Mudança de hábitos é uma das indicações
para minimizar sequelas, que podem acompanhar o período de recuperação
Por isso, o cardiologista do Hospital Cardiológico Costantini, Everton Cardoso Dombeck, destaca a importância de um atendimento imediato. “É muito importante fazer o diagnóstico de um evento cardíaco o mais rápido possível, pois tempo é músculo. O paciente com quadro clínico sugestivo de infarto agudo do miocárdio deve ser encaminhado para um centro cardiológico especializado mais próximo, com estrutura adequada para o pronto restabelecimento do fluxo coronariano obstruído”, explica.
O cardiologista destaca ainda que a angioplastia é o padrão no tratamento. “Uma vez desobstruída a artéria culpada pelo IAM, é possível “salvar” a maior quantidade de células miocárdicas isquêmicas que sofreriam necrose (morte celular) irreversível. Com isso, é possível reduzir as sequelas, que podem ser: morte do paciente, a mais indesejada, instalação de insuficiência cardíaca e terreno propício ao desenvolvimento de arritmias cardíacas, problemas que podem comprometer a qualidade de vida do paciente acometido”, esclarece.
Fique atento
Os principais sintomas do ataque cardíaco se caracterizam por desconforto e/ou dor torácica mal localizada, podendo ser repentino e constante no meio do peito. Existe a possibilidade de irradiar para várias partes do tórax, costas, pescoço, mandíbula e braços, principalmente a parte interna do esquerdo. Além disso, pode ocasionar a falta de ar, associada à palidez, sudorese e outras formas dor epigástrica.
Mais qualidade de vida
Após a recuperação, a pessoa deve mudar alguns hábitos: ter uma alimentação saudável e balanceada - com mais frutas e verduras -, ficar atento aos níveis de colesterol, se é fumante deve parar de fumar, e praticar exercícios físicos após liberação médica.
Problema crescente
Somente este ano,
aproximadamente 190 mil pessoas já faleceram devido a problemas
cardiovasculares no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
O número é crescente: no ano passado, foram cerca de 350 mil, um aumento de
1,39% em relação a 2015 e 65 mil a mais que em 2004.