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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Pandemia impacta Natal e Ano Novo e seis em cada 10 pessoas não celebrarão como em anos passados, mostra Ipsos

Presentes natalinos devem ser escassos: 54% vão comprar menos na temporada de festas


A crise sanitária de Covid-19 que acomete o Brasil e o mundo deve causar mudanças nas tradicionais comemorações de Natal e Ano Novo. É o que mostra levantamento realizado pela Ipsos com entrevistados de 16 países, incluindo o Brasil. Segundo o estudo, 59% das pessoas afirmam que a forma como celebrarão os feriados de final de ano em 2020 será muito diferente dos anos anteriores. Entre os entrevistados que têm filhos, a concordância é ainda maior, de 62%.

O sentimento de animação e alegria que usualmente permeia as datas está em falta: apenas 33% estão animados com as festas de dezembro; 33% estão desanimados e 34% dos entrevistados no mundo não souberam responder. E para uma parte significativa das pessoas, as reuniões familiares em torno da mesa para degustar a ceia natalina estão fora de cogitação. Isso porque 35% dos respondentes disseram que só voltarão a realizar encontros sociais após serem vacinados contra a Covid-19. Se levarmos em conta apenas a opinião dos brasileiros, há ainda mais prudência: 39% participarão de atividades sociais somente quando houver uma vacina.

Mudanças nos hábitos de compra para as festas de fim de ano

A pandemia do novo coronavírus também tende a afetar a troca de presentes que costuma fazer parte das tradições natalinas. Mais da metade dos ouvidos pela pesquisa (54%) afirmou que comprará menos nesta temporada de festas. Considerando só o Brasil, são 64%. Além disso, o impacto no bolso levará 82% das pessoas ao redor do mundo e 90% dos brasileiros a procurarem por lojas com descontos na hora de fazerem suas compras.

O isolamento social decorrente da crise sanitária ocasionou, ainda, alterações no comportamento de consumo: 47% concordaram que estão comprando mais on-line agora do que antes da Covid-19. Entre aqueles com filhos, 57% compram mais via internet.

A pesquisa on-line Ipsos Essentials foi realizada com 16 mil entrevistados de 16 países (África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão, México, Reino Unido e Rússia) – sendo mil respondentes por país. Os dados foram colhidos entre 05 e 08 de novembro de 2020 e a margem de erro é de 3,5 p.p..

 


Ipsos

www.ipsos.com/pt-br

 

Redação do Enem: as competências que estão por trás de um texto bem escrito

Especialista aponta para critérios levados em conta por examinadores para garantir a tão sonhada nota 1000 na redação


Quem está se preparando para o Enem ou até mesmo já participou de outras edições do exame sabe bem que uma das principais preocupações é a redação. Como fazer uma boa redação e garantir uma boa nota? Não existe fórmula mágica e os desafios são enormes: o tempo exíguo, o tema surpresa que só é revelado no momento da prova e, em muitos casos, a falta de hábito do estudante com a leitura e a escrita e, consequentemente, a falta de repertório. É fato que ninguém se torna um bom escritor do dia para a noite, sem antes ter investido muito tempo em leitura e na prática da escrita. Mas para ter sucesso com a redação no dia do exame, alguns detalhes podem ajudar o estudante a garantir um melhor desempenho. 

De acordo com o assessor de Redação do Sistema Positivo de Ensino, Fábio Gusmão, a redação do Enem é avaliada pelos corretores com base em cinco competências e cada uma delas vale de zero a 200 pontos, somando desse modo 1.000 pontos no total. "É necessário que o estudante fique muito atento a cada uma dessas competências para não perder pontos importantes", alerta. Para ajudar, Gusmão comenta as competências e dá dicas do que precisa ser observado pelo candidato antes de começar a escrever a redação, levando em conta esses cinco critérios.


Domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa

A primeira competência avaliada é referente ao domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa, ou seja, é o olhar que o examinador lançará acerca do conhecimento de norma padrão que o candidato leva para o seu texto, como, por exemplo, aspectos relacionados à pontuação, à concordância, à colocação pronominal, à ortografia, dentre outros. "Vale destacar que se ele apresentar mais de duas incorreções, ou melhor, mais de dois desvios de norma, não obterá a nota máxima nessa primeira competência. Logo, uma revisão atenta no texto produzido é de extrema relevância para que não perca tantos pontos e tenha êxito no quesito relacionado ao domínio da modalidade culta da língua materna", orienta.


Compreensão da proposta e construção de um texto dissertativo-argumentativo

A segunda competência diz respeito à compreensão da proposta de redação e aplicação dos conceitos das várias áreas do conhecimento dentro dos limites estruturais de um texto dissertativo-argumentativo em prosa. "Cabe destacar que essa competência avalia dois aspectos: o primeiro é se o estudante atendeu à proposta contida na frase temática, se ele não fugiu ao tema solicitado ou, ainda, se não o tangenciou, que consiste na abordagem parcial do tema, baseada somente em um assunto mais amplo. Isso ocorre quando o candidato não mergulha de uma forma mais profunda no eixo temático que foi proposto. Já o segundo aspecto avaliado nessa competência está relacionado à construção de um texto dissertativo-argumentativo com uma tese - opinião a respeito do tema proposto – apoiada em argumentos consistentes, estruturados com coerência e coesão, formando, desse modo, uma unidade textual", explica Gusmão.


Construção da argumentação

Dentro dessa competência, o examinador lança o olhar especificamente para a construção da argumentação. Assim, avalia se o estudante seleciona, relaciona, organiza e interpreta informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa do ponto de vista escolhido como tese. "É relevante destacar que, para a construção de uma excelente argumentação, o candidato pode lançar mão de diferentes estratégias argumentativas com intuito de convencer o leitor do seu texto a concordar com a tese que está sendo defendida.  Para isso, pode recorrer a inúmeros recursos, como alusões históricas, comparações de fatos, argumentos de autoridade, citações, dados estatísticos, ou seja, trazer para o texto, por meio de uma ou mais estratégia argumentativa, os diferentes conhecimentos que adquiriu ao longo da sua formação nos diferentes componentes curriculares. Assim, conteúdos relacionados à História, à Filosofia, às Ciências, ao conhecimento literário e à cultura de modo geral devem estar presentes na construção dessa argumentação. É claro que tudo isso não deve estar solto, ou seja, não é simplesmente mencionar ou citar. Essas informações, dados e fatos precisam estar presentes e relacionados a um projeto textual e a um uso produtivo de uma ou mais estratégia argumentativa utilizada com vistas a persuadir o leitor".


Articulação das partes do texto

Na quarta competência, o estudante deve demonstrar conhecimentos dos mecanismos linguísticos necessários para construir a argumentação. Nesse sentido, o examinador avalia a organização textual referente à relação que os parágrafos estabelecem entre si e a amarração dos enunciados por meio de elementos coesivos, já que escrever é sempre estar ancorado em informações anteriores, mas nunca perdendo o foco de que o texto precisa progredir. "O candidato deve tomar muito cuidado com as escolhas de palavras que levará para o seu texto, principalmente no que se refere aos elementos coesivos, pois é muito comum o uso de um conectivo no lugar do outro, a exemplo da conjunção “contudo”, que, muitas vezes, é usada com o propósito de fechar ou sintetizar uma ideia, mas ele não atenta que essa palavra remete à ideia de adversidade, de contrariedade, e a usa, desse modo, de forma equivocada. Assim, cuidados como esse são de extrema relevância para ser bem sucedido nessa competência, que só resultará em nota máxima para aquele que conseguir articular bem as partes do texto e apresentar um repertório diversificado de recursos coesivos".


Proposta de intervenção e respeito aos direitos humanos

Por fim, na última competência, o examinador verificará se o candidato elaborou uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos para o problema que foi apresentado ao longo do texto. Essa proposta precisa ser concreta, específica ao tema apresentado na proposta da prova e que dialogue com os argumentos desenvolvidos ao longo do texto. "Deve-se deixar clara não somente a ação interventiva, mas também quem deverá executá-la, deixar evidente o meio de execução dessa ação, bem como o seu efeito e sua finalidade, tudo isso de um modo muito detalhado para que se possa obter a nota máxima nessa última competência", finaliza Gusmão.

 

Educação começa com L

Muito se tem debatido sobre Educação ao longo dos anos e, em 2020, essas trocas romperam paradigmas para ir ao encontro do que seria mais adequado e factível em tempos de desafios pandêmicos: uma pausa na trilha tocada de forma habitual para uma adaptação e flexibilidade inimagináveis no curtíssimo prazo. Educadores que somos, não desistimos jamais! Na minha área de esperteza, Educação começa com L. O espectro de palavras com essa letra inicial é vasto e muitas delas podem ser usadas com a argumentação adequada. Mas, aqui, escolho o enfoque Linguístico. 

Afinal, como línguas e Educação se moldam? Dominar línguas – duas pelo menos – é chave para melhorar a vida e o trabalho dos indivíduos no contexto de mundo atual. Além de promover a mobilidade, a aprendizagem diversa ao longo da vida e a remoção de barreiras à inclusão social, a melhoria da aprendizagem linguística é um facilitador fundamental para uma educação na qual aprender, estudar e pesquisar não sejam anulados pelas fronteiras.

O objetivo educacional e linguístico é ambicioso: garantir que, quando os jovens deixarem o Ensino Médio, possam falar e escrever bem em pelo menos dois idiomas - o seu idioma mãe e um idioma adicional; ter conquistado ganhos em contextos de alfabetização/biletramento, consciência linguística e multiculturalidade e estarem aptos para projetarem sua voz globalmente. Cultura está relacionada a traços e características de povos que, por coabitarem um mesmo território geográfico – a nação –, compartilham valores e costumes comuns. Desse modo, é frequente pensarmos em cultura brasileira, cultura inglesa ou americana, por exemplo, mas na educação com L, cultura não é um conjunto de valores e características estáveis que faz com que os indivíduos se comportem de certa maneira comum a todos os outros que também nasceram e cresceram naquele território específico. É um conjunto de ferramentas subjetivas, afetividades, memórias históricas e troca de experiências que atraem mais consciências culturais e diversidades que vão além do local geográfico e de uma única língua.

Há também a questão de multiletramentos, que faz referência à multiplicidade dos meios de comunicação, ao aumento das possibilidades linguística e (novamente) cultural presentes no mundo e aponta para a variedade das práticas letradas e para o fato de que os modos de representação variam de acordo com as culturas e contextos. Nessa imensa diversidade, fronteiras deixam de ter sentido separatista e os processos de significação levam à multiplicidade de (re)significações a partir do encontro entre esses múltiplos discursos. Assim, a Educação com L se objetiva a:

  • Expor os alunos o mais cedo possível a mais de uma língua. Tornar-se proficiente em falar línguas é mais eficaz quando a aprendizagem começa em uma idade mais baixa. A imersão por meio da mobilidade, tanto real quanto virtual, também é uma das formas mais eficazes de se tornar totalmente fluente em uma língua adicional.
  • Implementar políticas escolares bi/plurilíngues e que apoiem o desenvolvimento das línguas na escolaridade, promovendo o bilinguismo no aluno e em seu entorno. O biletramento transcende fronteiras linguísticas e é uma habilidade fundamental para a aprendizagem, pois os benefícios cognitivos e psicossociais se estendem a todos.
  • Desenvolver formação de professores e ensino (multi)colaborativo. Professores de idiomas e de disciplinas das áreas do conhecimento precisam de formação sobre como adotar pedagogias inclusivas e linguisticamente sensíveis e gerenciar a diversidade em sala de aula. Oportunidades fortalecidas de mobilidade virtual na formação inicial de professores e para professores atuantes, bem como ensino colaborativo e o envolvimento de toda a escola, são formas eficazes de auxiliar os docentes em sua formação constante a tornarem-se mais conscientes sobre as línguas utilizadas na escola.
  • Apoiar parcerias escolares entre escolas, estados e nações por serem fundamentais para o desenvolvimento contínuo e inovação na formação de professores, pois fornecem uma base para a troca de boas práticas e o desenvolvimento de programas de mobilidade (virtual ou presencial). A entrada de professores no conceito de conscientização linguística é importante e pode ser aprimorada através da troca de práticas pedagógicas com escolas de diferentes localidades.

Por tudo isso, Educação começa com L: língua, letra(mento), limiar, longevidade… e é um processo contínuo.

 



Luiz Fernando Schibelbain - especialista em ensino de Inglês e Gerente Executivo do PES Language Program


O mercado imobiliário sobreviveu e se surpreendeu em 2020. O que esperar de 2021

 

2020 foi um ano desafiador, pra dizer o mínimo. É inegável o impacto que a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus provocou e ainda irá provocar em todos os setores sociais no mundo inteiro. Economicamente falando, mudanças estratosféricas aconteceram, desde o incentivo a comprar dos pequenos negócios a alterações legislativas com o fim de manter o emprego e a renda dos brasileiros.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estimou, em setembro, uma queda de 4,5% da economia mundial nesse ano, sendo que no Brasil o percentual chega a 6,5%. Para 2021, enxerga-se um cenário mais positivo no país, com alta de 3,6% causada, principalmente, pela chegada da vacina.

No entanto, esse otimismo já é observado por um setor que sofreu, sim, com a pandemia, mas que provou ser um porto financeiramente seguro: estamos falando do mercado imobiliário. Um dos motivos principais é, sem dúvida, a histórica baixa da taxa Selic, que segue em 2%. Ora, se a maioria das pessoas não compra um imóvel à vista e precisa de linhas de crédito para investir em moradia, uma taxa de juros menor favorece muito o mercado.

Segundo dados do Banco Central (BC) divulgados em novembro, o saldo dos financiamentos imobiliários atingiu o recorde de quase R$700 bilhões em outubro de 2020. Outro recorde alcançado no mesmo mês, dessa vez denotado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), foi o financiamento de 45,5 mil imóveis por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Isso equivale a R$13,86 bilhões.

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) revelou em dezembro que a quantidade de vendas no terceiro trimestre de 2020 foi melhor que comparado ao mesmo período de 2019, obtendo uma alta de 39,7%. Só em setembro desse ano, cerca de 13.500 unidades foram vendidas, e esta foi a maior comercialização desde maio de 2014.

Engana-se quem pensa que esse contexto beneficia apenas os altos escalões envolvidos no meio imobiliário. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em novembro, foram 5,722 milhões de pessoas ocupadas na Construção Civil no terceiro trimestre, cerca de 400 mil a mais que no trimestre anterior. Dessa forma, o setor ocupa o resultado mais positivo no mercado de trabalho no período em questão.

Ainda segundo o IBGE, mas em outra pesquisa relacionada ao Produto Interno Bruto (PIB) do 3º trimestre de 2020, o PIB da construção civil cresceu 5,6% no terceiro trimestre de 2020 em comparação com o segundo.

Com tudo isso elucidado, é preciso destacar a força do mercado imobiliário e o porquê do otimismo para 2021? Se sim, vamos lá. Sobrevivemos. Em um cenário completamente caótico e insalubre, o setor não só saiu quase ileso, como também teve altas inesperadas. Nem o mais deslumbrado profissional da área acreditava que, no fim, o resultado seria tão surpreendente.

E foi. Cabe ressaltar aqui que, apesar do favorecimento generalizado, cada empresa se destaca com aquilo que tem de melhor a apresentar e que melhor sabe fazer. São propostas, produtos, opções e benefícios que cativam o cliente e singularizam o imóvel. Isso, na verdade, não está diretamente ligado a qualquer ano, mas está no cerne da motivação de cada empresa. Por fim, torcemos, é claro, para que 2021 seja inspirador e traga a evolução contínua para que tenhamos muito mais a conquistar e entregar a partir daquilo que o mercado demanda. A confiança segue firme e forte.

 



Bruno Pardo - gerente comercial da GT Building – incorporadora que teve Valor Geral de Vendas de R$200 milhões em 2020.

 

GT Building

www.gtbuilding.com.br

 

Sem a modernização do mercado financeiro dos últimos anos, como atravessaríamos essa pandemia?

 Vamos pensar juntos: o que seria dos mercados financeiros nesse ano difícil se ainda estivéssemos com o modelo operacional e a tecnologia que as instituições financeiras usavam na crise econômica de 2008?

Estou no mercado há 50 anos, acompanhei aquela fase e outras, de planos econômicos que mudaram os rumos do mercado. Portanto, posso afirmar que seria ainda mais difícil, um verdadeiro caos.

A crise iniciada em 2008, sem dúvida, lançou vários desafios para modernização dos mercados financeiro e de capitais, que foram evoluindo até a chegada das nossas disruptivas startups, fintechs e seus empreendedores, além de um mundo potencialmente digital. Este mundo foi criado com o objetivo de encontrar caminhos para as soluções de vários problemas, como possibilitar o acesso de todos aos serviços e produtos bancários e financeiros com segurança e baixos custos. Esses serviços, até então, eram prestados somente pelo sistema financeiro tradicional, notadamente os Bancos.

Graças à agenda de inovação, o PIX já está em funcionamento e o Open Banking e o Sandbox caminham para proporcionar experiências cada vez melhores para os consumidores e para a sociedade como um todo. Hoje, todos têm muito mais acesso a serviços e produtos financeiros, de forma ágil e a custos muito menores. Podemos enviar e receber documentos, assinar, comprar produtos, fazer operações de investimento, pagar contas, transferir dinheiro, mas infelizmente, temos ainda dificuldade de ter acesso ao dinheiro em espécie, algo totalmente tradicional quando se trata de inovação.

Fizemos muito em tecnologia, mas não cuidamos de coisas simples como a interoperabilidade das redes de ATMs. Imaginem se estivessem operando de maneira interligada, com outros players se posicionando em lugares onde o acesso ainda é problemático. Dentre vários benefícios, teríamos como pagar em apenas algumas horas o auxílio emergêncial para todos.

Estou falando de inovação em um país onde o dinheiro em espécie ainda é o meio de pagamento de 60% das despesas de menos de 50 reais. Em um país com dimensões continentais, onde centenas de municípios não possuem sequer uma agência bancária, o que dirá ferramentas e conhecimentos para uma operação 100% digital.

Então este é o momento de propor e discutir soluções diante dos impactos da pandemia - e aqui volto a lembrar que sem a evolução normativa que tivemos nesses últimos 10, 12 anos para viabilizar a entrada desses novos players e para dar robustez e segurança ao sistema financeiro por meio de uma supervisão primorosa, hoje certamente estaríamos tratando do caos. 

E o momento também é de repensar, rever, atualizar e avaliar se a agenda na qual estamos trabalhando é realmente dinâmica e produtiva, se está atendendo as demandas da população em geral frente às necessidades diante da crise, e tentar corrigir possíveis entraves.

Neste cenário, deparamo-nos com a certeza de que todos nós, sem exceção, somos frágeis, vivemos à mercê do inesperado e do desconhecido. Qual analista econômico ou analista de risco de crédito ou de produção incluiu algo sequer parecido com a pandemia do coronavírus como risco iminente para o ano de 2020? 

Fica, portanto, a missão de inserir situações como essa que estamos vivendo no rol dos desafios para os quais precisamos estar prontos para enfrentar agora e no futuro, pois certamente outras virão - sem esquecer do tradicional e do que atente a massa da população brasileira.



José Luiz Rodrigues - especialista em regulação do mercado financeiro e sócio da JL Rodrigues & Consultores Associados.

 

JL Rodrigues & Consultores Associados

https://jlrodrigues.com.br/


Gastar ou poupar? Saiba o que fazer com seu 13°

Victor Loyola, especialista em finanças, dá dicas de como usar melhor o dinheiro que chega no fim do ano


Não são só as festas que deixam as pessoas mais felizes no fim do ano. Também é a época do 13° salário, salário extra pago a aposentados, funcionários públicos ou que trabalham em regime CLT. Em um ano difícil como 2020, muita gente teve problemas para manter o equilíbrio da vida financeira. Por isso, é fundamental avaliar com cuidado como aproveitar esse dinheiro a mais. 

Para o CEO da ConsigaMais+, Victor Loyola, o planejamento do que será feito com o 13° salário deve ser feito com a mesma atenção do que o planejamento do resto do ano. “O 13° é um dinheiro extra, mas, na prática, ele faz parte do seu salário. O dinheiro que você recebe como 13° corresponde a 8% do seu salário, que foi poupado, de forma “forçada”, ao longo do ano”, explica o especialista. Segundo ele, a forma como esse salário extra vai ser usado acaba sendo um reflexo do que foi feito durante o ano todo. 

“Muita gente acaba se endividando antes do fim do ano e esse dinheiro é usado para cobrir essas dívidas, nem há o que fazer. Por isso, a decisão do que fazer com o 13° tem como base o comportamento de cada um ao longo dos 12 meses do ano”, diz. 

Mas é melhor mesmo usar esse dinheiro a mais para pagar dívidas? De acordo com Loyola, nem sempre esse é o caminho. O ano da pandemia mostrou, mais do que nunca, a importância de ter reservas. Antes de quitar as dívidas, que sempre são uma dor de cabeça no nosso fluxo de caixa, é fundamental analisar se a convivência com a prestação da dívida é tolerável, se pode ser facilmente absorvida no fluxo de caixa mensal. Se a resposta for sim, passa a ser importante, já que ainda estamos em um momento de incertezas, construir uma reserva”, afirma. 

O especialista recomenda também evitar, o quanto for possível, a tentação de gastar em coisas supérfluas, ainda mais em um período de compras estimuladas pelas festas de fim de ano. Para ele, a melhor opção é deixar o dinheiro separado, em uma conta investimento, para que não seja usado de forma impulsiva. Segundo Loyola, o cuidado com as compras vale não só para o 13° salário, mas para o ano todo.

“A maior armadilha para as finanças são as compras parceladas. As parcelas se acumulam e dão a falsa impressão que a pessoa não está pagando a despesa inteira, mas o empilhamento de vários parcelados tornam a situação insustentável”, reforça. “O limite do cartão de crédito, muitas vezes, é superior à renda. Por isso, tenha em mente que você não pode ter uma fatura de cartão que supere o que você ganha por mês. Se essa situação se mantiver por meses seguidos, sua vida financeira será deteriorada rapidamente e, no fim do ano, o 13° vai servir apenas para cobrir esse buraco.”


 


Victor Loyola -cofundador e CEO da ConsigaMais+, empresa de crédito consignado. O profissional é formado em Engenharia Elétrica pela UNICAMP, possui pós-graduação em Administração de Empresas pela FGV e MBA em Internacional Management pela Thunderbird School of Global Management. Possui mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro e serviços de informação, além de diversas experiências internacionais em cargos de liderança. Foi vice-presidente de Pessoa Jurídica e PME na Seresa Experian, de onde saiu em abril de 2019 para dedicar-se exclusivamente à Consiga Mais. Victor, junto à sua equipe, acredita na democratização do crédito no Brasil.



ConsigaMais+
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https://www.facebook.com/consigamaisoficial/


Por que os ERPs não calculam a margem de contribuição?

A discussão é longa e dificilmente trazida à tona pelas fabricantes dos sistemas de gestão integrado (os famosos “ERPs – Enterprise Resource Planning”).

Já os profissionais de Controladoria e Finanças convivem com essa situação há anos.

Mas ninguém de fato ataca o problema: Como obter a margem de contribuição se os ERPs não separam o custo médio dos estoques entre fixo e variável?

Para uma análise efetiva da questão, precisamos separar os ERPs nacionais (Totvs, Senior, Sankhya, etc) dos ERPs globais (SAP, Oracle, Dynamics, ETC).

No caso específico do SAP, é possível medir a margem de contribuição, desde que sejam configurados os elementos de custo.

Fazendo isso, o software alemão passa a “rolar os estoques” separadamente entre fixo e variável, de tal forma que a equação Saldo Final = Saldo Inicial + Entradas – Saídas é armazenada não apenas por produto, mas também por “elementos de custo”.

Já no caso do ERP nacional líder de mercado, para obtenção da margem de contribuição, é imprescindível implantar a funcionalidade de “custo por partes”, ainda pouco difundida no mercado.

Assim, buscando alternativas viáveis, enumeramos 3 motivos para obter de maneira rápida a margem de contribuição dos produtos industrializados.


Motivo 01: O foco do ERP é a contabilidade societária-fiscal (e não gerencial).

Muito embora desde em 2008 ter havido uma aproximação da tríade societário-fiscal-gerencial, os sistemas de gestão atendem primeiro aos aspectos fiscais. Como a margem de contribuição é uma demanda gerencial, as implementações de ERP ignoram esta funcionalidade, focando única e exclusivamente nas necessidades legais.


Motivo 02: Mesmo sabendo que o “diabo mora nos detalhes, o molho não pode nunca ser mais caro que o peixe”.

Dilema muito comum na área de Tecnologia da Informação, o custo de obter uma informação não pode ser mais caro do que seu benefício, principalmente, financeiro.

A medição da margem de contribuição analítica, por produto, por cliente, por nota fiscal, etc, não é tarefa simples, e justamente por isso, o mercado não paga o preço para obter a informação.


Motivo 03: Cultura empresarial

Se por um lado já temos tecnologias de BIG DATA que, agregadas ao ERP, podem calcular facilmente a margem de contribuição, por outro, esbarramos na completa ingerência de algumas indústrias que simplesmente ignoram ou menosprezam a margem de contribuição.

Nestes casos, só há uma alternativa: agregar aos softwares toda uma metodologia e know how técnico com consultores capacitados, que entendendo as dores de cada cliente, apontam aos gestores e acionistas os melhores caminhos a seguir.

 


Lucas Martins da Costa Moreira - professor universitário e CEO da BSuite, plataforma de inteligência de negócios em nuvem, que permite integração  ao  ERP, permitindo o cálculo da margem de contribuição por produto, cliente, região e representante de vendas.

 

Para entrar no país, todos, inclusive brasileiros, deverão apresentar teste negativo para Covid

Nova portaria obriga a apresentação do RT-PCR a partir de 30 de dezembro. Especialista aponta que é a primeira vez que o Brasil traz medidas restritivas desse tipo


Uma portaria publicada na noite desta quinta-feira (17/12) apresentou medidas sanitárias inéditas para a entrada de pessoas que desembarcarem de avião do exterior.  A partir de 30 de dezembro, brasileiros e estrangeiros vindos do exterior precisarão apresentar para a companhia aérea, antes do embarque, comprovação da realização de teste laboratorial (RT-PCR), o principal teste para Covid-19, com resultado negativo e realizado 72 horas antes do momento do embarque.

Com mais de 30 portarias publicadas sobre entrada de pessoas vindas do exterior para o país durante a pandemia, esta é a primeira em que se exige o exame. Normas anteriores obrigaram declaração médica e até um seguro saúde para os estrangeiros, mas não citavam exames e eximiam os brasileiros dessa e outras obrigatoriedades.

“A medida visa um maior controle sanitário para proteger a população, mas os viajantes agora terão que se preparar para embarcar e algumas pessoas podem ser pegas de surpresa”, afirma a sócia da Fragomen no Brasil, Diana Quintas, que lembra também a necessidade de evitar aglomeração após o exame.

Além do exame, está sendo exigida a Declaração de Saúde do Viajante (DSV), ainda não divulgada, que deverá ser preenchida por via impressa ou por meio digital, com a concordância sobre as medidas sanitárias que devem ser cumpridas durante o período que estiver no país.

Outra novidade nesta portaria é que, pela primeira vez desde o começo da pandemia, não há prazo para o encerramento das restrições. Há ainda previsão para que órgãos reguladores editem normas complementares ao disposto nesta Portaria, incluindo regras sanitárias sobre procedimentos, embarcações e operações.

“Um problema que pode acontecer com as medidas é a diferença de interpretação dos procedimentos pelas companhias aéreas, além da necessidade de se adequarem rapidamente”, aponta a especialista.

Desde o começo da pandemia, a entrada de estrangeiros por via terrestre ou aquaviária estão restritas, com poucas exceções, e a nova portaria não mudou essas proibições.

 

A jornada profissional empreendedora

A importância da definição da sua missão e propósito para o seu crescimento profissional


É comum, no decorrer da jornada profissional, empreendedores e especialistas capacitados sofrerem alguma “queda” com relação à sua posição de trabalho. Desemprego, falta de crescimento, insatisfação na sua posição… Os profissionais podem se queixar de muitas maneiras, sentindo-se perdidos, sem saber como prosseguir e livrar-se da estagnação em suas carreiras.

Essas queixas, em alguns casos podem vir de pessoas com excelente formação técnica, mas com importantes dúvidas interiores e com um sentimento de grande frustração. Alguns seguem tradições familiares e percebem ao longo do caminho inconsistências em relação às suas necessidades, desejos e sonhos pessoais.

Outros estão completamente despreparados em termos de habilidades humanas, as famosas “soft skills”, tão procuradas nos dias de hoje. Outras pessoas com boa formação, alguma experiência e qualificações, porém sem a humildade suficiente para perceber que nem tudo está pronto e que tudo necessita de um esforço pessoal e abdicação em certos momentos de coisas agradáveis em benefício de um objetivo maior. E existem ainda os que por falta de recursos encontram-se completamente desanimados e sem coragem para buscar mais.

Em todos os casos de declínio na carreira e a dificuldade de como prosseguir, vemos a ausência de um fator que consideramos primordial para o sucesso da jornada tanto em nível profissional como pessoal: Carência de propósito e de missão de vida. O propósito e a missão de vida, são horizontes que planejamos para nossas jornadas profissionais e pessoais, sempre em consonância com nossos valores e princípios, é a partir da base gerada por experiências íntimas, familiares e educacionais, que nos tornamos capazes de buscarmos o que nos motiva a lutar pelo nosso desenvolvimento e pelo de quem somos responsáveis.

Todas as pessoas são chamadas para alguma missão. Algumas, médicas, acreditam que estão no mundo para salvarem vidas, outras, jornalistas, vieram para proporcionar informações claras a toda comunidade, outro grupo de pessoas acreditam que têm como missão a incrível tarefa de educar, os professores. 

Muitas pessoas, entretanto, não sabem dizer a que foram chamadas nesta vida. Pode parecer piegas, mas temos firme crença de que essa ausência de norte é preponderante nas escolhas inadequadas do caminho a seguir. Como saber como prosseguir depois de um declínio ou queda, não sabendo ao menos qual o seu principal objetivo? Só se usa mapa quem sabe aonde quer chegar. Não adianta traçar um caminho sem um ponto de chegada.

Segundo a Master Coach e gestora de carreiras, Penha Pereira “Sempre interagimos com essas pessoas nas redes sociais, como o Linkedin, primeiro buscando tirar delas seus mais profundos anseios, suas essências pessoais, aquilo que as fazem sentir-se pertencentes ao mundo em que vivem e mais, pelo que vivem, o que as motiva, o que as faz acordarem de manhã e levantarem-se para viver mais um dia de jornada. Porque, enquanto não entenderem isso, não conseguirão desenhar seu trajeto e muito menos ser plenamente felizes.”

Identificar o seu objetivo de vida e missão, nem sempre é fácil, já se sabe. Para isso, existem exercícios que o iniciante em uma carreira, ou aquele que já está em curso nela, mas está com dificuldades, deve buscar para avaliar qual é sua missão como profissional. Por isso, separamos um que pode vir a te ajudar.

Porém, antes de iniciá-lo é necessário preparar de forma consistente o terreno por onde sua jornada acontecerá; alguns updates e revisões são aconselháveis para que o resultado seja muito eficaz:

Primeiro, mesmo que já tenha feito, reveja seu Currículo. Sempre encontramos algum ponto para melhorar. Possui perfil cadastrado nas redes profissionais como o LinkedIn? Sim: vamos fazer uma atenta revisão.  Não: vamos tratar imediatamente de elaborarmos um.

Se já existir seu perfil, entre no LinkedIn e faça também uma revisão geral do mesmo. Veja se não esqueceu nada em termos de experiência profissional, cursos, participações em atividades extra profissionais (sim, contam muito), etc.

Faça também em um arquivo separado uma carta de apresentação pessoal onde você fala de si mesmo, suas aspirações pessoais, suas motivações, seus valores e sua missão, sim porque todos nós temos uma missão a cumprir. Você também tem a sua. Pense em qual é ela. Com nosso famoso exercício você fatalmente encontrará a sua. Essa questão de missão, valores e motivação são aspectos comportamentais que hoje em dia são muito olhados.

Então busque responder o seguinte:

Passo 1:  Quais são seus cinco maiores talentos? Quando você pensa em si mesmo(a), quais são suas principais características?

Passo 2: Quais são seus comportamentos que evidenciam as características /talentos? Quais são suas ações que comprovam sua característica /talento?

Passo 3: Quais são seus principais objetivos pessoais ou profissionais a serem realizados daqui a um ano?

Passo 4: Qual é seu objetivo financeiro para daqui um ano?

Passo 5: Dos 5 talentos listados acima, quais são seus três principais dons/características?

Passo 6: Pronto, agora, elabore sua missão

Por exemplo: Minha missão é: SER talentos, ATRAVÉS de comportamentos, PARA CONQUISTAR objetivos gerais / financeiros.

Pense em tudo isso e aproveite para redigir também e com base em sua realização pessoal, uma carta de apresentação pessoal. Anexe-a a seu perfil de Linkedin.

Jamais use termos em escrita ou verbalmente como “tentar”, “achar”, “difícil”, “medo”, “receio”. Use palavras assertivas que mostram firmeza, positividade e fé em si mesmo(a) e em suas competências.

Se houver disponibilidade, procure realizar um processo de Coaching, cujo profissional não lhe dará respostas prontas, é você que responde por si mesmo. Esse processo pode te ajudar em várias questões que vão além do exercício já citado. Com um Coaching, você poderá encontrar respostas que farão a sua vida caminhar para frente, sem medo da queda e da estagnação. 

 


Penha Pereira - Economista, Coach e gestora de carreira

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Empresariado paulista fica mais confiante no segundo semestre, mas ainda distante de otimismo de 2019

 Índice de Confiança do Empresário (ICEC), da FecomercioSP, terminará o ano com pontuação 17,7% menor que a de 2019; Entidade orienta empresários para gestão de estoque, contratações e investimentos em 2021

 
Apesar de estar em linha ascendente desde junho, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) vai fechar o ano com um patamar médio 17,7% inferior ao registrado no ano passado. Em 2019, a pontuação média foi de 118,8 pontos, enquanto agora ela será de 97,8.
 
O indicador vai fechar o mês de dezembro a 102,6 pontos, segundo relatório divulgado hoje pela Entidade – no mesmo mês de 2019, ele estava em 122,1.
 
O resultado do fim do ano pode ser até comemorado, já que, em um ano pouco linear em termos econômicos, a retomada da confiança dos empresários se manteve em alta durante todo o segundo semestre – mesmo em um contexto que ainda não conseguiu repor as perdas do primeiro período do ano, que variaram entre 40% e 50%.
 
Em junho, o ICEC teve um dos piores resultados da série histórica, quando ficou nos 61 pontos, queda de 35% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em maio, a marca dos 93,8 pontos já significava uma retração de 21% em comparação com o resultado de maio de 2019. No entanto, o desempenho voltou a ser positivo a partir de julho: o melhor deles foi em setembro, quando o índice atingiu 74,8 pontos – crescimento de 14,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado.



ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO (ICEC)

  
 

Os dados são corroborados por outro indicador da FecomercioSP, que mensura a propensão dos empresários em investir e empregar: o Índice de Expansão do Comércio (IEC), cujo patamar médio em 2020 será 16,1% menor do que o do ano passado. A pontuação média deste ano foi se 90,2 pontos, enquanto em 2019 ficou em 107,5.
 
O IEC fechará o mês de dezembro aos 101,1 pontos – o primeiro resultado de três dígitos desde abril. O pior patamar do ano foi em julho, quando ficou nos 62,5 pontos. Da mesma forma que o ICEC, os desempenhos mais baixos aconteceram no final do primeiro semestre, quando as retrações chegaram à casa dos 28% (em junho). Porém, desde agosto o indicador só cresce: neste caso, o melhor resultado foi em outubro, quando a variação foi para cima em 16,6% (88,4 pontos).



ÍNDICE DE EXPANSÃO DO COMÉRCIO (IEC)
  

Como entrar em 2021

Diante dos dados de 2020, a FecomercioSP orienta os empresários que se debrucem sobre três pilares do planejamento do próximo ano: os estoques, as contratações e os investimentos físicos, nessa ordem.
 
O primeiro deles, os estoques, é o mais importante porque é o que pode representar prejuízos graves em um cenário incerto como o que ainda se vive. Por um lado, o fim do auxílio emergencial em dezembro, os ajustes na política fiscal e a desconfiança das famílias diante do consumo devem fazer com o comércio enfrente um primeiro trimestre mais magro do que o deste ano. Por outro, no entanto, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e o desempenho do fim de ano são alentos para o setor.
 
Assim, a orientação é preparar os estoques levando em conta que o ano que vem será de recuperação. Isso passa por planejar com acuidade o fluxo de mercadorias, o volume dos estoques e observar de perto a dinâmica das vendas a partir de janeiro, além de buscar formas alternativas de faturamento, como elaborar promoções para produtos estocados a muito tempo ou estratégias de venda cruzada.
 
O Índice de Estoques (IE), assim como os outros dois indicadores, fechará o ano de 2020 com um patamar médio 10,3% inferior ao de 2019, fechando o ano na média dos 107,2 pontos – foi de 119,5 na comparação com o ano passado.



ÍNDICE DE ESTOQUE (IE)


Quanto às contratações, a FecomercioSP entende que o ritmo de recuperação de vagas formais deve crescer no ano que vem, mas só a partir do segundo trimestre. Já sobre os investimentos físicos, a perspectiva é mais positiva: a retomada econômica pode ser favorecida por taxas de juros mais baixas, um volume de liquidez ainda maior e ainda conviver com uma possível revisão da política fiscal.


 
Notas metodológicas


ICEC


O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla as percepções do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.


 
IEC


O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.
 


IE


O Índice de Estoque (IE) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo. Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sua base amostral considera a região metropolitana.


 

 

Para falar da construção de uma nova cidade é importante entender o que está acontecendo no momento atual em relação à pandemia da Covid-19 que, por sua vez, tem escancarado cada vez mais as desigualdades sociais, trazendo consequências ainda mais graves para quem já se encontra em situação vulnerável na cidade.

 

Embora as cidades estejam cada vez mais modernas e equipadas, o contraste com a precarização da vida da maioria das pessoas é cada vez maior. Importante também pontuar que as cidades possuem características e significados próprios, e que estão sempre passando por transformações que refletem as modernizações e as necessidades da sociedade no tempo e no espaço. O modelo de desenvolvimento agrário que provocou o processo da urbanização, os interesses do capital imobiliário, os valores hegemônicos da sociedade que controlam o Estado e as resistências populares por melhores condições de vida são partes determinantes da realidade urbana.

 

Ciente de tudo isso, ao pensar na construção de uma nova cidade, transformando a que já existe, buscamos respostas para algumas questões, bem como, o que é a cidade? O que se quer transformar? E como deve ser a cidade que queremos? As respostas para tais perguntas conduzem a uma reflexão sobre o direito à cidade. Historicamente, é possível pensar na formação das cidades a partir do êxodo rural, do conceito dela como espaço de moradia, de convivência, de trabalho etc. Além, é claro, de pensar nela com novos contornos comunitários, dentro de um modelo que induz à individualização dos sujeitos.

 

Ao voltar o olhar para a história de lutas por melhores condições de vida na cidade, fica evidente a importância que tiveram as organizações populares nos processos de mudança das cidades. Organizações que, em considerável parte dos casos, tiveram origem nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), inseridas nos territórios populares e que, em torno dessas lutas por conquistas concretas, foram construindo pautas em torno do direito à cidade. Vale reforçar que as lutas eram pautadas por problemas pontuais, como asfaltamento de ruas; construção de postos de saúde, hospitais, escolas e creches para as crianças etc. Se junta a essas demandas a agenda de luta urbana para solidariedade e direitos dos mais pobres. Esta agenda pelo direito à cidade, sempre se deu em correlação de forças extremamente desiguais, com pouca incidência política do Estado nas decisões sobre as cidades, exceto em períodos de governos democráticos.

 

Com foco também na necessidade de construir uma agenda para as cidades brasileiras, surgiu o Projeto Brasil Cidades (BrCidades), uma ampla rede de ação coletiva, que agrega pesquisadores, lideranças de movimentos populares, profissionais de diversas áreas dos setores públicos e privados, juventude, população negra, movimentos de lutas de gênero, coletivos LGBT’s, na busca de construir cidades mais justas, mais solidárias, economicamente dinâmicas e ambientalmente sustentáveis.

 

Imerso a essa reflexão sobre a construção de uma nova cidade, solidária e comprometida com os mais pobres, a BrCidades apresenta uma agenda para as cidades brasileiras com referências a serem adequadas e complementadas, conforme realidades locais. A agenda é composta por muitos itens, que enfatizam, por exemplo, a defesa da função social da terra; o combate ao abandono e invisibilidade das periferias e favelas; a luta contra o racismo, o acesso universal à moradia digna e a defesa do meio ambiente como bem comum.

 

 

Luiz Kohara = assessor do Curso de Verão 2021, organizado pelo Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP). Ele é educador popular e membro da secretária executiva do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos, assessor do Centro de Apoio e Assessoria a Iniciativas Sociais (CAIS), assessor da Pastoral Nacional do Povo da Rua e Movimentos Populares e colaborador da Rede BrCidades. Engenheiro civil, mestre em Engenharia Urbana, doutor em Arquitetura e Urbanismo, pós-doutorado nas áreas de Sociologia Urbana e Habitação, pesquisador das questões urbanas, direitos humanos, população em situação de rua e movimento popular.

 

Aumenta a proporção de pessoas interessadas em investir o 13.º salário

-Neste ano, um em cada três trabalhadores pretende investir o benefício, segundo pesquisa da CNDL; em 2019, era um em cada quatro

             -Segunda parcela do benefício deve ser paga até o dia 20 de dezembro e pode virar reserva para as despesas de início de ano


Ainda dá tempo de investir o 13.º salário. Até o dia 20 de dezembro será paga a segunda parcela do benefício para trabalhadores com vínculo empregatício e muitas pessoas já definiram o destino desse valor. De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, em parceria com a Offer Wise Pesquisas, 32% dos trabalhadores pretendem utilizar o 13º salário para comprar presentes de Natal e 21% gastar nas comemorações de Natal e Ano Novo. Enquanto 30% pretendem economizar e 21% pagar contas básicas da casa.

Com esse resultado, entende-se que um em cada três trabalhadores pretende economizar o valor. Na pesquisa do ano passado, antes da pandemia da Covid-19, era um em cada quatro.

Para essa parcela da população que pretende investir o valor, uma boa opção é fazer uma reserva de emergência para as despesas de início de ano com tributos, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), e também com educação, como matrículas e materiais.

Pensando nesses investidores, o Banco RCI Brasil, braço financeiro das montadoras Renault e Nissan, decidiu estender, neste mês de dezembro, o cashback para os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) de liquidez diária.

Com a ação “Cashback Turbinado de Natal”, o cliente que investir a partir de R$ 5 mil receberá 1% do valor de volta, o que vale para todos os produtos de CDB pós-fixado do Banco, inclusive o produto de liquidez diária tradicional e o escalonado, limitado para o  investimento de até R$ 50 mil. Para receber o valor, a importância aplicada no CDB de liquidez diária deve permanecer por, pelo menos, 30 dias na instituição, e em até 30 dias o cashback é creditado.

“A pandemia serviu para mostrar a importância da reserva de emergência. Em função da liberação do 13.º salário, decidimos ampliar o cashback tradicional para os CDBs de liquidez diária do banco. Antes mesmo das campanhas de Black Friday, ainda em outubro, aumentamos a taxa de todos os CDBs. Com essa iniciativa, os nossos CDBs de liquidez diária, que estão entre as melhores taxas do mercado, agora podem ter ainda mais rentabilidade”, destaca o diretor financeiro do Banco RCI Brasil, Fabien Tournier.

Segundo o executivo, quem investe hoje visando suportar os gastos da entrada de 2021, evita a necessidade de fazer um empréstimo ou entrar no cheque especial, além de garantir rentabilidade.

A iniciativa de conceder cashback para aplicações a partir de R$ 5 mil nesses CDBs ainda é inédita para os produtos de liquidez diária do Banco RCI Brasil. Os atuais clientes também receberão o cashback para seus novos investimentos.


Melhores taxas

A rentabilidade do CDB escalonado hoje pode chegar até 128% do CDI. Esse produto permite que a rentabilidade do investimento aumente a cada três meses até o vencimento do prazo da aplicação, que é de dois anos.  Como as taxas são escalonadas, começando com 108%, o rendimento médio ao final do prazo será de 117% do CDI.

Segundo Tournier , esse CDB é uma ótima opção para quem quer ter liquidez diária no seu investimento, mas acredita que não usará o recurso no curto prazo. “O valor fica disponível para eventuais emergências, mas, se permanecer aplicado até o prazo de dois anos, terá rentabilidade superior às aplicações de liquidez diária tradicionais”, detalha o executivo.

Na opinião de Tournier, qualquer tipo de investidor pode aplicar no CDB escalonado do Banco RCI Brasil. Por fazer parte da renda fixa, ele é ideal tanto para perfis conservadores, quanto para perfis mais sofisticados que querem proteger seu patrimônio.

O CDB de liquidez diária tradicional, o primeiro da instituição no Brasil (lançado em março de 2019), também teve a sua taxa ampliada e saltou para 112% do CDI, uma das melhores taxas para CDBs de liquidez diária, segundo levantamento no buscador Yubb. “Esse produto é excelente para quem sabe que pode precisar do valor no curto prazo e ideal para despesa de emergência mais previsível”, destaca.


Baixo investimento inicial e segurança

Neste ano, ao completar 20 anos de operações no país, o Banco RCI Brasil também decidiu reduzir o valor mínimo de aplicação para apenas R$ 50,00 (cinquenta reais), o que torna o produto, que é isento de tarifas,  acessível a um número maior de investidores.

Além de ter uma das taxas mais atrativas do mercado, os CDBs do Banco RCI Brasil têm um dos melhores ratings do País. Ao mesmo tempo, os valores são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Para investir é muito fácil. O Banco RCI Brasil conta com o aplicativo CDB Banco RCI, disponível nas lojas App Store e Google Play, especialmente desenvolvido para as pessoas físicas acessarem os produtos financeiros, o que garante uma experiência fácil e segura aos clientes.

Fora do Brasil, os produtos de depósito do RCI Bank and Services, controlador do Banco RCI Brasil, têm sucesso em países como França, Alemanha, Áustria, Inglaterra e Espanha.

 

Banco RCI Brasil


Serviços do Detran.SP ficarão temporariamente indisponíveis nas plataformas digitais do órgão e do Poupatempo neste fim de semana

Sistema passará por ajustes e melhorias; Na segunda (21), as opções voltam a funcionar normalmente

 

O Detran.SP informa que nestes sábado e domingo, dias 19 e 20 de dezembro, o portal (www.detran.sp.gov.br) e o aplicativo do Detran.SP ficarão temporariamente indisponíveis, assim como os serviços do departamento estadual de trânsito nos canais digitais do Poupatempo - portal (www.poupatempo.sp.gov.br) e aplicativo Poupatempo Digital.

 

O motivo são ajustes e melhorias no sistema para atender com mais agilidade o cidadão. Na segunda-feira (21), os serviços voltam a funcionar normalmente.

Lei da Aprendizagem completa 20 anos com apagão de vagas

Legislação enfrenta o maior recuo de oferta de oportunidades desde sua criação devido à pandemia de Covid-19

 

Única legislação vigente que combate o trabalho infantil e a evasão escolar simultaneamente, a Lei da Aprendizagem (Lei Nº 10097/2000) completa duas décadas em vigor com dados alarmantes. Se no início do ano o cenário era de contido otimismo, a pandemia de Covid-19 causou um verdadeiro “apagão” na oferta de vagas. De acordo com o CAGED, entre janeiro e setembro deste ano foi registrado um decréscimo de mais de 59 mil posições ocupadas. 

“São vagas perdidas que demandarão certo tempo para serem recuperadas - e isso afeta gravemente a questão do trabalho infantil. Quando o jovem não tem uma oportunidade e vê a sua família também com dificuldades, muitas vezes vai para o trabalho irregular, sem proteção”, explica Marcelo Gallo, superintendente Nacional de Operações do CIEE. “É um jovem sujeito a todo tipo de risco, o que desencadeia, também, a evasão escolar. No Brasil, hoje, aproximadamente 40% dos estudantes evadem no Ensino Médio. É muito desperdício de talento e capacitação, e um prejuízo para a sociedade, como um todo”. 

Faixa etária mais atingida pelo desemprego, os jovens entre 18 e 24 anos representam 29,7% da população desocupada, contra 13,3% da média nacional da população ativa. Os jovens, principalmente em situação de vulnerabilidade, encontram na Aprendizagem não somente uma primeira oportunidade no mundo do trabalho, mas também capacitação e mudança de perspectivas. Criada em 19 de dezembro de 2000, a cota é a única política pública que regulamenta a entrada de menores de idade ao mundo do trabalho, evitando o trabalho infantil e, ao exigir que o candidato esteja matriculado regularmente em uma instituição de ensino ou que tenha concluído o Ensino Médio, de combate à evasão escolar. 

Atualmente, a legislação relacionada à aprendizagem no Brasil estabelece cotas de contratação de aprendizes para estabelecimentos de médio e grande porte. A cota compulsória é de, no mínimo, 5% e, no máximo, 15% da força de trabalho de referência. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, em 2017, o número de aprendizes contratados (386 mil) correspondia a uma cota efetiva de 2% da força de trabalho de referência, quando o mínimo seria de 964 mil (para cota mínima de 5%) e 2,9 milhões (para cota máxima de 15%).

 

Resultados


Além de fomentar a empregabilidade dos jovens, a Aprendizagem os tirou da condição nem-nem. Ao menos 43% dos egressos do programa estão cursando nível médio/técnico e 47% estão estudando, de acordo com pesquisa encomendada pelo CIEE ao Instituto Datafolha. O levantamento ainda apontou que 53% deles permaneceram no mundo do trabalho e o mesmo percentual acredita que a experiência contribuiu para o crescimento profissional. 

 

A remuneração dos aprendizes reforça também a renda familiar e 81% deles contribuem financeiramente em casa. O número é reforçado pela pesquisa encomendada à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), que estimou em R$ 3,26 bilhões a massa de renda dos aprendizes, gerando um impacto positivo no PIB de aproximadamente R$ 7,9 bilhões por ano.

 

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