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sábado, 20 de novembro de 2021

Mitos X Verdades sobre a Positividade Tóxica

A imposição da felicidade plena se torna cada dia mais frequente, mas essa atitude diante dos próprios sentimentos e dos outros, podem trazer quadros de ansiedade e depressão; especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre o tema


 

Você já ouviu falar sobre a positividade tóxica? É praticamente uma “overdose” de felicidade que é comprada e imposta pela sociedade. Esse é um fenômeno contemporâneo e cada vez mais evidente, são as preocupações/ obrigações de se mostrar feliz o tempo todo. 

De acordo com a advogada Mayra Cardozo, especialista em Direitos Humanos, as redes sociais, em especial o Instagram, amplificaram esse fenômeno através do “fear of missing out” - medo de perder as oportunidades. “Existe uma aproximação entre ambos os fenômenos, mas a positividade tóxica é algo mais amplo que transpassa a esfera das redes sociais e acaba sendo incorporada em todos os âmbitos da nossa vida”, explica a especialista. 

 

A incessante exposição da suposta “vida perfeita” ou “corpo perfeito” também pode gerar esse ambiente de positividade tóxica. “Esse termo é bastante utilizado para a pressão propagada pelos discursos falsamente positivos aliados a uma vida editada para as redes sociais. Os influencers ditam tendências e pregam a felicidade como estilo de vida. O problema é quando essas pessoas não usam o bom senso. Cabe a cada usuário e a cada rede social tomar as devidas providências. É importante que os influenciadores alinhem o seu trabalho à responsabilidade de criar um propósito em prol do bem-estar de todos e da saúde como um todo. A palavra chave é sempre equilíbrio e escolha consciente”, alerta a psicóloga Vanessa Gebrim.

 

Abaixo, as especialistas esclarecem os principais mitos e verdades sobre positividade tóxica. Confira: 

 

1- A positividade tóxica está apenas no Instagram?

MITO. A positividade tóxica pode estar tanto nas redes sociais, como no ambiente de trabalho e até familiar. “Muitas vezes ela é algo que foi muito proliferado por alguns coaches, eu particularmente faço severas críticas à indústria que pertenço, por vezes terapeutas muito bem intencionados acabam sendo irresponsáveis ao invalidar ou suprimir algumas experiências e sentimentos dos seres humanos", revela Mayra. 


 

2 - Só não é feliz quem não quer?

MITO. “Alguns profissionais sempre acabam trazendo a ideia de que se você não é feliz é culpa sua, ignorando os mecanismos de opressões existentes. Isso é muito perigoso”, revela Mayra. 

 

Segundo Vanessa Gebrim, muitas pessoas acabam jogando os sentimentos “debaixo do tapete” para tentar estar sempre feliz, mas também precisamos passar pelas dores. “Não podemos e conseguimos apagar nossas dores ou questões. Não existe uma fórmula para a felicidade, precisamos trabalhar nossas dores e não anestesiá-las com o que a sociedade coloca como padrão”, alerta. 

 

3 - Existem profissionais que incentivam essa positividade tóxica?

VERDADE. Alguns profissionais sempre acabam trazendo a ideia de que se você não é feliz é culpa sua, ignorando os mecanismos de opressões existentes. “Um dos problemas que acredito que ocorrem quando as (os) coaches não possuem uma consciência inclusiva é que o processo não pode atingir seu resultado real. Hoje vivemos um momento histórico particular porque em tese somos livres, porém nossa própria liberdade causa coerção”, orienta Mayra. 

 

Ainda de acordo com ela, o maior problema é que alguns terapeutas e coaches não possuem uma lógica inclusiva e acabam reforçando essa lógica da positividade tóxica e de produção desenfreada que acabam sendo uma das causadoras do colapso psicossocial.

 

4 - A base da positividade tóxica é a felicidade.

VERDADE. “Porém, felicidade pressupõe liberdade, podemos dizer que liberdade pressupõe ausência de coerção, porém, atualmente nos deparamos com a seguinte situação: o sujeito que se considera livre, é, na realidade, um servidor absoluto que se explora voluntariamente”, complementa Mayra. 

 

5 - Quanto mais fingimos a felicidade, mais triste estamos?

VERDADE. “Estamos enfrentando um colapso psicossocial inerente: somos confrontados com uma epidemia de doenças mentais, especialmente ansiedade e depressão, e inúmeros registros de insatisfação no trabalho. Na maioria dos países, os níveis de “felicidade” ou “satisfação com a vida” permanecem estagnados mesmo quando a renda aumenta”, comenta Mayra. 

 

Ainda de acordo com ela, o nosso sistema econômico se baseia na autoexploração e essa é a inteligência desse regime, pois a autoexploração não permite o surgimento de resistências. ”Conclui-se que estamos diante de uma crise inexorável de liberdade e da consequente ausência de felicidade, na qual se utiliza uma técnica de poder, como a positividade tóxica e a produtividade desenfreada seguida pelo lema “trabalhe enquanto eles dormem”, que não rejeita nem oprime a liberdade, mas a explora”, complementa.  

As pessoas são controladas pela técnica de dominação neoliberal e patriarcal que visa explorar não só a jornada de trabalho, mas a pessoa por completo. “O autoconhecimento, através de narrativas como a da positividade tóxica, está sendo utilizado como mecanismo para aumentar a produtividade, uma vez que bloqueios, fragilidades e erros devem ser removidos terapeuticamente para melhorar a eficiência e o desempenho. Por isso é fundamental unir o processo de coaching ao desenvolvimento de uma consciência inclusiva e emancipatória”, finaliza Mayra Cardozo.

 


Mayra Cardozo - Advogada especialista em Direitos Humanos pela Universidade Pablo de Olavide (UPO) – Sevilha. A professora de Direitos Humanos da pós-graduação do Uniceub - DF, é palestrista, mentora de Feminismo e Inclusão e Coach de Empoderamento Feminino. Membro permanente do Conselho Nacional de Direitos Humanos da OAB e do Comitê Nacional de Combate à Tortura do Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos.

 

Vanessa Gebrim - Pós-Graduada e especialista em Psicologia pela PUC-SP. Teve em seu desenvolvimento profissional a experiência na psicologia hospitalar e terapia de apoio na área de oncologia infantil na Casa Hope e é autora de monografias que orientam psicólogos em diversos hospitais de São Paulo, sobre tratamento de pacientes com câncer (mulheres mastectomizadas e oncologia infantil). É precursora em Alphaville dos tratamentos em trauma emocional, EMDR, Brainspotting, Play Of Life, Barras de Access, HQI, que são ferramentas modernas que otimizam o tempo de terapia e provocam mudanças no âmbito cerebral. Atua também como Consteladora Familiar, com abordagem sistêmica que promove o equilíbrio e melhora relações interpessoais.


A felicidade está ao seu alcance


Estava pensando sobre o conceito de felicidade e como ela é diferente para cada pessoa. Aprendi muito nos meus 66 anos de idade e sei que vou continuar aprendendo com a vida, mas, até agora, de todas as lições, a mais valiosa foi entender que não encontramos a felicidade. Afinal, ela não é um ponto final que alcançamos, mas um caminho que percorremos.

 

Com isso, entendi que até as melhores coisas da vida tem seus desafios e podem nos surpreender com dias não tão positivos. Então é preciso persistir, diariamente, mesmo diante dos problemas. É saber lidar com situações difíceis, que são inevitáveis.

 

Nessa caminhada, compreendi que ao ajudar o próximo, seja, doando meu tempo ou até mesmo apoiando financeiramente, é algo transformador e que com certeza me torna uma pessoa mais feliz e grata. Acredito que contribuir pelo prazer de fazer a diferença no mundo seja meu principal propósito de vida e também o meu legado, que é levar saúde e educação para que as pessoas possam se desenvolver continuamente.

 

É como diz a frase de Christopher McCandless, no filme Na Natureza Selvagem, "A felicidade só é real quando é compartilhada". Quero terminar este artigo deixando uma reflexão: você se permite conectar com a emoção mais elevada e abundante que existe que é se importar incondicionalmente com o outro?

 

Acredite: essa ação preencherá o seu coração de um sentimento bom, reconfortante e, extremamente, energizante, chamado amor. Afinal, a positividade, o amor e o autoconhecimento são a chave para a felicidade.

 

 

 

Clemilda Thomé - foi uma das primeiras empresárias no Brasil a se tornar bilionária ao vender sua empresa NEODENT para uma multinacional suíça. Hoje, é uma das mulheres de negócio mais influentes do país. Participa ativamente da gestão de suas empresas no Conselho de Administração da DSS Holding, mas tem como seu maior legado, a promoção da educação, que ela acredita ser o maior agente das mudanças e desenvolvimento do país.


Grafologia aponta traços da personalidade, distúrbios comportamentais e ajuda em investigações criminais

No dia 21 de novembro é Dia Internacional do Grafólogo, profissional responsável por analisar traços do comportamento humano, a partir da análise da caligrafia. A grafologia é uma técnica muito utilizada para averiguação de autenticidade de documentos, processos seletivos, em consultórios para identificação de distúrbios comportamentais e vícios, em instituições de ensino na orientação vocacional e até aplicada em investigações de crimes pelo FBI.

 

Segundo a grafóloga Célia Siqueira, a escrita é gerada por pulsos neurológicos que estimulam músculos, sendo o cérebro como um espelho, que reflete todas as emoções e pensamentos. Esse sistema grafológico é fundamentado na comparação dos traços e sinais gráficos, como marcas inseridas inconscientemente. Para um estudo completo sobre a condição psíquica, comportamental e física, são analisados diversos pontos das letras, como: inclinação, forma individual, curvatura, pressão, tamanho, dimensão e disposição.

 

Com a grafologia é possível traçar patologias, identificar bloqueios, auxiliar no tratamento de dependência química, contribuir para o sucesso pessoal e profissional das pessoas. No caso das crianças, com estudo dos desenhos e o início da caligrafia, pode-se tratar traumas psicológicos, gagueira, transtorno do sono, etc. Também existe a possibilidade de melhorar a personalidade, o convívio social, aprimorando o comportamento com a grafoterapia”,

diz Célia Siqueira.

 

A grafologia é reconhecida como uma ciência no cenário mundial, principalmente em países da Europa e América Latina, mas no Brasil ainda é pouco difundida, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) não reconhece como método científico. A técnica existe desde os povos antigos, que procuravam traços de personalidade das pessoas a partir da caligrafia. Porém, só no século XIX foi elaborado pelo abade Jean-Hippolyte Michon um sistema grafológico fundamentado na comparação dos traços e sinais gráficos. Assim, Freud e outros pesquisadores, afirmaram a eficácia da técnica no recrutamento e seleção no treinamento e desenvolvimento pessoal.

 

www.instagram.com/institutoceliasiqueira_oficial



7 erros para evitar ao iniciar um perfil no Instagram ou TikTok

Dicas úteis e orientações simples para ajudar a chegar a um passo mais perto da popularidade e se proteger de situações desagradáveis ​​ao fazer um perfil

 

 

O Instagram se tornou recentemente um dos aplicativos mais indispensáveis ​​em nossos smartphones. Todos os dias, usuários de todo o mundo compartilham fotos com seus amigos e familiares, além de integrarem seus próprios negócios, como influenciadores e se unem em comunidades de interesse. A ideia de Mike Krieger e Kevin Systrom, fundadores do Instagram, é o exemplo perfeito de uma plataforma para integrar usuários comuns, mídia, grandes marcas e comunidades em um só lugar. Mas, mais recentemente, TikTok vem tentando assumir esse lugar. A rede social chinesa permite que grave, edite e publique vídeos curtos verticais sobre tópicos completamente diferentes.

O TikTok é visitado por músicos, atores, blogueiros de outras redes sociais, além de grandes marcas nacionais e internacionais. Observando esses casos, todo mundo pode querer começar um perfil nas redes sociais para tornar-se um influenciador. Kirill Pyzhov, cofundador da plataforma para trabalhar com blogueiros e influenciadores Perfluence, disse quais erros devem ser evitados ao fazer login no Instagram e TikTok pela primeira vez.


Antes de começar

Antes de começar seu perfil no Instagram e no TikTok, você precisa ser claro sobre o que vai dizer aos seus seguidores e quais ideias quer divulgar. Uma das maneiras menos triviais é sucumbir à onda de hype e seguir as tendências. Essa estratégia funciona especialmente bem no TikTok, já que vídeos como esses são muito populares entre os usuários de mídia social. Mas lembre-se, você não irá longe com vídeos "quentes", já que nem todos os anunciantes concordarão com integrações comerciais com você. Portanto, logo no início da jornada, responda às seguintes perguntas: o que posso fazer? do que eu gosto? o que eu quero dizer aos assinantes? Qualquer um dos seus hobbies, negócios, habilidade pode ser transformado em um tópico altamente especializado para o seu blog. Torne-se um especialista em seu nicho e sua sorte estará em suas mãos.


Um perfil que não fala sobre você

O design de perfil adequado é um dos elementos-chave para uma promoção bem-sucedida. Vale a pena começar com seu nome de usuário. Seu apelido deve ser lembrado de maneira fácil e imediata, além de ser conveniente para pesquisas na rede social. Portanto, é melhor criar imediatamente um nome sem números longos e símbolos. Hoje, o melhor é usar nome e sobrenome.

A próxima etapa é a foto do perfil. Dependendo do tema do seu perfil e de seus objetivos, as abordagens para o design da foto também diferem. Recomenda-se a utilização de logotipos para empresas e grandes projetos. Para influenciadores que não desejam se tornar populares por meio de escândalos e revelações, um retrato ou uma imagem nítida é o ideal. Para os usuários mais corajosos e ousados ​​do Instagram e do TikTok, o uso de memes, personagens de histórias conhecidas ou imagens absurdas será relevante.

A última etapa é descrever o perfil. As mesmas regras funcionam aqui como com a foto de perfil: quanto mais profissional e responsável o conteúdo você transmitir, mais competentes e lógicos seus pensamentos e ideias devem ser na descrição.


Regularidade nas postagens

A regularidade da postagem de conteúdo em seu perfil é importante para ambas as redes sociais. Quanto mais você posta, mais ativamente os algoritmos de mídia social promovem seu perfil e publicações para outros usuários. Esse vício é especialmente relevante para o TikTok. A regra "10 rolos em rios" funciona nisso. Depois de se inscrever, a rede social promoverá ativamente seus primeiros dez vídeos. Portanto, agora é necessário entrar no TikTok com um plano de conteúdo claramente definido e a capacidade de criar vídeos regularmente.


Lugar nenhum sem colaboração

Até agora, o Instagram e o TikTok são populares com conteúdo em uma dupla ou grupo de blogueiros. A TikTok foi bem-sucedida nesse aspecto. Devido ao fato de não ter um bom desempenho com anúncios direcionados e menções nos perfis de outros influencers, uma das melhores maneiras de promover o seu blog é criando conteúdo genérico. Encontre pessoas de seu interesse, sugira ideias para cooperação mutuamente benéfica, crie novas histórias e você terá todas as chances de entrar na seção de recomendações. Não se empolgue exclusivamente com a história pessoal, mas, pelo contrário, encontre e colabore com os colegas da loja.


E quanto à qualidade?

Ao mesmo tempo, o Instagram estabeleceu um alto padrão de qualidade de conteúdo para perfis pessoais e contas corporativas. É graças a isso que os aplicativos com filtros de fotos e ferramentas de retoque ganharam popularidade sem precedentes, e os usuários começaram a prestar cada vez mais atenção aos recursos técnicos da câmera de seus smartphones. O TikTok não está ficando para trás nesse aspecto, e em algum lugar até mesmo à frente. De acordo com as estatísticas, os usuários percorrem os vídeos com pouca clareza e detalhes desde os primeiros segundos, em contraste com os vídeos de grande formato de alta qualidade com edição simplificada e efeitos especiais.


Hashtag está de volta

Lembra-se dos dias em que os usuários deixavam dezenas de hashtags diferentes sob suas fotos para que suas postagens pudessem ser vistas por pessoas de todo o mundo? Agora, o TikTok funciona com o mesmo princípio. Segundo as estatísticas, mais de 70% da promoção em uma rede social é jogada por hashtags. Combine-os corretamente nas postagens, siga as últimas tendências e a sorte estará em suas mãos.


Dica final!

Instagram e TikTok têm políticas rígidas de privacidade e proteção para a web. Qualquer violação das diretrizes da comunidade pode resultar em penalidades severas. Nesse sentido, fale com atenção sobre temas delicados e problemáticos, não use palavrões, não publique conteúdos e cenas de violência de outras pessoas.


10 passos para ativar a resiliência em tempos difíceis

Estudos científicos nos mostra que a felicidade é composta em 50% pelo ponto referencial genético, 10% são circunstanciais e 40% é aprendível, logo passível de ser treinado


A busca pela felicidade é o ponto referencial mais comum entre os seres humanos. E aqui já começa o entrave: A felicidade é uma construção diária, não uma poção mágica a ser desvendada, muito menos é um dom, que enquanto alguns possuem, outros supostamente jamais chegariam lá.

Deletar ideias preconcebidas sobre o que nos faz verdadeiramente feliz, pode ser o start que a mente precisa para mostrar elasticidade em direção a algo novo. Estudos científicos* nos mostra que a felicidade é composta em 50% pelo ponto referencial genético, 10% são circunstanciais e 40% é aprendível, logo passível de ser treinado. (*Sonja Lyubomirsky, Universidade da Califórnia).

Ao enxergar o lado positivo de qualquer conceito praticamos felicidade intencional, e a prática diária desta garante a tão almejada felicidade duradoura.

A ciência contemporânea disponibiliza informações relevantes que nos auxiliam nessa jornada. No entanto, algumas respostas são bem menos complexas do que esperamos, as atividades diárias que nos auxiliam nessa construção, são simples, porém o hábito de realizá-las e a expansão cognitiva promovida por elas, garantem o resultado a longo prazo. Acontecimentos alheios a nossa vontade ocorre, a pandemia é um exemplo distópico disso. Nós só controlamos nossas ações e nossas atitudes.

Como então poderíamos creditar às circunstâncias o poder de definir se seremos ou não felizes? Por isso, elenquei 10 lições práticas para começar a praticar a felicidade intencional.

1) Ao acordar, evite fazer a busca por notícias (acredite, quase todas serão negativas!). Desative as notificações do que não lhe faz bem. Você não mudará o mundo se deixar para se informar dos acontecimentos mais tarde. Seja seletivo. Estudos mostram que más notícias como "primeiras do dia", aumentam em 40% a probabilidade de arruinar todo o seu dia;

2) Acorde mais cedo, a manhã faz milagres!

3) Respire! Ouça algo que te diverte, ou te deixa leve. Leia um salmo, ou medite;

4) Tome banho, faça a cama, tome um café matinal em paz. Não precisa ser demorado, só precisa ser um momento seu;

5) Arrume o lugar em que você vai trabalhar, se for em Home Office ou se você vai até a empresa, deixe seu espaço sempre funcional para seu retorno, ou para o uso de outros;

6) Prioridade não se escreve no plural, defina a sua. Cada uma tem sua vez;

7) Exercite-se (no horário que der), a única atividade física que não lhe traz benefícios, é a que você não fez;

8) Afaste-se dos media coletivos, da negatividade em massa que dificilmente ajudará a alguém sair-se melhor de uma situação atípica, como a pandemia, por exemplo. Assim como existe o efeito placebo, existe o efeito Nocebo. Pânico é contagioso, traz sintomas, vulnerabiliza e não só faz a pessoa parecer doente e sentir-se assim, como através da baixa imunidade que o efeito causa, fica-se mais suscetível a adoecer;

9) Seja grato conscientemente e pratique anotando diariamente, até que seja parte dos seus dias (provavelmente em 21 dias terá se transformado num hábito);

10) Não durma sem ter feito pelo menos 3 atos de doação! Aja conscientemente em direção da bondade. Você é o grande beneficiado.

Ao inserir hábitos para uma vida feliz em sua rotina, não só seremos mais satisfeitos, como mais criativos, melhores profissionais, com relações interpessoais mais qualitativas e mais resilientes. Felicidade é um estilo de vida que nasce de uma condição interna e se propaga em coletividade.

 

Sandra - cheif happiness officer, certificada na Florida International University (FUI) em "Gestão de Felicidade", focado em mostrar o quão a felicidade é importante para quaisquer organizações e como é primordial ter um gestor da "Ciência da Felicidade" em um quadro de colaboradores. Sandra é membro palestrante do Wohasu World Happiness Summit, criadora do projeto Plantando Happiness , projeto experiencial e interativo que contou com a participação de 73.000 pessoas tendo contato com aplicações tangíveis da ciência da felicidade.


Síndrome do Final de Ano: casos de depressão e ansiedade aumentam neste período

 Especialista explica como as comemorações do fim de ano podem afetar a saúde mental


O final do ano é cercado de expectativas, planos, reuniões de família e pessoas alegres celebrando a vida. Mas, para alguns, a realidade é outra...

Em muitos casos, sentimentos de frustração e melancolia tomam conta neste período e podem desencadear casos de depressão e ansiedade. Este fenômeno é conhecido como Depressão Sazonal ou Síndrome do Final de Ano, termos usados para descrever o aumento de quadros ansiosos e depressivos entre o final de novembro e o fim de dezembro.

Segundo uma pesquisa da International Stress Management Association, o estresse atinge 80% da população nesse período, algo que está muito ligado, por exemplo, ao acúmulo de tarefas, pensamentos que sobrecarregam a mente, ambiente frenético e corrido no trabalho, preparação para as férias escolares, reencontro de amigos e familiares, além de todas as expectativas - para alguns, até mesmo apreensão - relacionadas ao ano que está por vir.

Para Katherine de Paula Machado, neuropisicóloga da Clínica Maia, uma das explicações para reações tão diferentes em relação à mesma época é o simbolismo do fechamento de ciclo, que traz reflexões sobre o desempenho e aproveitamento que cada um teve.

"Geralmente, no fim do ano, as pessoas fazem uma avaliação de como foram os últimos 12 meses. Assim, caso não estejam satisfeitas com as experiências vivenciadas, é comum fazerem uma análise negativa, que desencadeia sentimentos de autocobrança, não merecimento e percepção negativa da realidade", comenta a especialista.

A maneira como a imprensa e as redes sociais lidam com esse período também contribui para gerar insatisfação. "Essa exibição constante de momentos felizes de outras pessoas pode provocar dúvidas em relação à qualidade das experiências pessoais, ou pode lembrar, de maneira dolorosa, o que está faltando em nossas vidas, provocando sensação de solidão e vazio", explica Katherine.

Todos esses fatores podem colaborar para que essa época do ano acabe se tornando particularmente difícil, principalmente para aqueles que já lidam com problemas de saúde mental, sendo, portanto, um gatilho para crises e recaídas, inclusive com abuso de álcool e/ou outras substâncias psicoativas.

A neuropsicóloga acredita que a idealização das comemorações de Natal e Ano Novo pode levar à frustração. "Não existem pessoas e famílias perfeitas, nem tudo vai acontecer como foi planejado; nem todos estão alegres nessa época do ano, a felicidade não é obrigatória. O importante é tentar relaxar e aproveitar o momento da melhor maneira possível", afirma.

Para passar por este período de forma saudável, é fundamental ser compreensivo consigo mesmo, não fazer cobranças, evitar comparações, identificar o que foi bom no ano que passou e valorizar cada conquista, promovendo assim autoestima e segurança para gerar as mudanças desejadas no próximo ano.

Mas se, neste fim de ano, estiver muito difícil lidar com as feridas e com a angústia, é fundamental procurar um auxílio profissional. "O acompanhamento psicológico é muito importante para ajudar a pessoa a identificar a origem dos sentimentos negativos e ressignificar o momento delicado pelo qual está passando, principalmente para quem já tem diagnóstico de transtorno mental. Então, busque ajuda, você não está sozinho!", conclui a psicóloga.


Como se libertar do complexo de Mulher Maravilha



Autora do recém-lançado livro "A Coragem de se apaixonar por você",
Gisele Miranda ensina a deixar de lado o mito da perfeição e o peso de querer dar conta de tudo; confira dicas que ela listou para as mulheres


Você se acha uma "super heroína"? Se fizermos essa pergunta para as mulheres, a grande maioria irá responder que não. No entanto, o antigo mito da "supermulher" ainda paira no imaginário de muitas delas, que acabam agindo - muitas vezes sem nem perceber- como "mulheres maravilha".

"Ainda hoje, um grande número de mulheres acredita que precisa desempenhar, de forma impecável, todos os papéis que assume na vida - esposa, mãe, profissional, entre outros- sem nunca falhar, nunca fraquejar, e dando sempre 100% de si. No entanto, essa autocobrança gera angústia e culpas, e, por isso, é uma grande armadilha", avalia Gisele Miranda, autora do livro "A Coragem de se apaixonar por você". Há 25 anos ela auxilia mulheres e mães a despertarem 100% de seu potencial na carreira e na vida pessoal, tornando-se protagonistas de suas histórias.

Gisele ressalta que é possível, sim, dar conta de vários aspectos da vida e desempenhar essas diferentes funções com qualidade, mas é preciso ter cuidado com o medo de errar, de se mostrar vulnerável, e com a resistência em pedir ajuda. "O que muitas vezes acontece é que a mulher vai assumindo cada vez mais tarefas e obrigações, sem se questionar se aquilo é viável e cabe na sua rotina e, quando se dá conta, está sobrecarregada e se cobrando cada vez mais para absorver atividades extras. Vira um ciclo vicioso, que se torna uma bola de neve", alerta.

Pensando em apoiar as mulheres nesse sentido, Gisele listou passos para "tirar a capa" de super-heroína e se permitir ser uma mulher real:



- Invista no autoconhecimento

Quando nos conhecemos bem, passamos a ter uma visão mais realista do que podemos ou não realizar, e do que está em sintonia com nosso perfil e com nosso dia a dia. "Fazer esse exercício é metade do caminho para começar a abandonar o papel de mulher maravilha. Por isso, é importante buscar se conhecer melhor, seja através de uma terapia, uma breve meditação diária, um esporte, um hobby. Qualquer atividade que seja prazerosa e a ajude a se conectar consigo mesma", diz.

Dessa forma, de acordo com Gisele, a mulher passa a ter uma percepção mais fiel de si mesma, e a reconhecer seu próprio valor, sentindo-se merecedora e parando de querer interpretar a "super heroína", ao invés de simplesmente ser ela mesma.



- Seja a sua prioridade

Todas (e todos) nós temos rotinas agitadas e corridas mas, não importa o quanto sua agenda esteja apertada, certifique-se de, todos os dias, tirar alguns minutos para seu relaxamento e bem-estar. "Quando digo isso, as pessoas imaginam que é algo que demanda muito tempo e não se enquadra na rotina, mas me refiro a pequenos prazeres que podemos encaixar no dia a dia. Pode ser uma caminhada de 10 minutos, um breve passeio no shopping, ou até mesmo uma xícara de chá quentinha. O que importa é ‘quebrar’ a rotina e dedicar alguns minutos a si mesma".

Dessa forma, a mulher abre a oportunidade de esquecer das cobranças e obrigações, mesmo que por um curto período, e sente-se menos "atropelada" pelas tarefas relacionadas ao trabalho, vida no lar, obrigações com os filhos e outras.



- Aprenda a impor limites

Falar "não" para é algo difícil para as mulheres, e está ligado a uma questão cultural, já que, por muitos séculos, fomos educadas para ceder e sermos "obedientes". No entanto, é fundamental aprender a dizer "não", inclusive para algumas tarefas. "Você não tem tempo de ir ao supermercado? É possível recorrer a compras via delivery. Você não consegue ir à academia três vezes por semana? Pode ser necessário diminuir a frequência dos exercícios, para encaixar na agenda", exemplifica a autora.

O que importa é ser flexível e parar de querer "abraçar o mundo com as pernas". "Somos humanas e temos nossas limitações, por isso, precisamos aprender a respeitar e trabalhar com esses limites. Há momentos que é necessário, sim, dizer ‘não’: ‘não posso’, ‘não consigo’, ‘dessa forma não funciona para mim’, ensina ela.



- Esqueça o controle

Ser organizada é, sem dúvida, importante para que a rotina funcione, mas é preciso parar de querer controlar tudo e todos, o tempo todo. "É preciso ter sempre em mente que o controle total e absoluto é uma ilusão", alerta a especialista. "Há pesquisas nesse sentido, sobre o fenômeno da "ilusão de controle", que envolve a tendência de acreditarmos que podemos controlar a realidade ao nosso redor. Podemos controlar diversos aspectos sobre nós mesmas, mas no que diz respeito ao outro e aos fatos que acontecem no mundo, muitas vezes somos espectadores".

Por isso, na visão de Gisele, ter essa consciência é algo libertador. "Precisamos parar de nos achar responsáveis e nos culpar por tudo que acontece quando, em 99% das vezes, a situação em questão não depende de nós", avalia a autora.



- Relaxe

Como última dica, Gisele aponta deixar de lado a idealização da "mulher perfeita". "Pare de buscar a perfeição e mire no melhor que você pode entregar. A perfeição não existe e persegui-la traz apenas frustrações, insatisfação e ansiedade. Por isso, é preciso, o quanto antes, cortar esse mal pela raiz e parar de buscar o impossível".

Seja você mesma e busque reconhecer e valorizar suas qualidades e habilidades. "Elas serão seu melhor norte e irão guiá-la para que obtenha resultados positivos. A intuição também é uma grande aliada e ajuda muito nas situações mais difíceis, É preciso se libertar da autocobrança e ter uma postura menos rígida", finaliza.


 

Gisele Miranda - Mentora de Carreira & Liderança, autora e palestrante, Gisele Miranda atua há 25 anos auxiliando mulheres a despertarem 100% de seu potencial na carreira e na vida pessoal, tornando-se protagonistas de sua própria história. Com formação em Psicologia Positiva, Neurolinguística e Neurociências, tem como principal missão fomentar e empoderar as lideranças femininas nas organizações, guiando mulheres e empresas rumo ao sucesso. É autora do recém-lançado livro "A Coragem de se apaixonar por você" (Editora Gente).

Me perguntaram sobre o que eu sei falar

Minha primeira reação foi que seria uma resposta simples e fácil …

Passados alguns minutos, logo lembrei do nosso saudoso escritor, Graciliano Ramos, que em 1993 escreveu… “Me desculpe a carta longa, não tive tempo para escrever uma carta curta!”

Aí me veio... Síntese! Será meu primeiro e único assunto…

Hoje lanço meu livro “Vencer 360 graus:  equilibrando a vida”, que sintetizo e entrego, de forma apaixonada.

Para celebrar a vida, me apoio na importante tarefa de entender Finanças, afinal de contas, para me recuperar de duas falências, me exigiu muita da minha Educação Financeira!

Fugir do assunto disciplina é impossível…

Falar sobre a construção uma rotina diária de treinos físicos, sem tirar a alegria de não fazer nada ou ficar de pernas para o ar curtindo as coisas boas e principalmente a preguiçosas gostosa! É inevitável.

Treino Difícil, Prova Fácil sempre traduz meu último ponto, que é colocar a mesa a capacidade de gerar grana!

Sim, receita, “dim dim”, as verdinhas. Devemos falar sobre o lado, nada romântico de transformar o que mais gostamos de fazer, na nossa principal fonte de sustento.

Sempre ouvi que trabalhar no que você gosta, o dinheiro seria uma consequência… Sim para 0,01% por cento da população e eu não sou uma dessas pessoas!

Término dizendo que se quiser falar de algo intangível.

Vamos falar de como ter uma vida lotada de momentos de felicidades, equilibrada 360 graus.

Contarei todas as histórias de um cara que viveu 50 anos, e que trabalha a 30 e sabe que tem no mínimo mais 30 anos para ser ainda mais feliz.

Somente disto que sei falar. Do que vamos conversar?

 


Dominic de Souza - Executivo com mais de 30 anos de experiência na área Comercial e 25 em companhias multinacionais de médio e grande porte dos segmentos de tecnologia da informação e publicidade online: GARTNER, Boa Vista, Sonda, SAP, ServiceNOW, IBM e TOTVS. Autor do livro “Vencer 360° - equilibrando a vida” (Literare Books International).


Para ter harmonia nos relacionamentos: Primeiro "eu", depois "nós"

Entenda como o relacionamento consigo mesmo afeta o seu relacionamento com outras pessoas


Na vida, somos cercados de relacionamentos. Os primeiros vínculos são formados ainda na gestação, com os pais; logo em seguida, já um pouco maiores, nos relacionamentos com outras figuras de autoridade, como os professores e criamos as nossas primeiras amizades com colegas de classe; ao passar dos anos, desenvolvemos outras formas de relacionamentos, como os amorosos que se estendem pelo decorrer da nossa vida.

Embora seja um ato natural, o de relacionar-se com outras pessoas, os vínculos afetivos podem, na mesma porcentagem, acrescentar agradaveis ou desagradáveis sentimentos à nossa vida. Por isso, “um relacionamento equilibrado é aquele que soma melhorias e outras formas de benefícios mútuos ao envolvidos no vínculo”, afirma o assessor de consciência, João Gonsalves.

Desse modo, apesar de na teoria os relacionamentos serem simples, na prática, as relações podem tornar-se bastante complexas. Assim, tendem a, ao contrário de acrescentar coisas agradáveis, ser um poço de experiências desagradáveis.

Mas, como não deixar isso ocorrer?

De acordo com João Gonsalves, criador da Autosofia, que é um método de autoconhecimento e acesso à autoconsciência, “para desenvolver equilíbrio e harmonia nos relacionamentos, é necessário entender que, antes de um “nós” existir, somos seres únicos”. Em outras palavras, para poder levar um relacionamento da melhor forma possível com outras pessoas e vivenciar assim, experiências incríveis, é necessário, antes de tudo, um relacionamento consigo mesmo pautado pela Autoaprovaçao.

“Criamos a nossa realidade de uma forma que influenciamos o modo que as outras pessoas agirão conosco”, explica o criador da Autosofia. Por isso, entender que somos um ser, antes de dois, é essencial. Não existe como proporcionar felicidade ao outro, se você não é feliz consigo mesmo. Amar a si mesmo é o primeiro passo para amar outras pessoas.

“Vejo relacionamentos serem findados pelo simples fato de, no fundo, as pessoas quererem encontrar amor no outro, quando não há esse sentimento nelas mesmas por si próprias”, alerta o especialista.

Como dar sem ter?

Um relacionamento harmonioso é aquele que reconhece as três unidades do todo: o “eu”, o “ele” e o “nós”. “Somos seres tão únicos em nós mesmos que, somente projetar no outro aquilo que desejamos é injusto conosco e com a outra pessoa”, explica. Assim, desenvolver técnicas de autoamor é indispensável para boas experiências de vida.

 


João Gonsalves - Terapeuta e Assessor de Autoconhecimento

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OCDE indica que meninos leem menos: como melhorar esse cenário?

Créditos: Envato
De acordo com pesquisa realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, meninos têm desempenho mais baixo em leitura. Especialistas dão dicas para estimular hábito desde cedo


As meninas brasileiras e da maior parte dos países do mundo, de todas as idades, leem mais que os meninos. Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada recentemente pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No estudo Education at Glance, que analisa os resultados de leitura do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2018, ficaram claras as diferenças no desempenho de meninos e meninas. O exame é aplicado em jovens de 15 anos dos 38 países-membros da OCDE e também no Brasil, Argentina, Índia, China, Arábia Saudita, Rússia, Indonésia e África do Sul.

Outro estudo, publicado em 2019 na Proceedings of National Academy of Sciences of the United States (PNAS), indicou que essa grande disparidade de desempenho em leitura pode, inclusive, afastar as meninas das carreiras na área de exatas. “A forma como o estímulo à leitura é realizada contribui para que essa diferença continue existindo”, opina o gestor do Ensino Médio do Colégio Positivo, Heverton Ruan Peter de Jesus Ragazzi. No entanto, adotar determinadas estratégias pedagógicas pode ajudar a estimular desde cedo o interesse pela atividade em meninos, segundo o especialista. “No contexto atual, devemos repensar o conceito de leitura. Consideramos atualmente apenas o modelo formal de concluir livros, mas exercitamos a leitura também em outros formatos, como tutoriais de jogos, por exemplo”, afirma.


Uma questão cultural

Para a gestora do Ensino Fundamental do Colégio Positivo - Joinville, Joana Melim Borges Grobler, há um fundo cultural envolvido nesse problema. “No Brasil, historicamente, os homens são influenciados a se dedicar à área de exatas e as mulheres à área de humanas. Homens deveriam estudar para ser engenheiros ou arquitetos, não sendo necessário apresentar interesse pela leitura, mas pelos cálculos”, explica. As mulheres, por sua vez, tinham boas chances de seguir carreira no magistério quando se dedicavam às letras. A gestora da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Colégio Positivo - Master, Francine Silva, concorda. “Isso tem a ver com o fato sócio-histórico-cultural de acreditar que as meninas são mais capazes de fazer doações psicológicas, o que é uma visão equivocada. Esse ponto de vista formou-se devido ao longo período em que os homens foram protagonistas de seus lares”, explica. Hoje em dia, entretanto, esse viés é anacrônico, dadas as profundas mudanças nos papéis de homens e mulheres na sociedade contemporânea. Para acompanhar essas mudanças, defendem as especialistas, é preciso iniciar práticas pedagógicas ainda na Educação Infantil.

Além da questão sociocultural, há ainda o apelo dos recursos tecnológicos que estão à disposição com apenas um toque. A gestora dos Anos Finais e Ensino Médio do Colégio Passo Certo, de Cascavel (PR), Elaine Fernandes Fagundes, lembra que os jogos virtuais, a internet e os streamings são concorrentes muito atraentes das páginas dos livros, uma tentação ainda mais significativa para os meninos. “Essas atividades acabam sendo mais dinâmicas e divertidas para a grande maioria. Em uma sala de aula, observa-se que, em média, apenas 20% dos meninos leem com frequência. Os demais, em se tratando de uma leitura obrigatória indicada pela instituição educacional, valem-se apenas da análise rápida de um prefácio ou, simplesmente, nem folheiam o livro”, conta.


O que fazer?

Por mais grave que seja o cenário, ele pode ser mudado com atitudes simples, mas que precisam ser adotadas tanto pela escola quanto pela família. E, quanto mais cedo isso acontecer, melhor. “A leitura precisa ser estimulada desde sempre. Em geral, meninas são apresentadas aos livros mais cedo porque eles são voltados à imaginação, aos contos de fadas. Mas o livro deve ser um objeto pertencente também aos meninos. Os pais também precisam contar histórias para seus filhos”, aconselha o professor de Língua Portuguesa e Literatura do Colégio Vila Olímpia, de Florianópolis (SC), Alisson Feuser.

Incluir a leitura no cotidiano familiar é fundamental, mas os adultos precisam estar cientes de que, mais que incentivar, devem dar o exemplo. O gestor do Ensino Médio  do Colégio Semeador, de Foz do Iguaçu (PR), Henrique Pedrotti, destaca que uma das principais tarefas de pais e educadores para estimular a leitura é o exemplo. “Crianças e adolescentes leitores são reflexos de adultos que gostam de ler e que têm o hábito da leitura arraigado na sua rotina”, afirma. A rotina, aliás, ajuda a consolidar o hábito, transformando aquela atividade em uma parte indispensável do dia. 

Também é importante garantir que os meninos tenham acesso a livros que conversem com seus interesses. Para a gestora da Educação Infantil e Anos Iniciais Regular e Bilíngue do Colégio Positivo - Santa Maria, de Londrina (PR), Shirley Cristiane Szeiko, “uma parte muito relevante desse estímulo é buscar títulos interessantes, ligados aos assuntos que eles gostam. Criar essa conexão entre a leitura e os interesses que eles já têm é uma forma simples de tornar a atividade mais divertida”. 

Do lado da escola, o esforço deve ser igualmente atencioso. A gestora da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Colégio Positivo - Master, em Ponta Grossa (PR), Francine Silva, ressalta essa necessidade. "Cabe a nós, gestores escolares, conversar, investigar e orientar os professores. Também precisamos questionar sempre as nossas práticas, verificar se as atividades que proporcionamos na escola têm a ver com isso. Será, por exemplo, que as meninas não se identificam mais com o tipo de história que costumamos ler em sala de aula?”, opina. Por fim, não se pode abrir mão de acompanhar o desenvolvimento dos meninos para garantir que a falta de interesse não seja fruto de possíveis dificuldades de concentração e aprendizagem.


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