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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Como os presidenciáveis usam o Stories


Quando o assunto é o uso do stories do Instagram, os presidenciáveis demonstram que a falta de estratégia para usar a ferramenta já começou na pré-campanha. Engana-se quem pensa que Lula, Bolsonaro e Ciro Gomes só têm em comum o desejo de sentar na cadeira da presidência da República.

Se você levar em consideração o número crescente de usuários ativos do Instagram Stories no Brasil, verá que os dias de glória estão longe de acabar. Os números divulgados no último balanço não deixam dúvidas: a ferramenta tem mais de 800 milhões de usuários em todo o mundo. O número de pessoas que utilizam o recurso, ao menos uma vez todos os dias, chega a 300 milhões.

E a que podemos atribuir esse baita sucesso? Essa resposta está totalmente ligada à função comunicativa desta rede social. Quando foi criado em 6 de outubro de 2010, a função do app foi resgatar a instantaneidade do momento.

Desde o início, o Instagram teve caráter personalista, com base de usuários composta de amigos, personalidades famosas e, por que não, políticos? Essa é uma tendência mantida na ferramenta stories, onde através de vídeos com duração de até 15 segundos expomos experiências do cotidiano. É isso que queremos acompanhar quando seguimos um político.


Crescimento do Instagram Stories exige planejamento

Nos últimos anos, é notável o crescimento das redes sociais na política. Seja no marketing político permanente ou no eleitoral, os representantes brasileiros já perceberam que é na internet que está o eleitor. Fugir e ignorar essa realidade significa jogar fora boa parte dos votos do eleitorado.

Levando em conta a explosão do Instagram Stories, será que candidatos e equipes estão preparados para produzir conteúdo para a ferramenta? Se observarmos o que temos visto até agora nos perfis, nem de longe.

Na prática, muitos insistem naquela máxima de jogar para o stories peças criadas para outras redes sociais. É muito comum encontrar peças produzidas para o Facebok, por exemplo, reproduzidas na ferramenta sem critérios. Nem mesmo o formato da peça é adequado, e o post é feito com imagem desconfigurada.

Isso demonstra dois pontos graves: a falta de investimento em conteúdo de qualidade ou o pior, políticos que se recusam a participar da própria comunicação. Isso existe e é muito mais comum por aqui do que você possa imaginar.


Os presidenciáveis no stories

Bastou uma análise no perfil dos presidenciáveis brasileiros para encontrar o diagnóstico descrito no último parágrafo. Entre os que utilizam o Stories no Instagram, são raros os que produzem conteúdo específico.

Para que você conheça um pouco do uso do stories na política, pesquisamos o perfil de 10 candidatos que já declararam disputar a corrida presidencial. O levantamento, em ordem alfabética, revela que, dos políticos que desejam comandar a nossa nação, nenhum utiliza o stories com frequência e estratégia. 

Pelo menos no período analisado que foi de janeiro ao início da segunda quinzena de fevereiro deste ano.

Existe uma grande chance de esta realidade mudar em alguns meses, mais próximo da disputa. Mas vale lembrar que para que seja criado um vínculo entre o eleitor e o candidato, esse trabalho deveria começar agora na pré-campanha. 

Para conquistar o sonhado e difícil voto do eleitor, é essencial cumprir as etapas de sensibilização, motivação e mobilização. Deixar essa tarefa para depois, em uma eleição onde ganhar o eleitor será um desafio, pode custar muito caro.
Para que você visualize melhor o comportamento dos presidenciáveis no Instagram Stories, compartilhamos com você o seguinte levantamento:


Candidato
Seguidores
Usa o stories?
O que mostra
Álvaro Dias (Podemos)
@ad.alvarodias
14 mil
Sim.
Bastidores de entrevistas, eventos, viagens pelo estado e pelo Brasil.
Ciro Gomes (PDT) @cirogomes
22 mil
Quase nunca.
Sem posts no período analisado.
Cristovam Buarque (PPS) @buarquecristovam

7 mil
Muito pouco.
Bastidores de agendas e reuniões.
Geraldo Alckmin (PSDB) @geraldoalckmin_
101 mil
Muito pouco.
Bastidores de agendas e reuniões.
Henrique Meirelles (PSD)
@henriquemeirelles.real/
8 mil
Muito pouco.
Conta criada em 25 de fevereiro.
Jair Bolsonaro (PSC) @jairmessiasbolsonaro
896 mil
Sim
Compartilha imagens, twittes e pouco bastidores.
João Almoêdo (Novo) @joaoamoedonovo
18 mil
Muito pouco.
Bastidores de agendas e eventos.
Lula (PT) @luizinacioluladasilvaoficial
95 mil
Muito pouco.
Bastidores de eventos e caravanas
Manuela D´Ávila (PC doB)
@deputadamanuela
52 mil
Sim
Bastidores de agenda e momentos pessoais com a filha
Marina Silva (Rede) @_marinasilva_
88 mil
Muito pouco.
Bastidores de agendas.


Envolvimento é a palavra chave

Quem entende ao menos um pouco de redes sociais, sabe que a palavra-chave no stories ou em qualquer rede social é envolvimento. O tempo em que o político não se envolvia na comunicação definitivamente ficou para trás com a internet.

Não é exagero dizer que esse é um fator predominante para determinar o sucesso de um político nas redes sociais. No stories essa característica é ainda mais marcante, e é exatamente nisso que os políticos brasileiros insistem em não acreditar.

O presidente argentino, Maurício Macri, entendeu bem essa verdade e poderia até ministrar cursos para ensinar políticos a utilizarem o Stories do Instagram. Ele utiliza muito a ferramenta, mostrando bastidores do cotidiano, mas, acima de tudo, conseguimos perceber a estratégia por trás de cada postagem. A intenção é mostrar um presidente humano e envolvido com os eleitores. Macri está sempre conversando próximo a pessoas comuns, o que rende bons abraços e apertos de mãos.


Presença entre os mais jovens

O político que domina o Instagram e utiliza o Stories como ferramenta para se comunicar já está presente entre os mais jovens. Uma estimativa feita pela eMarketer, empresa que mede audiências digitais, aponta que o Instagram terá um crescimento na base de usuários norteamericanos em 13% neste ano. No Brasil, a expectativa é que este crescimento se repita.




Marcelo Vitorino


A desculpa do “preso político”




Enfrentamos tempos difíceis neste Brasil que tenta se consertar. Parece haver surgido, em nosso país, uma fé na popularidade de forma incontrolável, a ponto de se considerar um político que outrora fora popular, ou que poderá ainda sê-lo, uma figura jurídica de inimputabilidade. Ora, sejamos francos, o ex-presidente Lula nada tem de preso político. Passou pelo crivo do Judiciário em todas as instâncias, e, ainda assim, a esquerda tenta a qualquer custo se aproveitar da desinformação da grande maioria do povo brasileiro, que nem sequer lê jornal, na maioria das vezes em função da pouca escolaridade. São 11,8 milhões de analfabetos, um terreno fértil em que brotam as brechas ideológicas esquerdistas para envolver num manto de vitimização o ex-presidente, alegando ser ele um “preso político”, a fim de manipular os pobres incautos.

Contudo, para ser considerado um preso político pela nossa legislação, é preciso ter cometido um crime político previsto na Lei de Segurança Nacional, e isso é bem claro. Senão, vejamos: A Lei de Segurança Nacional (L 7.170/1983) prevê como crime político atos que "lesam ou expõem a perigo de lesão a integridade territorial e a soberania nacional; o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito; e a pessoa dos chefes dos Poderes da União". 

Então vem a pergunta: Por acaso ele se enquadra nessa situação?

 Evidentemente não. Ele foi, sim, condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.  A grande verdade é que aqueles que fogem da leitura eminentemente jurídica elaboram uma “manobra diversionista” com o intuito de caçar incautos, alimentar-se da ignorância do povo brasileiro e fazer, acima de tudo, brilhar a estratégia esquerdista, desqualificando o Judiciário brasileiro e propagando o alarmismo político persecutório a um presidente que foi julgado com todos os requisitos pertinentes ao Estado Democrático de Direito na sua plenitude.

Como se não bastasse, tenta a esquerda se valer de problemas internacionais para dar visibilidade e veracidade ao que não é real. Portanto, o populismo na América Latina, apregoado pelos representantes da velha esquerda, está perdendo espaço, de tal forma que o conservadorismo surge como uma opção, e mais, perdeu-se a vergonha de identificar como cidadão aquele que compactua com os ideais conservadores, afinal, se pensarmos bem, transformar um condenado por corrupção em perseguido político é a última cartada dos sonhadores de Marx, que afundaram o país nesta imensa crise, tudo porque Lula é popular, e ser popular num país de desinformados pode facilmente permitir que a pena por um crime se converta na salvadora “perseguição política”.





Fernando Rizzolo - Advogado, Jornalista, Mestre em Direitos Fundamentais


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