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sexta-feira, 31 de maio de 2019

H.Olhos explica os efeitos do tabaco na saúde ocular • Fumar pode agravar o quadro de diversas doenças nos olhos, inclusive as que levam à cegueira irreversível • Em 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco, data criada para alertar sobre as mazelas relacionadas ao fumo O Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado em 31 de maio, foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para advertir sobre os sérios problemas relacionados ao tabagismo. Além do temido câncer, as pessoas normalmente não associam que o hábito de fumar pode agravar algumas doenças oculares, como degeneração macular relacionada à idade (DMRI), catarata, doença de Graves e síndrome do olho seco. Entenda melhor A DMRI acomete a retina, e o cigarro aumenta sua oxidação, levando ao processo degenerativo da mácula, região onde são definidas as formas, cores e rostos. Com o progresso da doença, podem surgir vasos sanguíneos anormais no local, que sangram com facilidade e levam ao comprometimento da visão. “A chance de um fumante desenvolver DMRI, principal causa de cegueira irreversível em idosos, é três vezes maior do que alguém que não fuma”, alerta o Dr. Renato Passos, oftalmologista especialista em Retina do Grupo H.Olhos. Já a catarata, doença também comum em idosos e caracterizada pela opacificação do cristalino, resultando na perda progressiva da visão, pode se manifestar mais cedo e de forma intensa entre os fumantes. Isso acontece pois os tabagistas inalam substâncias químicas da fumaça do cigarro que podem alterar o metabolismo do cristalino. “É possível observar o aparecimento da catarata já em torno dos 50 anos em pacientes que fumam”, comenta o médico. Outro mal potencializado pelo uso do tabaco é a doença de Graves, que leva ao inchaço nos músculos dos olhos, fazendo o globo ocular se projetar para frente. “O problema surge em decorrência do hipertireoidismo, que é o excesso de produção dos hormônios T3 e T4, doença comprovadamente relacionada ao tabaco”, explica o especialista. A exposição à fumaça do cigarro é outro agravante para a síndrome do olho seco, diminuindo a lubrificação e levando ao ressecamento dos olhos. As substâncias contidas no tabaco também podem alterar a composição da lágrima. “Existe uma enzima presente no filme lacrimal denominada lisozima, que é extremamente importante para a defesa dos olhos. Nos fumantes, apresenta-se em menor concentração”, diz o Dr. Renato Passos. Lembre-se! Visitas anuais ao oftalmologista são essenciais para prevenir problemas oculares. Em caso de quaisquer sintomas que afetem os olhos, é importante buscar auxílio médico especializado. Somente um profissional poderá realizar o diagnóstico correto e indicar o tratamento adequado.


H.Olhos explica os efeitos do tabaco na saúde ocular

  • Fumar pode agravar o quadro de diversas doenças nos olhos, inclusive as que levam à cegueira irreversível

  • Em 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco, data criada para alertar sobre as mazelas relacionadas ao fumo

O Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado em 31 de maio, foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para advertir sobre os sérios problemas relacionados ao tabagismo. Além do temido câncer, as pessoas normalmente não associam que o hábito de fumar pode agravar algumas doenças oculares, como degeneração macular relacionada à idade (DMRI), catarata, doença de Graves e síndrome do olho seco.


Entenda melhor

A DMRI acomete a retina, e o cigarro aumenta sua oxidação, levando ao processo degenerativo da mácula, região onde são definidas as formas, cores e rostos. Com o progresso da doença, podem surgir vasos sanguíneos anormais no local, que sangram com facilidade e levam ao comprometimento da visão. “A chance de um fumante desenvolver DMRI, principal causa de cegueira irreversível em idosos, é três vezes maior do que alguém que não fuma”, alerta o Dr. Renato Passos, oftalmologista especialista em Retina do Grupo H.Olhos.

Já a catarata, doença também comum em idosos e caracterizada pela opacificação do cristalino, resultando na perda progressiva da visão, pode se manifestar mais cedo e de forma intensa entre os fumantes. Isso acontece pois os tabagistas inalam substâncias químicas da fumaça do cigarro que podem alterar o metabolismo do cristalino. “É possível observar o aparecimento da catarata já em torno dos 50 anos em pacientes que fumam”, comenta o médico.  
Outro mal potencializado pelo uso do tabaco é a doença de Graves, que leva ao inchaço nos músculos dos olhos, fazendo o globo ocular se projetar para frente. “O problema surge em decorrência do hipertireoidismo, que é o excesso de produção dos hormônios T3 e T4, doença comprovadamente relacionada ao tabaco”, explica o especialista.

A exposição à fumaça do cigarro é outro agravante para a síndrome do olho seco, diminuindo a lubrificação e levando ao ressecamento dos olhos. As substâncias contidas no tabaco também podem alterar a composição da lágrima. “Existe uma enzima presente no filme lacrimal denominada lisozima, que é extremamente importante para a defesa dos olhos. Nos fumantes, apresenta-se em menor concentração”, diz o Dr. Renato Passos.

Lembre-se! Visitas anuais ao oftalmologista são essenciais para prevenir problemas oculares. Em caso de quaisquer sintomas que afetem os olhos, é importante buscar auxílio médico especializado. Somente um profissional poderá realizar o diagnóstico correto e indicar o tratamento adequado.


Dia Mundial Sem Tabaco: Câncer de Pulmão é o segundo mais incidente no Brasil


Especialista fala sobre os exames de Medicina Nuclear que permitem a detecção precoce e avaliação precisa desse tipo de câncer, muitas vezes causado pelo tabagismo


O Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar a população sobre os danos causados pelo tabagismo. O tabagismo – ativo ou passivo – é a principal causa de diversos problemas de saúde, entre eles o segundo tipo de câncer mais incidente no Brasil: o câncer de pulmão. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 31 mil novos casos da neoplasia acontecerão no país este ano, sendo 18,7 mil casos em homens e 12,5 mil em mulheres.

A exposição direta ou indireta à substância pode acarretar em graves consequências ao organismo – por isso, prevenção e diagnóstico precoce do câncer de pulmão são fundamentais para reduzir os danos à saúde da população. Avanços na medicina permitem a descoberta da doença em seu estágio inicial e um acompanhamento preciso, para garantir um tratamento eficaz. Muitos desses avanços vêm da Medicina Nuclear, que tem papel importante não só para a detecção, mas para garantir que a melhor conduta terapêutica seja adotada no tratamento a partir da determinação da evolução da doença.

Gustavo Gomes, médico nuclear e segundo secretário da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), explica que o PET (sigla em inglês para tomografia por emissão de pósitrons) é um exame altamente específico para detectar precocemente as lesões cancerígenas no órgão, além de possibilitar a identificação de possíveis metástases. “O PET agrega precisão para identificar se o nódulo pulmonar é benigno ou maligno. Além disso, já é um exame consolidado, aprovado no rol da ANS e também incorporado ao SUS há algum tempo, o que garante que ele esteja na ponta da atenção à saúde. No caso do câncer de pulmão, ele consegue além de auxiliar no diagnóstico avaliar a extensão da doença no corpo inteiro”, afirma. 



Definindo o tratamento

 
Quando o câncer é identificado, o PET tem uma função importante no estadiamento completo da doença. “A partir do exame, conseguimos avaliar tanto o tumor primário, quanto a presença de linfonodos mediastinais comprometidos, e também metástases”, frisa o médico nuclear. Isso significa que o PET consegue localizar e avaliar a situação do câncer no organismo, se ele está localizado ou evoluiu para um estágio avançado, espalhando-se para outros órgãos. Dessa forma, é possível oferecer o melhor tratamento ao paciente.

O exame também auxilia na avaliação da resposta terapêutica – se o paciente precisou ser submetido à quimioterapia, é possível verificar precocemente se ele está respondendo ou não de forma positiva ao tratamento. “Isso é custo-efetivo, pois se após fazer a avaliação pelo PET for constatado que ele não está respondendo, o médico já pode mudar a terapia. O exame acaba sendo útil, também, para evitar cirurgias desnecessárias nesses pacientes, pois já os direciona à terapia que melhor atenderá sua condição”.



Outros exames

 
Os danos que o fumo pode causar para a saúde do pulmão são diversos e a medicina nuclear também dispõe de outros exames importantes para a avaliação de condições pulmonares. A Cintilografia Pulmonar com Gálio-67 é útil na avaliação de processos inflamatórios do pulmão, já a Cintilografia Pulmonar  pode auxiliar no diagnóstico e avaliação do tromboembolismo pulmonar.

No caso do câncer, a Cintilografia Óssea é um método importante para fazer o estadiamento de metástases ósseas, um sítio comum do câncer de pulmão. “Após dez anos sem fumar, a chance de desenvolver neoplasias cai pela metade. O tabagismo é um fator de risco para mais de 50 doenças, além de ser a causa principal do câncer de pulmão. Por isso, o Dia Mundial Sem Tabaco nos lembra que prevenir essas condições é tão importante quanto ter ferramentas para detectar e tratar os danos causados pelo tabagismo”, conclui.
 

02 de junho é Dia Mundial de Conscientização dos Transtornos Alimentares. Saiba mais sobre a doença


O dia 2 de junho é reconhecido internacionalmente como o Dia Mundial de Conscientização dos Transtornos Alimentares. A data, oficializada pela Academy for Eating Disorders, tem como objetivo promover ações mundiais para conscientizar, sensibilizar e informar a população sobre os problemas relacionados aos distúrbios alimentares. O Brasil será uma das sedes das ações que ocorrem no mundo inteiro.

Em São Paulo, as ações acontecem no Parque Villa-Lobos e são frutos de um trabalho da Associação Brasileira de Transtornos Alimentares (ASTRAL) em conjunto com o Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (AMBULIM – Ipq – HCFMUSP), com o Programa de Atenção aos Transtornos Alimentares da Universidade Federal de São Paulo (PROATA – UNIFESP) e com o Grupo Especializado de Nutrição, Transtornos Alimentares e Obesidade (GENTA). Além de São Paulo, outras cidades pretendem aderir à iniciativa, como Curitiba e Belo Horizonte.

O transtorno alimentar foi descrito pela primeira vez em 1959 por Stunkard, e incluído no Manual de Diagnóstico e Estatística das Doenças Mentais (DSM) em 1994, assim como a anorexia e a bulimia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica (TCAP) atinge em torno 2,6% da população do mundo. No Brasil, 4,7% (aproximadamente o dobro da taxa mundial) da população tem algum tipo de transtorno alimentar, sendo mais recorrente entre jovens de 14 a 18 anos. Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde revela que 77% das jovens em São Paulo apresentam propensão a desenvolver algum tipo de distúrbio alimentar, como anorexia, bulimia e compulsão por comer. Cerca de 49% das pessoas que apresentam o transtorno são obesas, sendo que 15% são obesas mórbidas.

De acordo com o Prof. Dr. Mario Louzã, médico psiquiatra, doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha, e Membro Filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo; a TCAP se caracteriza pela ingestão, em um curto período de tempo, de uma quantidade exagerada (e desnecessária) de alimentos. Durante o episódio de compulsão alimentar, a pessoa se sente incapaz de controlar a ingestão excessiva, mesmo sabendo que está agindo fora do padrão habitual de alimentação. Além disso, a pessoa com TCAP não para de comer, mesmo já tendo a sensação de saciedade e o desconforto abdominal pela ingestão exagerada. É comum a pessoa preferir comer sozinha, sem ninguém olhando, pois ela se sente culpada e envergonhada quando se dá conta do quanto comeu.

Não são todos os pacientes que relatam a compulsão alimentar como uma forma de aliviar a ansiedade. No entanto, há evidências da relação do TCAP com os transtornos de ansiedade e de humor, pois a comida, em um primeiro momento, alivia os sintomas dos transtornos acima citados. “O problema são as consequências deste suposto bem-estar. Quem sofre de TCAP está sujeito a uma série de doenças como obesidade e diabetes tipo 2. Com o sobrepeso, surgem os distúrbios emocionais como depressão, síndrome do pânico, baixa autoestima, entre outros”, afirma Dr. Mario Louzã.

O tratamento do TCAP se faz com medicamentos que controlam a compulsão, associados à terapia comportamental ou psicodinâmica. O acompanhamento de um profissional de nutrição também é importante para a mudança dos hábitos alimentares. De acordo com um estudo da Universidade de Munique, na Alemanha, a recuperação dos acometidos pelo TCAP acontece da seguinte forma: melhora considerável durante a terapia e estabilidade em cerca de 4, 5 ou 6 anos ao término do tratamento.

“Vale deixar claro que o TCAP é diferente da bulimia nervosa. Nesta última, a culpa pela compulsão alimentar resulta na indução do vômito ou no uso de laxantes ou diuréticos. Para o tratamento do TCAP é fundamental buscar ajuda médica especializada, pois o apoio e o controle da família e dos amigos não são suficientes para superar a doença”, conclui o psiquiatra.


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