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segunda-feira, 26 de julho de 2021

Clima seco e pandemia aumentam casos de olho seco

Julho Turquesa: Mês da Conscientização do Olho Seco, promovido pela Associação dos Portadores de Olho Seco - APOS, em parceria com Tear Film Ocular Surface Society - TFOS, e apoiado pela Alcon, líder global em cuidados com os olhos, faz alerta à população

 

Para conscientizar sobre o problema do Olho Seco, ou Síndrome do Olho Seco, ou ainda Doença do Olho Seco, a Associação dos Portadores de Olho Seco - APOS, em parceria com Tear Film Ocular Surface Society - TFOS com o apoio da Alcon, líder global em cuidados com os olhos, criam o Julho Turquesa: Mês da conscientização do Olho Seco para alertar a população que atinge de 14 a 52% da população mundial e de 13 a 24% da população brasileira¹.

O problema é caracterizado pela diminuição da quantidade e/ou alteração da qualidade da lágrima, causando sintomas de ressecamento ocular, sensação de areia nos olhos, embaçamento visual, ardor e vermelhidão¹. No inverno, as características climáticas intensificam os sintomas, impactando no aumento dos casos da doença¹. E na pandemia, o uso incorreto das máscaras, também pode ser um agravante, junto com o uso excessivo dos dispositivos eletrônicos.

Segundo o Dr. José Alvaro Pereira Gomes, médico oftalmologista, Professor Adjunto Livre-docente do Depto. de Oftalmologia e Ciências Visuais da Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal de São Paulo, e diretor médico da Oftalmologia Pereira Gomes, teremos um inverno propício ao aumento dos casos de olho seco, uma vez que temos a reunião de diversos fatores de riscos juntos: um clima mais seco que o habitual, a exposição excessiva do uso das telas na pandemia e a própria máscara, que usada de forma inadequada, joga ar quente nos olhos, ajudando no ressecamento.

A meta do tratamento para os olhos secos é aliviar os sintomas, repor e/ou preservar a lágrima e manter a integridade da superfície ocular. "Tão importante quanto um diagnóstico correto é o tratamento adequado", comenta Dr. Gomes, lembrando que medidas simples como aumentar ingestão de água, piscar mais vezes ao longo do dia e adotar o uso de lágrimas artificiais, como o Systane® UL, que reduz o desconforto associado à doença, criando uma camada protetora na superfície ocular.

 

Olho Seco e a COVID-19

Pesquisa realizada na Faculdade de Medicina da Universidade Magna Græcia (Catanzaro, Itália), feita com 107 pessoas, mostrou que 10,3% descreveram o aparecimento ou piora dos sintomas de desconforto ocular durante a pandemia da COVID-19 e 19,6% relataram a necessidade de uso diário de substituto lacrimal. A pontuação média do 57% dos pesquisados reportaram valores patológicos no Índice de Doença da Superfície Ocular2.

Foi demonstrado que os sintomas oculares, incluindo olho seco, são relativamente comuns entre os pacientes com COVID-19 e podem aparecer antes do início da sintomatologia respiratória. E ainda que o uso incorreto da máscara facial, com encaixe incorreto, contribui para o vazamento de ar e ressecamento ocular.

Além disso, a pandemia também incentivou uma maior exposição dos indivíduos às telas de computadores, celulares, que em excesso podem determinar efeitos prejudiciais na superfície ocular.

 

O que causa o Olho Seco1?

Uso prolongado do computador: quando usamos o computador e outros recursos digitais como tablets e smartphones, diminuímos a frequência de piscadas, o que leva a evaporação do filme lacrimal podendo causar sintomas de Olho Seco.
Idade e sexo: a síndrome do Olho Seco pode acometer qualquer idade, mas é mais prevalente nos indivíduos mais velhos, principalmente em mulheres.
Lentes de contato: especialmente quando utilizadas incorretamente, pode alterar a lubrificação da córnea e causar intolerância ao seu uso.
Ar-condicionado: locais com ar-condicionado proporcionam ambientes mais secos que levam a evaporação mais rápida das lágrimas.
Outros fatores que estão associados ao Olho Seco: cigarro, medicações, como, por exemplo, antidepressivos, antialérgicos e anti-hipertensivos; algumas doenças sistêmicas como síndrome de Sjögren, alterações nas glândulas palpebrais, dentre outros.



Sintomas¹
Os principais sintomas do Olho Seco são vermelhidão, queimação, coceira, ardência, irritação, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, desconforto e olhos cansados. A condição também pode provocar visão turva e embaçada.

 

Tratamento¹

O tratamento depende primeiramente do reconhecimento do tipo e da gravidade do Olho Seco, o que deve ser feito pelo exame por um médico oftalmologista.

Para aliviar esses sintomas recomenda-se que uso de lágrimas artificiais, como o Systane® UL, que ajuda a diminuir o desconforto associado à doença. Esses colírios atuam na reposição da lágrima natural, oferecendo melhora da lubrificação e proporcionando conforto imediato, protegendo, preservando e melhorando a superfície do olho. A higiene diária de pálpebras e cílios também é fundamental para evitar o acúmulo de sujeira.

Adotar algumas medidas preventivas, como usar umidificadores de ar e aumentar a quantidade de ingestão de água ao longo do dia, principalmente nesta época mais seca, pode ajudar a evitar o Olho Seco e auxiliar no tratamento de quem já foi diagnosticado como o problema. Além de diminuir a exposição às telas, ou ao menos inserir intervalos para piscar mais vezes durante o uso.




Referências

1. Oftalmologia Pereira Gomes, Dr. José Álvaro Pereira Gomes - https://oftalmologiapereiragomes.com.br/doencas-e-tratamentos/olho-seco/ .

2. Giannaccare G, Vaccaro S, Mancini A, Scorcia V, Dry eye in the COVID-19 era: how the measures for controlling pandemic might harm ocular surface. Nature Public Health Emergency Collection - Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol, 2020, Jun 19th.

Registro ANVISA Systane® UL, 80153480163


Vigilância ativa, o melhor caminho em alguns casos de câncer de próstata

Abordagem evita cirurgias e tratamentos radioterápicos desnecessários. Acompanhamento permite identificar se e em que momento é necessário realizá-los


No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Mas todos os pacientes acometidos pela doença necessitam de intervenção cirúrgica e tratamentos radioterápicos? A vigilância ativa no câncer de próstata – um conceito originalmente desenvolvido e aplicado em meados da década de 2010 no Canadá – é uma prática que vem ganhando terreno em casos de tumores de baixo risco. Ela envolve um rigoroso monitoramento do paciente, mas sem que se faça de imediato uma cirurgia para retirada das lesões e radioterapia. A vigilância ativa vem ajudando a diminuir aquilo que os especialistas chamam de excesso de diagnósticos e tratamentos, isto é, a realização de intervenções desnecessárias ou que podem ser adiadas para momentos mais oportunos.

O câncer de próstata pode se apresentar de diferentes formas. Em alguns homens, a doença é mais agressiva e muitas vezes diagnosticada em estágios avançados, inclusive com metástases, ou seja, depois de ter se espalhado para outras áreas do corpo, principalmente nos ossos. Nesses casos, a intervenção para remover o tumor não pode demorar.

No entanto, cerca de 30% dos tumores são diagnosticados em uma fase em que não trazem risco de morte ou de graves complicações. “Nesse momento, a doença é classificada como indolente, ou seja, as lesões oncológicas, embora já existentes, não se desenvolvem, como se estivem dormentes. É para esses pacientes que a vigilância ativa é indicada, preservando-os de possíveis efeitos colaterais dos tratamentos cirúrgicos ou radioterápicos: a incontinência urinária e a impotência sexual”, explica o médico Fernando Cutait Maluf, diretor Médico Associado do Centro de Oncologia e Hematologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Apesar dos avanços que vêm aumentando a eficácia dessas terapias e reduzindo a ocorrência de efeitos colaterais, ainda assim pode haver impactos para a qualidade de vida dos homens, particularmente aqueles ainda em fase econômica e sexualmente ativa.

 

Critérios rigorosos

Atualmente adotada nos principais centros de referência oncológica, como a BP, a vigilância ativa segue critérios científicos rigorosos. Quando a doença é diagnosticada por meio da biópsia, também é feita a estratificação da enfermidade para identificar o grau de gravidade: muito baixo risco, baixo risco, risco intermediário ou alto risco. Para isso, são analisados 12 fragmentos de tecidos extraídos de diversos locais da próstata e avaliada a porcentagem de infiltração do câncer em cada um deles.

Pacientes enquadrados na categoria de muito baixo risco (comprometimento em até três fragmentos que não superam 50% de infiltrações) são indicados para vigilância ativa, ou seja, apesar de não ser prescrito nesse momento inicial qualquer tratamento intervencionista, eles são inseridos em protocolos de acompanhamento, com prazos periódicos de retorno ao médico e realização de exames.

“Os protocolos podem variar nas instituições médicas que os adotam e os customizam. Todavia, alguns pontos são comuns como a realização, no primeiro ano do diagnóstico, de exame de antígeno prostático específico (PSA) e retorno ao médico a cada três meses; toque retal a cada seis meses; e pelo menos um exame de ressonância magnética da próstata no ano, um exame fundamental para indicar o potencial de agressividade da doença. As biópsias são repetidas a intervalos de seis a doze meses. A partir dos anos seguintes, os protocolos variam nas recomendações temporais”, afirma Maluf.

 

Segurança garantida

Estudos científicos já atestaram a segurança da vigilância ativa, comprovando que não há riscos em adiar a cirurgia ou a radioterapia para momentos mais adequados, ou seja, quando ocorrem os primeiros sinais de progressão da doença caracterizada pelo desenvolvimento lento. A base dessa proteção é a adesão rigorosa ao protocolo de acompanhamento da evolução ou não do tumor.

“Apesar de seguro e eficaz, de 20% a 25% dos pacientes que entram nesse protocolo acabam abandonando-o. Por questões relacionadas ao estresse e à ansiedade, preferem antecipar as intervenções terapêuticas mesmo sem nenhuma manifestação de progressão”, alerta o médico da BP. Mas outros números podem ser usados para argumentar contra essa decisão: quase 50% dos pacientes que permanecem no protocolo se mantêm em seguimento por cerca de 10 anos sem necessitar de cirurgia ou radioterapia.

“Isso nos permite compreender porque a vigilância ativa vem se consolidando como mais uma poderosa opção para o enfrentamento do câncer de próstata à disposição dos pacientes. Mas são eles, sempre, que têm a última palavra e definem como querem e preferem ser tratados”, finaliza Fernando Maluf.


 BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo   


27 de julho – Dia do Pediatra

Oncologia Pediátrica: tratamento para crianças e adolescentes vai além da adaptação dos tratamentos existentes para adultos

Com metabolismos diferentes, crianças e adolescentes não são “adultos pequenos”; tratamento oncológico efetivo requer foco interdisciplinar especializado nas características biológicas e orgânicas próprias da faixa etária

 

Na data em que é celebrado o Dia do Pediatra, 27 de julho, o Centro Infantil Boldrini reforça a importância do investimento em ciência e pesquisa para o câncer pediátrico. “Com estudos específicos para essa faixa etária, estamos cada vez mais entendendo, tratando e derrotando o câncer infantil”, pontua a médica Silvia Brandalise, presidente do Centro Infantil Boldrini, hospital filantrópico que é referência no tratamento de câncer pediátrico na América Latina.

 

Pesquisas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), apontam que o câncer pediátrico (de 0 a 19 anos de idade) representa 3% do total da doença em adultos – fato que desencadeou, em todo o mundo, maior foco de pesquisa para esses pacientes. Há algumas décadas, no entanto, pesquisadores dos principais centros infantis do mundo têm se dedicado à pesquisa voltada para pediatria oncológica, melhorando – e muito – os índices de cura e sobrevida de pacientes. Hoje, os índices de cura de leucemia chegam a 80% nos países desenvolvidos – taxa que também é alcançada no Centro Infantil Boldrini.

 

“Ensaios clínicos exclusivos, ciência inovadora e atendimento abrangente ao paciente são a chave para o sucesso do tratamento em Pediatria Oncológica. Com isso, médicos e pesquisadores, atuando lado a lado, são capazes de definir novas fronteiras para oncologia pediátrica”, afirma Dra. Silvia.

 

Tratamento do câncer em crianças: o tratamento depende do tipo de câncer. Os tratamentos podem incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou, às vezes, imunoterapia. Com frequência, um paciente recebe mais de um desses tratamentos.

 

O tempo necessário para o tratamento difere dependendo do tipo de câncer e do seu estágio inicial. Em geral, os tratamentos demoram vários meses ou mesmo alguns anos.

 

Pesquisadores e médicos de grandes centros internacionais estão trabalhando em novas terapias para crianças com câncer. Alguns desses tratamentos, chamados de medicina de precisão, têm como alvo alterações genéticas específicas no de cada tipo do câncer. 

Pesquisas em genética: Aprender quais mudanças genéticas causam um câncer pode ajudar os médicos a diagnosticá-lo com mais eficácia. No futuro, essas informações também podem ajudar os cientistas a desenvolver melhores tratamentos.

 

Mutações genéticas nunca vistas em cânceres de adultos são encontradas em 55% dos casos de câncer pediátrico, segundo dados do hospital americano John Hopkins, referência mundial em pesquisas científicas. Esse dado, por si só, retrata a importância de estudos voltados para a descoberta de tratamentos específicos para o câncer em crianças e em adolescentes – atividade à qual se dedica, o Centro de Pesquisa Boldrini (CPB), localizado na cidade de Campinas, SP.

 

Primeiro e único Centro de Pesquisa do Brasil a dedicar-se exclusivamente à pesquisa sobre câncer pediátrico, o CPB conecta cientistas, médicos oncologistas pediátricos e universidades de diferentes regiões do Brasil e do exterior. para impulsionar a pesquisa de novos tratamentos.

 

O trabalho no Centro de Pesquisa, intimamente articulado com o Hospital, o conduziu a identificação de uma nova droga contra o câncer, já patenteada internacionalmente em alguns países, todavia aguardando o registro da patente no Brasil. O desenvolvimento e a implantação de novas tecnologias diagnósticas, representaram grandes avanços na compreensão e no monitoramento do tratamento do câncer pediátrico, como também sobre a natureza e o contexto molecular, genético e do desenvolvimento dos cânceres da criança e do adolescente. 

Atualmente são nove os grupos de estudos do Centro de Pesquisa Boldrini englobam as áreas-chave mais avançadas em pesquisa científica em câncer: imunoterapia; anticorpos monoclonais terapêuticos; DNA circulante tumoral; tumores do sistema nervoso central; doença residual mínima, novas drogas; fatores ambientais e câncer pediátrico, informática e espectrometria de massa.

 

Novo estudo confirma a eficácia de medicamento inovador de dose única diária para o tratamento de HIV

Apresentados na Conferência Internacional da Sociedade de AIDS sobre Ciência do HIV 2021 (IAS 2021), os dados do estudo SALSA comprovam a segurança da troca de um tratamento antirretroviral de pelo menos três medicamentos por uma terapia inovadora composta de dois medicamentos coformulados, mantendo a mesma eficácia e sem falha virológica 1

Desenvolvido pela GSK/ViiV Healthcare, a terapia é uma combinação inédita de dolutegravir 50 mg e lamivudina 300 mg, coformulados num único comprimido, em dose diária para o tratamento de HIV em adultos e adolescentes acima de 12 anos 2

A medicação já está disponível nos Estados Unidos, Europa, Japão e outros países em todo o mundo. No Brasil, o medicamento está em aprovação na ANVISA


GSK/ViiV Healthcare apresentou os dados de um novo estudo sobre a evolução do tratamento de pessoas vivendo com HIV na Conferência Internacional da Sociedade de Aids sobre Ciência do HIV 2021 (IAS 2021) e compartilhou os resultados em evento para a imprensa na última quarta-feira, 21 de julho. Denominado SALSA, o estudo mostrou os resultados da mudança de tratamento antirretroviral atual para uma terapia inovadora composta da combinação de dois medicamentos (dolutegravir 50 mg e lamivudina 300 mg), quebrando o paradigma da necessidade de três medicamentos para o tratamento de adultos que vivem com HIV, com uma carga viral indetectável.1

Realizado durante 48 semanas com uma população diversificada de adultos com supressão virológica, o estudo comprovou a eficácia da terapia dupla de dolutegravir e lamivudina, onde nenhum caso de falha virológica e nenhum desenvolvimento de resistência ocorreu. A amostra da população incluiu mais de 120 locais na América do Norte, Europa, Ásia-Pacífico, América do Sul e África, e uma proporção significativa de participantes do sexo feminino (39%), participantes com 50 anos ou mais (39%) e participantes de diferentes origens raciais (59% branco; 19% preto; 14% asiático). No Brasil, o estudo teve 5 centros de pesquisas, envolvendo 39 pacientes brasileiros.1

"O SALSA trouxe uma população abrangente e diversificada, incluindo uma porcentagem significativa de mulheres, pessoas acima de 50 anos e de diferentes etnias. Com isso, conseguimos reunir uma amostragem mais real da população que vive com HIV e mostrar que elas podem manter a doença sob controle tomando menos medicamentos e não colocando a supressão viral em risco", esclarece Kimberly Smith, Chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da ViiV Healthcare.

Para Kimberly Smith, realizar o estudo Salsa em plena pandemia de COVID-19 foi desafiador. "Embora a pandemia tenha gerado um impacto significativo, a equipe e os pesquisadores juntaram esforços e conseguiram manter os estudos clínicos em andamento. Mandamos medicamentos para as casas dos pacientes, fizemos atendimentos onlines, e, um ano depois, estamos orgulhosos por estar conseguindo compartilhar esses dados, que são tão importantes e podem gerar grandes benefícios para as pessoas que vivem com HIV, como uma melhor adesão à terapia antirretroviral e ampliação da expectativa de vida".

No Brasil, o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde (DCCI), desde dezembro de 2019, considera a possibilidade de utilização de dolutegravir e lamivudina em comprimidos separados para pacientes virologicamente suprimidos desde que sigam os critérios estabelecidos pelo ofício circular número 48/2019.2


Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.




GSK/ViiV Healthcare

 

Referências

1 ClinicalTrials.gov - Mudança de Regime para Dolutegravir/Lamivudine Combinação de dose fixa do regime antirretroviral atual em adultos infectados pelo HIV-1 e adultos virologicamente suprimidos (SALSA). Disponível em: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04021290. Acesso em: 21 de julho de 2021.

2 BRASIL. Ministério da saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Oficio Circular Nº 48/2019. Disponível em: > https://www.aids.gov.br/pt-br/legislacao/oficio-circular-no-48

 

FISIOTERAPEUTA PÉLVICA FALA SOBRE CUIDADOS NO DIA A DIA PARA PREVENIR OS ESCAPES DE XIXI, QUE ACOMETE UMA A CADA QUATRO PESSOAS

A incontinência urinária acomete uma a quatro pessoas, acima dos 40 anos, atualmente no Brasil. Para falar sobre o tema, a fisioterapeuta pélvica Yasmin Xavier explica sobre o assunto e traz dicas de como amenizar e tratar o tema de forma aberta e sem estigmas. Confira abaixo:  

Para começar a falar sobre o assunto, é importante entender que existem três tipos de incontinência urinária: por esforço, por urgência ou mistos, que engloba os dois casos anteriores. Os gatilhos vão depender do estilo de escape que cada pessoa tem. Por exemplo, os gatilhos por esforço podem ser tosse, espirro, uma gargalhada, quando a pessoa vai correr para pegar o ônibus ou precisa pegar algo pesado do chão. Já os gatilhos por urgência envolvem situações em que dá vontade, a pessoa fica muito apertada e precisa correr para o banheiro, como por exemplo quando está colocando a chave na porta ao chegar em casa e vem aquela vontade incontrolável ou ainda quando ouve aquele barulhinho de água. 

Existem uma série de fatores que podem levar as pessoas a terem incontinência urinária. Desde alterações do corpo com o avanço da idade, o período de gestação e pós-parto, ou outras questões como quem toma pouquíssima água, pessoas obesas, problemas metabólicos, pessoas sedentárias ou as pessoas que praticam atividade física em excesso. Todos esses pontos estão relacionados ao enfraquecimento do assoalho pélvico e se essa musculatura perde força, elasticidade e a capacidade de funcionar, o xixi escapa. 

Para fortalecer a região, o tratamento de primeira linha para as perdas de xixi é a prática de fisioterapia pélvica, com o acompanhamento de um profissional da área, onde o paciente aprende a usar a musculatura adequadamente, segurar os escapes durante o dia a dia e relaxar quando sentar no vaso para a eliminação total da urina.

 

Alguns hábitos de vida que são importantes para evitar escapes de xixi:

Horário de beber água

Ficar o dia todo sem beber água e tomar dois litros de uma única vez, vai sobrecarregar a bexiga e pode promover escapes de xixi. O que você pode fazer é evitar consumir líquidos até 3 horas antes de dormir e distribuir melhor o líquido ao longo do dia. 

 

Segurar o xixi

É importante ir ao banheiro frequentemente. Ficar segurando o xixi, vai te levar a uma urgência, que pode gerar os escapes – lembrando que escapes são comuns, mas não normais. O ideal é fazer xixi de 5 a 7 vezes durante o dia, se você vai menos que isso, uma dica é colocar o celular para despertar a cada 3 horas para você não se esquecer. Se, ao contrário, você vai muito ao banheiro, tente aumentar progressivamente os intervalos entre os xixis. Por exemplo: se você vai ao banheiro a cada 30 min, tente ir a cada 45 min, depois a cada 1 hora, 1h15... até chegar a um intervalo de pelo menos 2h30. 

 

Existem alimentos que podem atrapalhar os escapes

Alguns alimentos são irritativos para a bexiga, ou seja, eles fazem você ter mais vontade de fazer xixi. Se você é uma pessoa que vai no banheiro toda hora e chega a perder xixi se segurar demais, vale a pena evitar alimentos como frutas cítricas e seus sucos, café, chá preto, chimarrão, adoçantes artificiais, refrigerantes, bebidas gaseificadas e álcool.


Exercícios para controlar o assoalho pélvico

Cerca de 30% das pessoas não conseguem fazer os exercícios de primeira. É muito importante saber como é o funcionamento do assoalho pélvico! Para isso, é preciso tratar seu corpo como sua principal casa e se conhecer. Que tal pegar um espelho e olhar para a sua região íntima, explorar o autoconhecimento ao olhar pra essa região com carinho? Isso faz toda a diferença.

Um ponto muito importante é lembrar que a incontinência urinária pode atingir qualquer pessoa, então temos que naturalizar esses escapes de xixi sem ter vergonha, afinal, os escapes são comuns, mas não são normais. Por isso é importante ter uma equipe multidisciplinar para tratar caso a caso e ajudar a melhorar a vida do paciente. 

Essas e mais dicas fazem parte do “Treino Viva + Mulher by Plenitud”, iniciativa que conta com três aulas online, gratuitas e super fáceis de fazer e cocriadas pela fisioterapeuta pélvica Yasmin Xavier, a educadora física Cau Saad, a professora de ashtanga yoga Beth Pedote e a ginecologista e obstetra Andrea Gonçalves Menezes, disponíveis no canal do YouTube Plenitud Brasil: www.youtube.com/PlenitudBrasil.

Todas as captações seguiram os protocolos de segurança recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os vídeos com as aulas estão disponíveis nos links abaixo:

Sobre os treinos Viva + Mulher by Plenitud
Treino 1 – como reconhecer o assoalho pélvico e qual a sua importância
Treino 2 – contração e fortalecimento da região pélvica
Treino 3 – como fortalecer ainda mais o assoalho pélvico e cuidar do bem-estar

 

 

Plenitud®

 

Kimberly-Clark Brasil

 kimberly-clark.com.br 

 LinkedIn.

 

ADJ Diabetes Brasil promove campanha digital pelos 100 anos da Insulina

 Hormônio desenvolvido em 1921 é uma das descobertas mais importantes para a medicina

 

A insulina salvou e salva milhões de vidas ao redor do mundo. Assim, a vida de milhões de pessoas foi preservada com a descoberta. Antes deste feito, na ausência de uma medicação eficaz para o controle do diabetes, as pessoas com a condição eram privadas de se alimentarem, já que suas glicemias se alteravam muito, e consequentemente, morriam ainda jovens de inanição.

Em 1921, o cientista canadense Frederick Banting, junto com o estudante de medicina Charles Best, com o professor da Universidade de Toronto, com John Macleod e com seu assistente James Collip fizeram uma série de experimentos e conseguiram estratificar a insulina, de forma que ao ser aplicada, rapidamente controlava os níveis de açúcar no sangue, acelerando o processo de recuperação dos pacientes. Feito que rendeu aos cientistas o Prêmio Nobel da Medicina em 1923.

No mesmo ano surgiu a primeira insulina disponível em larga escala, Illetin, da Eli Lilly. E meses após este acontecimento, mais uma farmacêutica dá início à produção da insulina Leo do antigo laboratório Novo, atual Novo Nordisk.

Passado um século, a ciência evoluiu. Hoje há insulinas análogas de ação rápida e de ação prolongada, ultrarrápida e até a inalável, além de diferentes formas de aplicação, como: seringas, canetas, agulhas pequenas e finas e bombas de insulina. Com todos estes avanços, no mundo mais de 463 milhões de pessoas com diabetes conseguem viver com diabetes e ter qualidade de vida.

Pensando na importância da descoberta da insulina, a ADJ Diabetes Brasil lança no dia 27 de julho a Campanha Digital 100 Anos da Insulina – “Ballet da Vida”, buscando retratar, através da arte, a importância de dois líquidos fundamentais para a vida: a água e a insulina.

A iniciativa inclui a criação de um vídeo, com conteúdo narrado e projeção no solo. A produção, que aconteceu no Vale do Anhangabaú, conta com a performance de bailarinos, entre as fontes de água, iluminadas com diversos refletores, representando a importância da insulina na vida de mais de 16,5 milhões de brasileiros com diabetes.

A campanha é digital e será exibida nas redes sociais da ADJ Diabetes Brasil (https://www.facebook.com/ADJDiabetesBrasil e https://www.youtube.com/adjdiabetesbrasil). No mês de julho, a ADJ também conta com uma programação especial de conteúdos educativos para melhorar a adesão das pessoas com diabetes ao tratamento, além de lives com profissionais e pessoas que vivem com a condição.

Segundo Gilberto Casanova, presidente da ADJ, “nossa expectativa é sensibilizar a sociedade sobre a importância da ciência e de levar o conhecimento de que a insulina é vida, pois traz longevidade e salva milhões de vidas em todo o mundo”.

Para a realização desta iniciativa, a ADJ Diabetes Brasil conta com o patrocínio da Lilly, Novo Nordisk, Medtronic e BD.

 

 

Sobre a ADJ Diabetes Brasil

Fundada em 10 de março de 1980, a ADJ Diabetes Brasil é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, legalmente registrada no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Seu objetivo é promover educação nesse campo para pessoas com diabetes, familiares, profissionais de saúde e comunidade.  Atende gratuitamente as pessoas com todos os tipos de diabetes, de qualquer faixa etária e classe socioeconômica. Oferece um trabalho integrado realizado por uma equipe multidisciplinar.

 

Eli Lilly and Company

www.lilly.com.br

 

Novo Nordisk

www.novonordisk.com.brInstagramFacebookTwitterLinkedInYouTube. 

 

Hepatites virais causam mais de 74 mil mortes em dez anos

Especialistas do Hospital São Camilo SP alertam para a importância de manter as medidas preventivas e exames em dia para aumentar chances de um diagnóstico precoce


Sintomas inespecíficos como febre, fraqueza, mal-estar, dor abdominal e náuseas estão entre alguns dos indicativos de uma hepatite viral. No entanto, em muitos casos, quando o vírus permanece no organismo de forma crônica, sintomas aparecem apenas quando a doença já está em um estágio avançado, o que eleva os riscos de agravamento por cirrose hepática e até óbito.

“Estima-se que, por ser na maioria das vezes assintomática, mais de 500 mil pessoas convivam com o vírus C da hepatite sem saber”, alerta a Dra. Anna Claudia Turdo, infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. A doença ocorre a partir da transmissão de um vírus que provoca uma inflamação no fígado, podendo acometer pessoas de todas as idades.

Dados do último Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde em 2020, na última década, foram registrados mais de 74 mil óbitos relacionados às hepatites virais dos tipos A, B, C e D, sendo que 76% ocorreram em decorrência da hepatite C, para a qual ainda não há vacina.

O estudo ainda aponta para a incidência de mais de 673 mil casos de hepatite no Brasil entre os anos de 1999 e 2019. Aqui, o maior número também é referente à hepatite C, representando 37,6% dos casos, seguido pela hepatite B, com 36,8%. Em terceiro, a pesquisa mostra a hepatite A com 25% e, por fim, o tipo D representando 0,6% dos casos.

Por essa razão, de acordo com a infectologista, o maior desafio no combate às hepatites virais é o diagnóstico precoce. “Exames de rotina podem detectar hepatites virais precocemente, ampliando as chances de cura ou acompanhamento para controlarmos complicações”, explica.

Segundo a especialista, além das vacinas para evitar a infecção pelos vírus da hepatite A e B, é recomendável realizar o teste para hepatite C pelo menos uma vez ao ano, aumentando as chances de um diagnóstico precoce e início do tratamento.

“A vacina para hepatite B é dada para pessoas de qualquer idade no SUS. É uma vacina segura, sem efeitos colaterais ou contraindicações”, além disso, a médica infectologista ressalta que a hepatite D está associada com a presença do vírus B. Assim, a vacina para hepatite B atua como proteção para ambos os tipos. 

“Vale frisar que as hepatites B e C, caso não sejam tratadas, podem evoluir para um quadro de doença hepática crônica ou até mesmo chegar a cirrose e câncer de fígado”, reitera a Dra. Anna Claudia.

Para a médica, campanhas de conscientização como Julho Amarelo, do Ministério da Saúde, são fundamentais nestes casos, pois ajudam a disseminar informações à população sobre sintomas, causas, prevenção e tratamentos da doença.

A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo tem realizado diversas publicações em suas redes sociais com o objetivo de esclarecer a população sobre os riscos das hepatites, além de reforçar junto aos seus profissionais as orientações sobre métodos preventivos e de tratamento.




São Camilo nas redes sociais

@hospitalsaocamilosp


Entenda as diferenças entre as células-tronco presentes no sangue e as do tecido do cordão umbilical

Em sua totalidade, material biológico é capaz de auxiliar em uma variedade grande de tratamentos


O cordão umbilical é um material biológico cuja possibilidade de utilização vai muito além de garantir o transporte de oxigênio e nutrientes para um bebê dentro da placenta. Apesar desse tubo ser essencial para a sobrevivência do feto, ele também pode ser muito útil após o parto, auxiliando no tratamento de doenças hematológicas e tornando-se objeto de estudo para a intervenção de doenças neurológicas, pulmonares, ortopédicas, cardiológicas e vasculares.

Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, explica que os benefícios são possíveis a partir do armazenamento das células-tronco presentes no cordão umbilical. "Muitas terapias estão sendo desenvolvidas utilizando esse material genético. Dessa forma, ao ser coletado é levado ao laboratório, em meio de cultura próprio, que impede que suas células sejam contaminadas por bactérias. No mesmo espaço, elas são separadas e expandidas (aumento do número de células), para então serem guardadas em tanques com nitrogênio líquido (aproximadamente a -196 °C). Quando necessário, o material estará apto para uso imediatamente", descreve.

Segundo o especialista, enquanto o sangue do cordão umbilical é rico em células do tipo hematopoiéticas, seu tecido (do cordão umbilical) possui células mesenquimais, onde cada tipo celular tem capacidade de agir contra determinadas patologias. "As do sangue do cordão umbilical são jovens e imaturas, podendo auxiliar no tratamento de doenças hematológicas, como leucemias ou linfomas, por serem capazes de produzir hemácias, leucócitos e plaquetas, beneficiando o sistema imunológico", informa.

Em contrapartida, o segundo grupo (tecido do cordão umbilical) ainda é estudado em laboratório, mas vem se mostrando mais promissor para a ciência moderna. "As células-tronco mesenquimais são consideradas adultas, mas se diferenciam pela sua capacidade de gerar tecidos como: músculos, ossos, cartilagem e gordura, possibilitando melhorias em quadros de fraturas e queimaduras, por exemplo. Além disso, elas apontam eficiência no tratamento de doenças degenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson", ressalta.

De acordo com o Dr. Nelson, o cordão umbilical apresenta muitos benefícios à saúde humana e descarta-lo no momento do parto é um desperdício. "Coletado de forma indolor, o procedimento não oferece riscos a mãe ou ao recém-nascido. Tudo o que precisa para se tornar uma doadora é ter idade entre 18 e 36 anos e já ter realizado o acompanhamento pré-natal. Após o recolhimento do material biológico, o bebê precisa de um acompanhamento contínuo com pediatra nos 6 primeiros meses, como garantia de que não desenvolverá alguma comorbidade que possa interferir no desenvolvimento das células-tronco. Dessa forma, sua utilização será eficiente nos tratamentos que serão destinadas", conclui.

 


Criogênesis

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As indicações e os cuidados na escolha de analgésicos x anti-inflamatórios para promover um estilo de vida mais saudável

 É importante entender os mecanismos de ação e possíveis efeitos colaterais de cada medicamento

 

O Dia Internacional do Autocuidado, comemorado anualmente em 24 de julho, foi criado para promover o bem-estar e estilo de vida saudável em todo o mundo e simboliza que os benefícios do autocuidado são vividos 24 horas por dia, sete dias por semana. O uso de medicamentos que aliviam dores sem a necessidade de prescrição médica - como os analgésicos e anti-inflamatórios - pode ser um aliado na promoção do bem-estar e qualidade de vida quando utilizados de acordo com a posologia correta. Entretanto, existem diferenças entre os dois tipos de medicamentos que precisam ser consideradas no momento em que a dor aparece.

Analgésicos e anti-inflamatórios estão entre as classes de medicamentos mais utilizados no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, estudos brasileiros relatam que o consumo de analgésicos e anti-inflamatórios por automedicação costuma ocupar efetivamente um lugar de destaque para o alívio da dor entre os idosos, sintoma comum nessa fase da vida. Porém, além das duas classes de medicamentos possuírem mecanismos de ação diferentes, eles também podem causar eventos adversos distintos e apresentam interações medicamentosas divergentes, o que pode impactar na saúde da população mais envelhecida.

Para fazer a escolha correta do medicamento, é necessário conhecê-lo e entender como eles atuam na dor e no corpo. Em linhas gerais, existem três classes de analgésicos: os comuns, como paracetamol e dipirona; os opioides, como morfina, codeína e tramadol; e os anti-inflamatórios não esteoidais, como aspirina, ibuprofeno e diclofenaco. Há, ainda, os anti-inflamatórios esteroides, como os corticóides, indicados para doenças como asma e as inflamatórias autoimunes.

Os analgésicos, como o paracetamol, por exemplo, circulam na corrente sanguínea e identificam o local onde estão sendo produzidas as prostaglandinas - substâncias sintetizadas pelas células lesionadas. Essa substância é a responsável por sinalizar a dor para o cérebro. O princípio ativo do analgésico bloqueia os receptores sensoriais, fazendo com que o cérebro deixe de reconhecer o incômodo, seja uma dor de cabeça ou uma dor nas costas. O medicamento reduz a febre atuando no centro regulador da temperatura no Sistema Nervoso Central (SNC) e diminui a sensibilidade para a dor. Seu efeito tem início 15 a 30 minutos após a administração oral e permanece por um período de 4 a 6 horas. Já os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), como o ibuprofeno e o ácido acetilsalicílico, agem através da inibição da síntese de prostaglandinas, atuando na redução da dor inflamatória e da febre.

Para a médica Fania Cristina Santos, geriatra e coordenadora do Comitê de Dor no Idoso da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), os anti-inflamatórios não esteroidais podem apresentar riscos para a saúde de pacientes idosos, ainda que eles estejam acostumados a usá-los. "Eu sempre indico os analgésicos simples como primeira opção, por segurança gastrointestinal e renal. Para os idosos acima de 80 anos, que é uma população diferenciada e de maior risco, o uso de um AINE é ainda mais preocupante", afirma.

Dentre as características clínicas mais importantes dos idosos, destaca-se o fato desta população apresentar respostas a medicamentos diferentes daquelas apresentadas por pacientes mais jovens. As conseqüências de tais alterações no idoso são mais pronunciadas e mais severas em relação a determinados medicamentos, principalmente os que apresentam alto risco de eventos adversos e muitas interações medicamentosas.

"Os pacientes procuram o cardiologista por conta de doenças crônicas associadas, como hipertensão ou doenças cardiovasculares. Meu papel é desmistificar o uso do AINE como analgésico, muitas vezes induzido por indicação incorreta. Minhas principais preocupações com o uso são a disfunção renal e o agravo da hipertensão", explica Jaqueline Scholz, cardiologista e especialista em tratamento de tabagismo, dislipidemia e prevenção de doenças cardiovasculares. Segundo ela, os pacientes confundem o uso do anti-inflamatório com o analgésico, o que pode ser prejudicial à saúde.

Na opinião da geriatra Fania Santos, o único impedimento para não usar analgésico simples como primeiro degrau da analgesia são em dores agudas de moderada e forte intensidade. "Em geral, tanto para dores crônicas quanto para dores agudas de primeiro degrau, é recomendado analgésico simples", complementa.

Paracetamol é um analgésico simples e uma opção segura para tratamento de dor e febre em pessoas que já fazem algum tratamento medicamentoso contínuo para as doenças mais prevalentes nos brasileiros com mais de 50 anos, como diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares ou gastrointestinais, por ser a molécula de analgesia que apresenta baixos eventos adversos associados e poucas interações medicamentosas.

Apesar dos medicamentos isentos de prescrição serem vendidos sob orientação do farmacêutico, é sempre importante consultar um médico em caso de sintomas dolorosos, principalmente aqueles que se prolongam e que são intensos, já que podem ser sinal de uma condição de saúde mais grave. Já os medicamentos indicados para a dor crônica, dor pós-operatória ou outros casos de dor mais severos, devem ser exclusivamente prescritos pelo médico.

Referências: 1. Bula do Produto. 2. Melo LA, Lima KC. Factors associated with the most frequent multimorbidities in Brazilian older adults. Cien Saude Colet. 2020 Oct;25(10):3879-3888. Portuguese, English. doi: 10.1590/1413-812320202510.35632018. Epub 2019 Jan 6. PMID: 32997020.



Johnson & Johnson Consumer Health

TYLENOL® PARACETAMOL. INDICADO PARA O TRATAMENTO DE DOR E FEBRE. ADVERTÊNCIAS: NÃO USE TYLENOL® JUNTO COM OUTROS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM PARACETAMOL, COM ÁLCOOL OU EM CASO DE DOENÇAS GRAVE DO FÍGADO. MS - 1.1236.3326. SAC 0800 701 1851 OU SERVIÇO AO PROFISSIONAL 0800 702 3522. DATA DE IMPRESSÃO: JUL/21. ©J&J Brasil, 2021. "SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO"


Dia do Pediatra destaca a importância do profissional no desenvolvimento de crianças e adolescentes

Atendimento pediátrico em home care cresce 20% na pandemia e apresenta-se como como opção acolhedora, segura e humanizada 


No dia 27 de julho é comemorado o Dia do Pediatra, em reconhecimento a estes profissionais que não somente se dedicam à saúde de crianças e adolescentes, como também ao acolhimento e orientação de pais e familiares. Escolhida por ser o dia da fundação da Sociedade Brasileira de Pediatria, ocorrida em 1910, a data marca a especialidade médica que cuida do ser humano em um dos ciclos mais importantes de vida, marcado pelo crescimento e desenvolvimento.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, consultas regulares auxiliam a prevenir ou detectar precocemente algumas doenças, permitindo tratamentos adequados e com mais chances de plena recuperação.

Entre os atendimentos realizados pelo profissional estão crianças ou recém nascidos com doenças crônicas ou necessidades especiais, que muitas vezes são obrigados a permanecer por longos períodos em hospitais para acompanhamento.

Com a evolução dos equipamentos e materiais para o atendimento em home care, os pacientes de pediatria de baixa e média complexidade e em condições de estabilidade, já podem ser tratados em casa com segurança e qualidade.

Segundo a dra. Márcia Vlasman, pediatra da da Pronep Life Care, pioneira no serviço de Atenção Domiciliar no Brasil, no último ano houve um crescimento de 20% dos atendimentos da especialidade em home care.

A opção de tratamento em casa vem se apresentando bastante eficaz, uma vez que traz mais conforto para o paciente e sua família, oferece atendimento individualizado e humanizado, melhora a qualidade de vida da criança, possibilita a redução dos riscos do ambiente hospitalar, além de auxiliar na liberação de leitos hospitalares, fato especialmente importante neste período de pandemia”, conclui a pediatra.

 

JULHO AMARELO

Hepatites virais: Saúde investiu mais de R$ 366 milhões no combate à doença desde o ano passado

Diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento das infecções, muitas vezes silenciosas, que afetam o fígado

 

Infecções silenciosas que afetam o fígado, órgão vital para o funcionamento do corpo, as hepatites virais já atingiram mais de 680 mil brasileiros nos últimos 21 anos. As infecções podem ser causadas por cinco tipos de vírus: A, B, C, D e E. Para que o tratamento ou controle tenham resultados, o diagnóstico precoce é fundamental. Durante a pandemia da Covid-19, o desafio para detectar novos casos é ainda maior.

Por isso, entre 2020 e 2021, o Ministério da Saúde investiu mais de R$ 366 milhões para a compra de insumos, testes, medicamentos e serviços para o enfrentamento das hepatites virais no Sistema Único de Saúde (SUS). No mesmo período foram distribuídas mais de 22,9 milhões de unidades de medicamentos para o tratamento das hepatites B, C e D para todo o Brasil, atendendo aproximadamente 63 mil pacientes.

Para combater as hepatites virais, o Brasil tem uma meta, proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2016 e precisar ser atingida nos próximos 9 anos: reduzir novas infecções em 90% e a mortalidade atribuível às hepatites em 65% até 2030.

Para isso, o diagnóstico precisa ser cada vez mais ágil. O teste rápido é a forma mais rápida de identificar os tipos B e C de hepatites. Entre 2020 e 2021, o Ministério da Saúde enviou mais de 17,5 milhões de testes para todo o Brasil, além de 176,6 mil exames que detectam a carga viral e 12,7 mil de genotipagem.

Ainda em 2020, foi publicada portaria que estabeleceu o Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais. Também foi feita a inclusão de medicamentos do Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais no Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica, facilitando o acesso de pacientes aos tratamentos adequados.

O Ministério da Saúde também realizou a publicação, em conjunto com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), de uma normativa que orienta a atuação dos enfermeiros na realização do diagnóstico das hepatites virais, para intensificar o cuidado na Atenção Primária a Saúde, a porta de entrada do SUS.

Como mais uma iniciativa, a pasta se prepara para lançar um curso de ensino à distância direcionado a enfermeiros e enfermeiras para a qualificação desses profissionais na atuação para o enfrentamento às hepatites virais.


Hepatite no Brasil

De 1999 a 2020, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 689.933 casos de hepatites virais no Brasil. Destes, 168.579 (24,4%) são referentes a hepatite A, 254.389 (36,9%) de hepatite B, 262.815 (38,1%) de hepatite C e 4.150 (0,6%) de hepatite D.

Os dados estão no Boletim Epidemiológico Hepatites Virais 2021. Leia aqui.

De 2000 a 2019, foram identificados, no Brasil, pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), 78.642 óbitos associados às hepatites virais dos tipos A, B, C e D. Desses,1,6% foram associados à hepatite viral A; 21,3% à hepatite B; 76,2% à hepatite C e 0,9% à hepatite D.

Considerando o histórico desde 1999, a região Nordeste concentra a maior proporção das infecções pelo vírus A: 30,1%. Na região Sudeste estão concentradas as maiores proporções dos vírus B e C, com 34,2% e 58,9%, respectivamente. Por sua vez, a região Norte acumula 74,9% do total de casos de hepatite D (ou Delta).


Nathan Victor
Ministério da Saúde


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