Pesquisar no Blog

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Em razão da crise, 80% dos brasileiros cortaram gastos em 2017; alimentação fora de casa lidera ranking, apontam SPC Brasil e CNDL



76% dos brasileiros avaliam que a vida financeira está igual ou pior que no ano passado; 57% passaram a fazer bicos em 2017 e apenas 29% nutrem esperanças de que a economia voltará a crescer ainda este ano


Com o país há quase três anos mergulhado em uma crise econômica, a maior parte dos brasileiros chega ao segundo semestre de 2017 sem ainda ter notado melhora no quadro econômico. Um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional e Dirigentes Lojistas (CNDL) com consumidores de todas as regiões, idades e classes sociais revela que, na comparação com 2016, 80% dos brasileiros tiveram de fazer cortes no orçamento ao longo do primeiro semestre deste ano para lidar com os efeitos da crise.

O principal item cortado por esses consumidores foi a alimentação fora de casa, citado por seis em cada dez (57%) pessoas. Outros produtos e serviços que também deixaram de ser prioridades para o brasileiro foi a aquisição de roupas, calçados e assessórios (55%), idas a bares e restaurantes (53%), gastos com lazer e cultura, como cinema e teatro (51%), viagens (51%), idas a salões de beleza (50%) e a compra de itens supérfluos nos supermercados (50%).


Para 76% dos brasileiros, vida financeira está igual ou pior que no ano passado; economia do país piorou para 39%

A pesquisa demonstra que a melhora de alguns índices econômicos como o recuo da inflação e a queda das taxas de juros ainda não se refletiu em efetiva percepção de melhora no dia a dia do consumidor. De acordo com o balanço do primeiro semestre, para 76% dos consumidores, a vida financeira pessoal continuou igual ou pior do que no ano passado. Apenas 19% consideram que houve melhora no período avaliado. A percepção predominantemente negativa se mantém elevada em todos os estratos analisados, como gênero, idade e classe social.

A avaliação que os entrevistados fazem do desempenho da economia do país como um todo também vai na mesma direção: para 39% dos entrevistados, as condições da economia brasileira pioraram nos seis primeiros meses deste ano em relação ao ano passado, enquanto para 38%, ela se manteve do mesmo jeito. De modo inverso, apenas 19% acreditam que houve melhora ao longo do período.

“A reconquista da confiança dos brasileiros ainda demandará tempo e depende de resultados mais palpáveis no campo econômico. No momento, a condição para que a economia melhore é a solução do impasse político e a aprovação das reformas estruturais, como a da previdência e a trabalhista. As projeções indicavam que o início da recuperação se daria ao longo do segundo semestre. Agora, porém, levantam-se muitas dúvidas sobre essa possibilidade acontecer neste ano”, avalia o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

Três em cada dez atribuem piora nas finanças à diminuição da renda ou desemprego; 57% dos brasileiros passaram a fazer bicos em 2017

Considerando a parcela de brasileiros que avaliam que o estado de suas finanças piorou ao longo do primeiro semestre, as razões relacionadas a crise ganham destaque: 34% atribuem a piora à queda da renda familiar, 32% mencionam o fato de não conseguirem mais poupar como antes e 30% culpam o desemprego. Já entre a minoria que notou alguma melhora na situação financeira pessoal, a razão mais citada é o controle do próprio orçamento, mencionado por 37% desses entrevistados.

Outro dado que demonstra o alcance da crise é que 57% dos brasileiros passaram a fazer bicos e trabalhos extras para complementar a renda de casa. O desemprego bateu à porta de 36% dos consumidores ouvidos e pouco mais de um terço (35%) precisou recorrer a empréstimos bancários ou ajuda de familiares para organizar o orçamento. Há ainda, 26% de entrevistados que para conseguir algum dinheiro tiveram de vender algum bem.

Resultado do dinheiro mais curto é que 38% dos entrevistados foram parar nos cadastros de inadimplentes pelo não pagamento das contas. Mais da metade (51%) dos consumidores admitiram ter ficado vários meses ao longo deste ano com as contas no vermelho e 56% não estão conseguindo pagar todas as contas em dia.

Os atrasos impactam tanto as contas de primeira necessidade, como em modalidades usuais de crédito, como o cartão e cheque especial. De acordo com a pesquisa, 28% dos consumidores brasileiros se encontram atualmente em atraso no pagamento das contas de água e luz. Os atrasos no cartão de crédito e no cheque especial, duas das modalidades que cobram os juros mais elevados do mercado, alcançam 31% e 16%, respectivamente. Também há falta de pagamento nos cartões de loja (26%), contas de internet (27%), telefone (24%) e TV por assinatura (21%).

“Apesar de o ano ter registrado alguns ganhos na economia, como a desaceleração da inflação e a queda das taxas de juros, o consumidor continua imerso em um ambiente de poucas certezas, vendo o desemprego ainda crescer e a renda mais curta para consumir”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Em um cenário de dificuldades, 77% dos brasileiros não conseguiram juntar dinheiro do primeiro semestre e apenas 23% conseguiram concretizar algum sonho de consumo no período.

47% dos brasileiros não acreditam que país superará a recessão ainda em 2017; 70% acreditam na dificuldade de realizar planos

Os entrevistados também foram questionados sobre o que esperam para o segundo semestre de 2017. A maior parte (47%) mostra-se desacreditada da possibilidade de crescimento da economia brasileira ainda neste ano. Apenas 29% dos brasileiros nutrem alguma esperança de que o país volte a crescer ainda em 2017. Na comparação com o primeiro semestre, 38% acreditam que, nos próximos meses, a economia permanecerá na mesma toada, enquanto 14% acreditam que será pior. Para 30% a situação tende a melhorar até o fim do ano.

Quando a análise se detém à situação financeira do entrevistado, os números não diferem tanto: 13% acreditam que o segundo semestre será pior, 35% pensam que será igual, ao passo que outros 35% têm esperanças de que haja alguma melhora. Entre aqueles que apostam na piora da vida financeira, mais da metade (57%) justifica dizendo que a economia do país não deverá melhorar, impactando por consequência o bolso dos brasileiros. Também aparece com destaque o fato de a situação financeira estar difícil (40%), a falta de expectativa em conseguir alguma fonte de renda (34%) e o medo de ficar desempregado (16%). Dentre os 70% dos entrevistados que vislumbram um cenário de dificuldade para realizar algum plano em 2017, os mais citados são formar uma reserva financeira (47%) e comprar um carro (37%).

Receosos de que a crise se prolongue por mais um tempo, os brasileiros começam a preparar o orçamento para momentos de aperto. Nesse sentido, 25% dos entrevistados pretendem evitar, nos próximos seis meses, o uso do cartão de crédito e 23% planejam fazer mais pesquisas de preços. Há ainda, 21% de brasileiros que vão passar a dar prioridade para pagamentos à vista e 20% que vão tentar aumentar a renda com trabalhos extras.

“Medidas como a organização das contas e o uso consciente do cartão de crédito podem fazer diferença no orçamento ao longo de todo o ano, uma vez que não há previsão de quando haverá recuperação da economia. O consumidor sabe que as compras parceladas representam risco de endividamento, situação que poderia fugir ainda mais ao controle em caso de desemprego”, explica a economista Marcela Kawauti.



Metodologia

A pesquisa ouviu 600 consumidores de ambos os gêneros, todas as idades, classes sociais e acima de 18 anos nas 27 capitais. A margem de erro é de 3,99 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.








Inflação negativa e desemprego



Não há absolutamente nada no universo econômico que afete mais o psicológico e o emocional das pessoas do que o desemprego, fenômeno que no Brasil já atinge 14,2 milhões de trabalhadores, um número assustador, haja vista que a grande maioria advém da mão de obra não qualificada, gerando apreensão e violência. 

No Brasil, a absorção da mão de obra em larga escala vem de diversos setores, entre eles o da construção civil, ramo de atividade cuja queda foi acentuada. É preciso lembrar que a deflação, ou inflação negativa, é fruto da safra recorde ou da redução das contas de energia elétrica, com o anúncio da bandeira tarifária verde para o mês de junho, o que barateou a energia e contribuiu para a queda dos indicadores inflacionários.

Com efeito, o mérito da política econômica pouco tem a ver com o declínio da inflação, mas resulta do legado de instabilidade política, falta de investimentos, corrupção e, principalmente, da própria lógica do desemprego em massa. Se por um lado a política econômica entende que um corte maior de juros seria aceitável, promovendo aumento de consumo, na outra ponta o gasto público e a dificuldade de ajuste nas contas por parte do Congresso asfixiam a confiabilidade, neutralizando a possibilidade de juros menores, cenário em que consumidores e empresas poderiam obter mais crédito, ou seja, a relação mais crédito-mais investimento poderia dar certo. Contudo, o “mais investimento” sempre esbarra no fator instabilidade política e econômica do país.

Quando me refiro ao legado, temos que levar em conta que a economia do país encolheu 7,2% nos últimos dois anos, portanto, estamos diante de uma brutal recessão. E o que mais me causa estranheza é ouvir o governo Temer afirmar na reunião do G20 que não temos crise, e que há, sim, uma recuperação. Ora, mais uma vez nos deparamos com um cenário de corrupção “ideológico-econômica”, que visa tão somente camuflar os detritos políticos e inflar uma popularidade para “inglês ver”. Pena que os “ingleses”, assim como os grandes investidores, não mais acreditam no pobre Brasil da velha malandragem, que ainda tenta impressionar os incautos.





Fernando Rizzolo - Advogado,Jornalista, Mestre em Direitos Fundamentais, Prof. de Direito



Cacau é o novo queridinho das dietas nessa estação



Conheça os benefícios que o consumo regular do fruto pode trazer para a sua saúde e boa forma


No inverno, devido às baixas temperaturas, muitas vezes acompanhadas por aquela chuvinha constante que diminui ainda mais a sensação térmica, os programas ao ar livre ou fora de casa ficam comprometidos. As pessoas migram de lugares abertos para ambientes fechados e aconchegantes que proporcionam maior conforto e abrigo do frio. Consequentemente os cardápios também sofrem alterações, dando lugar a pratos quentes e mais encorpados, que aumentam a sensação de bem-estar. Entre eles estão os derivados de cacau, que figuram no topo da lista dos alimentos que são a cara da estação, afinal quem resiste a um belo fondue de frutas ou um chocolate quente bem cremoso?

O fato é que essas delícias típicas podem colocar em risco a boa forma, por isso muitos tentam evitá-las. No entanto, o que boa parte das pessoas ainda não sabe é que é possível saborear esses quitutes de maneira saudável e sem prejudicar a dieta, especialmente quando se trata do cacau, que dá origem ao tão amado chocolate. Especialistas afirmam que o consumo do alimento, da forma correta, não só pode trazer diversos benefícios para nossa saúde como ainda é capaz de potencializar a dieta e enxugar a silhueta. O cacau, além de ser uma delícia, é considerado um dos alimentos funcionais mais poderosos.

As vantagens vão além da sensação de bem-estar

Segundo a nutricionista Luciana Guerreiro, o fruto é rico em nutrientes que têm seus benefícios comprovados cientificamente:“Ele possui polifenóis e flavonoides, o primeiro elemento atua na redução da pressão arterial e tambémage para melhorar a saúde do coração, e o segundo trata-se de antioxidantes potentes, com ação extremamente hidratante, que age protegendo o organismo do excesso dos radicais livres – moléculas que, em grande quantidade, danificam vários tecidos corporais – e ainda previnem o envelhecimento precoce” – explica a profissional da Nature Center.

De acordo com Guerreiro, além desses benefícios, os grãos contêm vitaminas, minerais e ainda possuem propriedades anti-inflamatórias e anti-alergênicas. “A polpa tem vitaminas A, B1, B2, e vitamina C, além de fibras e minerais como o magnésio, cobre, cromo, manganês, zinco ferro, fósforo e cálcio”. O cacau carrega a fama de ser um grande aliado no combate ao mau humor e a maior vantagem atribuída ao fruto é a sensação de bem-estar gerada graças ao estímulo à produção de serotonina, mas a especialista afirma que seu efeito benéfico se estende muito além disso, confira os principais:


Melhora o bom-humor: O fruto contém um aminoácido chamado triptofano que é responsável pela produção de serotonina, neurotransmissor ligado ao bem-estar, e ainda é fonte de dopamina, que auxilia em uma maior sensação do prazer;

Excelente para mulheres: o triptofano também ajuda na saúde feminina prevenindo corrimentos, auxiliando no aumento da lubrificação íntima e combatendo os sintomas da TPM;

Melhora a saúde da pele: algumas substâncias como o retinol, ácido ascórbico e vitaminas do complexo B estão presentes no cacau, por isso o alimento é utilizado em máscaras que promovem a hidratação e oxigenação da pele. A nutricionista explica que: “O ácido ascórbico auxilia na eliminação das células mortas e suaviza as linhas finas por meio da esfoliação e os antioxidantes ajudam a retardar o processo de envelhecimento da pele”;

Amigo do coração: por ser fonte de magnésio, o cacau é capaz de diminuiras chances de coágulos sanguíneos se formarem o que, consequentemente, reduzos riscos de ataques cardíacos e derrames;

Fortalece a imunidade: o alimento estimula a produção de um tipo de glóbulos brancos: os linfócitos, que agem no sistema imunológico humano, defendendo o organismo contra vírus e bactérias;

Aliado do cérebro: os flavonoides também auxiliam na prevenção de patologias como a demência, poisa síndrome está relacionada a um fluxo menor de sangue ao cérebro, e o fito nutriente trabalha justamente aumentando a circulação sanguínea e de oxigênio nessa área. “A dopamina presente no cacau também atua no controle do movimento e memória, já a feniletilamina age no sistema nervoso central, por isso ele é associado à um melhor desempenho cognitivo” – afirma a nutricionista.

Cacau e boa forma

O cacau ajuda o corpo a metabolizar o açúcar e reduzir a resistência à insulina, por isso, ele é considerado um aliado na luta contra a diabetes. Seus polifenóis contribuem para o aumento da sensibilidade ao hormônio que regula os níveis de açúcar no sangue. O fruto também ajuda a regular a flora intestinal, pois flavonoides presentes em sua composição servem como alimento para as bactérias probióticas, que beneficiam o funcionamento do intestino. Além disso, estudos apontam que o consumo de derivados do cacau antes e depois dos exercícios físicos pode aliviar o desgaste muscular e as dores, contribuindo também no processo de regeneração muscular e ainda melhora a oxigenação nessa área durante o treino, aumentando a performance, por ser um potente vasodilatador. 

Consagrado pelo chocolate

O cacau é a principal matéria-prima de um dos doces mais amados no Brasil e no mundo. É difícil encontrar quem não aprecie o quitute, no entanto, para aproveitar os seus benefícios, o chocolate deve apresentar uma boa concentração do fruto, além disso, para conservar o efeito dos seus nutrientes é preciso ficar atento aos outros componentes da fórmula. De acordo com a lei para ser comercializado como chocolate o alimento deve conter no mínimo 25% de cacau em sua composição, mas isso não o qualifica entre os melhores para a saúde e dieta, pois, os 75% restantes geralmente são compostos por leite integral, açúcar, aditivos, gordura hidrogenada e outras substancias químicas.

A nutricionista explica que o ideal é optar por versões com um percentual de cacau maior, pois, quanto mais elevada for a quantidade do fruto maior será o potencial nutritivo do alimento. “Não adianta consumir um chocolate rico em açúcar, ele vai gerar um pico de açúcar no sangue e logo, do hormônio Insulina, gerando mais fome, compulsão e a temida gordurinha abdominal”, diz a nutricionista Luciana Guerreiro. Outra dica da especialista é evitar o chocolate diet: “Ele é indicado somente para quem tem diabetes por não conter açúcar, mas para quem não possui a doença ele não é uma boa opção, pois contém a química de um adoçante de qualidade ruim e também pode gerar pico de Insulina, somente pelo sabor doce que ele contém. O consumo recomendado para um cardápio saudável deve girar em torno de 30 gramas da guloseima por dia, mas procure sempre os chocolates com percentual de cacau acima de 60% e com xilitol ou stevia, adoçantes mais naturais, quando usados”.

Veja os diferentes tipos e suas características

50%: Indicado para quem quer começar a degustar um chocolate com maior qualidade. Nesse percentual é possível sentir um gosto diferenciado e uma acidez mais intensa;

60%: Essa versão apresenta um traço amargo mais acentuado e maior índice de retrogosto –lembrança do gosto que permanece na boca após o consumo do alimento;

75%: Esta faixa de concentração de cacau apresenta um equilíbrio entre o prazer do sabor e a qualidade do produto. Seu gosto é intenso e marcante.

85%: Nesta versão o sabor intenso e amargo remete ao café preto e sua textura derrete de forma bem lenta na boca. Não contém adição de açúcar.

99%: É um dos mais difíceis de ser encontrado no mercado e possui um sabor salgado, porém é o que apresenta maior concentração de flavonoides.

Outras versões do cacau

Há outros subprodutos do cacau para o consumo, como sua polpa, suco, geleia, destilados finos e sorvete. Ao contrário do que acontece com o chocolate que, além do fruto, são adicionados vários outros ingredientes que o tornam gorduroso e calórico, alguns, como a polpa e o cacau em pó, se mostram uma alternativa mais atraente para quem deseja potencializar a dieta e manter a boa forma, aproveitando ao máximo todos os nutrientes do alimento.

Utilizado nas mais variadas receitas, a versão em pó é livre da adição de açúcar e é altamente recomendada como substituta para os tradicionais achocolatados consumidos com frequência no café da manhã. A especialista ainda afirma que o cacau em pó pode agregar sabor e saúde à diversos preparos: “pode ser polvilhado em cima do iogurte ou de frutas como a banana, por exemplo, sem a necessidade de adoçar, ou usado na preparação de bolos, cookies, panquecas, shakes e vitaminas. Outra opção é preparar o chocolate quente, que é a cara do inverno, com o chocolate em pó em leites vegetais como leite de castanhas, de amêndoas e de coco. Como o sabor dessa versão é mais forte e marcante, não é preciso utilizar muito, a quantidade vai depender da receita e do paladar” – acrescenta a nutricionista.




Fonte:Nature Center






Posts mais acessados