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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Por que o lojista não é obrigado a trocar presente

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Mesmo tendo de 30 a 90 dias para solicitar a troca de itens com defeito, o consumidor não tem a substituição garantida de algo que não agradou ou não serviu


Embora seja um costume, nem sempre o lojista precisa se render ao desejo do cliente quando o assunto é a substituição de um produto. Passadas as compras de dezembro - época de festas de confraternizações, amigo-secreto e troca de presentes natalinos -, os dias pós-Natal costumam movimentar os corredores de shoppings e ruas de comércio popular com os consumidores que desejam trocar o que ganharam, seja porque não gostaram ou porque não serviu.

Entretanto, a legislação não obriga os estabelecimentos a concordarem com isso, e não é em todo caso que essa troca pode ser garantida. O Código de Defesa do Consumidor define que as lojas não têm obrigação de trocar um item que não agradou ou não serviu. A troca só é assegurada quando o estabelecimento deixa essa possibilidade clara no momento da compra, ou quando o bem adquirido apresenta algum defeito.

Em seu material informativo, o Procon-SP detalha que a troca de um produto em perfeito estado por um item de outro tamanho, cor ou modelo não tem indicação legal e, por isso, a legislação não impõe essa obrigatoriedade a nenhum fornecedor.

Porém, as empresas costumam se render a esse desejo como um benefício aos clientes e, nesses casos, cada estabelecimento pode criar suas próprias regras. No geral, há o consenso da questão dos 30 dias, mas cada um estabelece o seu prazo, e há lojas que determinam a troca em 10, 30 ou 60 dias, por exemplo - tanto para compras virtuais como físicas.

Assim como há lojas que podem simplesmente se negar a trocar itens específicos, como peças íntimas ou produtos personalizados. Porém, todo tipo de vedação deve ser expressa ao consumidor no ato da compra, para que ele esteja ciente das condições.

A substituição e o modo como proceder com essa troca também variam. Algumas lojas podem conceder vouchers (mais comuns nas compras on-line) ou, se for na loja física, há estabelecimentos que costumam dar um vale equivalente ao preço que foi pago para ser utilizado no dia ou no prazo estabelecido pela empresa.

Ainda de acordo com o Procon-SP, além de se informar, os clientes também devem manter a integridade do produto e atender às condições exigidas pelos estabelecimentos, como manter a etiqueta e guardar a nota fiscal ou recibo para apresentar no momento da troca, por exemplo.

Itens com defeito - A troca de itens com defeito - seja pelo não funcionamento ou pela chegada de um produto divergente do que foi comprado - é prevista pelo Código de Defesa do Consumidor, e a lei estabelece que, uma vez sinalizado o defeito, a empresa tem 30 dias para resolver o problema.

Ao fim desse prazo, o cliente pode pedir o dinheiro de volta, outro produto ou uma indenização proporcional quando se tratar de um defeito parcial. Cada empresa cria o seu fluxo e a sua tratativa - especialmente, quando se trata de eletrônicos. Há casos em que, se o produto puder ser consertado, o consumidor é obrigado a receber aquele produto, e não tem direito de exigir um novo, a não ser que não seja resolvido no prazo de 30 dias, ou que o conserto deprecie o produto.

Garantia de troca -  Para efetuar a troca dos presentes, as empresas costumam exigir um procedimento mínimo para provar que aquele produto foi adquirido pela pessoa. O mais recomendado é guardar a nota fiscal da compra e manter as etiquetas nos itens, pois ela acaba sendo um requisito para provar a origem daquela compra e sinalizar aos atendentes que se trata de um presente. Já nas compras on-line, o processo é um pouco diferente, porque a troca precisa ser solicitada por quem efetuou a compra diretamente no site da empresa.

Arrependimento - O Código de Defesa do Consumidor regula o direito de arrependimento, que é exclusivo para compras on-line. Nesse caso, são até sete dias, após o recebimento do produto, para desistir da compra e devolver o item à empresa, recebendo o reembolso integral do valor pago. E não há necessidade de justificar o motivo, nem explicar nada - não existe restrição na lei. A restituição do valor deve ser imediata, mas se a pessoa comprou com cartão de crédito, existe o prazo operacional. Se a compra for com pix, é preciso solicitar o cancelamento e fornecer os dados para o reembolso. O mesmo vale para o pagamento por meio de boleto bancário.

Trocas negadas -  O melhor jeito é tentar resolver a questão diretamente com a empresa, seja pela central de atendimento ou pela ouvidoria, que costumam ser as vias mais rápidas de comunicação. Se o problema não for resolvido, o cliente pode buscar os órgãos de proteção ao consumidor, como o Procon ou o meio extrajudicial que são as plataformas on-line de atendimento. Uma delas é o ProConsumidor, uma plataforma oficial da Secretaria Nacional do Consumidor, onde a pessoa faz tudo on-line, pode reclamar e é aberto um protocolo, que a empresa é obrigada a responder. E existem os meios não oficiais, como o Reclame Aqui.



Mariana Missiaggia

https://dcomercio.com.br/publicacao/s/por-que-o-lojista-nao-e-obrigado-a-trocar-presentes


Planejamento estratégico é chave principal para gestão assertiv

Especialista aponta que uma gestão bem estruturada e focada em resultados é essencial para enfrentar os desafios do ano e garantir o crescimento sustentável das empresas 

 

O planejamento estratégico é essencial para que as empresas estabeleçam uma base sólida e alcancem seus objetivos ao longo do ano. Em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo e dinâmico, esse processo se torna crucial para garantir a organização e maximizar os resultados.

De acordo com o estudo Cenário Macroeconômico Global e Brasil 2025, realizado pelo Centro de Inteligência em Médias Empresas da Fundação Dom Cabral (FDC), a economia global deve seguir um ritmo lento devido às altas taxas de juros adotadas pelos bancos centrais para controlar a inflação. No Brasil, a previsão é de que o PIB cresça mais de 2% ao ano em 2025, indicando um cenário econômico relativamente positivo.

Para o consultor financeiro Rangel Chavans, o planejamento é o principal passo para iniciar o ano com o pé direito. “A falta de um planejamento estratégico eficiente pode comprometer o sucesso de qualquer negócio. Quando uma empresa se planeja adequadamente, ela consegue identificar oportunidades, mitigar riscos e se adaptar às mudanças do mercado, garantindo uma gestão mais assertiva e focada em um crescimento sustentável”, afirma Chavans.

Um planejamento bem estruturado não apenas orienta as ações ao longo do ano, mas também melhora a comunicação interna e prepara as equipes para lidar com imprevistos financeiros e estruturais.

“Com um plano bem delineado, as empresas conseguem otimizar seus recursos, aprimorar a comunicação entre as equipes e antecipar desafios, o que garante uma execução mais eficiente das estratégias”, conclui Chavans. 

 

Rangel Chavans - especialista em gestão estratégica e consultoria empresarial, com ampla experiência no auxílio a empresas de locação para aprimorar suas operações e alcançar resultados mais eficazes e rentáveis. Seu foco é proporcionar soluções práticas e personalizadas, trabalhando de perto com cada cliente para implementar mudanças estratégicas que otimizem processos, aumentem a competitividade e gerem resultados sustentáveis. Para mais informações sobre os serviços de consultoria de Chavans, entre em contato pelo perfil no LinkedIn e Instagram.


quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Temporada de férias deve redobrar cuidado com os olhos das crianças

Água contaminada, irritação provocada por areia e exposição excessiva ao sol são alguns dos perigos que devem ser observados pelos pais


A temporada de férias escolares é a certeza de que a diversão vai começar. Para boa parte das crianças brasileiras, o descanso deve ser sinônimo de banhos refrescantes na praia, na piscina ou até mesmo em algum rio ou cachoeira. A ansiedade de se esbaldar em algum desses lugares é justificada, principalmente por conta das altas temperaturas, mas é preciso também que os pais liguem o alerta em relação aos cuidados com os olhos.

O inimigo da saúde ocular está por todos os lados. A começar pela superexposição ao sol. “Os pais tendem a proteger a pele das crianças com protetores solares, e estão corretíssimos. Mas os olhos também merecem um cuidado extra, porque os Raios UV podem causar danos nas córneas num longo prazo”, adverte Erika Yumi, oftalmologista do Núcleo de Excelência em Oftalmologia (NEO), clínica localizada na Vila da Serra, região nobre de Belo Horizonte.

Para esses casos, ela recomenda utilizar bonés e óculos de sol enquanto não estiver na água. Aliás, os olhos também correm riscos durante o banho, seja de piscina, de mar ou de rio. O cloro pode provocar irritação, vermelhidão ou coceira nos olhos, e as águas contaminadas de rios ou de lagos podem conter microrganismos com potencial até para provocar infecções mais graves, como a ceratite. A doença consiste numa infecção das córneas que pode levar até à perda definitiva da visão.

“A orientação mais conservadora é não permitir que as crianças frequentem esses lugares, até porque podem apresentar outros perigos. Mas, considerando a saúde dos olhos, se for entrar, mantê-los protegidos com óculos de mergulho ou evitarem ao máximo abrir os olhos embaixo d’água”, orienta a médica especialista do NEO. “Em qualquer caso de irritação após um banho de rio ou de lago, a orientação é conduzir a criança rapidamente a um oftalmologista”, completa.

Outro perigo que ronda as águas Brasil afora na época do calor é a conjuntivite, como é conhecida a inflamação da membrana externa do globo ocular. Por ser bastante contagiosa, a criança pode acabar contraindo a doença através da água ou com o uso de utensílios usados por pessoas contaminadas. “Nesses casos, os pais devem deixar uma toalha para uso exclusivo de cada criança, e evitar manusear outros instrumentos utilizados por pessoas com conjuntivite, como brinquedos, por exemplo”, orienta a oftalmologista Érika Yumi.

“Agindo com precaução e portando sempre na bolsa uma garrafa de água mineral ou de preferência um colírio, as chances de transformar as férias de verão num pesadelo vão diminuir bastante. A atenção que os pais costumam ter com as crianças é tudo que elas necessitam para ter lembranças positivas das férias escolares”, finaliza a médica.


Calor intenso e bebidas geladas: uma combinação que “abre portas” para infecções de garganta

Médica do Hospital Paulista explica que choques de temperatura paralisam células ciliares que protegem o aparelho respiratório, ensejando quadros de rouquidão, amigdalite e faringite


Água bem gelada, sorvete, raspadinha, cerveja, caipirinha... Vale tudo para refrescar o corpo em meio ao calorão que ocorre nas mais diversas regiões do país. E a ingestão de líquidos e alimentos em baixas temperaturas é sempre uma solução desejável a quem busca por alívio imediato - o que de fato acontece.
 

O problema, geralmente, vem depois. Na hora dormir ou de acordar, ou mesmo passados alguns dias, a garganta muitas vezes costuma “reclamar”. Ou seja, vem aquela dor, tosse, irritação e incômodo ao engolir, o que já indica algum tipo de inflamação ou mesmo infecção. 

A razão, segundo a Dra. Cristiane Passos Dias Levy, do Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, está justamente no choque térmico que ocorre no momento que ingerimos esses líquidos e alimentos. 

“Esse conflito entre altas e baixas temperaturas acaba paralisando os cílios que revestem os tecidos da garganta e nariz. São células que servem de defesa do sistema respiratório, pois filtram microrganismos e partículas de poeira que respiramos e impedem que cheguem aos pulmões. Quando esse mecanismo de defesa deixa de funcionar, mais sujeira se acumula nas mucosas, e o volume de secreção aumenta. Essa dinâmica favorece que algumas bactérias ataquem a mucosa da boca e da garganta, provocando quadros de inflamação e infecções", explica. 

Dentre as consequências mais clássicas, Dra. Cristiane destaca a rouquidão, a amigdalite e a faringite. “São as complicações mais frequentes do impacto das bebidas frias na orofaringe", confirma. 

No caso das bebidas alcoólicas, em especial, a médica destaca que, quando ingeridas em excesso, elas também causam irritação e ressecamento da garganta – o que pode potencializar os quadros de inflamação/infecção. 

“O álcool pode causar refluxos, gerando mal-estar e irritação na garganta, principalmente quando aliado a uma alimentação desregrada, com produtos muito gordurosos e condimentados.” 

Abaixo, seguem algumas recomendações listadas pela médica para evitar esse tipo de problema, sem interferir tanto nos hábitos, muito menos deixar de consumir as coisas que tanto gosta. A hidratação é a principal dica. 

Confira os detalhes:

  1. Beba ao menos dois litros de água (temperatura ambiente) por dia. Isso contribui para a hidratação das mucosas da garganta.
  2. Evite ingerir bebidas e alimentos imediatamente retirados da geladeira ou freezer, para evitar o choque térmico na orofaringe.
  3. Faça a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado: sem a devida manutenção, o ar-condicionado e o ventilador podem acumular partículas de poeira e ácaros.
  4. Tenha uma alimentação equilibrada: priorize os vegetais e alimentos frescos, pois eles fortalecem o sistema imunológico do organismo.
  5. Evite o cigarro e a ingestão de álcool: fumar e beber são os agentes mais irritativos da garganta.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia



Pesquisa do Sabin comprova danos do cigarro eletrônico, como inflamação e disfunção alveolar

Casos estudados em parceria com a Universidade Federal do Triângulo Mineiro foram apresentados no Congresso Brasileiro de Radiologia

 

A inalação dos aerossóis contendo nicotina, propilenoglicol, glicerina, acetato de vitamina E e outros aditivos – encontrados nos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), mais conhecidos como cigarro eletrônico, vapes e pods – pode interferir nas funções pulmonares e levar a danos respiratórios, como a disfunção alveolar e inflamação maciça. Trabalho conduzido por especialistas do Sabin Diagnóstico e Saúde, apresentado no Congresso Brasileiro de Radiologia, detectou aspectos radiológicos desta condição em exames de tórax dos usuários. 

A radiologista do Sabin Carolina Neves Luis Ronan Souza, que integrou o estudo em parceria com a Universidade Federal do Triângulo Mineiro, explica que o cigarro eletrônico se desviou do propósito original de ser uma alternativa menos nociva ao tabagismo convencional, reduzindo doenças associadas. “Pelo contrário, essa nova modalidade do ato de fumar gerou um crescimento exponencial de usuários de nicotina pelo mundo, especialmente entre jovens e adolescentes”, alerta Carolina. 

Doença pulmonar grave associada ao uso de DEFs, a EVALI (sigla para E-cigarette or Vaping product use-Associated Lung Injury) ganhou destaque em 2019, quando uma onda de 2.800 casos de lesões pulmonares severas foi identificada nos Estados Unidos. Desde então, milhares de casos foram relatados, com ampla distribuição geográfica e afetando predominantemente adultos com idade média de 24 anos. Além da nicotina e dos aditivos encontrados nos DEFs, certos líquidos para vaping contém metais pesados, como chumbo e níquel. 

As manifestações clínicas da EVALI incluem sintomas respiratórios como tosse, dor torácica e dispneia. Já entre os aspectos gastrointestinais, estão náuseas, vômitos e dor abdominal, além dos sistêmicos febre, calafrios e perda ponderal. Segundo a radiologista do Sabin, pela sua gravidade, essas lesões pulmonares frequentemente resultam em hospitalizações prolongadas e, em alguns casos, em óbito.

 

Diagnóstico

A tomografia computadorizada é o método de imagem com melhor capacidade para detectar esse tipo de lesão, sendo comuns padrões de opacidades em vidro fosco bilaterais difusas, pneumonia lipoídica, opacidades nodulares ou com aspecto de árvore em brotamento, pavimentação em mosaico, consolidações em bases, pneumonia eosinofílica, pneumonia em organização, hemorragia alveolar difusa, bronquiolite respiratória com doença pulmonar intersticial associada. 

De acordo com o estudo, considerando a pluralidade de apresentações desta condição, é fundamental detalhar a histórico clínico e questionar o uso dos DEFs na avaliação de pacientes com quadros respiratórios, sobretudo na população de adolescentes e jovens, que não se autodeclaram fumante, apesar de consumir DEFs.“Na radiologia torácica é imprescindível que os dados clínicos do paciente sejam coletados de forma cuidadosa, para que possa se pensar na hipótese de EVALI, em pacientes com quadros respiratórios dramáticos”, contesta Carolina Neves

 

Legislação contra o cigarro eletrônico

Desde 2009, é proibida a comercialização de cigarro eletrônico no Brasil e, neste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) renovou a proibição. Quem for pego vendendo os dispositivos pode responder pelo crime de contrabando, mesmo que não tenha sido o importador. Porém, apesar da legislação, pesquisa da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (IPEC), aponta que o número de pessoas que usavam cigarro eletrônico quadruplicou no Brasil entre 2018 e 2022. Saiu de 500 mil para 2,2 milhões de usuários.

 


Grupo Sabin

Mau hálito: um alerta para sua vida profissional


 pexels

O que as pessoas pensam de gente com mau hálito

 

A halitose, popularmente conhecida como mau hálito, vai além de um simples incômodo bucal. Segundo a Dra. Cláudia Gobor, especialista no tratamento de halitose, esse problema pode prejudicar tanto a vida pessoal quanto o crescimento profissional de uma pessoa. A dificuldade de percepção do próprio odor faz com que muitos não saibam que estão sendo evitados, gerando isolamento social e até discriminação silenciosa no ambiente de trabalho. 

No contexto profissional, o impacto da halitose pode ser devastador. “Recebo pacientes que, em reuniões, evitam falar para não expor seu hálito, o que acaba minando oportunidades de promoção ou reconhecimento”, destaca Dra. Gobor. Essa falta de interação pode fazer com que profissionais capacitados fiquem à margem, prejudicando o desenvolvimento de suas carreiras. 

A discriminação se estende também às entrevistas de emprego, onde o mau hálito pode ser visto como falta de higiene e descuido com a saúde, atributos que, ainda que inconscientes, podem desqualificar candidatos. Além disso, no ambiente social, a halitose pode causar o afastamento de amigos e parceiros, afetando diretamente a autoestima. 

Por isso, Dra. Gobor enfatiza a importância de buscar tratamento especializado, não só para melhorar a saúde bucal, mas para garantir a confiança e a tranquilidade necessárias tanto no âmbito pessoal quanto profissional. "Tratar a halitose é, muitas vezes, uma questão de recuperar a autoestima e evitar que um problema simples comprometa relações e oportunidades."

 

Bom hálito Curitiba

Dra. Cláudia C. Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose. Ex-Presidente e atual Diretora Executiva da Associação Brasileira de Halitose
https://www.bomhalitocuritiba.com.br/
@bomhalitocuritiba


Climatério e menopausa: como diferenciar e lidar com cada fase

Você sabia que climatério é diferente de menopausa? Os termos são muitas vezes confundidos e utilizados como sinônimos, mas não são


A confusão entre os termos e períodos é porque, antes das mulheres passarem pela menopausa, data da última menstruação, a queda na produção hormonal já se manifesta por meio de irregularidade menstrual e outros sintomas climatéricos. As ondas de calor, insônia, dificuldade de concentração, alterações de humor, redução da libido e fadiga são ocasionados pela baixa dos níveis de estrogênio. O hormônio sexual feminino é fundamental para o desenvolvimento e funcionamento do corpo da mulher, produzido pelos ovários.

A menopausa é o último ciclo da mulher que representa a cessação definitiva da menstruação. Seu diagnóstico é retrospectivo já que é definido após 12 meses consecutivos sem menstruar. Já o climatério é um termo mais amplo que corresponde ao período de mudança da vida reprodutiva para a não reprodutiva e que perdura além da menopausa, geralmente dos 40 aos 65 anos de idade. A idade média para a entrada da menopausa entre as mulheres brasileiras é de 48 anos.

Denise Joffily, ginecologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) explica os tratamentos que estão disponíveis hoje. “A terapia hormonal é a maneira mais eficaz de se controlar os sintomas climatéricos como fogachos, ressecamento vaginal, alterações do sono e do humor. Além disso, possibilita proteção óssea, prevenindo fraturas osteoporóticas. Mas para quem não pode repor hormônios, há ainda terapias alternativas, como medicações como antidepressivos inibidores da recaptação de serotonina, gabapentina e oxibutinina, além de perda de peso e Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) que também pode ser recomendada”, explica.

 

Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo – Iamspe


Descarte de medicamentos: o que fazer com comprimidos que não serão mais usados?

Brasil está entre os países que mais consomem medicamentos; conheça três formas seguras de descarte

 

Com o crescimento do consumo de medicamentos, aumenta a preocupação com o descarte e o gerenciamento adequado desses resíduos. Isso reforça a necessidade de medidas eficazes para evitar impactos ambientais e sanitários. Segundo o Conselho Federal de Farmácia, o Brasil está entre os 10 países que mais consomem medicamentos no mundo, atingindo a marca de 162 bilhões de doses comercializadas.

Você já encontrou um medicamento vencido no fundo da bolsa ou esquecido em uma gaveta? Nesses momentos, surge a dúvida: qual é a forma correta de descarte? Seria no lixo comum, na descarga do banheiro ou existe um local apropriado? 

“De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os medicamentos são classificados como Grupo de Risco B. Isso significa que são resíduos que contêm produtos químicos que podem oferecer riscos à saúde pública e ao meio ambiente, dependendo de características como inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade”, explica a supervisora de produção da Prati-Donaduzzi, Graziele Brezolin.


Três formas para o descarte correto

Muitas pessoas acreditam que descartar medicamentos pela descarga evita a contaminação de profissionais que lidam com o lixo comum. No entanto, essa prática pode contaminar a água e o solo. Por isso, é fundamental adotar métodos que minimizem os riscos. 


1- Pontos de coleta em farmácias 

As farmácias geralmente possuem locais específicos para coleta de medicamentos vencidos ou em desuso, que são encaminhados ao lixo hospitalar. “O lixo hospitalar é direcionado a aterros sanitários apropriados, onde os resíduos são incinerados ou esterilizados, reduzindo as substâncias presentes nos medicamentos”, acrescenta Graziele.


2- Unidades Básicas de Saúde e hospitais

O descarte em lixo comum, seja em casa ou na rua, apresenta risco de contaminação ao ser destinado para aterros sanitários e lixões. Dessa forma, o ideal é optar por descartes em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e hospitais, garantindo que os resíduos sejam descartados corretamente no lixo hospitalar. 


3- Logística reversa na indústria farmacêutica 

Outra opção é buscar uma empresa farmacêutica na sua região, caso haja alguma na sua cidade. É o que acontece para aqueles que moram na região Oeste do Paraná, onde a Prati-Donaduzzi recebe em Toledo, medicamentos da comunidade para assegurar o descarte adequado. 

“Ao recebermos os medicamentos, proporcionamos à comunidade um local seguro para descarte, oferecendo mais uma alternativa que diminui os riscos de poluição ambiental”, finaliza a supervisora de produção. 

 

Prati-Donaduzzi


Pés e tornozelos inchados: será que pode ser um sinal de algo além do cansaço?

Especialista comenta sintomas e dá dicas para que as pessoas fiquem atentas aos sinais de doenças do sistema circulatório

 

Talvez você já tenha sentido aquela sensação estranha e dolorosa dos pés e tornozelos inchados depois de um longo dia de trabalho ou até mesmo após uma simples caminhada. Mas, afinal, isso é natural ou sinal de um problema? Segundo especialistas, os sinais descritos podem ser um dos indícios de condições no sistema circulatório que requerem atenção, por isso é preciso ficar atento para saber quando procurar tratamento. 

A médica Allana Tobita, cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), explica que é preciso entender o que causa o inchaço nos pés e tornozelos. Segundo ela, cerca de metade dos casos está relacionada a doenças circulatórias, que provocam o acúmulo de líquidos nessas regiões devido à insuficiência de safena e/ou disfunção linfática. 

“A maioria das doenças vasculares - principalmente venosas e linfáticas - causa inchaço nos tornozelos, pés e até outras regiões da perna, como exemplo o lipedema, o linfedema, a insuficiência venosa, varizes e a erisipela. Essa sensação é provocada pelo acúmulo de líquidos ao longo dia ou por alguma deficiência nas veias”, detalha Dra. Allana, que acrescenta que outros fatores também podem colaborar, como a desidratação, falta de atividades físicas, gravidez, passar longos períodos em pé ou sentado”. 

A médica pontua ainda que existem situações em que as pessoas devem ficar mais atentas, principalmente quando os sintomas surgem de forma repentina. “Não é normal o inchaço surgir de forma abrupta, principalmente quando acomete apenas um dos lados da perna, indicando algo que pode estar relacionado a uma circulação unilateral e não a um inchaço sistêmico. Isso significa que podemos ter indícios, por exemplo, de uma trombose do membro inferior. Em qualquer situação em que esses sintomas apareçam, é importante consultar um médico vascular para ter uma avaliação adequada”, alerta.

 

Como cuidar e prevenir 

A realização de exames é fundamental para investigar se os sintomas estão relacionados a uma doença vascular. Entre os procedimentos indicados, conforme a recomendação médica, estão o ultrassom vascular, doppler venoso, doppler arterial de membros inferiores, linfocintilografia de membros inferiores, angiotomografía de membros inferiores, angiografia, angiotomografia ressonância e o exame densitometria com quantificação de gordura corporal total para o lipedema. 

“Com esses exames podemos detectar, por exemplo, varizes e safena que precisam de tratamento a fim de evitar que evoluam de forma progressiva e se prevenir o surgimento de condições mais graves, como a trombose, a síndrome pós-trombótica e o linfedema”, destaca. 

Além do diagnóstico preciso, é importante cuidar para aliviar os sintomas e prevenir que os inchaços aumentem. “A ideia é utilizar estratégias de hidratação vigorosa, a prática de atividades físicas e a diminuição do consumo de alimentos ricos em sódio. O uso de medicamentos flebotônicos pode auxiliar o tônus da parede venosa e diminuir o acúmulo de sangue nas veias. Outra estratégia eficiente é o uso da meia elástica de compressão, que melhora o retorno venoso e a drenagem linfática das pernas”, comenta a médica.

 

Meias de compressão 

Existem diversos tipos que podem ser usados diariamente e modelos que são recomendados conforme avaliação médica. As meias de compressão também colaboram para a circulação saudável em diferentes situações do cotidiano, auxiliam na prevenção de doenças venosas, diminuem a sensação de cansaço muscular e aumentam o conforto dos usuários. Dentre as mais bem avaliadas do mercado estão as meias da SIGVARIS GROUP, empresa especializada em soluções de compressão médica inovadoras e de alta qualidade. A companhia possui um amplo portfólio, com produtos que podem ser usados pelos mais variados perfis de pessoas. 



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VAI COMEÇAR O PROJETO VERÃO? SAIBA DIFERENCIAR A DOR “NORMAL PÓS TREINO DE UMA LESÃO

Fisioterapeuta explica que nem toda dor pós-treino pode significar que o exercício foi eficaz e alerta para sinais que merecem atenção

 

Com a chegada do ano novo, muitas pessoas começam a se preparar para o projeto verão, quando tendem a levar as atividades físicas mais a sério e a intensificar os treinos. Com isso, as temidas dores musculares pós-treino ficam mais comuns e, embora algumas delas sejam completamente normais, pois indicam que o corpo está se adaptando aos novos desafios, é importante saber reconhecer os sinais de alerta que podem indicar algo mais sério, como lesões. 

Segundo o fisioterapeuta e diretor clínico do ITC Vertebral - Guarulhos, Bernardo Sampaio, aquela dor muscular que aparece no dia seguinte a um treino com esforço é conhecida como dor muscular de início tardio (DMIT). “Essas dores atingem seu pico entre 24 e 48 horas após a realização da atividade física, especialmente se você iniciou uma nova rotina de exercícios ou aumentou a intensidade dos treinos. Essa dor é geralmente localizada nos músculos trabalhados e é uma resposta normal do corpo ao esforço”, explica. 

Diferentemente da dor causada por lesões, que se intensifica com o movimento, a dor muscular pós-treino tende a diminuir com atividades leves. Isso sugere que os músculos estão se recuperando e respondendo positivamente ao esforço anteriormente aplicado. Em outras palavras, um pouco de dor é um bom sinal de que você está no caminho certo. 

Porém, é preciso estar atento à duração e intensidade da dor, pois muitas vezes podem ser confundidas com lesões mais sérias, principalmente por pessoas que não estão acostumadas a fazer atividades físicas. Dores agudas e súbitas durante o exercício, inchaço visível, inflamação e limitações nas atividades diárias também podem indicar que algo está errado. 

“Ignorar esses sinais pode levar a complicações crônicas, que não apenas impactam negativamente sua qualidade de vida, mas também podem interromper sua prática esportiva por longos períodos. Por isso, ouvir seu corpo e respeitar seus limites é crucial”, alerta Sampaio.

Vale lembrar que, se você está em dúvida sobre a natureza da sua dor, a autoconsciência e a escuta atenta ao corpo são essenciais. Se a dor persistir ou parecer fora do comum, o melhor a se fazer é buscar orientação médica e consultar um fisioterapeuta, médico ou profissional de saúde para uma avaliação.
 

Bernardo Sampaio - Fisioterapeuta pela PUC Campinas, possui especialização e aprimoramento pela Santa Casa de São Paulo e é mestre em Ciências da Saúde pela mesma instituição. Atua como professor universitário em cursos de pós-graduação na área de fisioterapia músculo esquelética e é Diretor Clínico do Centro Especializado em Movimento (CEM), ITC Vertebral e Instituto Trata, de Guarulhos.


JANEIRO SECO: ENTENDA OS BENEFÍCIOS DE FICAR SEM ÁLCOOL POR UM MÊS

A campanha Janeiro Seco traz benefícios que vão muito além da balança, confira o que acontece com seu corpo ao ficar 30 dias sem álcool

 

Se uma das metas para 2025 inclui reduzir o consumo de álcool, o Janeiro Seco pode ser o empurrãozinho necessário para começar o ano com o pé direito. A proposta é simples: passar o mês de janeiro sem consumir bebidas alcoólicas, uma prática que já é tradição nos Estados Unidos e na Europa e que tem conquistado cada vez mais adeptos no Brasil. E não é à toa: os benefícios para a saúde são muitos. 

De acordo com o Dr. Lucas Nacif, cirurgião gastrointestinal e membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), passar um mês sem álcool é uma oportunidade para o corpo se recuperar. "Além de ser um momento ideal para repensar hábitos, a pausa permite que o organismo se regenere. Ela ajuda a reduzir inflamações no sistema digestivo, o que pode melhorar a digestão e aliviar desconfortos como azia e inchaço”, afirma o especialista. 

Além disso, um estudo da Fiocruz mostra que o impacto do consumo excessivo de álcool no Brasil é significativo, com custos de cerca de R$ 18 bilhões por ano e a responsabilidade por aproximadamente 12 mortes a cada hora. 

Para entender a importância do Janeiro Seco, e como essa campanha pode trazer benefícios, confira alguns dos principais efeitos positivos dessa pausa, segundo o especialista
 

Recuperação do fígado e eliminação de toxinas:

De acordo com o médico, bebidas alcoólicas sobrecarregam o fígado, já que ele é responsável por processá-lo e eliminar suas toxinas. “Com o consumo contínuo, o órgão pode acumular gordura e até sofrer com inflamações, o que prejudica seu funcionamento. Ao parar de beber por um mês, como no Janeiro Seco, o fígado tem tempo para se regenerar e reduzir o acúmulo de toxinas. Isso ajuda o corpo a se desintoxicar mais rapidamente e melhora o funcionamento do fígado”, orienta Nacif.
 

Redução de inflamações no sistema digestivo:

O consumo frequente pode irritar a mucosa do estômago e aumentar a produção de ácido gástrico, o que pode causar azia, refluxo e até gastrite. Quando se dá uma pausa no álcool, essas inflamações diminuem, aliviando esses sintomas desconfortáveis. Conforme destaca o especialista, com o tempo, o sistema digestivo se acalma, facilitando a digestão e prevenindo problemas mais sérios como úlceras.
 

Perda de peso e melhora no metabolismo:

Uma das vantagens imediatas é a perda de peso. Isso ocorre porque o álcool contém muitas calorias vazias, que não oferecem nutrientes ao corpo. Além disso, o consumo de álcool pode atrapalhar o metabolismo e a queima de gordura. Durante o Janeiro Seco, o corpo tem mais facilidade para queimar gordura e reduzir medidas, principalmente na região abdominal, onde o álcool tende a acumular calorias.
 

Melhora na saúde intestinal:

O equilíbrio das bactérias intestinais pode ser prejudicado por fatores como a alimentação inadequada e o consumo frequente de certos hábitos. Isso afeta a digestão e a absorção de nutrientes. Com a interrupção desses hábitos, o intestino tem a chance de se restaurar, melhorando a digestão e reduzindo sintomas como inchaço, constipação e diarreia. A longo prazo, isso também contribui para a saúde intestinal.
 

Por fim, aumento de energia e bem-estar mental

Ao eliminar o álcool da rotina, muitas pessoas notam um aumento significativo na disposição diária. Sem a sobrecarga do álcool, que pode afetar o sono e os níveis de energia, o descanso se torna mais reparador, resultando em um sono de melhor qualidade e, consequentemente, mais energia ao acordar. O corpo se recupera mais facilmente durante a noite, e a sensação de cansaço diminui ao longo do dia. Além disso, o bem-estar emocional tende a melhorar, já que bebidas alcoólicas podem interferir no humor e na saúde mental. “A pausa no consumo de bebidas alcoólicas oferece ao organismo um equilíbrio maior, contribuindo para um estado emocional mais estável e positivo”, conclui Lucas Nacif.

 

Lucas Nacif - Especialista em cirurgia geral, e do aparelho digestivo, o Dr. Lucas Nacif é reconhecido por sua expertise em cirurgias hepato bilio pancreática e transplante de fígado, utilizando técnicas avançadas minimamente invasivas por laparoscopia e robótica. Além de suas contribuições no campo da cirurgia, o Dr. Nacif é membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Internacionalmente, ele é membro da ILTS (International Liver Transplantation Society), TTS (The Transplantation Society) e AHPBA (Americas Hepato-Pancreato-Biliary Association). O Dr. Nacif dedica-se integralmente à promoção da saúde digestiva, buscando não apenas a cura, mas também uma melhoria substancial na qualidade de vida de seus pacientes. Para saber mais, visite: www.lucasnacif.com e https://www.instagram.com/dr.lucasnacif_gastrocirurgia/


Ano novo, Check Up novo: A importância da boa relação com o médico e a frequência de exame

Empatia e confiança são pilares básicos para que profissionais de saúde ajudem no diagnóstico precoce de doenças como a endometriose


A chegada de um novo ano muitas vezes traz consigo a promessa de renovação, metas a serem alcançadas e uma oportunidade de cuidar melhor da nossa saúde. Apesar de todos os avanços da tecnologia na área da medicina, o apoio do médico continua sendo fundamental na hora de lidar com diagnósticos e tratamentos. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos aponta que, entre outras vantagens, uma relação empática entre médico e paciente pode promover um melhor funcionamento do sistema imunológico, altas mais rápidas após cirurgias e redução do período em que os sintomas se manifestam em certas doenças.

 

Quando se trata de ginecologistas, uma relação com empatia e confiança é ainda mais importante, especialmente para ajudar em diagnósticos sensíveis como o da endometriose. “Nem sempre as mulheres se sentem à vontade para relatar seus desconfortos e dores. Uma boa relação com o profissional se torna portanto um ponto chave para o correto diagnóstico, facilitando esse processo. É importante estabelecer uma relação profissional clara, mas sobretudo humana”, comenta o ginecologista Patrick Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

 

Segundo Bellelis, um dos grandes desafios de todo médico é evitar um diálogo com o paciente em que prevaleça uma relação de obediência e submissão. “A endometriose é um exemplo do quanto essa relação de confiança é necessária, porque é uma doença que envolve muitos aspectos delicados da vida da mulher. A partir de uma atitude humilde e de contenção, o médico deve gerar um clima de empatia positiva que lhe permita ajudar a pessoa que vem à consulta a ficar aliviada e confiante com relação ao diagnóstico da endometriose e ao seu tratamento, seja ele cirúrgico ou não”, finaliza Bellelis.

 

 



Clínica Bellelis – Ginecologia

Patrick Bellelis - Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Fez parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) de 2007 a 2022, além de ter integrado a Comissão Especializada de Endometriose da FEBRASGO até 2021. Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — pós-graduação lato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia.



Câncer de pele atinge 16% mais mulheres

 Pessoas acima de 60 anos têm mais risco de desenvolver a doença

 

O câncer de pele pode ser dividido em dois tipos: o não melanoma e o melanoma. O primeiro é mais frequente e menos agressivo do que o outro, e manifesta-se como uma lesão parecida com uma ferida, uma espinha, ou uma verruga, principalmente nas áreas expostas ao sol em pessoas idosas. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de pele não melanoma afeta mais mulheres, com cerca de 118.570 casos por ano, em comparação com os homens, que correspondem a 101.920 casos anuais. 

Uma explicação para a maior incidência de câncer de pele não melanoma em mulheres é que mulheres costumam ir mais ao médico do que homens, possibilitando o diagnóstico mais frequente e mais precoce. Os cânceres de pele são causados, principalmente, pela exposição crônica à radiação ultravioleta emitida pelo sol, que tem efeito cumulativo na pele e vai provocando danos no DNA das células. Portanto, pessoas acima de 60 anos, que tomaram muito sol ao longo dos anos, têm um risco aumentado de desenvolver a doença. 

Segundo o Dr. Denis Ricardo Miyashiro, dermatologista associado ao centro de Oncologia do Hcor, mulheres tendem a se expor mais à radiação ultravioleta em câmaras de bronzeamento artificial. “A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso de equipamentos de bronzeamento artificial devido ao aumento no risco de queimaduras, envelhecimento precoce e desenvolvimento de câncer de pele”, explica o especialista. 

Ao considerar que o maior número de pacientes com câncer de pele faz parte da população acima dos 60 anos, é necessário se preparar para dar atenção a um número crescente de indivíduos por causa do envelhecimento populacional, incluindo orientações quanto a cuidados preventivos, diagnóstico precoce e tratamento especializado. “O risco de câncer de pele vai aumentando com a idade, mas existem alguns outros fatores relacionados ao surgimento da doença, além da radiação ultravioleta, como exposição a algumas substâncias químicas e imunossupressão causada por algumas doenças ou medicamentos.” 

Ainda de acordo com o Dr. Denis, quando detectados precocemente, tanto o câncer de pele não melanoma quanto o melanoma são curáveis. Por isso, as medidas de prevenção e o acompanhamento dermatológico são fundamentais para a detecção precoce, quando há maiores chances de cura. O uso regular de protetores solares e proteção física (roupas, bonés, chapéus, viseiras) são as principais medidas para prevenir o câncer de pele. 

“Também é importante se atentar para os horários de exposição ao sol, evitando entre 9 e 15 horas. Reaplicar o protetor solar periodicamente a cada 2-3 horas, especialmente se entrar no mar ou piscina, e se houver muita sudorese, principalmente após a prática de atividades físicas ao ar livre. Estas medidas devem ser adotadas mesmo em dias nublados”, finaliza o médico.

 

Hcor


Câncer de pele pode atingir couro cabeludo: saiba como identificar e evitar que a doença passe despercebida

Região que muitas vezes é ignorada também precisa de cuidados específicos. Especialista reforça importância do autoexame e sinais para ficar de olho

 

Câncer de pele é assunto sério e manchas, pintas ou feridas não devem ser ignoradas, principalmente se surgirem no couro cabeludo, local que muitas vezes pode acabar passando despercebido. No verão, esse cuidado deve ser redobrado, por isso, é importante olhar mais a fundo para o tema.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que haja 229 mil novos casos de câncer de pele a cada ano, representando cerca de 31,3% de todos os tumores malignos registrados. Uma das principais causas da doença é a exposição prolongada sem proteção aos raios solares, o que além de provocar o envelhecimento precoce da pele, aumenta em até 10x o risco de câncer.

Dentre os casos, o câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum. A boa notícia é que quando descoberto precocemente, as chances de tratamento e cura da doença aumentam significativamente. Segundo Sheila Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, é muito importante investigar as manchas que aparecem no couro cabeludo.

"Uma das maneiras de identificar o câncer de pele no couro cabeludo é a partir do autoexame e da avaliação do dermatologista na dúvida se uma lesão pode ser câncer. Apesar de muitas vezes ser uma região deixada de lado, é fundamental estar atento aos sinais do próprio corpo. As manchas, pintas ou feridas podem aparecer de tamanhos e formas diferentes e, por isso, devem ser investigadas por um especialista", explica.


Cuidados que valem ouro

Apesar dos cabelos oferecerem uma certa proteção ao couro cabeludo contra os raios ultravioletas, a oncologista recomenda o uso de bonés ou chapéus durante a exposição solar. "É muito importante ainda não esquecer de proteger as orelhas. Para isso, deve-se usar protetor solar na região e reaplicar a cada duas horas ou após o mergulho e atividades ao ar livre".

No couro cabeludo, a recomendação é que em pessoas com cabelos ralos ou calvície o protetor também seja passado na região. Uma alternativa são os produtos mais fluidos, justamente por espalharem melhor. "O filtro solar deve ser aplicado, pelo menos, 30 minutos antes da exposição ao sol. Além disso, é importante que o FPS seja de 30 para cima. Usar o produto em pouca quantidade ou vencido prejudica a eficácia da proteção", alerta.


Pintas, manchas e feridas não devem ser ignoradas

Segundo Sheila Ferreira, a doença pode começar com uma pequena mancha ou ferida no couro cabeludo que, conforme o tempo, vai aumentando de tamanho e sofrendo alterações em sua cor, por exemplo. Essas mudanças podem ser identificadas a partir da regra "ABCDE" - Assimetria, Bordas irregulares, Cor, Diâmetro e Evolução.

  • Assimetria: quando metade da lesão é diferente da outra parte
  • Bordas: se a pinta, sinal ou mancha apresenta um contorno irregular
  • Cor: quando a lesão possui cores diferentes, podendo ser entre vermelho, marrom e preto
  • Diâmetro: caso a lesão apresente um diâmetro maior do que 6 mm
  • Evolução: mudanças nas características da lesão ao longo do tempo (tamanho, forma, cor)


Como fazer o autoexame

Nem sempre a detecção do câncer de pele no couro cabeludo é fácil, afinal, é uma região de difícil acesso. Apesar de poder ser feita individualmente, a dica é pedir ajuda para outra pessoa. A oncologista recomenda a inspeção uma vez ao mês, em ambiente bem iluminado. É fundamental passar os dedos por todo o couro cabeludo e abrir os cabelos para observar o local.

"De preferência, essa análise deve ser feita de dia, com luz natural, para uma melhor visibilidade da região. Porém, se algo diferente for encontrado ou houver dúvidas, é importante que o paciente procure um especialista para a investigação adequada".


Sintomas para ficar de olho

  • Lesões com crescimento rápido
  • Feridas que não cicatrizam e que podem estar associadas a sangramentos, coceira e dor
  • Lesões que mudam de cor, tamanho e formato
  • Manchas avermelhadas ou acastanhadas


Câncer de pele também pode atingir outros órgãos

Quando a doença não é tratada em estágio inicial, as células cancerígenas podem se espalhar pela corrente sanguínea ou pelo sistema linfático, acometendo outras regiões do corpo e levando ao surgimento de metástases. Por isso, assim que a lesão é identificada em sua forma primária, é muito importante que seja retirada, evitando o crescimento, sangramento e piora do quadro.

Na grande maioria dos casos, o tratamento é realizado a partir de cirurgia, mas também pode ser combinado com radioterapia, imunoterapia e terapia alvo. "As chances de cura podem chegar a 90% quando o câncer é identificado precocemente. Por isso, é essencial a realização do autoexame mensalmente e o acompanhamento periódico com dermatologista, além da avaliação especializada caso haja uma lesão suspeita no couro cabeludo", conclui.

 

Oncoclínicas&Co
www.grupooncoclinicas.com


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