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domingo, 2 de abril de 2017

Vamos falar sobre diversidade?






Sempre que penso no tema vejo que temos uma jornada para aprendermos a tratar do assunto do ponto de vista da comunicação, educação e da vida mesmo. Os papas da publicidade não conseguem definir o que devem, ou não, fazer para que o comercial de margarina (com a família branca formada por pai, mãe, filho e filha) atinja mais pessoas e ao mesmo tempo não seja considerada como politicamente incorreta. O mesmo vale para a gostosona de biquini no anúncio da cerveja; inúmeras pesquisas indicam cada vez mais que as mulheres compram as suas próprias cervejas.

Nas relações de trabalho, as discussões sobre diversidade começam pelo básico, ou seja a sua própria definição. Afinal, o que é diversidade? Quando trazer o discurso para o ambiente corporativo? Há diversidade dentro das empresas? Os departamentos de Recursos Humanos buscam conselheiros e boa e atual literatura para lidar com a inserção das minorias em seu dia a dia de forma mais suave possível; ao mesmo tempo que buscam a equiparação salarial para mulheres, a igualdade para que os negros não sejam considerados apenas a ‘working class’, a inserção no mercado formal de trabalho de transgêneros; além de alocar e integrar os portadores de deficiência nos quadros de funcionários.

As multinacionais saem na frente ao levantar a bandeira da diversidade. A Nike apresentou sua campanha celebrando a carreira do atleta norte-americano Chris Moiser, primeiro transgênero a ingressar a equipe masculina dos EUA. Enquanto isso, no Dia da Mulher, a L’Oréal Paris escalou a modelo trans Valentina Sampaio como representante feminina da marca. Por aqui, o Boticário fez a campanha intitulada “Um dia dos namorados para todas as formas de amor” especialmente para o Dia dos Namorados com vários tipos de casais. E será que o meio acadêmico sabe como tratar alunos em salas de aula que se intitulam transgêneros? A inclusão da simples arroba no lugar da vogal o ou a resolve?

Ainda temos muito que avançar - abandonando o discurso da boca para fora - e entender sobre a questão título, nos libertando de rótulos e nos despindo dos nossos próprios preconceitos, para conseguir enxergar as mudanças que já estão acontecendo e que ainda virão nas próximas gerações. Precisamos abrir nossos olhos - e especialmente os ouvidos - para entender o que eles sentem e querem. A melhor forma de compreender como o outro se sente é se colocando no lugar dele com humildade, propósito e, acima de tudo, cabeça aberta para realmente acreditar em mudanças nos relacionamentos (entre pessoas, empresas, marcas e etc) que busquem um bem maior da comunidade, trazendo novas atitudes e comportamentos para dentro das relações humanas dos negócios.


E você, está preparado para falar sobre diversidade?






Daniela Barbará - profissional com 20 anos dedicados à comunicação corporativa e vive na pele diariamente o que é administrar diversidade, preparando seus clientes para lidar nas mais diversas situações. Contatos: (11) 999837800 e daniela@evcom.com.br





DEPRESSÃO PÓS-PARTO: MAIS COMUM DO QUE SE IMAGINA



Espera-se que o período da gestação e do nascimento do bebê seja de alegrias e emoções positivas. No entanto, sabe-se que uma depressão pós-parto atinge cerca de 15 a 20% das mulheres. Define-se a depressão pós-parto como aquela que ocorre nas primeiras 4 a 6 semanas após o parto. No entanto, em muitos casos, a depressão começa já antes do parto, no final da gravidez, persistindo no puerpério, o que leva alguns autores a preferir o termo peri-parto, para caracterizar esse período.

O quadro mais leve e transitório de depressão, conhecido como “maternity blues”, chega a acometer 60% das mulheres no pós-parto. Os sintomas, como tristeza, choro fácil, labilidade das emoções e desânimo; são sentidos nos primeiros dias, logo após o parto, mas desaparecem com o tempo, em questão de uma ou duas semanas.

Já a depressão pós-parto é mais grave, e pode surgir antes mesmo do parto, no final da gestação. Os sintomas são similares aos da depressão comum, como tristeza, apatia, ideias de culpa, insônia e até desinteresse pelo bebê.

Nos quadros mais críticos, podem ocorrer ideação suicida, havendo também o risco de infanticídio, o que, felizmente, é raro. A frequência de ideação suicida é de cerca de 2% nos primeiros seis meses pós-parto.

A tendência à depressão pós-parto depende da interação de vários fatores, incluindo genética; alterações hormonais que ocorrem durante a gravidez e no pós-parto; fatores sociais e culturais; além do estresse natural da maternidade.
Mulheres que tiveram depressão pós-parto podem ter novamente em uma gestação subsequente. Sendo assim, é preciso ficar alerta aos sintomas que, possivelmente, podem se manifestar de novo.

O tratamento, dependendo do caso, pode incluir medicação antidepressiva, sempre com orientação médica, principalmente se a mãe estiver amamentando o bebê. Além da medicação, a psicoterapia pode auxiliar a mãe a lidar com as dificuldades e responsabilidade da nova vida.

Fica claro que, neste cenário, o cuidado com o recém-nascido fica prejudicado por parte da mãe. Por isso, a ajuda da família e a intervenção terapêutica são fundamentais. Reconhecer que a depressão é uma doença como outra qualquer, e incentivar o tratamento, ajuda na recuperação da mãe.






Prof. Dr. Mario Louzã - médico psiquiatra e psicanalista. Doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha. (CRMSP 34330)




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