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quinta-feira, 18 de junho de 2020

Conscientização e conhecimento são os primeiros passos para o tratamento da asma



Em 21 de junho é celebrado o Dia Mundial de Controle da Asma, uma das doenças crônicas mais comuns. Segundo dados epidemiológicos da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), ela acomete cerca de 300 milhões de pessoas entre crianças e adultos a nível mundial. No Brasil, estima-se que em torno de 20 milhões de brasileiros sejam asmáticos, acarretando em média 350 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) anualmente.

Trata-se de uma doença de trato respiratório, que desencadeia um processo inflamatório nas vias aéreas. A causa da asma ainda não é conhecida, mas acredita-se que seja um conjunto de fatores genéticos e ambientais, que podem agravar ou desencadeá-la. Os fatores ambientais são os mais comuns, como a exposição à poeira, mofo, fungos, poluição e períodos sazonais do ano. Nas questões genéticas, observamos o histórico familiar de asma e rinite, além da obesidade. 

Um paciente com asma apresenta os seguintes sintomas:
  • Falta de ar ou dificuldade para respirar;
  • Chio no peito, popularmente chamado de gato no peito
  • Sensação de peito pesado ou aperto
  • Tosse
Estes sintomas normalmente apresentam-se mais comumente nas primeiras horas da manhã ou à noite, pode piorar com a prática de exercícios físicos ou exposição do indivíduo à alérgenos como citados anteriormente, mofo, poeira, poluição.

O diagnóstico da doença é realizado pelo médico, através da história do paciente juntamente com a realização do exame de espirometria. Vale ressaltar que o diagnóstico de asma não é realizado através de radiografia de tórax ou somente baseado na história clínica do paciente. A radiografia de tórax muitas vezes é solicitada pelo médico, entretanto, ela é realizada com intuito de descartar outras patologias como tumores e não para diagnóstico da asma. A história clínica detalhada é de suma importância para fechar o diagnóstico. Nele, é importante observar quando o paciente relata apresentar os sintomas, períodos do dia, em alguma estação do ano, em algum ambiente específico, até mesmo para se descobrir ou dar indícios dos possíveis desencadeadores dos sintomas.
O exame específico é a espirometria, também conhecido como prova de função respiratória. Trata-se de um exame simples no qual o paciente realizará diversas expirações, e este volume de ar exalado será transcrito em números e gráficos para análise. Muitas vezes este exame é repetido, porém com o uso de um broncodilatador para acompanhar uma possível melhora nos volumes pulmonares avaliados, e desta forma verificar se a medicação será ou não eficaz, para uma possível reversão de um quadro agudizado.

 A asma possui diferentes graus de gravidade, classificados em quatro graus. O primeiro tem sintomatologia mais leve e períodos sem agudização do quadro, o grau quatro há presença de sintomas mais graves, com importante redução da ventilação pulmonar e sem períodos de cessação da crise.

A doença não tem cura, entretanto, com o tratamento adequado, os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo. O importante nestes pacientes é, além da medicação rotineira, o autoconhecimento e o autocuidado a fim de evitar fatores desencadeantes da crise asmática, mantendo assim a melhor qualidade de vida.

No tratamento medicamentoso são utilizadas as famosas bombinhas, medicações inalatórias a base de broncodilatadores ou corticoides inalatórios que conseguem ser administradas em doses pequenas e com ótima eficácia, tanto no controle quanto na reversão e em boa parte das crises asmáticas. 

Desde de 2011, o SUS fornece tratamento gratuito aos asmáticos por meio do Programa Farmácia Popular. Medicamentos como brometo de ipratrópio, dirpoprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol podem ser obtidos, gratuitamente, com a apresentação do CPF e da receita médica.

Outra conduta importante para o paciente asmático é a prática de exercícios aeróbicos, sempre autorizada pelo médico e realizada de forma supervisionada. O objetivo é ter um melhor condicionamento cardiorrespiratório, auxiliando na redução de episódios de crise.




Fernanda M. Cercal Eduardo - coordenadora do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Internacional Uninter.



Thayse Zerger Gonçalves Dias - tutora do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Internacional Uninter.

Luta contra o câncer não pode parar mesmo durante a pandemia


Protocolos de quimioterapia, radioterapia e cirúrgicos indicados pelos médicos precisam ser cumpridos; interrupção pode gerar riscos para o paciente e reduzir as chances de sucesso do tratamento


Interromper ou suspender o tratamento não são opções válidas para os pacientes com câncer – nem mesmo durante a pandemia do novo coronavírus. Embora sejam considerados do grupo de risco para a Covid-19, a recomendação continua sendo para que os pacientes cumpram todos os protocolos de quimioterapia, radioterapia ou cirurgias indicadas pela equipe médica. “Sabemos que, na grande maioria dos casos, o adiamento do tratamento especializado para o câncer pode ser prejudicial. Dentre os riscos, está a progressão da doença, ou seja, o aumento do tumor, ou até mesmo casos de metástase, quando o câncer começa a atingir outros órgãos do corpo”, alerta a coordenadora do Serviço de Oncologia do Hospital Santa Cruz, Dra. Ana Maria de Oliveira Santos (CRM-PR 29.057, RQE 20.573).

Para manter o acompanhamento, foi preciso realinhar estratégias e garantir um ambiente ainda mais seguro, com um risco menor de contágio: uso de máscara, higienização constante das mãos, intensificação da limpeza dos locais, espaçamento entre as consultas, triagem prévia com perguntas relacionadas à sintomas suspeitos (febre, tosse e coriza), aferição da temperatura e distanciamento durante a aplicação. “Entregamos também um crachá especial, com nome e foto do paciente, que garante acesso direto ao hospital. Dessa forma, evitamos que o paciente tenha que aguardar na recepção para fazer um novo cadastro a cada visita ou tenha contato com outras pessoas”, explica o gerente médico, Dr. Rafael Moraes (CRM-PR 39.909).


Prevenção

O diagnóstico precoce continua sendo uma questão fundamental ao se considerar o câncer. Por isso, é muito importante manter a frequência de realização dos exames preventivos, em especial quando o paciente já teve a doença, apresenta histórico familiar, faz parte de grupos de risco ou já estava acompanhando qualquer alteração com o médico antes da pandemia. “Sabemos que quando se tem um diagnóstico com doença inicial, o sucesso no tratamento é mais garantido. Mas os exames devem ser realizados em ambientes seguros e preparados, com medidas preventivas e protetivas relacionadas à Covid-19”, enfatiza Dra. Ana Maria.





Hospital Santa Cruz


O inimigo por trás do sol



O câncer de pele é o mais comum no Brasil e no mundo, representando 25% de todos os tumores sólidos. Nos últimos dez anos, o número de casos aumentou cerca de 50%. Dentre todos os tumores de pele, o melanoma, embora mais raro (representa por volta de 4% do total) é, sem sombra de dúvida, o mais agressivo e o que mais mata. Por isso, apesar de dezembro ser considerado o mês mundial de conscientização para o câncer de pele, o melanoma reserva uma data à parte, neste mês de junho, para chamar a atenção sobre seus riscos e desafios.

Em 2020, teremos cerca de oito mil casos novos de melanoma, com 1.700 mortes ao longo do ano, só no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). O melanoma se não diagnosticado no início, pode dar metástases (quando um tumor se espalha para outros órgãos) rapidamente. Infelizmente muitas pessoas descobrem esse câncer já nessas fases mais avançadas.

Esse tipo de tumor surge a partir de danos causados nas células da pele produtoras de melanina (o pigmento que dá cor à pele) e pode aparecer não só na pele, mas também em mucosas e nas unhas. Os danos são causados pela exposição direta ao sol, sem proteção. Os raios UVB são os grandes vilões, causando queimaduras na pele mais superficial e, quando essa exposição se dá de forma prolongada, as células da pele podem sofrer alterações em seu DNA levando ao desenvolvimento do câncer.

 Um dado interessante é que a incidência de melanoma no mundo vem aumentando nos últimos anos, mas a mortalidade está diminuindo. Ou seja, mais pessoas têm diagnosticado a doença, mas também mais pessoas têm se curado ou controlado a doença. Isso tem ocorrido graças o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes e menos tóxicos.

Até o início desta década, o único tratamento disponível para tratar a doença mais avançada era a quimioterapia citotóxica, que causava muitos efeitos colaterais e era pouco eficiente contra esse tipo de tumor. Com a descoberta e desenvolvimento das imunoterapias e das terapias-alvo (medicamentos em comprimidos), isso mudou radicalmente. A imunoterapia age no organismo fazendo com que o sistema imunológico do próprio paciente reconheça as células malignas e atue de forma mais eficaz em destruí-las. Já a terapia-alvo funciona em uma parcela dos pacientes que possuem uma mutação especifica em um gene chamado BRAF.

Estes tratamentos trouxeram resultados impressionantes no controle do melanoma, que deixou de ser um tumor altamente letal para ter resultados muito semelhantes aos de outros canceres considerados menos agressivos. Além de um maior tempo de vida na doença avançada, os tratamentos mais modernos melhoraram substancialmente a qualidade de vida dos pacientes.

Mesmo com todos esses avanços é primordial alertar a população para buscar diagnósticos em fases mais precoces, quando a chance de cura é real. Portanto, alertamos às pessoas para que conheçam o seu corpo e façam uma autoavaliação sempre que possível, além de se protegerem do sol, evitando exposições prolongadas, principalmente sem o uso de protetores solares ou roupas adequadas. E, sempre que notarem alguma mancha estranha ou nova, que procurem o dermatologista para uma avaliação mais detalhada.

O melanoma, quando descoberto precocemente tem chances de 95% de cura e seu tratamento é essencialmente cirúrgico no início. Não deixe essa doença marcar você. Procure marcas e pintas estranhas em seu corpo e, em caso de dúvidas ou alterações, procure um dermatologista.

Mesmo em um momento tão complicado que estamos passando com a pandemia da COVID-19, é extremamente importante lembramos sobre os riscos de se desenvolver melanoma. Os inimigos novos não mudam a necessidade de se combater os inimigos antigos!







Vinícius Correa da Conceição - médico oncologista com residência médica em oncologia pela Unicamp, graduação e residência médica em clínica médica também pela Unicamp. Tem título de especialista em cancerologia e oncologia clínica pela Sociedade Brasileira de Oncologia, foi visiting fellow no serviço de oncologia do Instituto Português de Oncologia (IPO), no Porto. Membro titular da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO), da International Association for the Study of Lung Cancer (IASLC), do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM), e da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC). Vinícius é sócio do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, e atua na oncologia do Instituto do Radium, do Hospital Madre Theodora, do Hospital Santa Tereza e da Santa Casa de Valinhos.



Grupo SOnHe - Sasse Oncologia e Hematologia
Redes Sociais @gruposonhe.

Quarentena pode levar a ‘epidemia’ de dor crônica


Segundo especialista do Centro de Coluna e Dor, do Hospital Leforte Liberdade,a falta de movimentação e noites mal dormidas são os principais fatores


Após quase três meses do início do isolamento social, considerado o melhor meio de prevenção contra o coronavírus, a rotina de movimento e as boas horas de sono precisam ser mantidas para que o corpo não sinta outros efeitos da pandemia.

“A quarentena nos obrigou a mudar nosso ritmo. Passamos o tempo todo em casa e a tendência é de nos movimentarmos pouco. Essa falta de mobilidade é sentida por nosso corpo e o aviso vem em forma de dor, seja de cabeça, na coluna ou em outras regiões”, explica o neurocirurgião Vinícius Guirado, coordenador do Centro de Coluna e Dor do Grupo Leforte.

De acordo com o especialista, a melhor forma para evitar que essas dores pontuais se tornem crônicas é adotar uma postura proativa e procurar movimentar-se durante o dia, mesmo dentro de casa. “Quem está fazendo home office, por exemplo, pode parar a cada hora para se alongar ou fazer outro tipo de exercício”, diz.

Também é preciso manter uma boa higiene do sono durante a quarentena. “Além do corpo parado, o uso excessivo de smartphones ou computador, a má alimentação e a falta de uma rotina afetam o funcionamento do nosso cérebro. O resultado são noites mal dormidas e mais dores no dia seguinte, já que nosso corpo não teve tempo de se reequilibrar.”

Se as dores persistirem mesmo com a adoção desses hábitos ou com a prática de exercícios físicos, é preciso ajuda especializada. “A dor crônica só é tratada de forma efetiva por meio de atendimento especializado, para que a medicação e outros tratamentos sejam prescritos de forma adequada. O acompanhamento feito por uma equipe multidisciplinar oferece uma abordagem integral, que devolve o bem-estar ao paciente”, afirma Guirado.

O médico ainda faz um alerta para os perigos da automedicação durante esse período. “Com o isolamento, as rotinas de cuidados médicos ambulatoriais foram interrompidas  para os pacientes com doenças crônicas. Isso pode interferir em tratamentos anteriormente prescritos. Portanto, é necessário ficar alerta para evitar equívocos, e um deles é a automedicação. Se as dores se modificaram ou não responderem aos medicamentos já utilizados, o paciente deve procurar um atendimento médico, que hoje já pode ser feito por telemedicina. A prática da automedicação pode trazer danos ao organismo, agravar o verdadeiro problema e levar a uma epidemia de dor crônica ao final da quarentena”, completa.




Centro de Coluna e Dor do Grupo Leforte.



Tratamentos e cuidados com a saúde podem ser mantidos durante a pandemia


Por receio da Covid-19, muitas pessoas deixaram de lado suas consultas rotineiras; especialista aponta telemedicina como maior aliada da saúde nesse momento

Passados mais de 100 dias da divulgação do primeiro caso confirmado da Covid-19 no Brasil, o número de infectados já passa de 700 mil. Para ajudar a controlar a disseminação da doença, muitas cidades implementaram o isolamento social. Com medo de se exporem ao vírus, algumas pessoas deixaram de ir às consultas agendadas e de realizar exames e milhares de pessoas interromperam o acompanhamento médico e o tratamento de doenças crônicas.
Para facilitar o acesso ao atendimento médico durante o isolamento, o Ministério da Saúde liberou em março o uso da telemedicina em todo o país, em caráter de exceção, enquanto durar a pandemia. A Dra. Mariana Oliveira Zacharias, médica de família e comunidade que atua em uma clínica de Atenção Primária à Saúde pertencente à Qualirede, conta que o teleatendimento tem sido o maior aliado no acompanhamento aos beneficiários que possuem doenças crônicas. "Pelo monitoramento habitual que realizamos na clínica, percebemos que muitas pessoas estavam com medo de sair de casa para continuar o acompanhamento do diabetes e da hipertensão, por exemplo. A partir dos esforços da equipe multidisciplinar, conseguimos implementar o teleatendimento na rotina de cuidados dessas pessoas, antes pouco adeptas às consultas não presenciais, e restabelecer a continuidade do cuidado", revela.
A especialista ressalta que, em um primeiro contato, é possível sentir um certo receio, mas que a adaptação tem sido fácil e a satisfação alta. Mariana conta também que a liberação das prescrições à distância facilitou e ajudou ainda mais a evitar a exposição ao vírus, mas lembra que haverá casos nos quais a consulta presencial ou a realização de um exame será indispensável. Nesses casos, a integralidade assistencial da atenção primária também pode ajudar. "Apesar do momento em que vivemos e a necessidade de mais precauções, não podemos nos descuidar dos tratamentos e doenças previamente existentes, por isso contamos com uma equipe multidisciplinar, preparada para orientar e tranquilizar ao máximo aqueles que precisam sair de casa nesse período para cuidar da saúde".
Importante lembrar que doentes crônicos fazem parte do grupo de risco da Covid-19 e a falta de acompanhamento dessas enfermidades pré-existentes pode debilitar o organismo e deixá-lo mais suscetível a um quadro grave, caso infectado com o coronavírus. "Por isso a telemedicina tem desempenhado um papel essencial na manutenção da saúde das pessoas, diminuindo a exposição do paciente e dos profissionais ao vírus, sem negligenciar queixas e sintomas que podem aparecer nesse período", finaliza Mariana.


DORES ARTICULARES: POR QUE FICAM MAIS INTENSAS NO FRIO?


Com a estação mais fria do ano se aproximando, fisioterapeuta dá dicas para evitar as dores durante o inverno



Nesta tão aguardada chegada de dias com temperaturas mais baixas, quem nunca parou para se perguntar: “é impressão minha, ou sinto mais dores no frio?”. Talvez não seja apenas impressão. E embora ainda não haja comprovação científica, muitos profissionais da área da saúde acreditam que sim, há relação entre dor e frio.

De acordo com o fisioterapeuta Bernardo Sampaio, Diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata de Guarulhos, em baixas temperaturas, algumas alterações ocorrem no metabolismo. “Com o frio, os músculos e vasos sanguíneos realizam contrações involuntárias para manter o corpo aquecido e por conta destas contrações de defesa, aumentam as chances de tensões musculares e também de rigidez articular, dando a impressão de aumento de dores no inverno”.

Há quem diga que pessoas mais magras também sentem mais frio e consequentemente mais dores, pois acreditam que a camada de gordura do corpo possa aquecer, mas de acordo com o fisioterapeuta, isso é um mito. Para ele, a relação de sintomas dolorosos e a baixa temperatura não estão ligadas ao aumento ou diminuição de massa corpórea, mas sim, as atividades diárias realizadas pelos indivíduos. Pessoas sedentárias tendem a sentir mais dores, já que ficam na maior parte do tempo encolhidas para afastar o frio. 

Outros que podem ser prejudicados pelo frio, são os idosos que possuem uma maior rigidez articular. Para agravar, com as mudanças de temperatura há o excesso de contração muscular o que aumenta a rigidez e consequentemente diminui o aporte sanguíneo para a musculatura. “Esse mecanismo pode gerar desconforto. Em casos de idosos que já possuem doenças degenerativas como, por exemplo, as artroses, ou mesmo doenças reumáticas este fator metabólico é um ponto a se considerar, pois tais patologias têm como característica rigidez articular”, sinaliza o fisioterapeuta.

Podemos concluir que é possível que o aumento de sintomas de dor ocorra durante dias frios, mas cada caso é um caso, e nem sempre esse é o devido motivo. Assim, é sempre importante consultar um profissional. Mas para evitar possíveis desconfortos, o fisioterapeuta listou algumas dicas que podem ajudar a reduzir as dores nas articulações:
  • Mantenha-se sempre aquecido;
  • Se exercite, mesmo em casa. Isso reduz a pressão sobre as articulações, para que elas fiquem menos propensas a lesões;
  • Mantenha um peso saudável para diminuir o estresse nas articulações, especialmente nos joelhos;
  • Evite tensões desnecessárias nas articulações durante as atividades diárias;
  • Aplique compressas quentes nas áreas doloridas do corpo. O calor ajuda a relaxar os músculos;

Bernardo Sampaio recomenda ainda a prática do Pilates para combater as "dores de frio", pois o método trabalha justamente com a mobilidade articular, fortalecimento e alongamento da musculatura do corpo. “Evite o imobilismo. Procure sempre se mexer ao longo do dia, estimular a circulação do nosso corpo é uma boa dica. Atividades aeróbicas também são benéficas”, finaliza.






Bernardo Sampaio -Fisioterapeuta (Crefito: 125.811-F), diretor regional da Associação Brasileira de reabilitação de coluna - ABR Coluna e diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, de Guarulhos. Professor dos cursos de fisioterapia do Centro Universitário ENIAC (Guarulhos) e dos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo e no Instituto Imparare. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. 


Como as empresas podem sobreviver sem se endividar na pandemia


Profissional da Contabilidade dá orientações para empresas de pequeno, médio e grande porte se manterem saudáveis na crise gerada pelo novo coronavírus


A pandemia do novo coronavírus acendeu um alarme mundial para uma crise econômica. No Brasil, já causou um impacto negativo muito forte na vida das pessoas e na saúde financeira das empresas. Apesar de as empresas já terem sido ajudadas por medidas provisórias lançadas pelo Governo Federal, a situação ainda é muito difícil para sustentar os negócios, sejam eles de pequenas, médias ou grandes empresas.

De acordo com um levantamento do do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), realizado em abril, 30% dos empresários buscaram empréstimos para que conseguissem manter suas empresas sem demitir ninguém e sem cortar grandes gastos. Entretanto 59,2% tiveram o pedido negado e 29,5% ainda esperam por uma resposta.

Para a contadora Lucélia Lecheta, conselheira do Conselho Federal de Contabilidade, a orientação geral para todas as empresas, de qualquer porte e até mesmo para pessoas físicas neste momento, é revisitar todos os seus custos, todas as suas despesas e ver o que pode ser enxugado, o que pode ser melhorado. “É hora de se reinventar. Nesse momento difícil as pessoas pensam que precisa parar tudo até a hora que voltar, mas é bem nesse momento difícil que, pela necessidade, podemos gerar a oportunidade. É hora de repensar o que está sendo feito, principalmente custos e processos”, analisa.

Também é o momento de cortar custos desnecessários, até mesmo fazer cortes que muitos não gostariam, mas que precisam ser feitos pela sobrevivência das empresas. “O Governo Federal tem trabalhado em várias frentes, e uma delas foi postergar impostos, de modo que a empresa tenha a possibilidade de ver o que ela pode adiar para ganhar um fôlego no seu fluxo de caixa. Costumamos dizer que nesse momento ‘sua majestade é o caixa’. É hora de aproveitar essas postergações sem acréscimo de juros”, comenta Lucélia.

Outras facilidades proporcionadas pelo Governo Federal foram as duas medidas provisórias (927 e 936) que possibilitaram diversas opções para o empregador, como antecipação de férias, teletrabalho, banco de horas, suspensão ou redução de jornadas de trabalho. “É preciso utilizar estas possibilidades. As medidas podem ser utilizadas de forma conjunta, com um bom planejamento. Porém, sempre com a ajuda de um profissional da contabilidade porque ele é quem está mais atento a todas às informações e mais preparado para orientar as empresas”, afirma.


Linhas de financiamento

Outra possibilidade oferecida pelo governo federal são as linhas de financiamento. Foi feito para a folha de pagamento, por meio da medida provisória 944 também a lei 13199 que permite financiamentos a juros bem baixos para pequenas e médias empresas.

“As empresas que têm um bom relacionamento com as instituições bancárias têm conseguido algumas liberações. Sabemos que tem muito banco recusando cadastro sabendo do risco em determinados negócios. Muitas empresas que têm uma boa ficha bancária ou bom relacionamento com as instituições não conseguem financiamento agora porque seus ramos estão extremamente afetados pela pandemia”, explica.


Caso real

A contadora Lúcelia Lecheta deu um exemplo de caso real, de uma empresa localizada em um shopping em Curitiba (PR), que ficou fechada de 22 de março até dia 25 de maio. Foram dois meses de fechamento total. “Como em um primeiro momento não se sabia o tempo que a empresa iria ficar fechada, foi possível aplicar a MP 927, dando ou antecipando as férias dos funcionários. Em outro determinado momento que se percebeu que a abertura não ocorreria em um período próximo, foi possível aplicar a suspensão do contrato de trabalho”, conta.

Quando o shopping reabriu e os funcionários puderam voltar, não foi aplicada mais a suspensão, mas sim a redução da jornada, para que todos pudessem voltar, porém em jornadas menores, até mesmo pelo horário reduzido do shopping. “Casos como esses têm funcionado bem. É necessário pensar junto, porque nem o contador e nem o empresários conseguem resolver sozinhos. É um trabalho conjunto, de perceber o que o cliente precisa, quais as expectativas, o que ele pode fazer e quais são as opções que ele tem”, afirma.





Conselho Federal de Contabilidade


Como será a vida das empresas na pós-pandemia?


Especialista em finanças explica o cenário que está por vir


Todos sabemos que teremos uma nova realidade mundial após sairmos da crise causada pela pandemia do coronavírus. Com a mudança de hábitos da população, retomada lenta do consumo e baixa atividade da economia, as empresas precisarão se adaptar e adequar os seus negócios à realidade de mercado vigente para sua sobrevivência. Empresas deverão adotar medidas rápidas em busca da eficiência de sua operação e, para isso, correrão atrás de sanar seus ralos e desperdícios.  A Renan Galdino l Consultoria Empresarial aposta na capacidade de seus especialistas oferecendo uma solução não apenas financeira, mas para toda a operação, seja ela Fabril, Financeira, Comercial ou Jurídica.

A consultoria passa a participar da rotina e gestão estratégica diária de seus clientes, auxiliando desde a formação e estrutura de seus produtos até a construção da viabilidade econômico financeira de seus negócios. Empresas especializadas em gestão têm sido constantemente consultadas para fazer reestruturação empresarial. “Existe muitas oportunidades na gestão interna das empresas, o que tornará comum a busca por consultorias especializadas”, revela Renan Galdino, especialista em finanças. A nova norma é eficiência operacional, o cliente não pagará mais pela ineficiência das empresas. Empresas estão adequando a sua operação com uma visão muito mais voltada ao caixa, tudo passa a ter um significado financeiro muito maior do que antes e é importante não abrir mão de qualquer solução que possa existir na empresa.

A reestruturação passa a ser adotada desde o processo fabril até o gerenciamento da qualidade das vendas realizadas, medindo tudo para ter informação rápida na tomada de decisão. Todos estão buscando um volume de faturamento adequado e com boa qualidade de margem, onde o foco é ter um portfólio menor de produtos, financiando menos estoque, ganhando velocidade no processo produtivo, diminuindo despesas financeiras e, por último, atendendo a demanda de mercado de entrega e preço adequado.

Renan afirma que é comum encontrar falhas nos processos de formação e estrutura de preço dos produtos: “A cultura das empresas terá de mudar, não poderá mais carregar qualquer falha na estrutura dos produtos e custos operacionais. A margem está apertada e a solução da empresa será de dentro para fora. O preço de venda quem decide é quem compra”, complementa o executivo.         





         
Renan Galdino Consultoria Empresarial - Com anos de experiência no mercado, a Renan Galdino Consultoria Empresarial conta com uma equipe de especialistas atuando  nas áreas de Gestão e Reestruturação Financeira Empresarial, Renegociação de passivos, Recuperação Judicial, Diagnóstico Empresarial, Crédito e Reestruturação de processos fabris, entre outros.


Luiz David Lourenço - Economista, pós-graduado em finanças empresariais pela fea-usp e banking pela fgv possuí mais de 37 anos em instituições financeiras, sempre ocupando posições estratégicas.


Renan Galdino - Gestor de empresas, pós-graduado em controladoria pela fho, mba em gestão estratégica de negócios pela fgv, especialistas em gestão e reestruturação empresas, administrador judicial pelo tribunal de justiça de são paulo, mais de 10 anos de experiência à frente da gestão de empresas em crise.


Às vésperas do prazo final para declaração, Capital Research revela impactos do Imposto de Renda nos investimentos e mostra como contorná-los


Casa de análises lançou relatório para advertir quem faz muitas trocas na carteira de olho na rentabilidade de momento


Aproveitando a proximidade do final do prazo estendido para a entrega das declarações do Imposto de Renda, em 30 de junho, a Capital Research, primeira casa de análises 100% gratuita do Brasil, publicou um relatório sobre o impacto dos tributos no retorno dos seus investimentos.

O material destaca que os investidores tendem a olhar só para o rendimento bruto de suas aplicações no dia a dia e podem acabar se surpreendendo com os descontos no momento da declaração do Imposto de Renda. Por isso, o analista-chefe, Samuel Torres, responsável pelo relatório, dá algumas dicas de como minimizar esse impacto. “Uma das coisas que deixa a conta do IR mais cara, por exemplo, é manter os investimentos na carteira por pouco tempo. Isso geralmente está ligado ao excesso de movimentações dos ativos (compras e vendas) em busca de uma rentabilidade maior, que pode acabar se perdendo com os efeitos tributários”, indica Torres.

O especialista comenta que para alocar em algum investimento, normalmente é necessário resgatar/vender outros – afinal, “o indivíduo comum não tem dinheiro infinito para investir” –, o que, na maioria dos casos, implica em uma alíquota maior de Imposto de Renda. Por conta disso, o relatório da Capital Research adverte para casos em que corretoras e assessores recomendam a troca de toda ou grande parte de uma carteira de investimento em um período curto, já que isso impacta nos rendimentos e no pagamento de impostos, que geralmente ficam fora da conta da rentabilidade apresentada.

O material esclarece que, no caso do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que incide sobre Títulos do Tesouro (Tesouro Direto), CDB, debêntures e fundos de investimento também é necessário ficar atento à alíquota ao longo do tempo, mas minimizá-lo é um pouco mais fácil. “Segundo a  tabela do IOF, a alíquota do imposto é muito alta no começo (96%) e acaba corroendo quase todos os ganhos, porém, a partir do 30º dia, a alíquota vai a zero, de modo que, para escapar desse imposto, basta manter os investimentos sobre os quais incide IOF por pelo menos 30 dias”, explica Torres.

Já no caso do Imposto de Renda, além da alíquota regressiva ter um prazo bem maior e nunca chegar a zero, um fator que deve ser levado em consideração é o chamado “diferimento”, que, em outras palavras, significa deixar o pagamento do imposto para o final do período de investimento em vez de pagá-lo ano a ano.

“Esse fator é muito relevante na conta da sua rentabilidade, mas é algo muito pouco comentado ou levado em consideração nas recomendações de investimento que vemos por aí”, aponta Torres, que ressalta “e esse benefício se torna cada vez maior quanto maiores são o retorno e o prazo do investimento. Uma pessoa que investir R$ 10 mil e obtiver uma rentabilidade de 10% ao ano, com diferimento, terá R$ 999.322,00 após 50 anos, enquanto a que optou pelo modelo sem diferimento e pagou impostos todos os anos terá R$ 590.863,00 ao final do mesmo período.”


Declaração do IR

Para a declaração do Imposto de Renda deste ano, os especialistas da casa lembram que é necessário informar os saldos e rendimentos de aplicações financeiras próprios e de dependentes e que os saldos de cada tipo de investimento devem ser postos em locais específicos. “As aplicações financeiras devem ser informadas na ficha de Bens e Direitos, sob o código apropriado. Ações em carteira, cotas de fundos, títulos de renda fixa e contas poupança, por exemplo, são considerados bens, por isso é importante saber onde declará-los”, afirma Torres. Para ajudar o investidor nessa missão, a Capital Research também disponibilizou um tutorial que ensina como declarar cada tipo de investimento, passo a passo.





Capital Research


Leilões virtuais são ótima alternativa para negociar imóveis em meio à pandemia



A aquisição de imóveis através de leilão é uma alternativa muito interessante, tanto para quem busca investimento quanto para que procura um imóvel para moradia. Isso porque nos leilões particulares ou judiciais a possibilidade de aquisição por um valor abaixo do real de mercado é muito grande. E com o mercado estagnado devido à pandemia de Covid-19, recorrer a leilões virtuais pode ser uma boa alternativa. 

Grandes instituições financeiras, como Itaú, Santander e Bradesco, anunciam imóveis em portal de leilão virtual. O procedimento, em si, é basicamente idêntico ao presencial, em que o maior lance vence.

Porém, conforme o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinicius Costa, existem algumas particularidades importantes a se observar. "Antes de participar do leilão, o interessado deve ter um cadastro prévio na plataforma de leilão. Esse cadastro então deve ser validado pela plataforma para que o candidato possa dar lance nos imóveis de seu interesse", informa.

Uma facilidade importante da modalidade virtual é a disponibilização de informações como as regras do leilão, características e fotos do imóvel, bem como certidão de matrícula do bem no próprio site. "Assim é possível conseguir a maioria das informações do imóvel sem precisar sair de casa", observa Vinícius Costa.

Mesmo assim, o presidente da ABMH diz que uma visita ao imóvel, mesmo que para vê-lo somente pelo lado de fora, é altamente indicada, tanto para quem quer investir quanto para quem quer comprar. "Pois é necessário analisar o estado do bem e a região de localização, pelo menos", justifica.

Com ou sem pandemia, o fato é que os leilões virtuais tendem a ser mais comuns, principalmente para investidores, por facilitar e ampliar as oportunidades de fechamento de negócios. “No entanto, é sempre bom se certificar da legalidade do leilão, do leiloeiro e da plataforma escolhida para evitar problemas de fraude, que infelizmente são muito comuns na internet”, adverte Vinícius Costa.





Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH)


Covid-19 acelera adoção de sistemas de pagamentos via app e carteiras digitais


Estudo da SBVC mostra que 21% dos consumidores realizam pagamentos via aplicativo, índice que era de apenas 4% em 2018


Os pagamentos móveis via app vêm apresentando uma grande expansão, um movimento que deverá ser impulsionado no pós-Covid pelo mundo low touch, que evolui na esteira das preocupações dos consumidores com sua saúde.

De acordo com a segunda edição do estudo “Panorama dos meios de pagamento no varejo brasileiro”, desenvolvido pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) em parceria com a OfferWise, a adoção de meios de pagamento como apps e carteiras digitais foi acelerado pela pandemia: 70% das empresas entrevistadas fizeram alguma mudança em sua estratégia de meios de pagamento nos últimos 12 meses e 58% modificaram suas estratégias para lidar com os efeitos do Covid-19. Carteiras digitais, parcerias com marketplaces e empresas de cashback e QR Codes são as principais respostas do varejo para lidar com os efeitos do coronavírus.

“O uso mais intenso de meios de pagamento digitais é positivo para a economia do País, pois aumenta a formalização do mercado e torna mais fácil alcançar a população desbancarizada”, analisa Eduardo Terra, presidente da SBVC. Para ele, carteiras digitais e pagamentos via app não são mais uma tendência, como eram na primeira edição do estudo, de 2018. “Não é exagero dizer que avançamos cinco anos em cinco meses. O Covid-19 acelerou a transformação digital do varejo e a adoção de novos hábitos pelos consumidores”, afirma Terra.

O estudo fez uma radiografia dos principais meios de pagamento que são utilizados por consumidores e empresas do setor, mostrando que os meios digitais ganharam espaço nos últimos dois anos. Atualmente, 21% dos consumidores realizam pagamentos via aplicativo, índice que era de apenas 4% em 2018. A opção de pagamento móvel é oferecida por 62% das empresas, conta 13% há dois anos.

A pandemia também provocou uma aceleração no uso de meios alternativos, como o cashback, que saltou de 17% para 25%. Cupons de descontos e programas de fidelidade mantiveram índices semelhantes ao da edição anterior do estudo (31% e 22%, respectivamente). Por outro lado, 43% dos consumidores entrevistados dizem não usar nenhum desses meios de pagamento. “Essa é uma oportunidade para o varejo se fazer mais presente na vida dos clientes, oferecendo conveniência e vantagens financeiras como forma de criar um relacionamento mais sólido”, comenta o presidente da SBVC.

O estudo mostra que o tipo de pagamento utilizado pelos clientes varia conforme o tipo de compra e produto: normalmente, bens duráveis são pagos com cartão de crédito (muitas vezes parcelado), enquanto para as compras de consumo imediato o pagamento nas lojas físicas é realizado com cartão de débito ou dinheiro.

Para as compras online, o cartão de crédito é o principal meio. “A relevância do meio de pagamento é muito mais cultural do que tecnológica, e a sua evolução dependerá do comportamento das próximas gerações (nativas digitais) e de sua aceitação de meios de pagamento mais convenientes, integrados ao smartphone ou a wearables”, afirma Terra.

O estudo ainda verificou que as criptomoedas não encontram interesse dos consumidores: 47% se recusam a usar esse meio de pagamento. Já o varejo, que indicava na edição 2018 do estudo a possibilidade de passar a usar criptomoedas, mudou seu foco para outros meios que têm mais possibilidade de aceitação pelos clientes.


Metodologia

O estudo ouviu os mais importantes segmentos do varejo nacional, entre eles Eletromóveis, Materiais de construção, Supermercados, Drogarias e Perfumarias e Foodservice, em uma amostra composta, na maioria, por grandes varejistas, com faturamento acima de R$ 1 bilhão anual. Também foram entrevistados 600 consumidores em todo o País, dos quais todos compram online e 9% realizaram suas primeiras compras durante o período de isolamento social.





Por que o dinheiro vai acabar?



Podemos dizer que o dinheiro é uma das maiores invenções da humanidade. E, apesar da proliferação de outras modalidades, principalmente no decorrer do último século, pagamentos “in cash” têm particularidades que os métodos alternativos parecem não poder igualar – dentre os quais, a garantia do anonimato, compensação imediata e aceitação universal (principalmente se estivermos falando de dólar ou euro).

Além disso, ele pode ser usado mesmo se o mundo acordar sem energia elétrica, por exemplo. No entanto, apesar de todas essas “maravilhosas” características, um número cada vez maior de economistas vem defendendo que cédulas e moedas sejam definitivamente aposentadas – até por questões de higiene.

Você deve estar se perguntando: “Tanto espírito crítico por quê?”. A melhor resposta talvez esteja em um livro chamado A Maldição do Dinheiro, de Kenneth Rogoff. O autor, professor de Políticas Públicas na Universidade de Harvard e ex-economista-chefe do FMI, ressalta o lado obscuro do dinheiro – que, no atual cenário tecnológico, torna absolutamente sem efeito suas pseudoqualidades.

Rogoff tece comentários sobre o tal “anonimato” de seu uso. “Só poderia ser considerado algo bom se não houvesse criminosos na face da Terra.” Mas eles existem – aliás, aos montes! E o chamado “dinheiro vivo” é a melhor forma de financiamento para atividades que envolvem tráfico, sonegação e terrorismo.

Pelas contas do economista, há, neste exato momento, mais de US$ 1,5 trilhão em notas circulando fora do sistema bancário. Para quem trabalha no setor financeiro e assiste, todos os dias, ao surgimento de mais e melhores ferramentas eletrônicas antifraude, esse número é simplesmente espantoso. Porque nada pode ser pior para o cidadão cumpridor de seus deveres do que deixar seu dinheiro à própria sorte. Porém, como sabemos, parte considerável desse montante não está nas mãos de gente honesta.

Rogoff defende também que um mundo sem dinheiro (no qual as pessoas comprariam produtos e serviços, pagariam suas contas e fariam todo tipo de transferência monetária única e exclusivamente via cartões de débito ou crédito e sistemas de pagamentos digitais) tornaria a política monetária dos países mais eficaz. Além disso, a segurança das operações é uma realidade palpável, que torna baixíssimo o custo de cada operação (e nem estou comparando ao custo de produzir dinheiro).

Muitos detratores do fim do dinheiro citam a população que não faz parte do sistema bancário como um problema, já que ela ficaria ainda mais marginalizada – no Brasil, são cerca de 60 milhões de pessoas. Mas esses detratores estão presos a um cenário antigo – e mais ainda no pós-pandemia. Com a tecnologia atual, qualquer pessoa que tenha um smartphone  (e eles estão cada vez mais baratos) pode ter uma conta virtual, para receber ou fazer pagamentos, sem necessidade de manter vínculo com bancos ou financeiras. Pode, também, ter uma empresa operando online na palma da mão e acesso a todo tipo de produto/serviço financeiro.

Há também os que batem na tecla de que ONGs e igrejas sobrevivem, sobretudo, de doações – e estas se dão, muitas vezes, de forma anônima na maioria das vezes, até porque, segundo a pesquisa Giving Report 2019 Brasil, realizada pela IDIS, cerca de 68% das pessoas preferem que suas doações não sejam identificadas. Ou seja: creem que devem “fazer o bem sem olhar a quem”, mas também “sem dizê-lo a ninguém”.

Pode ser... Mas já está provado que é mais fácil e seguro doar o quanto quiser eletronicamente. Além disso, via aplicativo, a doação se torna absolutamente transparente tanto para quem a faz quanto para quem a recebe – o que, a princípio, ajuda a convencer mais gente a doar. Basta ver os mais de US$ 10 bilhões doados por clientes do PayPal em 2019 por meio de nossa plataforma para milhares de instituições mundo afora.

E há os que simplesmente gostam de saber que levam dinheiro no bolso – para comprar um chiclete ou pagar o almoço. Esta, convenhamos, me parece a alegação mais estranha de todas para que se mantenham cédulas e moedas em circulação – já que todas as tecnologias levam ao modelo contactless.
E mais ainda depois da Covid-19.

Quer outra razão pandêmica para apostar na moeda 100% eletrônica? Pois faça uma pesquisa no Google com as palavras “dinheiro”, “bactérias” e “vírus”. Aliás, clique aqui, porque eu já fiz isso para você. Mas cuidado: os resultados podem ser bastante indigestos.





Lucas Medola - CFO do PayPal para a América Latina


Os impactos da pandemia nos serviços de contact center



Tradicionalmente, o setor de Contact Center tem uma importância ímpar para o ramo da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Brasil, dado seu impacto econômico e social como gerador de empregos e agente no avanço tecnológico.

Principalmente durante Pandemia do Covid-19, esse setor precisou lidar com uma série de desafios adicionais e antecipar diversas ações para continuar a operar e prestar seu serviço à população. 
O Contact Center se tornou por vários motivos o foco das atenções e possui um papel preponderante em ajudar as empresas a impulsionarem a experiência do cliente. Isso pressupõe um aumento do uso dos canais digitais, respostas mais pragmáticas com automação e o uso da inteligência artificial, mas também preservando o lado humano dos seus clientes e colaboradores. 
Em geral, pode-se constar que a pandemia antecipou a roadmap de transformação digital de muitas empresas do segmento. Certamente as empresas de Contact Center já vinham investindo em tecnologias em curso, mas a adoção de novas tecnologias, tais como as soluções em Nuvem e Workforce Management, possibilitou uma resposta eficiente à pandemia. 
O trabalho remoto, até pouco tempo, era tido como uma opção a ser explorada, mas faltava o estímulo para arriscar, já que não existem apenas benefícios associados ao modelo, mas também riscos, como garantir a proteção dos dados, atender às exigências da LGPD, assegurar a prevenção de fraudes e controlar o atendimento das escalas para mitigar potenciais problemas trabalhistas. 

 
Em busca de respostas
 
Enquanto estudamos os reais efeitos da crise nesse mercado, efeitos esses que serão abordados no relatório inédito ISG Provider Lens™ Contact Center - Customer Experience, a ser divulgado em setembro pela TGT Consult, estamos certos que o Contact Center as a Service (CCaas) já é uma realidade. 
Ao observar os grandes Players do setor, é notável o desenvolvimento e evolução das soluções que visam a tecnologia em Nuvem (privada, pública ou híbrida). Dessa forma, a adoção, que já era prevista, será acelerada pela necessidade de dar respostas à pandemia. O estudo da ISG vai analisar esse processo e como ele deve refletir no setor nos próximos meses. 
Essa adoção da computação em Nuvem tem motivado a transformação dos investimentos “capex” para despesa “opex”, e possibilitado modelos mais sofisticados de uso de Inteligência Artificial, como reconhecimento biométrico de voz e chatbots inteligentes e cognitivos. O estudo da ISG vai analisar esse processo e como ele deve refletir no setor nos próximos meses.
 
Conectar sem desligar (Race with the machine) 
 
Com essa transformação em curso, a tecnologia por meio de soluções de “self-service” e robôs vai extinguir muitos dos serviços de baixo valor agregado da área de Contact Center, dessa forma, liberando a força de trabalho para outras tarefas de maior valor, conectando-se melhor com o cliente para proporcionar uma solução de fim afim, vendas mais complexas e negociações mais sofisticadas.

Há ainda espaço para iniciativas bem interessantes como a adoção de conceitos de ciência comportamental, que junto a tecnologia, podem elevar muito a qualidade da jornada de cliente.
 



Florian Scheibmayr - analista da TGT Consult e autor da pesquisa ISG Provider Lens™ Contact Center - Customer Experience, um relatório inédito que será lançado em Setembro deste ano. Empresas interessadas em participar do estudo devem entrar em contato com a ISG pelo e-mail: isglens@isg-one.com.

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