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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Luxo colorido




Azul, rosa, vermelho... cores trazem vida, alegria e personalidade. Mas não é só isso: se bem empregadas podem agregar também luxo e requinte
Projeto da arquiteta Isabela Canaan: o tom vermelho foi um aliado da profissional para criar um ambiente requintado. Foto: Jomar Bragança
As cores podem determinar o estilo da decoração. Os tons neutros, por exemplo, expressam com mais propriedade a sofisticação. Antigamente eram as cores que seguem essa cartela as que, obrigatoriamente, traduziam requinte e luxo. Mas essa regra caiu por terra ao perceber-se que tons coloridos também conseguem expressar elegância.
O segredo está na elaboração das composições. “O que transmite a sensação de requinte é a maneira como a cor é inserida ao ambiente e não o tom especificamente. Aliar cores marcantes a uma cartela neutra, contudo, é uma estratégia mais certeira”, explica a arquiteta Carmen Calixto.
Nesse espaço gourmet, a arquiteta Carmen Calixto optou por cadeiras vermelhas de perfume retrô e parede revestida em vidro laqueado azul pavão. Apesar de intensas, as duas cores se complementam e impedem que o ambiente fique demasiadamente clássico e neutro. Foto: Henrique Queiroga
E as nuances mais coloridas podem ser empregadas de diversas formas a fim de contribuir com um ambiente mais requintado. “São inúmeras formas de aplicar as cores, por exemplo, painéis laqueados, painéis de vidro laqueado, uso em telas, quadros, almofadas, adornos e até em móveis, dependendo do objetivo estético de cada projeto”, conta a arquiteta Isabela Canaan.
Muitos profissionais acreditam que nenhuma cor precisa ser evitada e que todas conseguem transmitir a sensação de luxo, tudo depende de como ela será utilizada no projeto. Porém, a designer Iara Santos traz algumas ressalvas: “É preciso ter muito cuidado com as cores quentes e muito abertas, gritantes, como é o caso do amarelo e do laranja. Na dúvida, o ideal é evitá-las”.
Para não errar, Carmen dá dicas práticas: “Uma estratégia bastante eficaz é mesclar tons frios e quentes. Por exemplo, ambientes de tons naturais recebem bem tons de azul, enquanto ambientes cuja base são os cinzas se completam com peças em amarelo ou rosa. O importante é experimentar, com cautela e mantendo a harmonia do espaço”.
Além de também conseguirem expressar luxo e sofisticação, os tons coloridos trazem vantagens aos mais neutros. “O ambiente fica mais humanizado e menos impessoal”, afirma Isabela. E essa lista não para por aí. “Com uma cartela mais colorida, os espaços ganham mais alegria, vida e personalidade”, completa Iara.
Nesta cozinha, a  designer Iara Santos comprova que as cores podem ser usadas em todos os ambientes da morada proporcionando aos ambiente mais requinte e sofisticação 



MÃO DUPLA COMUNICAÇÃO

Pessoas com doenças de pele ainda enfrentam muito preconceito






Associação em Curitiba ajuda crianças e adultos com epidermólise bolhosa, doença que causa bolhas na pele

O preconceito ainda é uma das maiores preocupações de quem sofre de epidermólise bolhosa, uma doença de pele com causa genética que causa a fragilidade da pele e das mucosas. A doença, que é causada por uma alteração ou ausência de colágeno, faz com que a pele fique coberta por manchas e bolhas. “Muitas pessoas acham que a doença pode ser contagiosa, por isso ficam com medo de se aproximar”, conta o enfermeiro da Membracel, Antonio Rangel, que é enfermeiro especialista em tratamento de feridas de pele. Entretanto, garante o especialista, essa preocupação é infundada, já que a doença é hereditária e a pessoa nasce com os sintomas ou irá apresenta-los até os três anos de idade. 

A EB, como é conhecida a doença, deixa a pele extremamente frágil, podendo causar bolhas e erosões em consequência de qualquer atrito, além de outras complicações graves em consequência desta falta de colágeno. Por isso, também é conhecida como a “doença da borboleta”, pelo fato da pele sensível como a asa do inseto, que é extremamente frágil e pode se desfazer com o toque. Rangel explica que a pele possui duas camadas: uma externa, a epiderme, e outra interna, a derme. “Na pele saudável, existem âncoras de proteína entre essas duas camadas que impedem que elas se movimentem independentemente uma da outra. Já em quem tem epidermólise bolhosa essas duas camadas não possuem as âncoras, o que faz com que a pele e as mucosas fiquem muito frágeis.”

Com isso, uma leve fricção ou até mesmo mudanças climáticas podem separar as camadas e formar bolhas e feridas dolorosas. As áreas de maior atrito – como mãos, pés e mucosas – são as mais afetadas. As lesões mais profundas causadas pela EB podem ter como consequências cicatrizes como as de queimaduras.

A doença é grave e ainda não tem cura. Entretanto, a prevenção de traumas e a escolha por melhores tratamentos é o principal caminho para amenizar os sintomas da epidermólise bolhosa, minimizando a dor e melhorando a qualidade de vida. “É fundamental utilizar produtos que estimulem a cicatrização e diminuam a manipulação da área lesionada, prevenindo infecções”.

Uma opção de tratamento das lesões na pele que apresenta bons resultados é por meio do curativo feito com a membrana regeneradora porosa, a Membracel. “A membrana, que é fabricada a partir de um processo de biotecnologia, funciona como um substituto da pele, evitando rejeição e alergias, além de favorecer a rápida epitelização e ajudar a diminuir, consideravelmente, a dor.”

Associação combate preconceito
Após descobrir que o filho tinha epidermólise bolhosa e sabendo das dificuldades enfrentadas pelos familiares, a dona de casa Jéssica Kingerski da Silva Calgaro, com a ajuda de outros voluntários, fundou a Appapeb- Associação paranaense de pais, amigos e pessoas com epidermólise bolhosa, que começou a atuar em fevereiro desse ano. “Nosso objetivo é ajudar crianças com epidermólise bolhosa e dar apoio e orientação aos pais.”

Jéssica conta que as maiores dificuldades enfrentadas pelos pacientes e pelos pais são o preconceito e o desconhecimento sobre a doença. “Vemos esse desconhecimento diariamente e não apenas pelos leigos, mas também por profissionais da área da saúde. Por isso, a associação também trabalha para uma maior divulgação da doença, para assim tentarmos combater o preconceito”, conta.  


Sobre a Membracel:
Criada em 2000, a Membracel Produtos Biotecnológicos é uma empresa referência em seu segmento. O produto – exclusivo da empresa – foi desenvolvido com base no resultado de pesquisas de biotecnologia. A membrana atua como um substituto temporário da pele para casos de falta da epiderme ou da derme, como em queimaduras e úlceras.

Mortes no trânsito no Estado de São Paulo caem 5,4% nos primeiros quatro meses do ano





Índice é comparado ao mesmo período de 2015; redução dos acidentes com vítimas foi ainda maior, diminuindo em 24% as ocorrências no Estado no acumulado do ano de 2016 em relação aos acidentes do mesmo quadrimestre de 2015
As mortes decorrentes de acidentes de trânsito no Estado de São Paulo tiveram queda de 5,4% no acumulado do ano em relação ao mesmo período de 2015, segundo levantamento do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga SP). Foram 108 óbitos a menos nos primeiros quatro meses de 2016, apesar do leve aumento de 2,7% de mortes no mês de abril de 2016.
Os acidentes com vítimas também mostraram redução tanto no acumulado do ano quanto no mês de abril, sempre comparando com o mesmo período do ano anterior. Nos dois casos, a redução foi de 24% nas ocorrências com vítimas no Estado de São Paulo. A intensificação das blitze da Lei Seca em todo o Estado, campanhas de conscientização e o início do trabalho nos 15 municípios conveniados ao Movimento Paulista de Segurança no Trânsito são os principais fatores que auxiliaram na redução dos índices de acidentes.
O Infosiga SP reúne dados sobre faixa etária, gênero da vítima, tipo do veículo envolvido e perfil do acidente. Também é possível, por meio das informações registradas nos boletins de ocorrência, identificar períodos do dia e da semana em que os acidentes com vítimas se concentram, além de ter o retrato dos índices no Estado e em todos os 645 municípios. Em relação ao período de maior incidência de acidentes, é possível destacar o fim de semana (sexta-feira à noite até domingo) como o mais perigoso nas estradas e vias. Esse é o principal fator que explica o aumento de mortes em abril desse ano quando comparado com o mesmo mês de 2015. Em 2016, o mês de abril teve cinco fins de semana completos, enquanto no ano passado, o mês teve apenas quatro. Apenas nos fins de semana, foi identificado o aumento de 3,15% na comparação dos dois períodos.
O relatório divulgado hoje também aponta que, do total de mortes em acidentes de trânsito ocorridos em abril desse ano no Estado de São Paulo, 32% das vítimas estava em motocicletas e outros 23% eram pedestres. As vítimas fatais dos acidentes são, em sua maioria, homens (80%) e jovens (18 a 29 anos representam 26%). Em relação ao tipo de acidente, colisões e atropelamentos continuam concentrando a maior parte dos óbitos (61%), assim como nos meses anteriores.
No acumulado do ano, o Infosiga SP mostra que as características de vítimas e acidentes continuam as mesmas: mais homens morreram (77%) na faixa etária entre 18 e 29 anos (25%); o tipo de acidente que mais matou no Estado em 2016 também foi colisão (36%), seguido de atropelamento (25%).
Em abril e maio, o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito lançou uma campanha para conscientizar o pedestre do seu papel por um trânsito mais seguro. Chamando atenção para o fato de o atropelamento ser uma das principais causas de mortes em acidentes de trânsito nas cidades (30%) e rodovias (26%), peças alertaram para a distração das pessoas com o uso do celular enquanto andam e também para a imprudência de não atravessar a rua na faixa de pedestre ou as rodovias pelas passarelas. Cartazes foram distribuídos nos postos do Poupatempo, nas estações de Metrô e CPTM, e disseminados nas redes sociais dos órgãos do Governo ligados ao trânsito, como Artesp e Detran-SP.
Convênios com municípios
Em fevereiro, o governador Geraldo Alckmin assinou convênios com os municípios de Amparo, Atibaia, Barretos, Catanduva, Fernandópolis, Itanhaém, Jacareí, Piedade, Praia Grande, Registro, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, São Roque e Sorocaba, com o objetivo de implantar um programa piloto para investir em ações voltadas para fiscalização, sinalização e educação no trânsito. O objetivo é que as iniciativas bem-sucedidas sirvam de modelo para outras cidades e possam ser replicadas. O repasse da primeira parcela dos R$ 10,5 milhões que serão investidos nos municípios já foi feito e as prefeituras, juntamente com o Governo, estão trabalhando para reduzir acidentes e, consequentemente, mortes.
Sobre o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito
O Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (www.segurancanotransito.sp.gov.br) foi lançado em agosto de 2015 e é responsável por construir um conjunto de políticas públicas para reduzir o número de vítimas de acidentes de trânsito no Estado. O Movimento é um desdobramento do decreto nº 61138/2015, que determinou a elaboração de medidas para diminuir o número de vítimas do trânsito. A meta de redução de óbitos é de 50% em relação ao índice de 2010, ano anterior ao início da Década de Ação Pela Segurança Viária, da ONU.
O comitê gestor do Movimento é coordenado pela Secretaria de Governo e composto pelas secretarias da Casa Civil, Segurança Pública, Logística e Transportes, Saúde, Direitos da Pessoa com Deficiência, Educação, Transportes Metropolitanos e Planejamento e Gestão.
Para que a meta de redução de 50% nas vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito seja alcançada, o Governo intensificou esforços em ações voltadas para educação no trânsito, segurança das vias e veículos, além de gestão nas respostas para acidentes.
Além do esforço do Governo na redução de acidentes nas vias do Estado de São Paulo, o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito também conta com o envolvimento da sociedade civil. São empresas engajadas na promoção de um trânsito mais seguro, entre elas, Abraciclo, Ambev, Arteris, Banco Itaú, Optas, Porto Seguro e Ultra. Dentre os apoiadores, a Ambev, por exemplo, investe em tecnologia e treinamento para garantir a segurança de seus funcionários que trabalham em uma frota de mais de 12 mil veículos, entre motocicletas, carros e caminhões. Já a Porto Seguro lançou a campanha Gentileza gera Gentileza, para evitar discussões no trânsito e incentivar a gentileza entre usuários.

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