Pesquisar no Blog

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Verão potencializa a ocorrência de infecções gastrointestinais


 Armazenamento e preparo inadequado de alimentos propicia ação de vírus e bactérias


O Verão é a estação do ano mais aguardada pelos brasileiros, que aproveitam o período para frequentar as praias. Apesar de oferecer momentos de lazer e diversão é também um ambiente de risco para a saúde. Neste período é comum a ocorrência de infecções gastrointestinais causadas por vírus, pois se disseminam principalmente por meio de água e alimentos contaminados.

Segundo dados do Relatório de Surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos no Brasil (2016), no período de 2007 a 2016, 118.104 brasileiros foram acometidos por Doença Transmitida por Alimento (DTA). Desses casos, 14,5% foram hospitalizados e 0,09% vieram a óbito.

O armazenamento incorreto dos alimentos consumidos ao longo do Verão influencia diretamente nos casos de infecção digestiva, pois temperaturas elevadas favorecem a multiplicação de bactérias e produção de toxinas que aumentam o potencial da doença se manifestar.

"Alimentos devem ser armazenados na temperatura correta, em geral resfriados ou congelados, evitando-se períodos prolongados em temperatura ambiente antes do consumo", explica o infectologista da Unidade Referenciada Oswaldo Cruz Vergueiro do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Filipe Piastrelli. Ainda de acordo com o médico, devem ser consumidos alimentos e bebidas de procedência conhecida, com acondicionamento adequado.

O infectologista indica algumas medidas a serem adotadas diante de alimentos comuns nas praias como sorvetes, mates gelados, frituras, espetos e porções de peixes. "Não há necessidade de evitá-los, mas devem ser consumidos em estabelecimentos comerciais confiáveis. Também é indicado ingerir apenas bebidas industrializadas, com embalagem intacta. Evitar também banhos em praias, lagoas e rios com águas impróprias".

As viroses gastrointestinais e as intoxicações alimentares podem provocar náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, mal-estar, fraqueza, dores pelo corpo e dor de cabeça. Além desses sintomas, pode causar desidratação e aumentar o risco para infecções bacterianas secundárias. Em crianças pequenas e idosos, essas complicações podem ser fatais. Desta forma, manter uma boa hidratação impede que se chegue à um quadro mais grave.

O uso de medicamentos sintomáticos para alívio da dor e repouso auxiliam na recuperação. Durante o período o indicado é consumir alimentos leves e hidratar-se com água e sucos naturais. Deve-se evitar alimentos ricos em gordura e derivados do leite, pois podem ter sua digestão dificultada durante ou após quadros de vômitos e diarreia.

"Os pacientes devem procurar um médico em caso de sintomas intensos, persistência ou piora dos quadros iniciais. Quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores as chances de recuperação do paciente", finaliza Dr. Filipe.





Hospital Alemão Oswaldo Cruz
 http://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

Estudos indicam que atividade física pode ser aliada na prevenção da Doença de Alzheimer


Pesquisas recentes mostram que hormônio produzido naturalmente pelo corpo durante a prática de exercícios físicos pode contribuir na melhora da perda de memória causada pela patologia


Estudos científicos publicados recentemente trazem novas possibilidade para o tratamento e diagnóstico de algumas das síndromes que são as principais causas de incapacidade entre os idosos, demandando cuidados durante todo o curso dessas doenças – as demências, entre as quais estão Doença de Alzheimer, Demência com Corpos de Lewy, Demência Vascular e a Demência Frontotemporal.

As pesquisas trouxeram avanços no entendimento dos mecanismos que influenciam a doença, entre eles a descoberta de um novo biomarcador que se liga à proteína de tau (relacionada à saúde dos neurônios), e a influência dos níveis de irisina na perda da memória.

Publicado em dezembro/2018 no Journal of Nuclear Medicine, o primeiro estudo destacou a ação de um novo radiofármaco que se liga à proteína tau encontrada nos pacientes com Alzheimer, que mostrou ter uma correlação com o déficit cognitivo, o que deve permitir exames com imagens mais detalhadas da extensão da doença. Em um futuro próximo, essa tecnologia poderá propiciar um diagnóstico precoce, contribuindo na prevenção e no tratamento da patologia.

Além disso, um segundo estudo, realizado por 25 cientistas de diversos países – entre eles, dois brasileiros –, publicado na revista Nature Medicine, estabeleceu a relação entre o aumento dos níveis de irisina e uma possível melhora na perda de memória causada pelo Alzheimer, o que pode representar mais eficácia no tratamento e prevenção da doença.

“O mais interessante, neste segundo estudo, é que a irisina é um hormônio produzido naturalmente pelo corpo durante a prática de exercícios físicos.   Ainda se discute muito sobre a prevenção da demência.   Mas, na medida em que avançamos no entendimento da doença, fica mais claro a relação entre a incidência da doença e o estilo de vida.  Exercícios físicos, reeducação alimentar, evitar o tabagismo, dormir bem e estimular o cérebro são hábitos bastante recomendados nesse sentido”, recomenda o psiquiatra da Holiste, André Gordilho.

As descobertas são importantes, mas ainda são insuficientes para o desenvolvimento de um tratamento farmacológico que reverta as alterações neurológicas promovidas pela doença. Ainda assim, elas reforçam a necessidade de hábitos que proporcionem a qualidade de visa e que podem ser um protetor natural para as demências.

“A adoção de hábitos saudáveis com uma dieta equilibrada, sono e prática de exercícios regulares pode promover mudanças na qualidade de vida, melhorando a saúde física e mental. Outras abordagens terapêuticas, como a estimulação cognitiva, têm se mostrado efetivas, já que contribuem para retardar a evolução da doença e preservar por mais tempo as funções cognitivas”, completa André Gordilho.


O DESAFIO DA MENTE SAUDÁVEL

Estima-se que as demências tenham uma incidência de 10% a 15% nos adultos acima de 65 anos, em todo o mundo. A demência é um termo que engloba diversas doenças neurodegenerativas progressivas, as quais envolvem um conjunto de sintomas diretamente ligado à perda cognitiva, como problemas de memória, raciocínio, linguagem e alterações de comportamento. 
Existem diversos tipos de demência, que podem ser separadas em dois grupos: reversíveis e degenerativas.  As principais síndromes demenciais são a Doença de Alzheimer, Demência com Corpos de Lewy, Demência Vascular e a Demência Frototemporal.

“Para cada tipo de manifestação da demência, existe um grupo de sintomas diferente e, consequentemente, tratamentos diferentes, além da evolução individual de cada um.  Em idosos, sintomas como delírios e alucinações trazem riscos como a possibilidade de fuga do lar, quedas ou agressões, bem como comportamentos alterados com a família ou cuidadores”, explica o psiquiatra Victor Pablo.


A DOENÇA DE ALZHEIMER

A doença de Alzheimer é a síndrome com maior prevalência, representando 60% a 70% dos casos.  Seu avanço acontece de forma progressiva e irreversível, afetando – de forma gradual – as funções cognitivas, como atenção, concentração e raciocínio, trazendo também alterações no comportamento e personalidade do indivíduo.  Essas perdas ocasionam prejuízos significativos na capacidade produtiva e nas relações sociais.  Segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), mais de 1,6 milhões de brasileiros sofrem com a doença de Alzheimer.


CUIDADOS NA TERCEIRA IDADE

Segundo dados do IBGE, entre 2012 e 2017, o Brasil passou a ter mais de 30 milhões de idosos, o que equivale a 14% da população brasileira.  Um crescimento de quase 20% em 5 anos.  A expectativa é que em 2050 esse número supere os 60 milhões, o que equivale a 30% de toda população, colocando o Brasil como um dos países com maior população de idosos do mundo.

Envelhecer é um processo inevitável, que acontece em todas as dimensões do ser humano: cronológica, biológica e psicossocial.  Caracteriza-se, principalmente, por uma degradação orgânica e funcional do indivíduo, mas que não decorre de um processo de adoecimento.

“Existe o pensamento incorreto de que o envelhecimento está associado ao adoecimento.  Mas, o que esperamos é envelhecer de forma saudável, mesmo com algumas limitações funcionais.  É possível manter a independência e autonomia, manter vínculos familiares e sociais adequados, fazer atividades físicas e até mesmo ser produtivo; que não seja trabalhando, mas mantendo-se ocupado, mesmo que em um ritmo mais tranquilo”, explica o psiquiatra André Gordilho.

Conheça as principais lesões no joelho e como tratá-las


Ortopedista esclarece os principais traumas na articulação que podem afetar a saúde e a qualidade de vida de homens e mulheres


Traumas no joelho são popularmente conhecidos por serem difíceis de tratar. Porém, o ortopedista e fundador da SOU, rede de clínicas médicas paulistana especializada em ortopedia, Dr.º Pedro Baches Jorge, pontua que pessoas com diversos problemas como lesão no menisco, artrose e rompimento do ligamento cruzado anterior podem voltar a ter o mesmo padrão de vida após seguirem o tratamento médico adequado.

Pensando nisso, o profissional explica abaixo os traumas mais recorrentes no joelho que podem afetar a qualidade de vida das pessoas e os respectivos tratamentos:


Lesão no menisco: é uma estrutura fibrocartilaginosa em forma de “C” que funciona como amortecedor no joelho. “O menisco é capaz de suportar toda carga que passa pela articulação, mas pode apresentar lesões no caso de atletas, excesso de peso, movimentos em falso e prática esportiva sem uso de tênis adequado”, alerta. O profissional complementa que o tratamento varia de acordo com cada caso e pode ser feito com a administração de antiinflamatórios específicos, infiltração de ácido hialurônico e até cirurgia.


Artrose: é uma doença que pode afetar todas as articulações e se caracteriza pelo desgaste de cartilagens que protegem essas articulações. No joelho o problema causa dor, inchaço e a perda progressiva do movimento. O tratamento também pode ser feito com analgésicos, antiinflamatórios, infiltrações, além de fisioterapia e hidroterapia, para alívio da dor e fortalecimento muscular. Em último caso, é realizada a cirurgia de artrose, conhecida como a colocação de prótese no joelho, que restabelece o alinhamento da articulação e a estabilidade.


Rompimento do ligamento cruzado anterior: o ligamento está localizado em um ponto central no joelho e é responsável por unir o fêmur à tíbia. A lesão ocorre quando há torsão do joelho com o pé fixo no chão, fazendo com que o ligamento não suporte a rotação da articulação e se rompa. “Esse tipo de lesão é mais comum em atletas amadores pela falta de condicionamento físico. O único tratamento recomendado na maioria dos casos é a cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior”, informa.

Por fim, o profissional ressalta a importância de procurar ajuda médica de ortopedistas especialistas em joelho ao menor sinal de desconforto ou dor na articulação, que podem sinalizar problemas como os citados acima. “Seguir à risca as recomendações médicas e os tratamentos indicados é a melhor forma de se recuperar 100% das lesões no joelho, respeitando sempre o período de recuperação e de retorno às atividades”, completa.   

Dr.º Pedro Baches Jorge – Mini CV - diretor clínico e fundador da SOU também é membro-fundador do Núcleo de Medicina Esportiva do Hospital Sírio Libanês, assistente do Grupo do Trauma Esportivo da Santa Casa de SP e diretor científico da Sociedade Brasileira de Astroscopia e Trauma do Esporte (SBRATE), além de ser membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho.





Federação dos Hospitais alerta serviços de saúde para a dengue tipo 2



A FEHOESP – Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo está alertando prontos-socorros, clínicas e hospitaisprivados de todo o Estado para os sintomas do sorotipo 2 da dengue. O objetivo é o de fazer com que os serviços sejam mais criteriosos antes de liberar o paciente. “Na infecção pelo vírus da dengue tipo 1, a orientação, quando o paciente está relativamente bem, é de repouso e ingestão de muita água. Hoje, a liberação do paciente precisa ter mais critério, ser mais cuidadosa. Os serviços de saúde só podem liberá-lo tendo convicção de que ele não está com o vírus tipo 2. Para isso, o melhor é ficar mais tempo com o paciente no hospital para verificar a evolução do caso”, alerta o médico e presidente da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr.


                                                                                                                   

O vírus tipo 2 da dengue foi detectado em 19 cidades, dos 645 municípios paulistas, e colocou o Estado em alerta. Desde 2016, apenas o sorotipo 1 da dengue circulava em São Paulo. O sorotipo 2 foi detectado em Andradina, Araraquara, Barretos, Bauru, Bebedouro, Catanduva, Espírito Santo do Pinhal, Indiaporã, Ipiguá, Itajobi, Mirassol, Pereira Barreto, Piracicaba, Pirangi, Ribeirão Preto, Santo Antônio de Posse, São José do Rio Preto, Uchoa e Vista Alegre do Alto.

O risco da dengue tipo 2 está relacionado à superposição de vírus. “Quando circula um novo sorotipo do vírus, no caso o 2, pode ter uma evolução para maior gravidade para quem já teve dengue 1”, explica Yussif Ali Mere Jr. Pessoas infectadas por sorotipos diferentes em um período de seis meses a três anos podem ter uma evolução para formas mais graves da doença.

A FEHOESP enviou comunicado alertando para os sintomas da dengue tipo 2 para mais de 430 hospitais privados do Estado, mais de 70 serviços de urgência e emergência e cerca de nove mil clínicas médicas.


O que é

A dengue é uma doença causada por um vírus do gênero Flavivirus quenormalmente provoca sintomas muito parecidos com os da gripe. Segundo a FEHOESP, é importante não haver negligência, pois a versão hemorrágica da doença pode surgir devido a uma reinfecção pelo vírus e ser fatal.

Existem 4 sorotipos diferentes do vírus da dengue. Quando um paciente é infectado por um deles, ele fica imune àquele sorotipo somente. Ou seja, ainda pode ser contaminado pelos outros 3 sorotipos.Todos os sorotipos de dengue causam os mesmos sintomas, o que torna a tarefa de distingui-los através de uma análise do quadro clínico uma tarefa muito difícil. 


Diagnóstico

A identificação precoce dos casos de dengue é muito importante para o controle das epidemias. O vírus da dengue causa formas variadas da doença que inclui desde formasinaparentes até quadros de hemorragia, que podem levar ao choque e ao óbito.

A equipe médica deve suspeitar de dengue em todo caso de doença febril aguda com duração máxima de 7 dias acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares, nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo. Nas crianças, a febre alta é acompanhada de sintomas como sonolência, apatia, recusa da alimentação, vômitos e diarreia.

Nos casos mais graves, as manifestações iniciais são as mesmas da forma clássica até que ocorra regressão da febre, entre o terceiro e o sétimo dia, quando aparecem as manifestações hemorrágicas. O hemograma mostra que as plaquetas caem para menos de 100 mil milímetros cúbicos e a pressão arterial pode baixar.

A FEHOESP lembra ainda que por determinação do Ministério da Saúde todos os casos suspeitos de dengue 2 são de comunicação compulsória às autoridades sanitárias no prazo de 24 horas. O objetivo é evitar a dispersão do sorotipo 2 e de outros, como o 3 ou o 4.


Tratamento

Não existe tratamento específico para combater o vírus. Sua função é combater a desidratação e aliviar os sintomas.Importante a equipe médica não utilizar anti-inflamatórios, que são contraindicados por causa do potencial hemorrágico e jamais usar antitérmicos que contenham ácido acetilsalicílico, que podem causar sangramentos.




Foto : divulgação


Nada de generalizar: problemas de circulação podem ter diferentes causas e tratamentos


Dores ao caminhar, inchaço nas pernas e até mesmo o surgimento de feridas na pele, são sinais de que o fluxo sanguíneo não está como o desejado. Mas os problemas de má circulação não são todos iguais e podem estar relacionados a questões venosas e arteriais. A consulta a um especialista é fundamental para descobrir o tipo de problema e o tratamento mais adequado.

No caso das doenças venosas - quando o sangue não consegue voltar para o coração e a insuficiência é refletida nas veias - os sinais são perceptíveis. Entre os mais comuns estão: varizes, inchaço nas pernas, queimação e sintomas como dor e peso nos membros inferiores. De acordo com cirurgião vascular do Hospital Edmundo Vasconcelos, Walter Campos, o tratamento pode se dar tanto por meio do uso de medicamentos e de meias de compressão, quanto por intervenção cirúrgica, em casos considerados mais graves.

Apesar do problema de circulação, em geral, ser associado com a má alimentação, no caso da doença venosa isso não causa uma piora. "O que intensifica o quadro é a obesidade, o número de gestações, uso de anticoncepcional, sedentarismo e ficar muitas horas em pé", diz
O fator qualidade da alimentação pode interferir, no entanto, quando a complicação está ligada a uma doença arterial. "Colesterol, diabetes e pressão alta podem acelerar a evolução do quadro, fechando as artérias e desenvolvendo coágulos", alerta o cirurgião vascular.

Assim como na alteração venosa, os sintomas são aparentes. Dores para caminhar, dores em repouso e aparecimento de feridas fazem parte do diagnóstico clínico. Neste caso, o tratamento consiste no controle dos fatores de risco- colesterol, diabetes e pressão alta. Walter Campos atenta que em casos graves da doença, a cirurgia é a alternativa mais indicada, a fim de evitar a amputação de membros.



Hospital Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Site:
www.hpev.com.br
Facebook: www.facebook.com/ComplexoHospitalarEV
Twitter: www.twitter.com/Hospital_EV
YouTube: www.youtube.com/user/HospitalEV

Aprenda como evitar o refluxo, problema que atinge cerca de 20% dos brasileiros


Cirurgião do aparelho digestivo dá sete dicas de como evitar o incômodo no estômago


Sensação de queimação no estômago, azia e regurgitação. Esses são alguns dos sintomas que atingem as pessoas com refluxo gastroesofágico. O problema é basicamente o retorno involuntário e repetido do conteúdo do estômago para o esôfago e atinge de 10% a 20% da população, segundo estimativas de especialistas. Porém, é possível evitar essa complicação.

O Dr. Fernando Bray, Cirurgião do Aparelho Digestivo do Hospital Santa Catarina (SP), elenca algumas dicas para evitar este mal que acomete tantos brasileiros.
  • Procure comer em menor quantidade, mais vezes ao dia: O ideal é fazer de quatro a cinco refeições ao dia, a cada três horas, em pequenas porções. Refeições grandes acentuam os sintomas de refluxo.
  • Não deitar logo após a refeição: é importante evitar deitar-se após as primeiras duas horas pós refeição. Na horizontal, o suco gástrico sobe com mais facilidade ao esôfago, causando desconforto.
  • Elevar a cabeceira da cama ou dormir com travesseiro alto: a gravidade auxilia diminuindo o refluxo do estômago para o esôfago.
  • Evitar alimentos gordurosos: esse tipo de alimento, principalmente as frituras, sobrecarregam o estômago e relaxam o esfíncter (estrutura muscular no formato de anel, de controle involuntário), o que facilita o refluxo.
  • Não cometer excessos com café e bebidas alcoólicas: essas bebidas, quando ingeridas em excesso, elevam a acidez no estômago, relaxam o esfíncter esofagiano e estimulam os sintomas de queimação.
  • Evitar o tabagismo: o fumo é um grande vilão do estômago. Substâncias presentes no cigarro relaxam o esfíncter esofagiano inferior, possibilitando a volta dos alimentos.
  • Invista em chás anti-inflamatórios: chá de camomila, espinheira santa e erva cidreira, que possuem propriedades anti-inflamatórias, contribuem para a mucosa do aparelho digestivo.

FEVEREIRO MARCA O DIA MUNDIAL DE COMBATE AO CÂNCER


 Mês também é conhecido pela cor laranja, voltada à conscientização em relação à leucemia


Embora a palavra câncer ainda seja um tabu para um grande número de pessoas, os especialistas são unânimes em afirmar que a identificação precoce da doença aumenta consideravelmente as chances de cura.

Por isso, a União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), marcou 4 de fevereiro como o Dia Mundial de Combate ao Câncer, com o objetivo de conscientizar e educar a população sobre a prevenção, que pode evitar milhões de mortes todos os anos. O mês também é conhecido pela cor laranja para alertar sobre a leucemia.

A tendência global ainda é de crescimento no número de casos de câncer, o que aumenta a importância de iniciativas como essas. De acordo com a OMS, uma a cada seis pessoas morrem no mundo em razão da doença e cerca de 18 milhões desenvolvem o câncer a cada ano, a maioria em países de baixa e média renda. A expectativa é que o número chegue a 21 milhões de pessoas, em 2030.

No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima a ocorrência de 600 mil novos casos em 2019, sendo 1/3 relacionados com o estilo de vida: tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo, obesidade e exposição excessiva ao sol. Entre os cânceres com maior incidência entre os homens estão os de próstata, de traquéia, de brônquio e de pulmão, seguido de cólon e reto. Já entre as mulheres, os mais frequentes são os de mama, de cólon e reto e de colo do útero.

“É importante destacar o impacto da educação e a prevenção junto a todos os tipos de cânceres, pois já está comprovada a redução de pelo menos 30% da incidência e mortalidade quando as ações são efetivas no sentido de prevenir ”, destaca o Dr. Ricardo Antunes coordenador da área de Cirurgia Oncológica do Grupo Leforte e presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC).

Alimentação saudável e a prática de atividades físicas, como caminhar, já são um bom começo, pois contribuem para evitar um fator de risco importante para o câncer: a obesidade.  Aliado a estas práticas, é preciso dar atenção aos exames preventivos de acordo com a faixa etária ou identificação de alguma alteração na saúde ou no corpo, como um pequeno nódulo.


Fevereiro laranja

O mês e a cor buscam atuar na conscientização de combate à leucemia, uma doença que começa na medula óssea, onde o sangue é produzido, e está entre os dez tipos que mais atingem a população brasileira (https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer).

Geralmente, de origem desconhecida, a leucemia possui mais de 12 tipos sendo que os quatro mais comuns são:
  • Leucemia linfoide crônica (LMC): Raramente afeta crianças. A maioria das pessoas diagnosticadas com esse tipo da doença tem mais de 55 anos. Se desenvolve de forma lenta.
  • Leucemia mieloide crônica (LMA):  Atinge principalmente adultos
  • Leucemia linfoide aguda (LLA): Mais comum em crianças pequenas, mas também ocorre em adultos. Avança rapidamente
  • Leucemia mieloide aguda (LMA): A incidência aumenta com o aumento da idade.. Ocorre em crianças e adultos e avança rapidamente.
Entre os sintomas estão: cansaço, dores nos ossos e nas articulações, febres que podem vir acompanhadas de suores noturnos, perda de peso, aparecimento de manchas roxas ou avermelhadas na pele, palpitações e sensações incômodas na região abdominal, sangramento nas gengivas e no nariz, e inchaço no pescoço.

“Estes indicativos iniciais podem ser confundidos com outras doenças, principalmente quando falamos de crianças. Por isso, a importância desta data de alerta para reforçar a investigação de alterações na saúde e também nos resultados de exames de sangue de rotina”, explica o Dr. Rodrigo Santucci, médico-chefe do setor de Transplantes de Medula Ossea do Hospital Leforte.

Ele reforça as chances de cura por meio de tratamentos avançados como os anticorpos monoclonais –proteínas usadas pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar corpos estranhos, como células tumorais –, tratamentos quimioterápicos ou o mais conhecido que é o transplante de medula óssea. Neste caso, a doação pode vir de um parente compatível ou de uma pessoa que fez um cadastro no hemocentro, cujo dados vão para o REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea).


Dia Mundial de Combate ao Câncer


Como reeducar a sua mente para fugir dos alimentos ultraprocessados


Além de gerar a obesidade, a má alimentação também pode ser um dos motivos do aumento da incidência do câncer; a especialista em obesidade Gladia Bernardi  lista formas de equilibrar o pensamento para aderir a um cardápio mais saudável


Créditos: Envato Elements


A obesidade ainda é uma das doenças mais comuns no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Saúde, uma em cada cinco pessoas estão acima do peso. A principal causa que tem levado as pessoas a engordarem é a má alimentação, que inclui o consumo excessivo de açúcar e, principalmente, a ingestão de alimentos ultraprocessados. Por consequência disso, segundo uma pesquisa divulgada pelo Portal da USP, esses alimentos aumentam as chances da formação de nódulos malignos.

Para a nutricionista e especialista em obesidade, Gladia Bernardi, autora do best-seller Código Secreto do Emagrecimento” (Ed. Gente), essa situação alarmante acontece porque a grande maioria das pessoas não segue uma dieta equilibrada. “Os alimentos ultraprocessados são aqueles que passaram por um processo que adiciona uma alta quantidade de sal, açúcar, gorduras ou conservantes. Por serem compostos por essas substâncias em grande quantidade, ingeri-los a longo prazo trará, com certeza, problemas para a saúde do corpo”, explica Gladia.

Ainda de acordo com a especialista, além da rotina corrida, que faz com que as pessoas não prestem atenção no que comem, esse tipo de alimento é muito prático e costuma apresentar um custo benefício mais baixo para os consumidores. “Eles podem ser encontrados em forma de refrigerantes, doces, macarrão instantâneo, chocolate, comida congelada, adoçantes, entre outros. Por isso, é sempre importante evitar esses itens e, caso for consumi-lo esporadicamente, ficar atento aos ingredientes no rótulo do alimento, optando pelos mais saudáveis”, completa.


Saiba como a mente pode interferir na má alimentação

Como citado acima, por serem responsáveis pelo aumento do número do câncer nos próximos anos, esses alimentos ultraprocessados não devem estar inseridos na alimentação do dia a dia. “Em meu livro, eu explico que a grande causa da obesidade é comermos por compulsão, e não por necessidade. Por isso, as famosas “dietas” muitas vezes não dão certo, pois devemos ensinar a nossa mente que comer nada mais é do que uma necessidade fisiológica. Devemos comer para saciar a fome, e não usar os alimentos para ‘tapar’ vazios emocionais”, completa.

“Quando passamos a comer por compulsão, significa que podemos apresentar algum trauma - que chamo de gatilho - localizado no inconsciente, e que nos faz consumir alguns alimentos de maneira descontrolada, mesmo sabendo que eles nos fazem mal, aumentando o risco de doenças como o câncer”, salienta Gladia.


Como alcançar equilíbrio

Para a especialista, o recomendado é transformar a mente, dessa forma deixando a compulsão por alimentos industrializados de lado e incluindo alimentos mais naturais, sem muito açúcar, conservantes, sódio e outros itens. “Não é necessário tirar esses alimentos de vez da alimentação, ninguém precisa viver sem nunca consumir um único chocolate, por exemplo. O importante é saber dosar, e não comer nada em excesso, principalmente os itens ultraprocessados. Podemos substituir um atum em conserva, por exemplo, por um atum fresco”, exemplifica ela.

Para finalizar, Gladia alerta que para pessoas obesas, que não conseguem mudar o padrão de que a comida não deve ser ingerida em excesso, é preciso treinar a mente constantemente e livrá-la dos possíveis traumas, adotando uma rotina mais equilibrada e aumentando a saúde e bem estar a longo prazo. “No meu livro, ensino um passo a passo para combater os gatilhos mentais e, consequentemente, emagrecer, servindo também como prevenção de doenças como o câncer”, finaliza.



Dia Mundial de Combate ao Câncer: diferença nos tratamentos públicos e privados tira o sono dos oncologistas


Segundo médico, pacientes sofrem e muitas vezes morrem desnecessariamente devido à falta de conscientização, recursos e principalmente, acesso aos serviços oncológicos


Na próxima segunda-feira (4 de fevereiro), comemora-se o Dia Mundial de Combate ao Câncer. A data, criada pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC), visa mobilizar pessoas e organizações mundiais para reforçar a importância de adoção de hábitos saudáveis, atitudes de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento fundamentais para o controle da doença.

“Infelizmente, a realidade da saúde pública brasileira não permite o mesmo tratamento disponível no sistema privado e ainda há entraves que prolongam o diagnóstico. E, o câncer não dorme em berço esplêndido. Essa falta de acesso, de recursos, de serviços muitas vezes leva a morte do paciente”, afirma o oncologista de Campinas-SP, Adolfo Scherr, do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia.

No Brasil, sancionada em novembro de 2012 e em vigor desde maio de 2013, a Lei 12.732 garante aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) o início do primeiro tratamento oncológico em até 60 dias após o diagnóstico. “Porém, na prática, esta lei não funciona. Um exemplo é um paciente diagnosticado com câncer de próstata no estágio inicial. Se o tratamento definitivo indicado for a radioterapia, este deve esperar em média um ano na fila para conseguir o procedimento na rede pública. Isto sem contar no tempo gasto para o diagnóstico, prazo este não contemplado pela lei, uma vez que uma biópsia de próstata guiada por ultrassom é realizada em poucos serviços públicos, o que faz com que boa parte dos pacientes que não possuem plano de saúde tenham que pagar pelo exame ou quem não tem recursos, fica a mercê de uma longa espera. E o câncer espera?”, indaga o oncologista.

Segundo  Dr. Adolfo, quando o diagnóstico é câncer a primeira palavra que vem à mente do médico é tempo.  “Para a maioria dos tumores malignos, quanto mais precoces forem o diagnóstico e a terapêutica adequada, maiores as chances de cura, ou seja, quanto menos tempo se ‘perder’ entre o início de um sintoma ou o aparecimento de um nódulo suspeito na mama, por exemplo, e o diagnostico seguido do tratamento, maiores as chances de sucesso. O paciente da rede privada tem acesso muito mais rápido, diferente de quem depende do SUS”.


Tecnologia, alta complexidade e aumento de custo

Segundo o médico, em medicina, especialmente na oncologia, todo acréscimo de tecnologia e vanguardismo vem obrigatoriamente acompanhado de um aumento nos custos. Por um lado, exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética, cintilografia óssea entre outros são fundamentais para o diagnóstico. E por outro, medicamentos que curam, ou que aumentam a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes Todos considerados de alto custo.
“Resolver este problema de subfinanciamento dos serviços públicos versus alto custo dos tratamentos oncológicos não é simples e demanda um esforço global que envolve governo, indústria farmacêutica, médicos e sociedade em geral”, comenta Dr. Adolfo.

O médico aponta que o orçamento previsto em 2019 para a saúde no Brasil é de R$ 128 bilhões. Deste montante, apenas 2% será destinado para a oncologia. “Esta é a média anual de gasto do orçamento total do Ministério da Saúde para o tratamento oncológico”, diz.

De acordo com o oncologista, com os valores repassados pelo governo federal para as instituições públicas (em sua maioria), ou privadas que prestam serviço ao SUS no âmbito do tratamento de câncer, se consegue tratar de forma honesta a maioria dos pacientes. Muitos são curados, segundo ele. “Porém, o que fazer quando – não muito raro – o paciente necessita de um tratamento de alto custo e este é, por vezes, é a sua única opção? Quem paga a conta? Muitas vezes é o paciente, com sua vida”, alerta o médico.

Dr. Adolfo afirma que os oncologistas devem lutar para que os serviços atendidos pelo SUS tenham protocolos de tratamento oncológico baseados em evidências científicas e em estudos de custo-efetividade, uma vez que nem sempre a droga mais cara e mais recente lançada no mercado é a mais eficaz e mais custo-efetiva.

“Além disso, é de extrema importância o engajamento dos oncologistas, em especial os que trabalham em serviços públicos, com as sociedades médicas como, por exemplo, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) que mantém uma via permanente de diálogo e negociação junto ao Ministério da Saúde na busca de incorporação de novas tecnologias e tratamentos contra o câncer no âmbito do SUS”, finaliza.


Dados do câncer

Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil terá cerca de 582 mil novos casos de câncer em 2019. Um estudo conduzido pelo grupo Observatório de Oncologia em parceria com o Conselho Federal de Medicina mostrou que o câncer já é a principal causa de morte em 10% dos municípios brasileiros, superando os óbitos por doenças cardiovasculares, atualmente líderes em mortalidade. E a estimativa é que, em 2030, as neoplasias sejam a primeira causa de morte no país.






Adolfo Scherr - graduado em medicina pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM). Fez residência em Clínica Médica pelo Conjunto Hospitalar do Mandaqui-SP. Possui residência em Oncologia Clínica pela Unicamp e Mestrado em Clínica Médica pela FCM-Unicamp. É membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) com título de Especialista em Cancerologia Clínica pela Associação Medica Brasileira – AMB/SBOC. Adolfo faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua no Hospital Vera Cruz, no Instituto Radium de Campinas e no Hospital Santa Tereza.

Já ouviu falar que devemos reduzir nossa ingestão de sódio?


O sódio é um elemento mineral que está muito presente no corpo, especialmente no plasma. Ele se apresenta em nossa dieta na forma de cloreto de sódio (sal de cozinha). O consumo excessivo é um fator de risco para pressão alta.

O sódio (símbolo Na da tabela periódica) é um dos sais minerais. Em nosso corpo está principalmente no sangue e no líquido intersticial (líquido localizado ao redor das células). Sua concentração no sangue é controlada por vários hormônios, incluindo a aldosterona e o hormônio antidiurético.

Nos alimentos, geralmente se apresenta na forma de cloreto de sódio. Aliás, o sódio possui 40% de sódio, isto é: 1 g de sal = 400 mg de sódio.

As principais funções em nosso organismo são equilibrar a quantidade de água no organismo, juntamente com o potássio. Enquanto o sódio retém líquidos, o potássio provoca a excreção, de modo que as células fiquem com a quantidade adequada de água. Ele é ssencial para a transmissão de impulsos nervosos e contração muscular.

Sua concentração no sangue e no fluido intersticial condiciona a quantidade de água presente nas células e o volume sanguíneo. Em pessoas sensíveis à ingestão de sal, o excesso de sódio pode aumentar o volume sanguíneo e, assim, promover a hipertensão arterial.

No Brasil, o consumo médio diário de sal de cozinha é de 12 gramas por pessoa. Essa quantidade está muito acima da quantidade diária recomendada, que é de 1 a 1,5 grama de sódio, ou seja, 2,5 a 3,75 gramas de cloreto de sódio por pessoa.

As agências de segurança sanitária tendem a recomendar a ingestão máxima de sódio que não deve ser excedida, a fim de prevenir a hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.

Nos últimos quinze anos, vários estudos confirmaram o impacto do excesso de sal no risco de problemas cardiovasculares e sugeriram outros efeitos deletérios, como o aumento do risco de câncer de estômago ou osteoporose (desmineralização óssea). Por exemplo, a síntese de cerca de trinta estudos de intervenção mostra que, em média, uma redução de 1,7 a 1,8 g de sal por dia permite que pessoas normotensas (pressão arterial normal) diminuam em 0,2 na pressão sistólica (o primeiro dígito da pressão) e 0,1 na pressão diastólica (o segundo dígito); nos hipertensos, a queda é de 0,5 e 0,32, respectivamente.

Pesquisadores avaliaram o impacto do sal nas doenças cardiovasculares, revisaram dados de 19 estudos com mais de 177 mil pessoas e encontraram uma possível redução de 23% nos derrames e 17% nos infartos do miocárdio com a redução do consumo de sal a 5 g em vez de 10 g por dia.
A alimentação de crianças menores de três anos deve ser de muito baixo teor salino, com o objetivo de não sobrecarregar seus rins imaturos nos primeiros meses de vida e evitar a formação do paladar a sabores muito salgados.

Os atletas têm uma maior necessidade de sódio, já que as perdas no suor podem chegar a 6 a 7 g de sal em 1 a 3 horas de treinamento, especialmente em caso de exercício intenso e alta temperatura. Além das ingestões dietéticas, recomenda-se, durante o treino de mais de 1 hora, consumir uma bebida que forneça 1,2 g de sal (480 mg de sódio) por litro.


Benefícios

O sódio, juntamente com o potássio, é um nutriente essencial para as contrações musculares, ajudando a manter o ritmo cardíaco normal. A ausência de sódio pode levar a uma arritmia cardíaca.

Participa do fornecimento de energia para o organismo. Agindo no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, o sódio transforma essas substâncias em energia para o corpo. Assim, na ausência de sódio pode ocorrer o cansaço físico.

O sódio participa do processo de contrações musculares. Assim, a ausência deste mineral leva a uma fragilidade dos músculos. Também colabora na retenção de líquidos no organismo e do equilíbrio da quantidade de água no corpo.


Fontes alimentares

O sódio é um nutriente encontrado no sal de cozinha e em muitos outros alimentos. Embora uma certa quantidade venha naturalmente nos alimentos, este ingrediente é mais frequentemente adicionado aos pratos com a finalidade de aromatizá-los e preservá-los, ou para alterar sua textura ou estrutura.

Itens ricos em sódio são os frios, molhos, alimentos semi-conservados, queijos. Por outro lado, os alimentos que contêm pouco são frutas, legumes, leite, iogurte, carne, peixe e ovos.


Riscos

Deficiência pode ocorrer em casos de diarreia crônica grave ou uma dieta muito restritiva (livre de sal). A deficiência pode aparecer em atletas, que não compensariam perdas significativas no suor. A falta de sódio induz uma alteração do funcionamento do sistema nervoso, fraqueza muscular, hipotensão (baixa pressão sanguínea), desidratação, dor de cabeça, vômitos, diarreia e até mesmo a arritmia cardíaca. Especialmente nos idosos, suprime o apetite e pode levar à desnutrição.


Excesso

O excesso de sal está envolvido na ocorrência de pressão alta e doença cardiovascular. No entanto, nem todos os indivíduos têm a mesma sensibilidade ao sal. Aqueles para quem o consumo elevado é particularmente deletério são: pessoas já hipertensas (embora uma redução na ingestão de sal não melhore sistematicamente sua pressão arterial), diabéticos ou com sobrepeso e idosos.

Exagerar no sal aumenta a excreção urinária de cálcio e pode, assim, promover a formação de pedras nos rins à base de cálcio. O sódio em excesso no organismo rouba o cálcio dos ossos, aumentando o risco de desenvolver problemas como osteoporose ou osteopenia.


Moderação

Para aqueles que desejam reduzir a quantidade de sódio em sua dieta diária, seguem algumas dicas:
  • Procure utilizar outros tipos de temperos no lugar do sal. Por exemplo, limão, azeite, entre outros.
  • Evitar alimentos com alto teor de sódio, como bacon, queijos, azeitonas e salame.
  • O sal do Himalaia (sal rosa) também é uma boa alternativa. Este sal contém menor concentração de sódio (aproximadamente 23 mg em 100 mg do produto), além de uma grande quantidade de outros minerais.
  • Verifique os rótulos dos alimentos para selecionar aqueles com menor quantidade de sódio.

O sódio é considerado um nutriente benéfico para as plantas, ou seja, é elemento mineral que estimula o crescimento dos vegetais, mas não é um essencial. As funções do sódio nas plantas ainda não são bem conhecidas. Em alguns vegetais o Na pode substituir parcialmente o K, principalmente em reações enzimáticas onde o K não é exigido de forma absoluta e, também, nos efeitos puramente osmóticos (abertura e fechamento dos estômatos e osmorregulação nos vacúolos). O Na está associado ao estimulo no crescimento vegetal, principalmente na expansão celular e no equilíbrio hídrico nas plantas..
Os sintomas de toxidez estão associados à redução no crescimento e na produção, além do amarelecimento e murchamento das folhas.

Além do próprio sal (cloreto de sódio) alguns alimentos in natura que são ricos em sódio são as algas, peixes marinhos, mariscos, queijos, arroz e café, por exemplo.




Posts mais acessados