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domingo, 5 de abril de 2015

07.4 – Dia Mundial da Saúde




 Para OMS, segurança alimentar depende da temperatura ideal dos alimentos
O acesso a locais remotos e o fato de sermos um país tropical são desafios para o alinhamento da cadeia de distribuição de alimentos
Com a crescente globalização do abastecimento alimentar a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou a necessidade de reforçar os sistemas de segurança alimentar, já que mantimentos contaminados são responsáveis por mais de tipo 200 doenças e cerca de dois milhões de mortes ao ano. Por esse motivo, a OMS definiu a “Segurança Alimentar” como tema do Dia Mundial da Saúde (7) e destacou a importância de uma rede de informações internacional com o objetivo de prevenir, detectar e responder a surtos de doenças transmitidas por alimentos. A farmacêutica e especialista em cadeia fria do Valida Laboratório de Ensaios Térmicos do Grupo Polar, Liana Montemor, comemora a escolha do tema e reitera a importância das boas práticas durante o processo logístico.
 “A extensão territorial do Brasil, as condições das estradas e da malha aérea, o acesso aos locais remotos e o fato de sermos um país tropical sem estação do ano definida são desafios suficientes para o alinhamento perfeito da cadeia em todos os pontos de distribuição. Veja o caso de perecíveis, mariscos e peixes: apenas 2º C acima da temperatura ideal podem ocasionar sérios riscos à saúde”, explica Liana.
A OMS defende que a segurança alimentar é responsabilidade de toda a cadeia de produção de alimentos - dos agricultores e fabricantes aos fornecedores e consumidores – e definiu cinco chaves para uma alimentação de qualidade: mantenha limpo; alimentos crus e cozidos separados; alimentos cozinhe bem; mantenha os alimentos em temperaturas seguras e use água potável e matérias-primas.

Conheça cinco cuidados no transporte de alimentos:
1 - Frutas e hortaliças devem ser mantidas refrigeradas para que o produto mantenha sua qualidade até o mercado consumidor.
2 - O controle da temperatura é muito importante também para alimentos congelados por isso os profissionais responsáveis pela descarga dos alimentos não podem esquecer a porta dos caminhões abertas durante o desembarque dos produtos. 
3 - Se a escolha para o transporte do material for a utilização de caixas térmicas e elementos refrigerantes que mantenham a temperatura, é importante que sejam qualificadas. Apenas o estudo de qualificação térmica das embalagens é capaz de prever a quantidade de gelo e a configuração ideal para manter a temperatura pelo tempo necessário para o transporte de carga. 
4 - A substituição do gelo água por gelo em gel reutilizável por ser mais seguro e higiênico para o contato com o alimento. Sem garantias da produção, origem da água, manipulação e embalagem o gelo água se torna um risco para o alimento e para o consumidor.
5 – Os mesmos cuidados devem ser aplicados aos produtos com temperatura entre 15 e 30°C. Equipamentos e locais de acondicionamento devem ser mapeados e monitorados termicamente e as embalagens e sistemas térmicos devem ser desenvolvidos e qualificados para garantir a qualidade dos produtos na temperatura ideal uma vez que baús e containers podem facilmente ultrapassar os 40º C.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Queda na abertura de empresas revela momento de insegurança para empreendedores brasileiros




Dados divulgados nesta segunda (30) pela Serasa Experian indicam que 144.501 novas empresas foram criadas no Brasil em fevereiro deste ano, uma queda de 4,3% em relação ao mês de janeiro, quando 150.958 novos empreendimentos foram constituídos. O número representa uma redução de 8,6% se comparado ao volume de negócios surgidos em fevereiro de 2014 (158.023).
De acordo com a advogada especializada em Direito Empresarial Ana Carolina Consulin, associada do escritório Zancaner Costa, Bastos e Spiewak Advogados, o momento é de insegurança por parte dos empreendedores e investidores estrangeiros. “Esta situação é agravada pela burocracia na obtenção de documentos e os altos custos para que uma empresa possa operar suas atividades”, acredita.
A participação do setor comercial de empresas que surgem no país tem recuado nos últimos anos, segundo a pesquisa da Serasa. De janeiro a fevereiro de 2010, o comércio representou 34,9% das aberturas de empresas, enquanto que no mesmo período de 2015 este número passou para 30,1%. 
Ana Carolina Consulin afirma que o processo para abertura de empresas se complica ainda mais quando se trata de comércio ou indústria. “Nestes casos, a empresa deve obter inscrição estadual perante a Secretaria da Fazenda, e geralmente, a lista dos documentos e informações a serem apresentados é extensa”, diz.
Para que os empresários resguardem seus direitos e sobrevivam nesse período de dificuldade, a advogada orienta a elaboração de um Plano de Negócios, que tenha a previsão de custos a serem desembolsados pela empresa e uma estimativa de faturamento. “Essa medida pode evitar a necessidade de a empresa buscar recursos juntos aos bancos ou mesmo administrar de uma maneira mais eficiente os juros cobrados pelas instituições financeiras, quando os empréstimos forem inevitáveis”, ressalta.

Planos de saúde continuam com números absurdos de reclamações




Ações judiciárias contra empresas do setor crescem
A cada dia são realizadas mais reclamações e processos contra planos de saúde no Brasil. O serviço apresentou o assustador número de 93,5 mil reclamações no ultimo ano, e apenas no estado de São Paulo os processos contra empresas do ramo chegaram a crescer até 13,8% segundo o TJ –SP.
A maior insatisfação dos usuários de planos de saúde é a falta e a negativa de cobertura dos planos. Segundo o Procon, isso representa 61% das reclamações realizadas contra os planos de saúde do país.  Outro problema que aflige principalmente os idosos é o reajuste muitas vezes considerado abusivos em seus planos.
Esse cenário é o que leva grande parte dos consumidores a procurarem auxílio jurídico para iniciar processos contra as empresas contratadas. “Por ser um serviço que mexe diretamente com as necessidades básicas de uma pessoa, a procura por uma intervenção jurídica se faz necessária quando o consumidor se sente lesado ou desamparado pelo serviço contratado”, afirma Dr. William Wagner Pereira da Silva.
É importante lembrar que o plano de saúde só pode recusar o atendimento a um cliente quando ele está 60 dias ou mais em atraso com o pagamento, podendo ser meses consecutivos ou não, dentro de um período de um ano.

Dr. William Wagner Pereira da Silva - http://www.williamwps.com.br/

O governo e suas vítimas na educação




O ano entra em seu terceiro mês e o que se percebe que a maioria da população brasileira torce para que 2015 acabe o quanto antes. Em todos, os setores nota-se desgaste, incerteza e insegurança.  Para a Educação, o ano prometia avanços e evolução, esperança que partia do discurso da Presidenta Dilma, em sua posse: “Brasil, Pátria Educadora”. O que se vive, porém, é um total desalinhamento com as propostas disseminadas, não só durante o processo eleitoral, mas durante o primeiro mandato.
O Plano Nacional de Educação aprovado pelo Congresso Nacional em 2014, associado à Lei de Diretrizes de Bases, deveria sustentar todas as ações do Ministério da Educação e garantir a evolução do país no segmento educacional. Porém, foi substituído por portarias lançadas no final daquele ano, regras de acesso ao financiamento sem detalhamento prévio e bloqueios de sistemas de credenciamento e adesão. Essa realidade pós-discurso deixou milhares de estudantes sem terem como cursar seus programas de graduação.
As instituições privadas, que apoiaram os programas, foram abandonadas e ficaram com a responsabilidade de cobrar os créditos dos alunos e os recursos para pagar professores contratados com base nos programas de acesso ao ensino. Política pública associada à parceria com instituições privadas é processo de comprometimento, de estratégia, de planejamento. Abandonar os parceiros sem justificativa técnica é muito mais pernicioso ao setor do que uma apresentação transparente de desistência de seus compromissos e dos valores apresentados como de grande diferencial.
O sistema de Acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) foi bloqueado. As mensalidades pagas por seus alunos foram reajustadas, inicialmente, acima de 4,5% e depois, em 6%. Não houve aviso prévio a alunos ou às instituições que têm contrato de adesão ao programa. As compras dos títulos públicos, que significam o pagamento das mensalidades dos contratos de FIES, embora assinadas e em vigência, foram reduzidas a dois terços dos valores acordados em prazos 50% maiores do que os estabelecidos inicialmente.
Os repasses do programa Bolsa Formação do famoso PRONATEC estão atrasados em mais de 90 dias. Após grande grita dos parceiros privados na imprensa, foram parcialmente realizados. Os alunos que fizeram adesão ao FIES estão impossibilitados de fazer suas matrículas e inserir documentos comprobatórios por problemas no sistema. As vagas para novo ingresso de alunos no programa Bolsa Formação tiveram sua divulgação adiada por 45 dias. Isso resulta na inexistência de novas turmas e, consequentemente, na demissão de milhares de professores.
A confiança nas propostas do governo na educação resultou em prejuízo generalizado. As instituições privadas perdem mais de 40% de seu valor e se veem em meio a atrasos de repasses, desrespeito a contratos e paralisia dos sistemas de adesão e comprovação. Novas turmas não são iniciadas como estabelecido em cronograma oficial e vai por terra a expectativa de dezenas de milhares de alunos de prosseguir seus estudos ou se matricular em cursos profissionalizantes – apesar de terem sido estimulados a aderir a tais programas – e milhares de docentes ficam sem lecionar.

Francisco Carlos Borges - consultor da Fundação FAT, mestre em Educação pela Universidade de São Paulo e atua há mais de 25 anos em educação profissionalizante 

Comércio de leite materno: “cuidado com a prática”, avisa o pediatra Moises Chencinski!





Como tudo o que vem dos Estados Unidos é sempre visto com bons olhos e costuma, rapidamente, ser adotado por aqui, vale um alerta a respeito de uma nova moda americana: o comércio de leite humano

O leite materno é o “padrão ouro” na alimentação infantil. E isso não passou despercebido por determinados grupos de adultos – pacientes com câncer, fisiculturistas, fetichistas – que não têm acesso a esse tipo de nutriente de forma livre.
“Além disso, nem todas as mães, por alguma razão, conseguem amamentar e, movidas pela campanha de informação sobre os benefícios do leite materno e dos riscos do uso de fórmulas infantis, buscam o melhor para seus filhos. Porém, nem sempre essas mães fazem parte do grupo elegível para receber o leite materno doado nos bancos de leite”, diz o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
Procura gera oferta. “Criou-se, assim, um cenário perfeito para que o produto – no caso o leite materno – seja visto como uma fonte de lucro, com a Internet sendo a fonte mais ágil e difundida para essa comercialização, que, apesar de à primeira vista parecer saudável e segura, pode trazer riscos inimagináveis a quem os procura para consumo, especialmente as crianças”, alerta o médico.
Segundo matéria recente, publicada no British Journal of Medicine, sites de comercialização de leite humano conseguem “vender” o produto por preços mais acessíveis do que os estabelecidos em bancos de leite (que são regulamentados), por não terem custos com pasteurização e testagem do “produto” em relação à contaminação na coleta, armazenamento e distribuição.
“Diferente do que é exigido nos bancos de leite regulamentados, o leite humano comercializado pelos sites não passa por testagem sorológica (hepatite B e C, HIV, sífilis) colocando em risco a transmissão dessas doenças”, afirma o pediatra, que é autor do blog #EuApoioLeiteMaterno.
Um estudo  publicado no Pediatrics comparou amostras de leite doado a bancos de leite, sem pasteurização (20 amostras) com as que foram adquiridos on-line, pela internet (101). Os resultados apontavam para um aumento de todo o tipo de bactérias nas amostras adquiridas pela Internet. O citomegalovírus foi encontrado em 21% das amostras não controladas, contra apenas 5% das amostras dos bancos de leite. Apenas 9, entre as 101 amostras da Internet, não apresentavam qualquer crescimento bacteriano, consequência do manejo inadequado.
 “Como o leite humano comercializado na Internet não é fiscalizado, em algumas amostras, em outros estudos, já foram encontrados bisfenol, drogas ilícitas e mistura com leite de vaca e água para aumentar o volume”, diz o médico.
 “Com esse panorama e o risco da ‘importação’ dessa prática no Brasil (se é que ela já não existe), é fundamental a participação dos profissionais de saúde, acolhendo as mães para que elas se sintam confortáveis e seguras em compartilhar seus problemas e dificuldades em relação à amamentação”, orienta Moises Chencinski.
Diante do questionamento das mães, os profissionais de saúde precisam fornecer respostas embasadas. “As informações sobre possibilidades mais saudáveis e seguras nesses casos podem ser transmitidas em consultas com os pediatras, bem como uma forma correta e recomendada de coleta, armazenamento e reaproveitamento do leite materno, sempre lembrando que, no Brasil, a amamentação cruzada é proibida por lei. O leite materno testado e tratado de forma apropriada nos bancos de leite é a segunda melhor opção na alimentação infantil, ‘perdendo’, apenas, para o leite da própria mãe”, alerta o médico, que também é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.



Moises Chencinski -  http://www.drmoises.com.br - Email: fale_comigo@doutormoises.com.br - https://www.youtube.com/user/DoutorMoises - Blog: https://euapoioleitematerno.wordpress.com/

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