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terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

De olho nas mudanças: Quais as principais alterações no INSS no início de 2021?

Especialista explica as alterações para ficar atento e qual o melhor caminho para quem deseja se aposentar

 

A Reforma da Previdência entrou em vigor por meio da Emenda Constitucional 103 e acabou de completar um ano em novembro de 2020, trazendo uma série de mudanças para que os trabalhadores consigam a aposentadoria. Segundo o Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS),  em setembro de 2019 foram concedidas 152 mil aposentadorias, já em 2020 apenas 95 mil, em grande maioria para mulheres. 

 

Atualmente, o número de aposentadorias vêm sofrendo uma queda em relação aos anos anteriores. Entre as mudanças, algumas regras de transição sofrem alterações anualmente. Neste caso, as regras são direcionadas para os segurados do INSS e que já contribuem com o órgão antes da reforma, mas não estão na idade mínima para aposentadoria.  

 

Para entender melhor sobre as mudanças vigentes em 2021, Átila Abella - especialista em direito previdenciário e cofundador da startup Previdenciarista, plataforma que oferece ferramentas para automatizar e otimizar as análises previdenciárias - explica quais os principais pontos de atenção e alterações. 

 

Tempo de contribuição e idade mínima progressiva


Em 2021, as mulheres precisarão ter 57 anos e os homens 62, com tempo mínimo de contribuição com 35 anos para homens e 30 para as mulheres. Com remuneração calculada a partir da média dos salários, aplicando a regra de 60% do valor da média das contribuições realizadas a partir de julho de 1994 mais 2% a cada ano que exceder 15 anos de tempo de contribuição para mulheres e 20 anos de contribuição para os  homens, sendo que para obter uma aposentadoria com valor de 100% da média uma mulher precisa contar com 35 anos de contribuição e um homem 40 anos. 

 

Regra de transição pelo sistema de pontos


“Dentro do sistema do INSS, existe uma regra com sistema de pontos onde o trabalhador deve alcançar uma meta que resulta na soma de sua idade + tempo de contribuição. Neste ano, a pontuação para homens é 98 e para mulheres 88 pontos”, explica Abella. A reforma da previdência prevê um aumento de um ponto a cada ano, chegando a 100 para mulheres em 2033 e 105 para homens em 2028. 

 

Transição por idade


Para os homens, não houve mudança no requisito idade, permanecendo a idade mínima de 65 anos. Já para as mulheres, desde 2020 a idade mínima de aposentadoria tem acréscimo de seis meses a cada ano, chegando em 62 anos até 2023. Para ambos, o tempo exigido é de 15 anos de contribuição, desde que já fossem filiados ao INSS antes da reforma da previdência. Portanto, a regra de transição é para que as mulheres completem 61 anos em 2021. 

 

Pedágio dos 50% de tempo


Para quem estava perto da aposentadoria, necessariamente a dois anos ou menos do tempo mínimo de contribuição em 13/11/2019, data da publicação da promulgação da reforma, será possível se aposentar sem idade mínima. Mas como uma ressalva, cumprindo um pedágio de 50% do tempo que ainda restava da data da reforma. “Se o contribuinte estivesse com apenas um ano faltando para completar o tempo de contribuição deverá trabalhar mais seis meses, assim terá um total de um ano e meio e conseguirá obter o benefício, apenas com a ressalva de que nesta regra será aplicado o fator previdenciário no cálculo do seu benefício”, finaliza Átila Abella. 

 

 


Previdenciarista

https://previdenciarista.com/

 

Após início irregular, lavouras melhoram desempenho e safra pode alcançar 134 milhões de toneladas, aponta Agroconsult

Números da produção brasileira de soja foram revisados após os técnicos do Rally da Safra finalizarem avaliações no Mato Grosso


As condições das lavouras de soja melhoraram após um começo de temporada marcado pela irregularidade climática, que atrasou o plantio e comprometeu o desempenho das variedades precoces. A melhora nas expectativas fez a Agroconsult, organizadora do Rally da Safra, aumentar as estimativas para a produção brasileira de soja 20/21 para 134 milhões de toneladas, 1,6 milhão de toneladas acima do número Pré Rally, após revisões positivas na produtividade esperada no Mato Grosso – principal estado produtor já visitado pelos técnicos do Rally e no Rio Grande do Sul, cujas lavouras serão avaliadas em março. A área plantada é estimada em 38,4 milhões de hectares, mesmo número divulgado na largada da expedição.

Após percorrer mais de 25 mil quilômetros e coletar mais de 620 amostras, as equipes do Rally finalizaram as avaliações da soja de ciclos precoce e médio/tardio no Mato Grosso. A constatação: o estado deverá colher uma boa safra, mesmo com uma produtividade média de 57,7 sacas por hectare, inferior às 60 sacas por hectare da safra 19/20. Segundo André Debastiani, coordenador do Rally da Safra, o trabalho de campo das equipes mostrou resultados um pouco acima do esperado, sustentando a revisão para cima na produtividade. “No Médio-Norte e no Oeste, as variedades tardias mantiveram bom potencial, compensando um pouco as perdas da soja precoce”, explica.

Já no Rio Grande do Sul - estado que ainda será visitado pelo Rally - as lavouras se desenvolvem bem desde o fim do ano passado, após a regularização do clima, recuperando-se da seca nas fases iniciais do plantio, conforme a rede de informações da Agroconsult. Diante desse cenário, a estimativa de produtividade no estado subiu para 55 sacas por hectare (na safra passada, marcada por uma forte seca, foram colhidas apenas 36,2 sacas por hectare no estado).

Em relação aos números divulgados antes da largada do Rally, houve apenas uma revisão negativa: a produtividade média esperada nas lavouras do Piauí caiu para 54,5 sacas por hectare, prejudicada por um período de estiagem em janeiro.

Debastiani explica que o principal problema agora é a lentidão da colheita no Centro-Oeste. Chove praticamente todo dia desde o início do ano, em especial no Mato Grosso. Os produtores colhem com grande dificuldade, na maioria das vezes com mais umidade do que o ideal.É importante notar que não há gargalo operacional: o que limita a colheita é mesmo o clima. Se as condições climáticas não melhorarem, pode haver mais perdas de qualidade nas lavouras que estão ficando prontas, mas que não estão sendo colhidas na velocidade adequada. O cenário piora ainda mais o calendário para a segunda safra”, afirma o coordenador do Rally.


Equipes em campo

Nesta 18ª edição do Rally, serão 26 equipes em campo, das quais 20 vão a campo até março para avaliar as lavouras de soja precoce no Mato Grosso, Sudoeste de Goiás, Mato Grosso do Sul e Oeste do Paraná, além da soja de ciclo médio e tardio em todos os estados produtores. Outras seis equipes irão a campo em maio e junho para verificar as áreas de milho segunda safra. O levantamento acontecerá no Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins.

Organizado pela Agroconsult, o Rally da Safra 2021 chega à 18ª edição com patrocínio do Banco Santander, Phosagro, FMC e Rumo, e o apoio da Plant UP, Unidas Agro, FIESP e Universidade Federal de Mato Grosso.

O trabalho das equipes e o roteiro completo da expedição poderão ser acompanhados pelo http://bit.ly/RallyRedesSociais

 

Apesar de muitos avanços, leis ainda restringem as oportunidades econômicas das mulheres, conclui estudo

Impactos econômicos e sociais da Covid-19 reforçam desigualdades de gênero


WASHINGTON - Embora as sociedades em geral estejam avançando lentamente rumo a uma maior igualdade de gênero, muitas mulheres ao redor do mundo continuam a enfrentar leis e regulamentos que restringem suas oportunidades econômicas. Um novo relatório do Banco Mundial revela como a pandemia de Covid-19 impôs novos desafios para a saúde e a segurança física e econômica das mulheres.

As reformas que buscam remover os obstáculos à inclusão econômica das mulheres têm sido lentas e desiguais em muitas regiões do planeta, segundo o relatório Mulheres, Empresas e o Direito 2021. Em média, as mulheres gozam apenas de três quartos dos direitos jurídicos concedidos aos homens. Elas já se encontravam em desvantagem mesmo antes da Covid-19, e as iniciativas governamentais para mitigar alguns dos efeitos da pandemia, embora inovadoras, foram limitadas em muitos países, diz o relatório.

"As mulheres precisam ser plenamente incluídas nas economias de seus países para que possam alcançar melhores resultados de desenvolvimento", disse David Malpass, presidente do Grupo Banco Mundial. "Apesar do progresso geral, foram observados retrocessos preocupantes em alguns países, tais como restrições relativas a viagens de mulheres sem a permissão de um tutor do sexo masculino. A pandemia exacerbou desigualdades que prejudicam meninas e mulheres - muitas vezes impedidas de frequentar escolas e ter um emprego. Elas também enfrentam um aumento na violência doméstica e nos desafios relacionados à sua saúde e segurança. As mulheres devem ter o mesmo acesso a financiamentos e os mesmos direitos a heranças que os homens. Elas devem estar ao centro de nossos esforços para uma recuperação inclusiva e resiliente da pandemia de Covid-19." 

O relatório Mulheres, Empresas e o Direito 2021 examina leis e regulamentos em oito áreas que afetam as oportunidades econômicas das mulheres em 190 países, cobrindo o período de setembro de 2019 a outubro de 2020. O estudo examina desde aspectos básicos, como a mobilidade no âmbito da comunidade, até questões mais complexas, como os desafios para trabalhar, cuidar dos filhos e se aposentar. Os dados fornecem referências objetivas e mensuráveis para medir o progresso global rumo à igualdade de gênero. O relatório também analisa as respostas do setor público à crise da Covid-19 e examina como a pandemia afetou as mulheres no trabalho e em casa, especialmente em relação ao cuidado com as crianças; ao acesso à justiça; e à saúde e segurança.

Em geral, o relatório conclui que muitos governos implementaram medidas para tratar de alguns dos impactos sofridos por mulheres trabalhadoras. Por exemplo, antes da pandemia, menos de um quarto de todas as economias pesquisadas no relatório ofereciam a pais e mães o direito a licenças ou folgas para que pudessem cuidar de seus filhos. Desde então, devido ao fechamento das escolas, quase 40 novos países introduziram políticas de licença ou benefícios para ajudar os pais a cuidar dos filhos. Mesmo assim, essas medidas são provavelmente insuficientes para superar os desafios enfrentados por muitas mães trabalhadoras, ou solucionar a crise no setor de cuidados infantis.

A pandemia também contribuiu para um aumento na gravidade e na frequência de casos de violência de gênero. Pesquisas preliminares indicam que, desde o início de 2020, foram introduzidas cerca de 120 novas medidas, tais como linhas diretas, assistência psicológica e abrigos para proteger as mulheres da violência. Alguns governos também adotaram medidas para garantir o acesso à justiça de várias maneiras como, por exemplo, classificando os casos de família como urgentes durante os períodos de confinamento e permitindo audiências remotas para questões regidas pelo direito de família. No entanto, os governos ainda têm muito a fazer no sentido de promulgar medidas e políticas destinadas a abordar as causas profundas da violência.

"Embora seja encorajador que muitos países tenham tomado medidas proativas para ajudar as mulheres a enfrentar a pandemia, não há dúvida de que mais precisa ser feito, principalmente para melhorar as licenças parentais e igualar o pagamento", disse Mari Pangestu, diretora-executiva de Parcerias e Políticas de Desenvolvimento do Banco Mundial. "Os países precisam criar um ambiente jurídico que aprimore a inclusão econômica das mulheres, para que elas possam fazer as melhores escolhas para si mesmas e suas famílias".

O relatório concluiu que, apesar da pandemia, 27 economias em todas as regiões e grupos de renda promulgaram reformas em todas as áreas e ampliaram boas práticas em suas legislações durante o ano do estudo, abrangendo 45 temas diversos. Na maior parte dos casos, as reformas introduziram ou alteraram leis que afetam a remuneração e os direitos de paternidade-maternidade.

No entanto, no âmbito global, essa é a área em que há mais espaço para melhorar. Os avanços devem abordar questões relacionadas a licenças parentais remuneradas, à decisão sobre quem deve administrar os benefícios (governo ou empregador) e à proibição da demissão de mulheres grávidas. Reformas também são necessárias para lidar com as restrições que as mulheres enfrentam em relação aos tipos de empregos e tarefas que podem desempenhar e às horas que podem trabalhar, o que termina por segregá-las em empregos de baixa remuneração. Além disso, em 100 economias pesquisadas, as leis não exigem que homens e mulheres recebam a mesma remuneração por empregos de igual valor.

Alcançar a igualdade jurídica de gênero requer um esforço conjunto de governos, sociedade civil e organizações internacionais, entre outros. Todavia, reformas jurídicas e regulatórias podem servir como importante catalisador para melhorar a vida das mulheres, bem como de suas famílias e comunidades. Um melhor desempenho nas áreas medidas pelo relatório Mulheres, Empresas e o Direito está associado à redução das lacunas de gênero nos resultados de desenvolvimento, à maior participação feminina na força de trabalho, à redução da vulnerabilidade no trabalho e a uma maior representação das mulheres nos parlamentos nacionais.

 


Em Washington: Nina Vucenik, +1 (202) 458-321,nvucenik@worldbankgroup.org

Para solicitações de transmissão: David W. Young, +1 (202) 473-4691,dyoung7@worldbank.org

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Como ser desejado por bons talentos em 2021?

 As empresas estão começando a voltar com novas perspectivas neste 2021. Muitas ainda estão em home office, muitas voltando à rotina do escritório, aos poucos. E muitas estão, sim, voltando a contratar para cargos de chefia. A grande pergunta é: como ser desejada, nos dias de hoje, pelos melhores talentos?


Já se foi o tempo em que oferecer um bom salário e benefícios ou mimos era suficiente para atrair os melhores recursos humanos para suas empresas. Com a pandemia, e especialmente caminhando para uma volta cada vez maior às rotinas de escritório, vale a máxima de que a cultura do pertencimento, hoje, é um ponto fundamental.

Todo mundo quer se sentir pertencente a um grupo. Nesse caso, ter valores bem estabelecidos, um DNA empresarial fácil de ser compreendido e assimilado é o melhor caminho para atrair os talentos certos para a sua companhia.

Veja bem, a pessoa não quer mais a rotina de estar ali apenas para bater o ponto, fazer seu trabalho em horário comercial e receber seu salário todo dia 05. Ela quer sentir que faz parte de algo maior, que está ajudando a construir, e isso pode ser visto, ou podia, ao menos, antes da pandemia, em grupos de pessoas saindo para almoçar, por exemplo, usando o crachá da empresa. Literalmente, “vestindo a camisa”.

O novo talento quer pertencer ao ecossistema que a empresa cria. E, para isso, é preciso que esse ambiente seja pensado e construído exatamente para atrair essas pessoas. Quando o contratado passa a ser parte do time, muitas vezes, a empresa se torna seu sobrenome. Eu sou o Marcelo Arone da OPTME, por exemplo. Mas vemos as pessoas falando do gestor da Microsoft, do CEO da Apple, isso é ter orgulho e pertencer àquela empresa.

Com o home office, as redes sociais se tornam o maior palco para a demonstração dessa conexão com o DNA da companhia. As pessoas postam foto trabalhando e marcam a empresa. Você só faz isso quando sente que, não apenas você faz parte da empresa, mas ela e tudo que ela representa também fazem parte da sua vida.

Qual a dica? Ter valores claros e comunica-los de maneira assertiva pa

ra o mercado. Construir uma cultura organizacional sólida e que garanta que a pessoa saiba aonde está entrando e como vai contribuir. Só assim, a conexão será imediata e total.

 



Marcelo Arone - Headhunter, especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH, com 12 anos de experiência no mercado de capital humano. Formado em Comunicação e Marketing pela Faculdade Cásper Líbero, com especialização em Coach Profissional pelo Instituto Brasileiro de Coaching, Marcelo já atuou na área de comunicação de empresas como Siemens e TIM, e no mercado financeiro, em empresas como UNIBANCO e AIG Seguros. Pelo Itau BBA, tornou-se responsável pela integração da área de Cash Management entre os dois bancos liderando força tarefa com mais de 2000 empresas e equipe de 50 pessoas. Desde então, se especializou em recrutamento para posições de liderança em serviços, além de setores como private equity, venture capital e empresas de Middle Market, familiares e brasileiras com potencial para investidores. Já entrevistou em torno de 8000 candidatos e atendeu mais de 100 empresas em setores distintos.

 

História da luta pelo voto feminino

Nos dias de hoje parece absurdo, mas antes, a mulher somente poderia votar se fosse financeiramente independente e com autorização do marido ou do pai. Um tremendo absurdo, é claro. Eu considero uma total burrice, ainda mais sendo pai de duas lindas filhas e casado com uma esposa maravilhosa, o mundo é mais justo e humano devido às mulheres e nós não somos absolutamente nada sem elas. Farei um breve resumo dos fatos até chegar a liberdade o votos e do que sugira para os dias de hoje em termos de liberdade para as candidatas do sexo feminino. Mas, o dia do voto feminino é comemorado através da Lei 13086/2015.

O direito ao voto da mulher no país se deve à luta da mulheres do  Rio Grande do Norte, pois no ano de 1927, sendo a primeira eleitora, a brasileira, Celina Guimarães, do Município de Mossoró, tanto do Brasil, quanto da América Latina,  gerou, assim repercussão, mundial,  votaram para o cargo de Presidente da província pela primeira vez na América do Sul. A primeira mulher eleita, foi a Alzira Soriano, indicada por Bertha Lutz, Prefeita de Lajes (RN) por um ano até sua deposição por Getúlio Vargas.

A luta pelo voto feminino começou duas décadas antes, por voltas do anos de 1910, com figuras muito conhecidas na época como a advogada Bertha Lutz, filha do sanitarista Adolpho Lutz, eleita deputada, mas impossibilitada de votar.

Os argumentos para não permitir o voto feminino eram sempre os mesmos: o lugar de mulher é na cozinha,  mulher deve cuidar dos filhos e atender ao marido. Enquanto 14 países já tinham aderido ao voto feminino na época em que o Brasil e à América Latina tinham apenas o Rio Grande do Norte como local permitido às mulheres exercerem seu direito ao voto, mas em países que se dizem evoluídos não foi assim, na Suíça as mulheres puderam votar em 71 e na França em 44. Por aqui, ainda se continuavam a denegrir   imagem feminina com chargers sobre os deveres femininos nos lares.

Assim, após muita panfletagem de Bertha Lutz, Carmem Portinho e Amélia Bastos, o presidente, ditador Getúlio Vargas determinou através do decreto nº 19.459 de 6 de dezembro de 1930, os estudos iniciais sobre o voto feminino. Depois de muita luta conseguiram a publicação do novo código eleitoral, com o voto a e a possibilidade de votação em mulheres  sob o nº 24 de fevereiro de 1932. Com a publicação do Decreto nº 21.076.

Muito se evoluiu para melhor, mas ainda é pouco. Temos um esforço grande a ser feito para abrir mais espaços as mulheres. Elas são a maioria e deveriam ocupar mais cargos eletivos, com certeza. Eu quero mais mulheres deputadas, senadoras, prefeitas, governadoras e a legislação precisa apoiar. Se elas são a maioria as instituições democráticas devem refletir o quadro, pois tenho certeza que o mundo ficará melhor.

 



Dr. Marcelo Campelo - OAB 31366 - Advogado Especialista em Direito Criminal

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Fotos íntimas na nuvem? Mais da metade dos brasileiros tem medo ou vergonha

Pesquisa da Kaspersky mostra também que, para os brasileiros, a nuvem tem sido usada principalmente como back-up para os seus smartphones


Usar a nuvem para armazenar fotos íntimas? O serviço ainda gera dúvidas em boa parte dos usuários: ele é realmente seguro? Alguém pode invadir a conta e ter acesso às imagens e outros dados armazenados nela? Uma nova pesquisa da Kaspersky mostra que quase metade (48%) dos brasileiros não armazenaria esse tipo de informação na nuvem por considerar perigoso, enquanto outros 16% não o faria por vergonha. Por outro lado, mais de um terço (36%) disse que guardaria arquivos pessoais nesses serviços se fosse necessário.

Realizada em conjunto com a consultoria CORPA, a pesquisa mostra também que a nuvem tem sido usada principalmente como back-up para os smartphones dos brasileiros. Cerca de 80% dos entrevistados usam o serviço para salvar fotos, vídeos, contatos e bate-papos de seus aparelhos para, em caso de roubo, poder recuperá-los.

Além do receio pelos riscos que, imaginam os brasileiros, as plataformas online de armazenamento possam conter, existe também o desconhecimento sobre o serviço: 43% dos entrevistados admitem que não utilizam a nuvem porque não sabem como usar ou porque não sabem se o serviço é seguro contra ciberataques.

A pesquisa identificou também que 58% dos respondentes usam a nuvem para compartilhar arquivos de trabalho ou da universidade com outras pessoas. Porém, quando se trata de documentos relevantes ou confidenciais, pouco mais de um quarto (27%) utiliza a nuvem. Enquanto isso, quem não usa o serviço em nenhum caso chega a apenas 3%.

Além disso, um em cada dez brasileiros diz que já perdeu algum arquivo deixado na nuvem, enquanto 18% não sabe se isso aconteceu.

"Usar a nuvem para armazenar nossos arquivos é um procedimento muito comum, pois facilita o acesso de qualquer dispositivo e em qualquer lugar do mundo, além de servir como back-up em caso de perda ou roubo. No entanto, não podemos esquecer que esse espaço também pode ser invadido por cibercriminosos que buscam obter algo que possam transformar em lucro, dinheiro. Caso fotos íntimas caiam em mãos erradas, as pessoas podem sofrer extorsão para que estas imagens não sejam publicadas na internet", afirma Fabio Assolini, analista de segurança sênior da Kaspersky. "Sempre verifique a segurança do provedor de nuvem e, ao mesmo tempo, tome medidas proativas para proteger os dados e informações que confiamos a estas plataformas, principalmente, use uma senha única e forte para cada serviço."

O estudo faz parte da campanha Iceberg Digital , realizada pela Kaspersky, e que visa analisar a atual situação da cibersegurança vivenciada por usuários da internet de seis países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. Foram entrevistadas 2.291 pessoas de 18 a 50 anos. O objetivo da campanha é desvendar os riscos aos quais as empresas e os usuários comuns estão expostos quando se conectam sem tomar os devidos cuidados.

Para proteger arquivos e fotos em nuvem, o Kaspersky recomenda:

• Verifique a segurança do provedor de nuvem. A segurança da nuvem é de responsabilidade do provedor, mas a segurança dos itens armazenados é responsabilidade do cliente. Para evitar problema, verifique as opções de compartilhamento e use a opção mais restritiva para arquivos confidenciais. Prefira também os servidores que ofereçam proteção extra, como autenticação de duplo fator, controle de acesso, alerta de logins suspeitos etc.

• Proteja a nuvem. Também existem medidas para proteger seus próprios dados na nuvem. Uma das melhores maneiras de fazer isso é usar a criptografia como método de segurança. Isso pode ser feito por conta própria, cifrando seus arquivos antes de envia-los à nuvem, ou você pode contratar um provedor de nuvem para criptografar seus dados como parte do serviço.

• Tenha cuidado ao acessar redes Wi-Fi públicas. É aconselhável evitar esses tipos de rede e não compartilhar dados enquanto estiver conectado a elas, especialmente se você não usar autenticação confiável. Se for necessário se conectar a uma rede pública, é melhor usar uma rede privada virtual (VPN) para que as informações transmitidas sejam criptografadas.

• Use senhas fortes. A combinação de letras, números e caracteres especiais tornará a senha mais difícil de ser decifrada. Você deve evitar as opções óbvias e não repita senhas. Para facilitar, use um gerenciador de senhas, como o Kaspersky Password Manager , que cria senhas únicas e fortes e as armazenas de forma segura -, e a pessoa não precisa lembrar um monte de códigos.

• Use uma solução de segurança robusta. É importante que cada dispositivo conectado à rede tenha uma solução completa de cibersegurança, como o Kaspersky Security Cloud , que protege contra diversos tipos de ciberameaças, incluindo vírus, malware, spyware, phishing, entre outros. Além disso, inclui uma ferramenta de gerenciamento de VPN e senha que oferece proteção completa.

Para mais informações, acesse o blog da Kaspersky .



Kaspersky

https://www.kaspersky.com.br

ClubHouse x Gestão Pública: como a nova rede social pode nos ajudar a melhorar as cidades brasileiras?

Chegou ao Brasil a nova moda do momento: o aplicativo ClubHouse. Voltado para o envio de áudios e com salas de bate-papo ao vivo, a ferramenta é o assunto mais falado neste começo de 2021. De acordo com dados do Google, entre os dias 1 e 9 de fevereiro, as buscas pelo aplicativo aumentaram 4.900% se comparado com todo o mês de janeiro. Já são mais de 6 milhões de usuários, segundo informações da Backlinko, reunidos para debater, opinar e ouvir sobre assuntos diversos com pessoas de todo o mundo. 

Como toda nova tecnologia que é apresentada para a sociedade, a novidade pode e deve ser adaptada pelos usuários para aproveitar da melhor forma possível a ferramenta. E isso vale também para os gestores públicos, que devem estar cada vez mais atentos ao que surge de novo no mercado. Nesse caso, o ClubHouse dá uma lição sobre a importância e relevância da participação cidadã em uma gestão. 

O envolvimento de pessoas relevantes para o mercado, como o CEO da Tesla e SpaceX, Elon Musk, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, e a CEO da Beauty'in, Cristiana Arcangeli, além de influenciadores digitais e personalidades como Drake, Pyong Lee e Luciano Huck, gera curiosidade e interesse por parte da população para ouvir o que essas pessoas têm a dizer e também poder compartilhar experiências relevantes para o tema. Isso nada mais é do que o princípio da participação cidadã: aproximar a população das pessoas que são referência na gestão, seja ela pública ou privada. 

Talvez, em um primeiro momento, pareça que os usuários não terão muito interesse em conversas ou um bate-papo com o prefeito de sua cidade, por exemplo. Porém, o pilar da participação cidadã defende o diálogo entre as duas partes e não somente que o cidadão ouça o que é dito pelos gestores, como acontece nos modelos atuais de entrevistas coletivas ou pronunciamentos. 

Já imaginou um grande chat no ClubHouse em que todos os moradores possam expor suas ideias e opiniões? Parece uma grande bagunça, mas é em oportunidades como essa que surgem as demandas de quem realmente vive na cidade. A nova rede social não será a solução para aproximar a sociedade de seus gestores, mas é um exemplo de como a população valoriza a participação e a oportunidade de expor suas ideias. Além de sentir o prestígio de estarem próximos de quem é referência ou líder em cada setor. 

A exclusividade de receber um convite para fazer parte da rede social desperta no indivíduo a mesma sensação de privilégio quanto ser convidado pelo prefeito para passar um dia acompanhando o trabalho no poder público e dando sua colaboração para o crescimento da cidade. E a tecnologia é o melhor caminho para possibilitar essa mudança de forma gradativa e organizada dentro de cada município. 

Falar com o povo, mas também saber ouvir o que todos têm a dizer, dentro dos ambientes que eles estão inseridos, inclusive os online, é uma das maiores virtudes que se espera do gestor que assume o compromisso de levar uma cidade, estado ou país para frente. E abrir portas para a voz do cidadão pode transformar uma gestão participativa na nova moda do Brasil. 




Flavio dos Santos - coordenador de Atendimento ao Cidadão no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI)


47% dos brasileiros têm comprado mais online desde o início da pandemia, mostra Ipsos

Em decorrência da Covid-19, entrevistados do mundo todo estão frequentando o comércio local com menos frequência do que antes


A crise do novo coronavírus, e o consequente isolamento social a nível global, trouxeram mudanças significativas nos hábitos de consumo da população, com impacto especialmente em economias locais. Segundo a pesquisa Shopping During The Pandemic, realizada pela Ipsos com entrevistados de 28 países, 47% dos brasileiros têm feito mais compras online do que faziam antes da pandemia de Covid-19. No mundo todo, são 43%.

Os respondentes que mais aumentaram a frequência com que fazem compras online, desde o início da crise sanitária, foram os do Chile (59%), Reino Unido (55%), Turquia e Coreia do Sul (54%). Enquanto 47% das pessoas no Brasil estão comprando mais pela internet, 17% relataram comprar menos e 36% compram tanto quanto antes.

Com o aumento das compras em plataformas digitais, 36% dos entrevistados no país disseram que estão comprando menos em lojas pequenas, de comércio local, se comparado ao período pré-pandemia. Por outro lado, 49% afirmaram ir a lojas tanto quanto antes e 15% têm frequentado tais estabelecimentos com mais frequência do que antes da crise do novo coronavírus. No que diz respeito aos hábitos de compra, o brasileiro tem evitado frequentar lojas locais mais do que a média das nações. No mundo todo, o percentual de pessoas que tem saído menos para comprar em comércios da proximidade é de 30%.

Globalmente, as pessoas com poder aquisitivo mais alto tiveram o crescimento mais significativo nas compras online: 49% fazem mais compras pela internet do que antes. Entre os respondentes de baixa renda, são 37%; na classe média, são 43%.

O perfil que mais aderiu às compras online durante a crise de Covid-19, além de ser de alta renda, é também majoritariamente feminino e jovem. De todas as participantes do estudo, 45% disseram estar comprando mais pela internet, contra 41% dos homens. Além disso, 45% dos entrevistados com menos de 35 anos aumentaram o consumo online na pandemia, contra 40% entre os mais velhos, de 50 a 74 anos.

“Enquanto 49% das pessoas de classe alta aderiram às compras online no mundo, no Brasil o número chegou a 59%. Além disso, as mulheres brasileiras também foram mais seduzidas por esta modalidade de compra (53%, contra 45% globalmente). Sendo assim, é importante que as marcas que querem chegar até o consumidor digital do Brasil pensem em estratégias que atraiam estes públicos”, analisa Rafael Lindemeyer, diretor de negócios na Ipsos.


Restaurantes versus delivery

Assim como a ida às lojas físicas, o brasileiro tem evitado comer fora mais do que o resto do mundo. Dos respondentes do país, 67% declararam estar indo a restaurantes locais com menos assiduidade do que antes. Considerando todas as nações, são 63%.

Apesar da queda da clientela nos salões dos restaurantes de bairro, apenas 1 entre cada 4 brasileiros (25%) disse ter pedido mais delivery no período pandêmico. Em contrapartida, 35% estão comprando menos comida por delivery e 40% escolhem a modalidade de entrega em casa tanto quanto faziam antes.

De 28 países, apenas 8 apresentam um índice de pessoas que aumentaram o consumo por delivery mais alto do que o de pessoas que diminuíram o consumo por delivery. São eles: Chile, Colômbia, Malásia, Estados Unidos, Bélgica, Coreia do Sul, Alemanha e Holanda. Na média do mundo todo, 23% têm recorrido com mais frequência à entrega de refeições, contra 32% que estão pedindo menos delivery e 45% que não mudaram seus hábitos.

“Os indicadores refletem comportamentos adquiridos durante o confinamento. Comprar menos por delivery não significa que o mercado de aplicativos esteja prejudicado, pois está em plena expansão, mas sim que restaurantes que não se adequam a este novo canal perdem apelo ao consumidor. É importante que as empresas do ramo tenham uma estratégia para não ficar de fora do leque de decisão do comprador”, ressalta Lindemeyer.

As pessoas que menos têm saído para comer são mulheres: 66% do total de participantes do sexo feminino diminuíram suas idas a restaurantes, enquanto 59% dos homens fizeram o mesmo. A faixa etária de 50 a 74 anos está se prevenindo mais, pois 68% relataram queda na frequência com que comem fora. Entre aqueles com idade de 35 a 49 anos, são 64% e, entre os entrevistados com menos de 35 anos, 57%.

A pesquisa on-line foi realizada com 20.504 entrevistados de 28 países, com idades de 16 a 74 anos, entre os dias 20 de novembro e 04 de dezembro de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

 


Ipsos

www.ipsos.com/pt-br


Como a LGPD vai impactar o setor financeiro

Lei Geral de Proteção de Dados visa proteger os consumidores e impõe desafios a empresas, que precisam proteger os dados, ficando sujeitas a sanções em caso de irregularidades 

 

 


O setor bancário é o principal alvo de ataques criminosos online no Brasil, aponta a Fortinet Threat Intelligence Insider Latin America. O Brasil sofreu, em média, 65 milhões de ataques cibernéticos por dia, o que totalizou 24 bilhões de tentativas ao longo de 2019. O propósito dos interessados é obter dados de consumidores e informações financeiras, visando roubar ou aplicar golpes em pessoas e em empresas. Com dados de cartão de crédito, já é possível aplicar golpes. 
 

Em vigor desde setembro de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados cria um novo mecanismo de defesa para os consumidores e, ao mesmo tempo, amplia a responsabilidade das empresas em proteger essas informações. “A LGPD veio em boa hora, especialmente para a proteção dos consumidores, dando poder a eles e aos usuários e ampliando a responsabilidade das instituições financeiras”, afirma a advogada do departamento jurídico da Juno, startup especializada na desburocratização de serviços financeiros, Juno Fernanda Gonçales. 
 

Embora não se reflita em grandes novidades em serviços para o consumidor, a LGPD fez com que a Juno trabalhasse em mecanismos internos ao longo de dois anos para que estivesse totalmente adequada. “Nós fizemos toda a parte de mapeamento de dados e capturamos somente aqueles que são necessários para o nosso trabalho. Além disso, fizemos treinamento com os colaboradores e implantamos ferramentas internas para fazer esse acompanhamento”, conta Fernanda. 
 

Além de um trabalho em conjunto com o setor de Tecnologia da Informação para proteger dados, outro cuidado adotado é a criptografia da base de dados. “Precisamos criar mecanismos novos diariamente, pois há pessoas interessadas em burlá-los. Trata-se de um cuidado contínuo das empresas que estão em compliance com a LGPD”, diz a advogada. “Acredito que a LGPD terá um papel muito importante, assim como foi o Código do Consumidor, que mudou o comportamento das empresas”, acrescenta. 


 

Permissões e responsabilidades 

 

Uma empresa como a Juno tem dados financeiros de pessoas e empresas, assim como outras companhias do segmento. Um dos mecanismos de proteção é capturar apenas as informações necessárias para dar andamento ao trabalho – ou seja, a empresa não captura dados de comportamento e outras informações dos seus usuários. “Atendemos as determinações do Banco Central, que auxiliam no cuidado com o tratamento dos dados dos clientes, especialmente em transferências”, ressalta Fernanda. 
 

Uma das principais mudanças trazidas pela LGPD está no poder do consumidor. Com base na lei, o consumidor é o dono de suas informações e a empresa tem um banco de dados para controlar os pedidos possíveis, como acesso, confirmação, anonimização, consentimento ou portabilidade. Ao mesmo tempo, as empresas não podem obrigar os consumidores a fornecerem informações para usar os seus serviços, exceto as estritamente necessárias. 
 

Com o estabelecimento de regras de governança, as instituições devem seguir procedimentos, normas de segurança para mitigar riscos no tratamento dos dados. No caso de um vazamento de dados, há a necessidade de informar a Agência Nacional de Proteção de Dados. 

 

Além disso, as companhias estão sujeitas às sanções, que podem variar de advertência, a multa simples ou diária e até mesmo a proibição de tratamento de dados. Para decidir a pena, será levada em conta a gravidade e a natureza das infrações: as advertências devem ser acompanhadas de prazo para adotar medidas corretivas e as multas simples podem chegar a 2% do faturamento da pessoa jurídica, com limite de R$ 50 milhões por infração.



O que é a sigla ESG e por que desponta como uma tendência para 2021

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As questões ambientais, sociais e de governança estarão mais presentes na pauta dos conselhos de administração das empresas, especialmente após a pandemia de Covid-19



A sigla ESG, que vem do inglês Environmental, Social and Governance, ou seja, Ambiental, Social e Governança (ASG, em português), é aplicada pelo universo dos negócios há alguns anos e é apontada pelo mercado como uma das principais tendências para 2021. Estas três palavras fazem referência aos principais fatores que medem o índice de sustentabilidade e impacto social de uma empresa. E, mais do que nunca, o conceito precisa ser aprendido e empregado nas organizações que pretendem manter competitividade e alinhamento com seu público.  

Um indicativo para este movimento foi constatado na pesquisa 2020-2021 Survey Report – Board governance during the Covid-19 crisis, da Global Network of Directors Institutes (GNDI), sobre os reflexos da pandemia do coronavírus nos conselhos de administração e tendências globais. O GNDI congrega institutos de governança ao redor do mundo e tem o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) como representante no Brasil. Participaram do levantamento 1.964 conselheiros de 17 institutos em todo o mundo.

No estudo, o ESG se destacou em primeiro lugar entre as questões de maior impacto, seguido de reposicionamento dos negócios e maior competição por talentos. Quando questionados sobre as principais tendências de governança global, 85% dos participantes responderam que acreditam, no longo prazo, em um maior foco em questões ESG, de sustentabilidade e de geração de valor para as partes interessadas.

É um caminho sem volta, na avaliação de Eduardo Valério, CEO da GoNext Governança & Sucessão, especializada em implantar sistemas de governança corporativa. “As empresas têm a função de promover a melhoria da sociedade e, com a pandemia, essa tendência observada há alguns anos ficou ainda mais evidente”, afirma o executivo. Mas, afinal, qual a importância do ESG e como funciona na prática?


Valor real

O ESG é como um selo de qualidade para a empresa. Segundo Valério, por meio do resultado da análise ambiental, social e de governança, é possível determinar como ela se posiciona em relação à sociedade e ao planeta, inclusive oferecendo mais transparência ao investidor. Porém, o conceito precisa evoluir.

É o que indica um estudo da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), que mostra que apenas entre 10 e 15% entenderam a relevância de todo o processo e aderiram às boas práticas nos três eixos, enquanto o índice passa de 50% na Europa e países como Nova Zelândia e Austrália.

A maioria das empresas brasileiras que investem em sustentabilidade – 59,4% – estão apenas pensando em obter uma imagem institucional melhor, aponta um levantamento recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em julho de 2020. Para o CEO da GoNext, manter uma operação ambiental e socialmente responsável deixou de ser diferencial. “É obrigação. Não basta a empresa ser lucrativa, ela precisa incorporar essas três práticas, para gerar real valor de mercado e garantir vida longa ao negócio”, diz Valério.


Prioridade e mercado

Situações de crise, como a queda da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, que completou dois anos em 25 de janeiro de 2021, trouxe à tona a importância de temas como o ESG entre as prioridades dentro dos conselhos administrativos. A Vale, apontada como responsável pela tragédia, é um exemplo emblemático de empresa que perdeu valor de mercado na ocasião. O triste episódio foi catalisador para fazer das iniciativas ambientais, sociais e governança a principal agenda da empresa atualmente.

Assim como na Vale, uma das principais prioridades, tanto no Brasil como globalmente, é o aumento da frequência de discussões sobre questões ESG na sua pauta. Foi o que 54,4% dos participantes da pesquisa GNDI apontaram como ações a serem adotadas pelos conselhos das empresas daqui em diante. “Uma boa oportunidade é rever o planejamento estratégico da empresa sob a ótica deste tripé. A partir do planejamento estratégico, são desdobradas as ações e projetos voltados a atender as boas práticas do ESG.”

E o mercado está de olho nisso, destaca Valério. “Para os investidores, o uso dos critérios ESG pode funcionar como um mitigador de risco. Há um movimento forte de fundos de investimentos que somente fazem aportes em empresas certificadas nas boas práticas de ESG.”

Fórum discute ESG

O impacto do ESG para as organizações é tema do primeiro fórum GoNext Presidentes de Conselhos, que acontece no dia 25 de fevereiro, a partir das 9h. O palestrante será o especialista em gestão de negócios Alexandre Sanches Garcia, pró-reitor da Pós-Graduação da Fundação Álvares Penteado (Fecap) e conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC-SP).

Os fóruns da GoNext acontecem mensalmente e são voltados a CEOs, presidentes de conselhos, conselheiros, herdeiros e sucessores de empresas familiares. É um espaço exclusivo, no qual os participantes podem trocar ideias e experiências, assim como aprofundar e atualizar os conhecimentos em governança corporativa com convidados e outros presidentes de conselhos de empresas familiares.

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