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sexta-feira, 22 de junho de 2018

Arraiá do imposto: carga tributária na festa junina pode chegar a 60%, informa Associação Comercial de SP

Junho é época de festa junina de norte a sul do Brasil, com comidas típicas, vestido caipira, dança, fogueira. Mas a alta carga tributária embutida nos preços dos produtos mais cotados para o arraial não está para brincadeira e pode chegar a até 60%, segundo constatou a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
A taxa mais alta é de 61,56%, dos fogos de artifício e o quentão. Para se ter uma ideia, ao comprar fogos no valor de R$ 80,00, o consumidor vai desembolsar R$ 49,24 em impostos. Tomar um copo de quentão de R$ 5,00 significa pagar R$ 3,07 de tributos.

“Por ser uma festa tradicional, de longa duração e que é realizada em ambientes diversificados ― escolas, igrejas, empresas, ruas e instituições ― a tendência é de alto consumo, mesmo com o peso dos impostos”, avalia Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Além do quentão, outras bebidas têm altas tributações. O vinho nacional, principal ingrediente do vinho quente, tem 54,73% de carga tributária. Refrigerante e cerveja têm mais de 40% (ver tabela). 

Doces tradicionais podem salgar o bolso, como amendoim, cocada, pé de moleque e paçoca (36,54%), canjica (35,38%) e pipoca (34,99%). Já os que não dispensam a caracterização, o chapéu de palha tem carga tributária de 33,95%, enquanto camisa xadrez e vestido típico têm 34,67%. Entre os produtos com menor taxação estão arroz doce, maçã do amor, cuscuz e cachorro-quente (15,28%).

Para Burti, o fato de as festas juninas coincidirem com a Copa do Mundo pode beneficiar as vendas e, assim, aumentar a arrecadação tributária. “Erguemos a bandeira da reforma tributária e da gestão ética, transparente e responsável dos impostos. Queremos que todos os consumidores brasileiros estejam conosco nessa luta”, completa o presidente da ACSP.


O levantamento foi encomendado pela ACSP para o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).


 

Soltar balão é crime


É tempo de festas juninas e jogos da Copa do Mundo, uma combinação que eleva o sinal de alerta no Polo Petroquímico. Nesta época se torna mais comum a ação de grupos organizados que soltam balões e expõem toda a população a enormes perigos. O cenário ainda coincide com o clima mais seco, característico dessa época do ano, o que facilita a propagação de incêndios florestais, que destroem a fauna e a flora.

Mantidos no ar por tochas acesas, que possuem materiais com elevado e duradouro poder de queima, os balões podem cair ainda em chamas sobre locais aleatórios, como o telhado de uma casa, e colocar em risco a segurança de uma família, ao provocar incêndio de proporções inimagináveis. O artefato ainda pode gerar riscos à aviação, como o impacto com uma aeronave, que pode ocasionar um pouso de emergência.

Quanto maior a estrutura do balão, cuja altura é de até 100 metros, maior a sua capacidade de transportar as chamadas cangalhas, armações utilizadas para carregar bandeiras e esteiras, além de fogos de artifício, que têm sido direcionados para baixo. Assim, quando estouram durante o voo, os fogos também podem atingir locais sensíveis e iniciar incêndios, independentemente de sua queda.

Por isso, as equipes de brigada de emergência do Polo já intensificaram o monitoramento permanente do céu, com foco na captura de balões que ofereçam riscos às instalações. O principal risco externo às empresas é justamente a queda de balões, que possui indicador mensal, desde 2001, controlado pelo Plano de Auxílio Mútuo Capuava (PAM Capuava), que reúne empresas e órgãos públicos para atuação em emergências.

Os números têm apresentado uma queda, mas não se pode tirar a atenção. Em 2014, ano de Copa do Mundo, 207 balões caíram nas dependências das empresas do Polo Petroquímico, contra 99 em 2015, 85 em 2016 e 82 em 2017. Parcialmente, no primeiro semestre deste ano, 39 balões já caíram ou foram abatidos no complexo industrial.

Quando um balão é avistado em rota de queda na região do Polo, os brigadistas acionam um sistema interno de comunicação para fazer o alerta e atuam com rapidez por vias internas bem sinalizadas, que interligam as indústrias. Em viaturas equipadas com canhões, que podem ser acoplados a qualquer linha da rede de hidrante, eles conseguem abater o balão ainda no ar.

Desde o início de junho, o Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC (COFIP ABC) e o PAM Capuava também realizam a campanha “Balões: Perigo e Crime”, cujo foco é conscientizar sobre os perigos da soltura de balões. Além de distribuição de panfletos e realização de palestras em escolas, com o apoio da Defesa Civil, há divulgação de vídeo animado nas redes sociais.



Não somente soltar balões é crime, como também fabricar, vender e transportar, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais (lei federal nº 9.605/98), que prevê detenção de um a três anos e/ou multa. Importante frisar que a população tem um importante papel na prevenção de problemas causados pela ação criminosa: fazer denúncias anônimas ao Disque Denúncia (181) ou à Polícia Militar (190). Faça a sua parte!






Valdemar Conti - vice-coordenador do Plano de Auxílio Mútuo Capuava (PAM Capuava)


O impacto do open banking para o mercado financeiro


Como peças de dominó que caem uma a uma quando enfileiradas, instituições financeiras de todo o mundo declararam falência em 2008, arrastando a economia para uma grave crise global. Dez anos depois, os mercados conseguiram se reinventar e, graças ao avanço tecnológico, bancos, corretoras e seguradoras têm buscado novos modelos de negócios a partir da integração de suas funcionalidades a plataformas digitais. Chamada de open banking, essa tendência vem ganhando tração com a abordagem das APIs (Applications Programming Interface), um conjunto de micros serviços que proporcionam a criação de jornadas em um ecossistema digital.

O termo API nos leva automaticamente a pensar em integração entre aplicações em seu nível mais técnico possível. Entretanto, atualmente, não é mais uma questão técnica. Elas são o centro do que podemos chamar “API Economy” ou “Economia das APIs”, que faz referência a todo novo modelo de negócio gerado por meio do compartilhamento, integração e valoração de dados em um ecossistema digital que respeita a segurança da informação e as regulações vigentes. Portanto, é um modelo que rompe fronteiras e permite que os clientes finais tenham jornadas digitais positivas e únicas.

Não à toa, 87% dos bancos planejam investir em APIs abertas e 73% estavam dispostos a abrir suas APIs para desenvolvedores terceiros, de acordo com a pesquisa “2018 Global Payments Insight Survey: Retail Banking”, da ACI Worldwide e da Ovum. É nesse sentido que bancos tradicionais estão incubando fintechs, incentivando a polinização cruzada de ideias e integrando serviços para criar novas proposições. 

Isso leva a crer que haverá uma verdadeira transformação no cenário competitivo com os bancos disponíveis em qualquer lugar, em qualquer dispositivo e em qualquer momento – conceito conhecido como Seamless Banking. Nesse sentido, abrir as portas para uma verdadeira transformação digital é a receita para que os bancos não fechem as portas na próxima década. 






Breno Barros - Diretor Global de Inovação e Negócios Digitais da Stefanini


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