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sexta-feira, 23 de julho de 2021

Embora legal, a demissão pelo whatsapp é recomendável?

 

Essa prática pode não ser a ideal. Entenda:


O século XXI trouxe muitas mudanças tecnológicas. Celulares, computadores em geral, internet… todas essas facilidades mudaram o nosso meio social. Com a pandemia do coronavírus, então, essas transformações se intensificaram ainda mais, de modo que, com o isolamento social, todas as áreas sofreram algum impacto, bem como o mercado de trabalho.

Visto que milhares de pessoas pelo mundo todo estão empregadas na modalidade remota, as relações entre funcionário e chefe foram bastante afetadas. “A tecnologia já ocupava um lugar bastante grande no mercado de trabalho; mas, com a pandemia, isso ficou ainda mais forte, a ponto de chegar nos momentos de demissão”, afirma a gestora de carreira e especialista em RH, Madalena Feliciano.

Atualmente, foi divulgado pelas mídias em geral, a notícia de que agora, a partir de meados de 2021, as demissões feitas pelo aplicativo de mensagens Whatsapp, serão aceitas legalmente. Isso porque, com a difusão desse meio de comunicação e os trabalhadores em formato remoto, as empresas passaram a utilizar mais essa ferramenta e, assim, os relacionamentos e questões firmadas por lá também são utilizadas em processos e outros cenários jurídicos.

O desligamento pode ser feito pelo Whatsapp?

Apesar de legal, entretanto, essa prática pode não ser muito indicada, “O processo de desligamento da empresa é sempre muito delicado”, afirma a profissional. Por isso, é importante levar em conta, além dos negócios, a humanidade de cada funcionário.

“Demitir pelo Whatsapp, embora legal, pode não ser recomendável. Afinal, é dispensado, nesse modo, uma conversa franca e sincera que deve ocorrer nesses casos”, explica Madalena. 


Qual a diferença com o modelo tradicional?

Ao passo que no modelo presencial haveria uma conversa reservada e explicativa sobre o motivo da decisão de desligamento da empresa, pelo Whatsapp são desconsiderados qualquer desejo e vontade do empregado. “Isso promove a ideia de desvalorização do funcionário”, alerta. 


Na pandemia

Isolados e ainda preocupados com os avanços do coronavírus, a saúde de todos deve estar em primeiro lugar. Por isso, ao invés de uma conversa presencial ou ainda pelo Whatsapp, “é recomendável uma demissão por videoconferência”, soluciona, Madalena. Uma reunião online, embora menos pessoal do que uma presencial, pode ser bastante resolutiva para ambas as partes. 

 



Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

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O segredo das melhores aposentadorias


Os benefícios em geral ganharam novas regras de cálculo com a reforma da previdência. Isso quase todo mundo já sabe. O que geralmente as pessoas ignoram é que a aposentadoria pelas novas regras pode ser mais alta do que as concedidas com as regras anteriores a 13 de novembro de 2019.

 

A reforma da previdência trouxe a possibilidade de descartar os menores salários de contribuição da base de cálculo da aposentadoria. É aí que pode estar o segredo das melhores aposentadorias.

 

Para entender se a regra se aplica ao seu caso e favorece sua aposentadoria é preciso saber o que o descarte de salários representa na vida previdenciária e fazer contas com quem entende desse assunto.

 

A possibilidade consta da Emenda Constitucional 103/2019: “Poderão ser excluídas da média as contribuições que resultem em redução do valor do benefício, desde que mantido o tempo mínimo de contribuição exigido.” (art. 26, §6º)

 

Regra de descarte não é a regra de exclusão dos 20% menores salários

 

Há quem confunda a regra de descarte criada pela reforma com a regra que existia antes, de exclusão dos 20% menores salários de contribuição. Elas são muito diferentes.

 

Na regra de descarte é permitida a exclusão de salários de contribuição que abaixam a média do segurado, mas não é uma exclusão automática. O segurado deve fazer cálculos para achar o melhor resultado porque a retirada dos salários mais baixos irá excluir também o tempo de contribuição correspondente.

 

Então, se você pensa em usar a regra de descarte, a primeira coisa a saber é se possui mais tempo de contribuição que o mínimo necessário para a regra de aposentadoria que vai acessar.

 

Funciona assim: se na regra de aposentadoria que você pretende pedir são exigidos 35 anos de contribuição e você possui 36 anos de contribuição, é possível excluir 12 meses de contribuição cujos salários tenham sido mais baixos. Dessa maneira, a sua média de contribuição será feita com os salários dos 35 anos restantes.

 

O descarte deve ser feito mediante cálculos muito precisos pois ao mexer no tempo de contribuição o coeficiente que aumenta o valor da aposentadoria a cada ano excedente também diminui. 

 

Parece difícil? Os exemplos são bons para esclarecer.

 

Pense em uma mulher, com 62 anos de idade, 29 anos de contribuição, pretendendo pedir sua aposentadoria pelas novas regras.

 

O cálculo dessa aposentadoria será feito em duas fases. Na primeira, encontra-se a média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994. Essa média é o chamado salário de benefício. Considerando que esta mulher tem 14 anos de contribuição a mais que o tempo mínimo de 15 anos necessários para sua aposentadoria, para cada ano de contribuição excedente ela acrescenta 2% aos 60% obtidos no tempo mínimo. Então, o coeficiente dessa mulher será de 88% e é esse percentual que receberá do salário de benefício. 

 

Veja, se por um lado ela pode excluir o correspondente a 14 anos de contribuição para aumentar o valor de sua média, por outro, ao excluir os salários menores, ela diminui também o coeficiente de 2% acrescentado a cada ano excedente.

 

Deu pra perceber que o descarte precisa ser feito a partir de diferentes simulações para se chegar ao melhor valor final? É possível, por exemplo, que se aumente a média, de maneira que mesmo com um coeficiente menor, se alcance uma aposentadoria maior.


A regra de exclusão dos 20% menores salários

 

Eu iniciei esse artigo lembrando que é comum a confusão entre a regra do descarte e a de exclusão dos 20% dos menores salários. Esclarecida a regra do descarte, vou explicar como funciona essa última.

 

Na legislação anterior o cálculo do salário de benefício era feito com a média dos 80% maiores salários de contribuição desde julho de 1994 até a data do pedido de aposentadoria. Excluía-se os 20% menores salários de contribuição para encontrar a média. Os períodos de contribuição não eram descartados junto com os salários de contribuição. A exclusão era feita somente para fins de cálculo do valor da aposentadoria, mas não para cálculo de tempo de contribuição.

 

Vale lembrar que todos que tenham cumprido os requisitos para se aposentar até dia 12 de novembro de 2019 têm direito adquirido, e nesse caso importa avaliar qual regra traz melhor benefício.

 

O Milagre da Contribuição Única

 

Foi por conta da regra de descarte prevista na EC 103/2019 que surgiu o Milagre da Contribuição Única, como forma de melhorar em quase quatro vezes a aposentadoria de muita gente que receberia um salário mínimo. É possível alcançar esse resultado com uma única contribuição feita sobre o valor do teto da previdência.

 

Nas regras de transição de aposentadoria por idade, mulheres se aposentam em 2021 com 61 anos de idade, 15 anos de contribuição e 180 meses de carência. Já os homens se aposentam com 65 anos de idade, 15 anos de contribuição e 180 meses de carência (e 20 anos de contribuição, caso filiados ao INSS a partir de 13 de novembro de 2019).

 

Para o cálculo de aposentadoria somente os salários de contribuição referentes a julho de 1994 até o dia do pedido de aposentadoria são considerados, mas as contribuições anteriores a essa data contam para atender o tempo de contribuição necessário.

 

Dessa maneira, imagine uma mulher que tendo nascido em 1960, hoje tenha 61 anos, e tenha trabalhado e contribuído com o INSS de junho de 1978 a junho de 1994, e depois desta data, casou-se, teve filhos e ficou um longo período sem qualquer contribuição ao INSS. Em 2019 e 2020 ela resolveu voltar a fazer contribuições, mas como não tinha nenhuma renda, fez contribuições como segurada facultativa sobre um salário mínimo.

 

Considerando que ela cumpriu a carência mínima, tem 18 anos de contribuição, e já possui a idade necessária para se aposentar, o valor da sua aposentadoria pode ser de um salário mínimo ou R$ 3.860,00.

 

O cálculo de sua aposentadoria será feito com base nas contribuições referentes aos anos de 2019 e de 2020 (24 meses de contribuição). Aquelas contribuições feitas antes de julho de 1994 não são incluídas no cálculo do valor da aposentadoria, isso você já sabe. Caso a nossa segurada vá ao INSS e peça a sua aposentadoria, o INSS concederá a ela uma aposentadoria no valor de um salário mínimo.

 

Se antes de pedir sua aposentadoria essa mesma segurada fizer uma única contribuição ao INSS de R$ 1.286,71 como facultativa pelo teto, hoje R$ 6.433,56, terá uma aposentadoria correspondente a 60% do valor do teto, que é R$ 3.860,00.

 

Caso não fosse possível o descarte das contribuições, mesmo com a contribuição sobre o teto, o valor da aposentadoria seria de um salário mínimo. É que a média entre 24 contribuições de um salário mínimo e uma contribuição sobre o teto seria R$ 1.313,35, e, sobre a média seria aplicado o coeficiente de 66% (18 anos de contribuição) resultando em valor inferior ao salário mínimo. Como nenhuma aposentadoria pode ser inferior ao salário mínimo, ela receberia o salário mínimo.

 

É fácil perceber o quanto pode ser benéfica a regra de descarte da nova legislação com o exemplo do “milagre da contribuição única”. Mas é preciso ficar atento, pois o governo federal prometeu editar medida provisória para impedir a utilização da regra de descarte dessa maneira. Fora isso, não é recomendável tentar usar a regra de descarte sem cálculos precisos, feitos por especialistas em Direito Previdenciário.

 


 

Canal do Direito Trabalhista e Previdenciário

 

Priscila Arraes Reino - advogada especialista em direito previdenciário e direito trabalhista. Palestrante e sócia do escritório Arraes e Centeno Advocacia.

arraesecenteno.com.br/


O xeque-mate no Esporte gerado pela pandemia

 

A pandemia ocasionou o atraso dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Além de preocupações com protestos e terrorismo, a covid-19 trouxe uma necessidade de implantar medidas sanitárias para que megaeventos possam ser realizados. Eventos como este já são complexos por si só, tendo em vista a logística envolvida, mas agora chegamos ao ponto de termos uma regulamentação até na forma como os atletas receberão suas medalhas e de que forma poderão comemorar suas vitórias.

Megaeventos, de modo geral, estão passando por uma crise em seu modelo e os próximos contratos terão de ser repensados, pois as marcas estão começando a perceber que tal modelo existente é problemático. Historicamente, os megaeventos esportivos, como Copa do Mundo e Olimpíadas, são o auge das grandes iniciativas de marketing esportivo, no entanto, esses grandes eventos vêm passando por muitas dificuldades em relação a estratégias. As ativações ficaram mais tímidas ao compararmos com a perspectiva inicial, agravadas, inclusive, pela covid-19.

Um exemplo de mudança de comportamento é a Toyota, que avisou que não vai fazer ativações nas Olimpíadas de Tóquio 2020, o que está conectado a um cenário extremamente distópico. Associamos ao marketing esportivo e a eventos esportivos a euforia e a empolgação, mas o contexto de pandemia e o consequente mau humor da opinião pública dificultou ainda mais o engajamento do público, fazendo com que as marcas acendam um alerta sobre os riscos envolvidos. Foi assim com a Copa América. É uma relação inversamente proporcional: quanto maior forem as hostilidades, as reclamações, os protestos, as críticas em redes sociais, menos as marcas ativarão suas ações durante o evento.

Importante salientar que o esporte é uma mídia e, por isso, ele pode ser usado de várias maneiras, inclusive para manifestações políticas. Ele ganhou uma nova dimensão com movimentos de atletas discutindo questões humanitárias, inclusive marcas passaram a se engajar. Portanto, é muito difícil para o Comitê Olímpico manter sua tradição de despolitizar o momento esportivo. Um novo capítulo está sendo firmado.

Os próximos megaeventos tendem a rejuvenescer. Isso está sendo discutido com as Olimpíadas de Tóquio. Esportes nesta edição como skate, escalada vertical, surfe e novas formas de basquete já são tentativas de rejuvenescer os jogos, de atrair um público mais jovem. Vemos um cenário de aumento de custos a cada edição, denúncias de corrupção, problemas envolvendo crises econômicas que se sucedem no mundo e que chegam ao auge da pandemia. O modelo esportivo atual precisa ser renovado.

Não podemos ignorar o fato de que os Jogos de Tóquio, de 2020 indo para 2021, são os primeiros após as Olimpíadas do Rio 2016 que, do ponto de vista de público, foi um sucesso muito grande, porém, teve um processo extremamente deprimente e infeliz de gestão posterior. A última Olimpíada ocorreu no contexto de impeachment do Governo Dilma, que passou por uma mudança radical que veio de lá para cá com Michel Temer e Jair Bolsonaro. O esporte deixou de ser uma política de estado prioritária, até deixou de existir o Ministério do Esporte, e isso comprometeu o projeto de longo prazo de fazer o Brasil uma potência olímpica.



Anderson Gurgel - professor de Marketing Esportivo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.


A importância da tecnologia para a central de material e esterilização

                     Desde o início da pandemia, as principais recomendações que escutamos são de lavar as mãos e higienizar ambientes, tudo para evitar a proliferação da Covid-19. No ambiente hospitalar essa prática já é muito comum, principalmente, devido ao risco de infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS).

            Segundo o Ministério da Saúde, somente em 2019, as IRAS atingiram 14% das internações no Brasil. Diante disso, o Centro de Material e Esterilização tornou-se ainda mais essencial na prevenção com o controle de produtos para saúde críticos, como os dispositivos médicos e soluções injetáveis que devem ser livres de microrganismos ao serem usados. Além disso, existem outras áreas críticas que oferecem riscos de infecções, como as salas de operação e unidade de tratamento intensivo.

            Quando falamos de tecnologias para desinfecção de produtos para saúde semicríticos, no mercado, existem sistemas que automatizam a lavagem e o ciclo de desinfecção de alto nível de endoscópios flexíveis. Esse tipo de maquinário aumenta a produtividade e melhora a conformidade. No segmento de esterilização, o processo tecnológico utilizando gás plasma de peróxido de hidrogênio tem bastante destaque, pois é um método inovador e, atrelado com sistemas automatizados, consegue trazer segurança, tanto para o paciente, como para equipe médica. Vale ressaltar que, este tipo de processo tecnológico faz a esterilização a baixa temperatura, ser a única indicada para os casos de cirurgias robóticas. 

            Mais do que isso, as aplicações que contém uma inteligência artificial tendem a melhorar ainda mais o sistema de saúde, pois oferecem uma oportunidade única para que a maioria dos dados sejam analisados, permitindo que a saúde em geral faça-se mais preditiva e precisa. 

            Dentro desse cenário tecnológico na área da saúde é preciso destacar também a “Internet das Coisas” na medicina. Assim como a inteligência artificial, a IoT pode gerar uma grande quantidade de dados e permitir o rastreamento de informações. Um exemplo muito importante nesse momento que vivemos, é que através dessa nova tecnologia, existem sistemas que, acoplados aos dispositivos conectados, avaliam por exemplo, se as mãos de profissionais da área da saúde estão com as mãos infectadas ou não. Isso auxilia também na não ocorrência de possíveis infecções hospitalares.

            Essa integração de informações também pode ser vista no rastreamento dos instrumentais, na qual é um processo que registra dados como, data, lote, quantidade, destino e usuário. Desta forma é possível acompanhar todas as etapas do processo, desde a limpeza até o seu uso. Um processo de rastreabilidade bem executado pode oferecer ao hospital a garantia de que todas as diretrizes de metodologia, como limpeza, desinfecção, preparo e esterilização, foram feitas de acordo com regras previamente estabelecidas por um conselho. Fora isso, este tipo de controle auxilia nas estatísticas de consumo e controle de estoque, evitando possíveis solicitações desnecessárias, além de gastos com materiais poucos utilizados.

            Concluímos assim, que as novas tecnologias, como a inteligência artificial e a IoT são extremamente importantes e beneficiam o sistema de saúde, além de auxiliar os pacientes por meio de equipamentos médicos que monitoram e enviam mensagens à equipe de enfermagem ou especialistas de plantão quando necessário. As novas soluções são fundamentais em todos os departamentos de um hospital.  Outro bom exemplo, é a aplicação da telemedicina no dia a dia do paciente e do médico, criada a partir do uso de tecnologias da informação e a comunicação.

            Certamente, podemos afirmar que as novas tecnologias nos abrem uma nova perspectiva para que o sistema de saúde fique cada vez mais distante das infecções hospitalares.

 


Leonardo Suzart - Country Manager da Advanced Sterilization Products Brasil.


5 dúvidas dos pacientes sobre teleatendimento

Com o método ganhando cada vez mais destaque no cenário da saúde no país, diretor médico da healthtech Laura comenta os benefícios da prática

 

As plataformas que disponibilizam o teleatendimento ganharam bastante força no último ano, auxiliando no desafogamento das instituições de saúde e na praticidade e rapidez nas consultas, tanto para profissionais da saúde quanto para o público final. A prática tem sido tão interessante que, de acordo com a pesquisa intitulada "Telemedicina no Brasil", mais de 70% das pessoas afirmam que continuarão com as consultas via chamadas de vídeo ou voz mesmo no momento pós-pandemia. Além disso, dados da Associação Brasileira de Planos de Saúde (a Abrange) mostram que em mais de 90% dos casos a teleconsulta foi suficiente para resolver os casos dos pacientes.

Para o Dr Hugo Morales, diretor médico e cofundador da Laura, healthtech que utiliza a inteligência artificial para a democratização da saúde, as chamadas "teleconsultas", ainda que operando em caráter de exceção no momento, são uma excelente forma de garantir a segurança, trazer praticidade e auxiliar médicos na coordenação efetiva com a saúde dos pacientes. "Dentre os benefícios, as plataformas de teleatendimento são capazes de romper barreiras físicas, otimizando custos e tornando o processo das consultas mais fluido. Além disso, a modalidade também auxilia no desafogamento dos sistemas de saúde e promove um atendimento mais acessível e assertivo, acompanhando toda a jornada do paciente. Contudo, vale ressaltar que o teleatendimento não vem para substituir as consultas presenciais, mas sim como um complemento e uma forma de facilitar o acesso e evitar visitas desnecessárias aos hospitais", afirma Morales.

Com o intuito de ajudar aqueles que ainda têm dúvidas sobre a efetividade da prática e qual o momento certo de procurar um atendimento remoto ou presencial, o médico respondeu as cinco principais dúvidas sobre o teleatendimento. Confira!


Se eu aderir às teleconsultas, nunca mais precisarei visitar presencialmente os hospitais e/ou consultórios?

Não é bem assim. O teleatendimento surgiu como um complemento e um facilitador para a gestão do cuidado dos pacientes. Mesmo no chamado "pós-pandemia", o recurso auxiliará, e muito, aqueles que têm rotinas muito cheias e acabam negligenciando os cuidados com a própria saúde por falta de tempo, tornando o processo mais ágil, simples e dinâmico. Além disso, as consultas remotas também são uma ótima forma de ter um direcionamento claro sobre a real necessidade de ir a um hospital no momento ou se as orientações via ambiente digital serão suficientes em um determinado caso.

Contudo, o recurso não vem para substituir nada. As idas presenciais, em casos específicos, são de suma importância para a avaliação do profissional e a teleconsulta vem como um facilitador e intermediário.


Os médicos dos hospitais e consultórios são mais bem preparados?

Não é porque o atendimento é feito em um ambiente digital que qualquer pessoa pode realizá-lo. Seja de forma presencial ou remota, os profissionais que realizam os atendimentos devem cumprir os mesmos requisitos e possuir as mesmas certificações para cuidar da saúde de um paciente. Logo, o que diferencia, em um primeiro momento, é apenas a forma com a consulta é realizada, mas nunca a qualidade e competência do profissional.


O plano de saúde cobre?

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar - a ANS - em nota técnica emitida, todos os atendimentos realizados por meio da teleconsultas são obrigatoriamente cobertos pelos planos de saúde dos pacientes. Logo, os custos de uma consulta presencial e de uma digital não se diferem, mantendo tudo como já estava acordado com a operadora escolhida.


E se eu precisar de alguma receita médica?

Em casos em que o uso de medicamentos seja necessário, a prescrição médica também pode ser enviada digitalmente, sem a necessidade de ir presencialmente pegar a receita. Isso porque os médicos, por meio de uma certificação da ICP Brasil - Infraestrutura de Chaves Públicas - os profissionais têm acesso a uma assinatura digital que valida receitas e até mesmo atestados.


Tem alguma área da medicina que não pode ser realizada remotamente?

Não, todas as ramificações da medicina estão permitidas para realizar o teleatendimento, contanto que cumpram os requisitos básicos de segurança e ética.

 

Entenda como mulheres vêm atuando no mercado financeiro

Leticia Puttini, da iHUB Investimentos, conta sua trajetória até conquistar sua cadeira no mercado, que é conhecido pela alta presença de homens

 

Além de ajudar os clientes a montar carteiras de investimentos, de acordo com o perfil, objetivos e acompanhar diariamente o portfólio, o assessor de investimentos é o principal aliado do sucesso do investidor no universo das finanças. Quanto mais bem informado o cliente for, a tendência de ser bem sucedido em sua trajetória de investimentos é maior. O mercado é muito dinâmico e as coisas mudam o tempo inteiro, o cenário nunca é o mesmo para as mesmas oportunidades, por isso, estar bem informado demanda tempo. 

Uma das principais funções do assessor é estar atualizado e munido das melhores informações do mercado, pois ele é o intermediador entre a oportunidade e a tomada de decisão. Atualmente, o Brasil tem cerca de 10,5 mil agentes autônomos de investimentos (AAI) certificados, do total 8,2 mil estão vinculados a instituições financeiras, de acordo com a ANCORD (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias). 

Em virtude do número de profissionais no país, há muito espaço para quem decide pela carreira, principalmente para as mulheres, visto que o ambiente econômico é conhecido pela alta presença masculina. 

Abaixo, Leticia Puttini, de 25 anos, assessora de investimentos da iHUB, conta a história de como alcançou uma cadeira no mercado de finanças:

“Me formei em economia na FEA/USP. Durante o período da graduação atuei em diversos segmentos diferentes, que juntos foram cruciais e igualmente relevantes para realizar o trabalho que faço hoje. Atuei com faxina, panfletagem, eventos, empreendedora no varejo, agronegócio, consultoria de empresas, experiências internacionais e banco. 

Adquiri muitas experiências diferentes e consegui conectar essas habilidades e extrair os aprendizados para aplicar no meu dia a dia. O primeiro contato com o mercado foi em 2016, quando comecei a investir, como consequência consegui ajudar familiares e amigos. Além disso, sempre produzi conteúdos sobre o tema em minhas redes sociais e, aos poucos, fui me tornando referência entre as pessoas que conhecia e me apaixonei pelo mercado.

Ingressei na iHUB no auge da pandemia, para a vaga de atendimento no backoffice, focada em clientes do varejo e que estejam iniciando os investimentos. Passei na certificação da ANCORD no primeiro mês e após oito meses de muito aprendizado fui para a área comercial como assessora de investimentos focada em clientes private, de alta renda, cuidando da minha própria carteira de clientes. 

Sempre tive duas vontades muito grandes: solucionar problemas e ajudar pessoas. Acredito que a assessoria de investimentos, hoje, é um meio para levar conhecimento, informação e educação financeira para as pessoas, impactando positivamente a vida de milhares de brasileiros.

 

Carreira de assessor não é somente para homens

Leticia explica ainda que, em um ambiente dominado por homens, é essencial que as mulheres busquem seus diferenciais, pois, o início é o maior desafio. É preciso saber se posicionar e usar situações desagradáveis como combustível para fazer cada vez mais e melhor no ambiente de trabalho. “Ainda longe da igualdade, as mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço em lugares inimagináveis, quando comparado a anos anteriores. Em maio deste ano, a B3 divulgou a marca de 1 milhão de investidoras mulheres, porém, a presença masculina ainda é maior, hoje a bolsa já soma mais de 3 milhões de investidores homens. A diferença é enorme, mas a presença feminina na bolsa já representa o início de uma longa jornada e conquista neste espaço”, comenta. 

 

Dificuldades no início da carreira 

Um dos maiores obstáculos de um assessor no início da carreira é a construção da carteira de clientes, pois os clientes são decorrentes de uma série de fatores: muito estudo, habilidade de se comunicar e relacionar, saber muito bem sobre o mercado e ser criar autoridade no assunto, além das indicações, do networking e principalmente visão de longo prazo. 

“Caso o profissional esteja começando, dificilmente irá construir uma carteira grande e de alta renda de um dia para o outro. Como assessora, as dificuldades são as mesmas e até se intensificam quando pensamos que existe preconceito e pouca representatividade para a mulher no mercado”, comenta a assessora de investimentos. 

 

Assessor de investimentos como profissional do futuro

O número de investidores pessoa física na bolsa de valores ainda representa menos de 2% da população brasileira. Nos EUA, por exemplo, esse número ultrapassa 60%, fruto de uma sociedade desenvolvida e com ensino de educação financeira difundidos na base educacional. 

Os dados mostram o quanto o Brasil ainda está atrasado em relação aos países economicamente desenvolvidos. “Estamos dentro de um mercado que será cada vez mais demandado, resultado do maior interesse sobre o assunto e do fácil acesso de conteúdos sobre o tema na internet. Há muito a ser explorado nesse mercado e o assessor terá um papel fundamental”, comenta Letícia. 

 

Diferença entre gerente de banco e assessor de investimentos

O gerente de banco é o profissional responsável por uma infinidade de outras atividades, além de investimentos, como operações de crédito pessoal, financiamentos, consórcios, recuperação de crédito, transações, pagamentos, seguros, entre outras. 

 Atualmente, os clientes que se conectam a um escritório de investimentos, e que possuem uma longa experiência em bancos, se sentem inseguros e distantes do mundo do mercado financeiro. Quando se deparam com um profissional mais próximo, focado e realmente interessado no sucesso dos seus investimentos, como é o caso do assessor, já percebem o diferencial no atendimento.

“O contato com os assessores de investimentos é diário e personalizado, pois há uma revisão periódica do portfólio e oportunidades no mercado podem aparecer a qualquer momento. A carteira e ativos são escolhidos criteriosamente junto ao cliente, de acordo com seus objetivos, horizonte e necessidades”, explica Letícia. 

Ao investir por meio de uma corretora, o cliente tem um diferencial: a oferta de produtos. Hoje, as plataformas das corretoras possuem uma gama de produtos infinitamente maior, diferente dos bancos tradicionais, aumentando assim as opções para o cliente acessar os produtos que realmente façam sentido para ele. 

 

Relacionamento entre o cliente e o assessor 

Já no primeiro contato com o cliente, as corretoras realizam um diagnóstico para mapear quais são os seus objetivos, necessidades, prazos, perfil de risco e principalmente sobre qual é o nível de conhecimento sobre o mercado financeiro. 

Desta forma, é possível entender com qual linguagem o assessor de investimentos vai se comunicar com o cliente, afinal, o objetivo é que o relacionamento seja de fato construtivo e de valor.

A assessora de investimentos da iHUB explica que quando o cliente está iniciando no universo dos investimentos e não possui muito conhecimento, é importante explicar como o mercado funciona, falar sobre os produtos de forma simples, esclarecer as principais dúvidas e disponibilizar ao cliente canais e materiais que abordem o tema, fazendo com que ele se aproxime desse mundo e sinta-se mais seguro e confiante. 

 

O Day Trader pode substituir a função do assessor? 

O mercado financeiro abrange todos os produtos de renda fixa, fundos de investimentos, câmbio, derivativos e ações. Já o Day Trade é apenas uma das inúmeras modalidades -  e a mais arriscada -, que existe para operar em ações no mercado financeiro. 

O próprio nome já indica “Day Trade”, uma negociação, com os mesmos papéis, iniciada e encerrada no mesmo dia. Ela pode durar algumas horas ou até mesmo minutos, visto que as operações são de curta duração, exigem toda a atenção e muita dedicação do investidor. 

O assessor também tem um papel crucial para clientes que operam essa modalidade, como são operações muito rápidas, que podem envolver alavancagem, o assessor pode auxiliar como mediador para controlar seus riscos, mas o recomendado é que o trabalho geral seja realizado pelo profissional certificado. 

“Nós assessores temos acesso a todo ferramental para prover as melhores informações aos clientes, além do conhecimento do mercado. Atualmente, no Brasil existe uma ilusão muito grande sobre o Day Trade, são poucos os profissionais que realmente se beneficiam dessa operação no longo prazo. Afinal, ser Day Trader exige muito estudo, experiência de mercado, e acima de tudo, estômago”, explica Letícia. 

 

Conselhos para quem deseja iniciar na área de investimentos

Abaixo, Leticia Puttini compartilha três dicas para quem deseja ingressar na carreira de assessor de investimentos: 

  • O primeiro passo é que o profissional seja o maior interessado no sucesso do cliente, pois não adianta apenas dominar conteúdos técnicos e não estar genuinamente preocupado e focado no que realmente importa: o cliente. O interesse e necessidades do cliente devem anteceder quaisquer outros. Dificilmente sem essa preocupação será criada uma relação de confiança e duradoura. 
  • A curiosidade, o estudo constante e a busca por referências de quem você deseja se tornar são diferenciais que vão impactar diretamente no dia a dia. 
  • Constância e paciência: foque nos seus diferenciais, busque pontos de conexão com seus colegas de trabalho, pois eles podem te ajudar. Considere as barreiras como um combustível e tenha uma visão construtiva de longo prazo.

 


Letícia Puttini - assessora de investimentos na iHUB Investimentos, empresa especializada em assessoria de investimentos, com mesa de operação atuante em ações, derivativos e câmbio em tempo real. É formada em economia pela FEA/USP e possui experiência em assessoria private na XP Investimentos.


Neuroestratégia: a nova tendência no posicionamento das marcas junto aos clientes

Quando pensamos em comprar algo, é natural irmos atrás do melhor custo-benefício na aquisição. Mas esse processo é consciente? De acordo com a Neurociência, não na grande maioria dos casos. Esta disciplina, inclusive, afirma que mais de 95% das decisões humanas são eminentemente subconscientes. Na busca por um celular, por exemplo, a subconsciência comprou uma experiência de usuário, um design, uma exclusividade e isso faz com que tenhamos a falsa sensação de que a decisão foi consciente.

Mas afinal, o que é a neurociência? É a ciência que estuda o sistema nervoso central a partir de todas as suas perspectivas: funcional, fisiológica, química etc. Ao longo dos anos, essa doutrina passou a ser desenvolvida e, quando somada à tecnologia e se aplicou a estratégia empresarial, a Kernel Business Consulting, partner da Minsait, criou a neuroestratégia, uma metodologia que se tornou fundamental para as empresas serem ainda mais competitivas.

A adoção da neuroestratégia se enquadra em toda a empresa, em maior ou menor grau. Ela pode ser aplicada em uma boa parte dos processos em todas as áreas: Comercial, Marketing, P&D, Inovação, Inteligência de Mercado, TI e RH, variando diante de cada desafio e integrando tecnologias como Inteligência Artificial e Big Data.

No Brasil, a neuroestratégia tem sido aplicada em disciplinas mais táticas e de escopo mais específico, em setores que estão fundamentalmente dentro do grande consumo e do varejo.

Apesar da sua pluralidade, a neuroestratégia tem participação direta na maneira das marcas se posicionarem no mercado. Quando as companhias precisam saber o que o seu público deseja, normalmente os clientes são questionados por meio de pesquisas e grupos de foco. A experiência em si tem muito pouco a ver com o modo como eles se comportam.

O método pode ser um aliado na evolução ou reformulação de uma proposta de valor da empresa, de uma unidade de negócios ou de um produto, além de ser um grande aliado no desenho da experiência do cliente junto à empresa, através de um serviço ou conjunto de canais. Dessa forma, a neuroestratégia ajuda a entender o que o cliente realmente quer (mesmo que ele não saiba) e a traduzir esse novo conhecimento em valor para o próprio cliente, a empresa e a sociedade.

Encontramos no mercado a aplicação da neuroestratégia através de tecnologias de medições biométricas, como a decodificação facial. Neste caso de uso, basicamente o cliente é submetido a um estímulo visual como uma pesquisa, um vídeo, ou mesmo telas de um aplicativo e, conforme vai avançando neste estímulo, suas microvariações faciais são capturadas por meio da câmera, podendo ser de um notebook, celular ou webcam.

Estas medições biométricas são cruzadas, através do próprio desenho dos estímulos, com um grande banco de dados, analisadas utilizando Inteligência Artificial e calibrando um complexo modelo neurocientífico que permite entender os “o quês” e “porquês” da percepção de valor e tomada de decisões subconscientes com um alto nível de detalhe. Essa é uma ferramenta poderosa para a revisão da proposta de valor de um determinado produto, ou mesmo alterar a jornada do cliente em um canal como o aplicativo.

A obtenção desse novo entendimento do cliente pode resultar em aumentos significativos de vendas, redução de tempo nos processos de inovação, ganhos na eficiência, na satisfação e na fidelização dos consumidores.

Empresas de diversos setores já constataram os benefícios da utilização desta nova ferramenta. Grandes instituições financeiras, por exemplo, reformularam sua proposta de valor para segmentos de mercado estratégicos, reinventaram canais críticos para seus negócios e compreenderam quais são as alavancas e freios de seus produtos para gerar valor diferencial para seus clientes.

No ramo farmacêutico, players repensaram suas atuações nos negócios B2B, reorganizaram a experiência de seus pacientes nas linhas terapêuticas e redesenharam sua intranet. Marcas de bens de consumo redirecionaram a estratégia de negócio para linhas de produtos prioritárias, transformaram sua linha de inovação e desenvolveram canais digitais.

Para explorar todo o potencial da neuroestratégia é importante que empresas identifiquem as vulnerabilidades em seus negócios. Quanto mais desafiador for, mais útil será o uso da metodologia, e aplicá-la com a ajuda de especialistas poderá resultar em benefícios tangíveis para a empresa, clientes e sociedade.

 


Dany Vieira - Head de Consultoria da Minsait no Brasil


O poder da tecnologia no suporte aos tratamentos terapêuticos

A busca pela segurança dos pacientes e a garantia da efetividade clínica durante o tratamento médico são pautas que crescem a cada dia nas instituições de saúde . Esta preocupação pode ser evidenciada pelos números referentes a eventos adversos identificados em pacientes do sistema de saúde, seja público ou privado. De acordo com a pesquisa mais recente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar da Universidade Federal de Minas Gerais (IESS-UFMG), somente em 2016, mais de 302 mil brasileiros faleceram em decorrência destas adversidades em hospitais do País.

Estes eventos ocorrem por inúmeros motivos, desde falhas na dosagem ou aplicação de medicamentos, uso incorreto de equipamentos, infecção hospitalar e, até mesmo, na maneira como o paciente conduz o tratamento indicado pelo médico. É importante entender que isto não quer dizer que seja, necessariamente, um erro, mas, sim, uma ocorrência que poderia, na maior parte das vezes, ter sido evitada.

Dentro deste cenário, as principais preocupações dos profissionais do ecossistema da saúde estão relacionadas às tomadas de decisões terapêuticas, às prescrições de medicamentos e ao alinhamento das informações. Diante deste quadro, qual a melhor forma para que as instituições consigam virar esta página e avançar em direção a uma maior segurança e qualidade no cuidado ao paciente?


A tecnologia como fator decisivo nas tomadas de decisões terapêuticas

O intuito de qualquer instituição hospitalar é reduzir ao mínimo os danos causados a pacientes por meio de eventos adversos. Para que isto seja possível, os principais aliados dos profissionais de saúde são os recursos e ferramentas tecnológicas de suporte à decisão clínica e terapêutica .

Estas soluções baseadas em evidências são responsáveis por reduzir os erros de prescrições de medicamentos, aumentar a segurança do paciente, bem como prover informações mais completas e atualizadas, não apenas para médicos e farmacêuticos, mas para toda equipe multidisciplinar do setor de saúde.

Com a inclusão destas plataformas na rotina das instituições, os profissionais da área passam a ter acesso a uma série de soluções que agregam conteúdo relevante no suporte às decisões. Este tipo de ferramenta traz conteúdos mais diversos, como informações a respeito de dose, indicação de uso, interações medicamentosas, toxicologia, comparações entre medicamentos, bem como considerações sobre gravidez e lactação. Informações cruciais e que dão suporte ao profissional na escolha da terapia mais adequada para cada paciente, garantem mais eficácia no tratamento e, consequentemente, queda nos erros de prescrição e administração medicamentosa.


Impacto econômico das tecnologias de suporte à decisão terapêutica

Além dos desfechos negativos em decorrência dos eventos adversos, a pesquisa da IESS-UFMG aponta, também, o impacto econômico causado por estes eventos. Segundo o documento, mais de R 10 bilhões foram consumidos pelos eventos adversos, no ano de 2016, somente na saúde suplementar brasileira. Neste contexto, decisões mais assertivas e tratamentos adequados e baseados em evidências clínicas poderiam garantir um destino mais adequado a estes recursos.

Desta forma, podemos compreender que sem o auxílio efetivo de tecnologias e ferramentas de suporte à decisão, estes números se manterão longe do cenário ideal. Portanto, quanto mais aderente à tecnologia e alinhada à medicina baseada em evidências a instituição estiver, mais precisas serão as decisões clínicas, menores serão os custos e mais seguro será o tratamento, aprimorando a qualidade no cuidado de cada paciente.

 

 

Natália Cabrini - Diretora de Estratégias de Mercado da Wolters Kluwer , Health na América Latina.

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