Pesquisar no Blog

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Canto Cidadão abre inscrições para programa de voluntariado em brinquedotecas hospitalares

 Divulgação Canto Cidadão

O Canto Cidadão está com inscrições abertas para preparação gratuita de novos(as) voluntários(as) para o EnCanta, programa de atividades lúdicas e artísticas em brinquedotecas hospitalares. As pessoas interessadas devem ter disponibilidade para atuação, após o treinamento, ao menos uma vez por mês, DURANTE a SEMANA, manhã ou à tarde, em hospital na região central de São Paulo/SP, ao lado de estação de Metrô.

A organização foi fundada em 2002 para promover bons encontros, por meio da arte e do voluntariado, especialmente em hospitais e escolas. Hoje, conta com seis programas socioculturais, entre eles o EnCanta, que leva atividades lúdicas e artísticas a brinquedotecas de hospitais públicos e filantrópicos de São Paulo/SP.

Até o dia 5 de setembro, acontecem as inscrições para o PIP, que é o Programa de Identificação de Perfil, porta de entrada para o voluntariado da organização, pelo formulário disponível em https://mla.bs/27385f96. A primeira etapa é uma palestra de apresentação, seguida de dinâmica, aos interessados em prosseguir. 

Todas as informações sobre o programa EnCanta, inscrição para o processo de entrada, calendário do treinamento e mais estão disponíveis em https://mla.bs/27385f96.

Conheça um pouco sobre a organização e o programa EnCanta:

Canto Cidadão

EnCanta

Pílula em vídeo com atuação do EnCanta


A nova cobertura dos benefícios do INSS e a garantia para o trabalhador


O Governo Federal poderá abrir uma concorrência para acabar com o monopólio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na cobertura dos chamados benefícios de risco não programados, como auxílio-doença , acidente de trabalho e salário-maternidade. Prevista no texto atual da reforma da Previdência, aprovada pela Câmara dos Deputados e em análise no Senado Federal,  a proposta poderá se transformar, em breve, em um projeto de lei que regulamentaria a participação da iniciativa privada nesta seara. De acordo com a proposta, o INSS teria exclusividade nas aposentadorias e em parte das pensões.

As alterações afetariam, entretanto, uma parte pensões, que poderia ser enquadrada como benefício de risco não programado e, portanto, administrada pelo setor privado. Enquadra-se neste caso a morte de um trabalhador por evento inesperado, como doença grave ou acidente de trabalho. Não se considera nesta classificação a pensão por morte de um aposentado.

A proposta também altera o artigo 201 da Constituição Federal, que em seu  parágrafo 10, permite que uma lei complementar de autoria do Executivo discipline “a cobertura de benefícios de riscos não programados, inclusive os de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de Previdência Social e pelo setor privado”. Atualmente, a Constituição já traz a possibilidade de concorrência entre o INSS e seguradoras, mas somente no caso de acidentes de trabalho. No entanto, não houve iniciativa dos governos passados de enviar um projeto ao Congresso para pôr a medida em prática.

Importante ressaltar que de acordo com fontes do Governo Federal, a ideia inicial é de que as empresas vão poder optar se querem contratar o serviço do INSS ou de uma seguradora. Para quem migrar parte dos benefícios ao setor privado, a alíquota previdenciária patronal de 20% — que cobre aposentadoria, pensão e todos os benefícios não programados — será reduzida. Ou seja, isso poderá afetar a arrecadação da Previdência Social, mas em contrapartida aliviar os cofres públicos da folha de pagamento deste benefícios. De acordo com números divulgados pela mídia, o INSS gasta com os benefícios de risco não programado cerca de R$ 130 bilhões por ano, o que representa a 22% da despesa anual dos cofres da autarquia previdenciária.

Em um primeiro olhar, o trabalhador não será prejudicado pelas novas regras, pois em caso de acidente de trabalho, doença e maternidade, ele continuará a receber o benefício. Mas é essencial que o governo seja rigoroso na fiscalização do pagamento desses benefícios pela inciativa privada, que deve seguir as regras atuais impostas ao INSS para garantir uma segurança jurídica para os trabalhadores e empresas. 

O ponto positivo do projeto é a possibilidade de uma nova política de prevenção de acidentes do trabalho nas empresas e também de reabilitação do empregado que tem lesão ou doença grave. Isso porque, as seguradoras deverão ter ações que auxiliem a reabilitação do trabalhador para que ele volte às suas atividades laborais o mais rápido possível, coisa que o INSS não investe atualmente. 

A previsão é de que o Governo Federal envie o projeto nos próximos meses, mas as novas regras, se aprovadas, só entrariam em vigor no ano que vem. 
Portanto, é imperioso ressaltar que o trabalhador continuará coberto pelos benefícios previdenciários em caso de doença, lesão grave, acidente de trabalho e maternidade, pois eles estão previstos na Constituição e não sofrerão mudanças em sua legislação. O que mudará é que a empresa poderá optar por uma cobertura privada ou continuar contribuindo para o INSS.





João Badari - advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados


A Humanização da Indústria 4.0: é preciso engajar para inovar


OPINIÃO

Quando se fala em indústria 4.0 e o futuro da tecnologia aplicada em processos produtivos, é fundamental deixar claro que estamos falando, na verdade, do presente. O futuro já chegou há certo tempo. E essa realidade é deparada por estruturas fabris de diversos segmentos, afinal, as transformações já estão em curso. Como consequência, a companhias precisam responder rapidamente a esse estímulo para que mantenham os ritmos de crescimento planejados.

Os produtos têm validade, como roupas que caem em desuso devido à mudança da estação ou pela chegada de novas tendências, assim como os processos adotados pelas empresas são temporários, sendo substituídos por recursos melhores, mais eficientes e produtivos.

Especificamente do ponto de vista de tecnologia, quando falamos em manufatura, instrumentação, softwares, automação e robótica, anualmente, é necessário fazer o update de algum sistema que já se tornou obsoleto nas organizações. A tecnologia é um facilitador da inovação, inerente ao processo de transformação, mas para que a estratégia de evolução alcance patamares elevados é preciso garantir que as pessoas entendam o posicionamento estratégico da organização e o papel que têm dentro dessa estrutura, sentindo-se valorizadas. Só assim é possível obter a alta performance, que não pode ser alcançada com a mera compra de um software, maquinário ou novas tecnologias. 

Quando falamos em desempenho, é basicamente o resultado no fim do dia. Já a alta performance é aquilo que encanta. É o show de uma orquestra, que emociona, estimulando que a plateia se levante para aplaudir com entusiasmo. É uma entrega diferente, em que todos os instrumentos musicais estão extremamente afinados. Remetendo à operação industrial, é necessário se perguntar: a empresa apresenta desempenho ou alta performance?

A diferença é clara. A alta performance é muito mais do que seguir normas, especificações e padrões, como a ISO 9000, de gestão da qualidade, 14000, de diretrizes ambientais, ou a OHSAS 18000, voltada para a segurança do trabalho. Também não significa apenas a prática de métodos, como a Seis Sigma, Lean ou TPM. Para atingir esse patamar, é fundamental aplicar a gestão adequada da mudança dos processos, ou seja, como as pessoas vão se adaptar à mudança e se sentir verdadeiramente valorizadas?

A M. Dias Branco, por exemplo, é uma empresa que cresceu organicamente e a partir de aquisições. O primeiro passo na busca pela alta performance foi a formação de uma área corporativa com profissionais competentes, com vivência em chão de fábrica, para não ser necessária a tradução do dia a dia. Assim, falando a mesma língua, a transformação foi acontecendo a partir da cultura do aprendizado. Nessa estratégia, que chamamos de Gestão Classe Mundial (GCM), as pessoas receberam claramente os indicadores de onde a companhia está e onde pretende chegar.

Não há uma receita pronta, mas seguimos na M. Dias Branco a diretriz da inovação, conhecendo a perenidade que há no lançamento de novos produtos, de maneira que inovar para nós é muito mais do que isso. É mudar processos, ao mesmo tempo em que nos preocupamos com a sustentabilidade. Os padrões são mantidos lado a lado das metodologias de melhoria contínua dos processos, o que garante que todas as nossas 15 fábricas sigam o mesmo modelo bem-sucedido alcançado.

O fato é que não é possível inovar se não se partir da máxima de engajar para mudar. Se não houver o envolvimento das pessoas, junto à organização, a mudança não é bem estruturada e se torna um verdadeiro castelo de areia, que não pode ser sustentado.

E dessa forma, sobretudo na indústria 4.0, as pessoas são fundamentais no processo e precisamos desenvolver a equipe em todos os níveis. O segredo do crescimento é humanizar a estratégia. O nosso desafio constante vai além da integração homem e máquina. É integrar também homem e produto; homem e processo; homem e tecnologia; homem e conhecimento. É preciso ter um ciclo virtuoso em que a pessoa é preponderante, acima de qualquer máquina. 






Sidney Leite - Diretor Técnico e de Operações da M. Dias Branco


Posts mais acessados