Especialista
revela mitos que envolvem a alimentação na gravidez e ensina como manter um
cardápio saudável durante esse período.
Será
que comer por dois é realmente indicado? Quanto de peso ganho é aceitável para
uma gravidez saudável? Durante a gestação as mulheres têm inúmeras preocupações
e dúvidas, principalmente no que diz respeito a alimentação. Mas além desses
cuidados é necessário contar com a ajuda de familiares e especialmente das
mulheres que já passaram pela gestação e podem contribuir com alguns conselhos.
Muitas vezes, as futuras mamães acabam ouvindo muitos “palpites” já que, nesses
momentos, cada pessoa que quer ajudar fala qualquer coisa sendo necessária
bastante atenção para o que vai fazer, principalmente quando se trata da
alimentação.
A
nutricionista, Patrícia Cruz, dá dicas de como cuidar corretamente da
alimentação nesse período. “A gestante
deve evitar alimentos industrializados ricos em sódio, ricos em gordura e
açúcar. Por sua vez, deve aumentar o consumo de frutas e verduras, prestar
atenção na ingestão de água e não ficar longos períodos em jejum”, explica
a especialista. Patrícia ainda revela que acreditar que a mulher grávida pode
comer por dois é um grande erro. “Muitas
pessoas acreditam que durante a gestação deve-se comer por dois e/ou que após o
parto que não deve controlar a dieta, que caso inicie, pode deixar de
amamentar, que o leite ficara fraco. Isso na verdade são grandes mitos
envolvendo a alimentação na gravidez”, comenta.
O que comer durante a gravidez?
Em
um cardápio ideia para gestantes não pode faltar: alimentos fontes de cálcio –
leite, iogurte e queijos para saúde óssea; alimentos fontes de ferro – carne
vermelha, aves, leguminosas (feijão, lentilha); e vegetais verdes escuros –
espinafre, rúcula, agrião, catalonha, para evitar a anemia, que é muito comum
durante esse período.
Além
disso, Patrícia também indica as fibras – arroz integral, cereais integrais,
pães integrais, para evitar a constipação, que também é comum durante a
gravidez, devido à progesterona.
Cada mês é uma fase
É
por meio da alimentação da mãe que o bebê recebe os nutrientes necessários para
o desenvolvimento de acordo com as semanas da gestação. Patrícia explica, por
exemplo, que durante as primeiras semanas de gestação é comum a suplementação
de ácido fólico, vitamina do complexo B, que e evita a má formação do tubo
neural.
A
nutricionista conta que em uma dieta restritiva há menos troca de nutrientes
materno-fetal, desenvolvimento placentário e fluxo sanguíneo inadequado. Isso,
consequentemente, acaba afetando o desenvolvimento fetal.
O que não comer
Nesse
período a mulher deve evitar bebida alcoólica, bebida com cafeína (chá preto,
chá mate, chá verde, refrigerantes). Segundo Patrícia Cruz, esses alimentos são
estimulantes do sistema nervoso do bebê. Além disso, a nutricionista também
indica não se alimentar de carnes crus e peixes crus, pois esses alimentos são
hospedeiros do parasita da toxoplasmose.
Posso comer por dois?
Abusar
da alimentação porque está comendo por dois nem pensar. O ganho de peso
excessivo pode levar a hipertensão gestacional e também ao diabetes gestacional,
quadros clínicos de risco para a mãe e bebê. “O ganho de peso ao longo da gestação depende sempre do
peso pré-gestacional. De modo geral calcula-se 10 a 12 kg. Mas vale lembrar que
mesmo iniciando a gestação com o peso acima do recomendado. A perda de peso ou
manutenção não e indicada”, explica Patrícia.
Como perder peso depois da gravidez?
A
especialista explica que tudo depende do quanto foi ganho durante a gestação e
da rotina alimentar da mulher nesse momento. “A perda e ganho de peso sempre depende da educação
alimentar. Em minha opiniãoe experiência de consultório não é fácil, por este
motivo controlamos o ganho de peso durante a gestação”, ressalta.
Dicas para as gravidinhas
Patrícia
Cruz passa algumas recomendações gerais para as mulheres grávidas:
- Não coma por dois;
- Coma a cada 3 horas;
- Caso tenha azia não coma para aliviar, beba água bem gelada com gotas de limão ao longo do dia;
- Use o polivitamínico prescrito por seu obstetra e/ou nutricionista ao longo da gestação e também por 1 ou 2 meses após o parto.