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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Mal vista por condôminos, previsão orçamentária "esquenta" assembleias




Quando o item "previsão orçamentária" está na pauta da assembleia geral do condomínio, a chance de o encontro ser acalorado é grande. E, pelo menos uma vez ao ano, o tema precisa ser apresentado pelo síndico, discutido e deliberado.
Sócio da CITTI Assessoria Imobiliária, empresa que administra condomínios, locações e atua como síndica terceirizada, Daphnis Citti de Lauro viu muitos debates ao longo desses mais de 20 anos atuando na área.
"A discussão geralmente é longa e, a deliberação, extremamente problemática. Isso porque ninguém quer aumentar a taxa condominial", afirma o advogado especialista em Direito Imobiliário.
Daphnis lembra ainda que, em geral, a administradora é quem leva a culpa pelo novo valor do condomínio. "Já houve caso em que uma condômina, dirigindo-se ao representante da administradora, falou: 'vocês estão gastando muito'. E então foi explicado que não era a empresa que gastava, mas sim os moradores do condomínio."
A administradora apenas elabora a previsão. Com base nos últimos meses, ela calcula qual deverá ser a despesa média durante os 12 próximos meses. "É necessário levar em conta o dissídio coletivo dos funcionários ou das empresas terceirizadas, a previsão de aumento das empresas de fornecimento de água e luz, a inflação, entre outros", afirma o especialista.
"Como o próprio nome diz, a previsão dificilmente refletirá a realidade ao longo de um ano, principalmente no Brasil, com a instabilidade e a incerteza que vivemos. Mas, de qualquer forma, é preciso aprovar um valor, a ser rateado mensalmente, e que deverá cobrir todos os gastos", completa.
Caso o novo valor aprovado não cubra as despesas, haverá necessidade de um rateio extra, pois jamais o condomínio deve deixar a conta bancária negativa. "Conta essa que, diga-se, deve ser personalizada (em nome do condomínio) e não em nome da administradora (conta pool)."
De acordo com Daphnis, o melhor a fazer é a administradora apresentar na assembleia a previsão e deixar que os condôminos discutam e aprovem o valor que acharem conveniente.
"É aconselhável que o representante da administradora limite-se a informar o valor que vem sendo rateado e o valor médio de despesas previsto, sem participar da discussão que se seguirá. Os participantes da assembleia que discutam e decidam, com base nos dados."

Daphnis Citti de Lauro -  advogado, formado pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie e especialista em Direito Imobiliário, principalmente na área de condomínios e locações. É autor do livro "Condomínios: Conheça seus problemas", sócio da Advocacia Daphnis Citti de Lauro (desde 1976) e da CITTI Assessoria Imobiliária, com mais de 20 anos de atividades, que atua como síndica terceirizada

Pedala Alana’ arrecada peças e bicicletas usadas para atividade no Jardim Pantanal




No dia 12 de setembro haverá diversas atividades como a exibição do filme Bike VS Carros, consertos gratuitos de bicicletas, gincanas e pedalada pelas ruas do bairro
Tem uma bicicleta sem uso ou com algum defeito e não sabe o que fazer? Que tal ter uma atitude solidária e doar sua bike usada ou alguma peça? É o que propõe o ‘Pedala Alana’, uma ação que visa estimular o uso consciente de bikes, promovida pelo Instituto Alana, em parceria com as Ongs Bike Anjo e Aromeiazero, com o apoio do Museu de Arte Moderna (MAM).   
As atividades do Pedala Alana começam dia 6 de setembro, com a arrecadação de bicicletas e peças usadas no próximo ao portão 4 do Parque do Ibirapuera,  durante todo o dia,  em São Paulo.  A Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH Social) da USP Leste também participa com a montagem de um ponto de coleta dentro do campus.
Todas as doações recebidas vão para o Espaço Alana, no Jardim Pantanal (Zona Leste de São Paulo), para serem usadas no dia 12. “A ideia é que essas peças ou bikes usadas sirvam de material para nossa ação no bairro, com diversas atividades, orientações e consertos gratuitos para a comunidade”, explica Andrea Bargas, coordenadora do Espaço Alana.  
Entre as atividades oferecidas pelo Bike Anjo estão gincanas, como corridas e atividades com uso de bicicletas, e um passeio ciclístico pelas ruas do Jardim Pantanal. E para aqueles que não sabem andar de bicicleta, mas querem aprender, voluntários da Ongs estarão a postos para ensinar os iniciantes de qualquer idade.
A Ong Aromeiazero realiza algumas manutenções, gratuitamente, em bicicletas dos moradores do Jardim Pantanal que precisem de algum reparo. A estimativa é que sejam feitos até 30 pequenos consertos, como remendos de câmara furada, trocas cabos, pedal quebrado, pneu rasgado*, manopla (luvinha)*, manete* e pastilha de freio, além de regular freios e câmbios, conforme a *quantidade e disponibilidade de peças. Enquanto aguardam, os participantes da ação podem assistir uma sessão do filme ‘Bikes vs Carros’, que também é parte da programação deste dia de atividade.
Vale lembrar que o Aromeiazero não fará alinhamento de roda, pintura e doação de peças sem avaliar a bike com o proprietário e que tampouco eles possuem bancos de mobilete, pezinho, guidões, rodas e mesinhas novas.
O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que reúne projetos na busca pela garantia de condições para a vivência da plena infância. Criado em 2002, o Instituto é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.

Pedala Alana
Pontos de arrecadação de bicicletas e peças usadas
Data: 06 de setembro de 2015
Horário: das 09h às 17h
Local: Parque do Ibirapuera – próximo ao portão 4
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº

EACH Social – USP Leste
Local: Sala da EACH Social
Endereço: Av. Arlindo Béttio, 1000 

Ação Pedala Alana
Data: 12 de setembro de 2015
Horário: das 10h às 15h
Local: Espaço Alana – Rua Erva do Sereno, 642, Jd. Pantanal
Sobre o Instituto Alana
O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que reúne projetos na busca pela garantia de condições para a vivência da plena infância. Criado em 2002, o Instituto é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.


Outubro Rosa: a importância da prevenção





A luta contra o câncer ganha força quando a doença é detectada logo no início

O Outubro Rosa chega colorindo os monumentos do Brasil com o objetivo de chamar a atenção para questões ligadas ao câncer de mama. Só em 2015, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), foram identificados quase 60 mil pacientes com a doença, o que representa 22% do total dos novos diagnósticos de câncer no país. Trata-se do segundo local do corpo mais atingido pela patologia, no país e, apesar das frequentes campanhas alertando para a prevenção, a taxa de mortalidade ainda é alta, justamente, pela grande frequência de diagnósticos tardios.
"A maior parte das mulheres só identifica a doença quando ela já está em desenvolvimento pelo aparecimento de irregularidades na pele, sejam marcas, caroços nos seios e até mesmo franzidos," pontua Miguel Torres, chefe do programa de tratamento da doença na Radiocare. O radio-oncologista alerta que, muitas vezes, a enfermidade chega de forma silenciosa.
Tabagismo, sedentarismo e obesidade são fatores de risco que contribuem para um aumento da incidência da enfermidade. "Boa alimentação e prática de exercícios físicos, diariamente, são bons parceiros na prevenção de doenças, entre elas, o câncer de mama", afirma o radio-oncologista. Torres ressalta que homens também podem ser afetados pela doença e, apesar de a incidência ser bem menor, não devem se esquecer da prevenção.
Prevenção
Márcia tinha 34 anos quando percebeu um nódulo no seu seio direito ao fazer o autoexame. À época, vivia um momento de realização profissional e pessoal. Tinha acabado de assumir um novo cargo na empresa, curtia o casamento recente e sua filha de apenas dois anos. "Não podia ser nada", era o que imaginava. Então, ao consultar um mastologista, se deparou com o diagnóstico: há um carcinoma ductal invasor na mama direita, em linguagem simples, câncer de mama.
Mesmo sem precedentes da doença na família e com perfil fora do grupo de risco, Márcia sempre fazia o autoexame, o que foi fundamental em seu caso. Selmo Geber, professor titular do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ressalta a importância da detecção precoce do câncer de mama. "É essencial que as mulheres façam exames preventivos periodicamente, tanto para detectar o câncer de mama como outros tipos da doença, como o câncer de cólo de útero", lembra o médico. 
Contudo, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, em Minas Gerais, apenas 62% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram o exame preventivo nos últimos dois anos.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com a gravidade da doença e das condições biológicas do paciente. O primeiro passo é fazer o diagnóstico completo com análises clínicas e biopsia para descobrir se o tumor é benigno ou maligno. Então, o médico faz a indicação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia ou das práticas combinadas, de acordo com cada caso.
Os tratamentos são divididos em dois tipos de terapias: local e sistêmica. "A local inclui a cirurgia e a radioterapia, que são formas de tratar o tumor sem afetar o restante do corpo. Já a sistêmica trabalha com medicações orais ou pela corrente sanguínea, como é o caso da quimioterapia, capaz de atingir as células cancerosas em qualquer parte do corpo", afirma o radio-oncologista Miguel Torres.
O tratamento, muitas vezes, pode implicar na perda de cabelos e na realização da mastectomia - retirada da mama e isso afeta o emocional feminino. "Fui cortando meu cabelo por etapas para que minha filha não percebesse, contei uma historinha para que ela entendesse que a mamãe estava doente e que quando melhorasse, o cabelo cresceria novamente", lembra Márcia. Ela ainda comenta que o carinho da filha, o companheirismo do marido e todo apoio dos amigos e famílias foram essenciais para que tivesse esperança e se recuperasse rápido.

Manutenção da fertilidade
Após vencer a doença, muitos pacientes acabam se deparando com um novo problema: a infertilidade. "Se ter filhos é um objetivo de vida, é essencial pensar nisso e se resguardar para concretizá-lo posteriormente. Tratamentos com quimioterapia e radioterapia, além de destruírem as células tumorais, também podem atingir as germinativas, que produzem óvulos e espermatozoides. Além disso, também interferem nas funções hormonais, responsáveis pela produção de gametas", explica Selmo Geber, PhD em Fertilidade e Embriologia.
Segundo o médico, a urgência da doença e a necessidade imediata de se dar início aos tratamentos contra o câncer exigem decisões rápidas do oncologista. No entanto, devido à pressa, muitas vezes o fator reprodutivo não é abordado. "Aspectos do tratamento e de efeitos colaterais diretos são amplamente discutidos. Porém, a preservação da fertilidade para o futuro, através de criopreservação, por exemplo, acaba sendo deixada de lado", avalia.
O objetivo com a criopreservação dos óvulos - seja por vitrificação, ou por congelamento -, é conservar o material para que ele possa ser utilizado no futuro, por meio de técnicas de reprodução assistida. "O óvulo, ou o espermatozoide, é submetido a uma variação de temperatura de 37ºC a -196ºC em menos de um segundo. O material congelado é, então, armazenado em nitrogênio líquido, podendo ser mantido assim por tempo indefinido", explica o médico. Segundo ele, as taxas de gravidez utilizando óvulos congelados tem sido semelhante à obtida com exemplares frescos, de 50%.


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