar dados de diversas áreas de atuação, níveis profissionais e segmentos. “Utilizamos os dados coletados nas centenas de entrevistas feitas pela nossa equipe com profissionais de tecnologia ao longo de todo o ano de 2021”, explica Paulo Exel, diretor da Yoctoo na América Latina.

O mais interessante é que o conteúdo foi desenvolvido por meio de inteligência artificial, a partir do cruzamento da base de perguntas e respostas de centenas de profissionais e clientes da Yoctoo. “Com isso, conseguimos não apenas um panorama geral da área de tecnologia no ano de 2021, como também antecipar tendências para 2022”, acrescenta.


Cargos analisados – O Guia Salarial analisou os cargos de especialista, coordenador, gerente e gerente sênior, ou seja, da média à alta gerência, que é a área de atuação da Yoctoo. Os valores consideram apenas os salários brutos mensais, desconsiderando outros benefícios, como bônus e remunerações variáveis.

Foram analisados vários cargos dentro das áreas de segurança da informação, engenharia de software e ERP, infraestrutura, engenharia de dados, executivos de TI (como CTO, CSIO, CPO, CDO e CIO), inovação e digital (como Product Owner, Scrum Master, Agile Coach, UX e UI).

Dentre todos, o cargo com menor salário é o de especialista em infraestrutura de redes, a partir de R$ 7 mil. Entre os mais altos, estão os cargos de gerente sênior de todas as áreas, que variam entre R$ 22 e R$ 32 mil. Já os cargos executivos partem de R$ 28 e podem chegar a R$ 65 mil, de acordo com os especialistas desta consultoria. 

O estudo mostrou ainda que todas as posições ligadas a backend de Engenharia de Software, DevOps/Cloud em Infraestrutura, além de Engenharia e Ciência de Dados foram as que mais registraram fuga de talentos para o exterior. “Com o home-office, os profissionais têm liberdade para trabalharem de onde quiserem. É natural que muitos profissionais aproveitem esse momento de aquecimento do mercado global para trabalhar para uma empresa estrangeira, recebendo em Dólar ou Euro”, pontua Exel. Chama atenção ainda o fato de que, dos 39 cargos analisados, a pandemia gerou aumentou nas faixas salariais analisadas em 29 deles. Os outros 10 se mantiveram em estabilidade. Nenhum cargo registrou queda.

Por fim, o Guia mostrou ainda os cargos mais promissores para 2022. Entre eles, Arquitetura Enterprise/ Negócios, todas as posições na área de dados, e na área de segurança, especialmente as de governança e estratégia. “Essas áreas continuarão aquecidas para dar sustentação à transformação digital das empresas”, antecipa o diretor.

O Guia Salarial Yoctoo está disponível para download no https://bit.ly/guiasalarialyoctoo. “Nosso objetivo é oferecer ao mercado um material prático, capaz de ajudar as empresas na criação de políticas de cargos e salários na área de TI e os profissionais, no planejamento de suas carreiras para 2022. É a forma de contribuirmos com o nosso conhecimento e análise para esse setor tão fundamental para a economia nesse momento”, finaliza.

 


Yoctoo

www.yoctoo.com


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