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quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Exagerou nas festas? Saiba como se recuperar da comilança


Professor do curso de Nutrição do UniCuritiba dá dicas de “alimentação consciente” para começar 2025 com a saúde em dia

 

O final do ano é um período especialmente extravagante e sem rotina. As ceias de Natal e Réveillon são marcadas por fartura e as festas de encerramento das empresas, encontros com amigos, confraternizações e viagens de férias seguem a mesma tendência. 

“Como em tudo na vida, o equilíbrio é essencial. Embora as refeições em família e com amigos sejam momentos especiais, prazerosos e importantes para a socialização e a construção de memórias, é fundamental evitar excessos”, afirma o nutricionista Jhonathan Andrade, professor do curso de Nutrição do UniCuritiba – instituição da Ânima Educação. 

Segundo ele, a recomendação é “comer com atenção, questionar se há fome ou se estamos sendo influenciados pela abundância de opções e escolher qual alimento realmente agrada mais.” 

Para quem exagera na comilança, o especialista faz um alerta: não é recomendável adotar práticas extremas, como dietas detox ou compensações por meio de atividades físicas intensas. 

“A alimentação é um ato social e deve ser vista como um meio de prevenção e saúde, não como uma cura ou compensação. Coma e aproveite, sem culpa, pois é apenas uma vez no ano. No entanto, é importante ter cuidado com os exageros”, orienta Jhonathan. 

Ele também desmistifica a ideia de que dietas detox eliminam as toxinas acumuladas durante as festas de fim de ano. “Isso é um mito. O fígado já realiza esse trabalho naturalmente. Não devemos encarar a alimentação como algo milagroso. Ela é uma ferramenta preventiva para o bom funcionamento do organismo”, explica o nutricionista. 

Quando os excessos acontecem podem surgir consequências como retenção de líquidos, baixa resistência, cansaço, pele opaca e problemas no trânsito intestinal. Manter uma alimentação equilibrada e consciente é essencial para evitar esses desconfortos e ajudar o organismo a se recuperar. 

“O organismo elimina toxinas naturalmente por meio da respiração, urina e fezes. Se perceber que exagerou, não se culpe. Ajude o corpo de forma gradual, sem recorrer a práticas extremas. Atividades físicas regulares e uma alimentação baseada em alimentos naturais são grandes aliados nesse processo”, acrescenta o professor.

 

Hidratação e alimentação equilibrada


A hidratação é uma medida importante. A recomendação é consumir 35 ml de água por quilo corporal. Uma pessoa de 70 quilos, por exemplo, deve ingerir pelo menos 2,5 litros de água por dia. Chás e água de coco também podem ser incluídos na rotina. 

“Se optar por uma alimentação mais leve, elimine temporariamente carnes gordurosas e priorize frutas, verduras e legumes, de preferência orgânicos. Durante sete dias, evite bebidas alcoólicas, ultraprocessados, refrigerantes, açúcar e frituras”, orienta Jhonathan, que reforça o cuidado com dietas radicais ou da moda, que podem estar relacionadas a transtornos alimentares. 

Jhonathan Andrade destaca que o mais importante é aproveitar os momentos com amigos e familiares, comer com prazer e sem culpa. “Se exagerar, volte à sua rotina alimentar e de atividades físicas normalmente. Não é um único alimento ou receita que fará a desintoxicação do corpo, mas sim um conjunto de hábitos saudáveis ao longo do tempo.” 

Para finalizar, o professor do UniCuritiba ensina quatro receitas leves, frescas e nutritivas. 

 

SUCO VERDE

Ingredientes

·         1 laranja lima (suco)

·         1 punhado de salsinha

·         1 punhado de folhas de hortelã

·         2 folhas de couve com o talo

·         200ml de água de coco 

·         Gotas de suco de limão

·         1 colher sopa aveia em flocos finos

 

Modo de preparo:

Bata todos os ingredientes no liquidificador com aproximadamente 2 litros de água. Consuma pela manhã, antes do desjejum, e no lanche da tarde.

 

 

 GASPACHO (sopa fria)

 



Ingredientes

·         6 tomates maduros

·         2 fatias de pão integral

·         1 pepino japonês descascado

·         1/2 cebola roxa

·         ¼ de pimentão vermelho

·         1 ou 2 dentes de alho

·         2 colheres (sopa) de azeite

·         1 xícara de água gelada (opcional)

·         Sal e pimenta a gosto

 

Modo de preparo:

Corte os tomates, a cebola, o pepino, o pimentão e os dentes de alho. Em seguida, junte as fatias de pão picadas, o azeite, o sal e a pimenta. Para formar um creme, bata tudo no liquidificador. Para chegar à textura da sua preferência, coloque água gelada aos poucos. Por fim, leve à geladeira antes de servir.

 

 

 SALADA FRESCA

 


Ingredientes

·         2 cenouras

·         1 beterraba

·         1 maçã verde

·         ¼ de repolho roxo

·         Salsinha a gosto

·         2 colheres de sopa de mostarda

·         3 colheres de sopa de azeite

·         1 colher de sopa de mel

·         Sal e pimenta a gosto

 

Modo de Preparo

Descasque as cenouras e a beterraba, remova as sementes da maçã e corte o repolho em pedaços. Rale os ingredientes (pode usar o processador) e transfira para uma tigela. Junte a mostarda, o azeite e o mel. Misture bem e tempere com sal e pimenta a gosto. Salpique a salsinha e sirva.

   

 

 

ALMÔNDEGA DE QUINOA COM BRÓCOLIS

 



Ingredientes

·         400 ml de água

·         1 colher de sopa de azeite

·         ½ xícara de quinoa

·         ½ xícara de chá de brócolis

·         1 cebola em cubos

·         1 abobrinha ralada

·         ½ cenoura ralada

·         2 xícaras de molho de tomate

·         Sal e pimenta a gosto

 

Modo de preparo:

Coloque a quinoa na água e cozinhe por 15 minutos. Coe e reserve. Em uma panela, refogue a cebola no azeite e acrescente a cenoura e a abobrinha raladas. Em seguida, coloque os brócolis picados e deixe tudo refogando até ficar al dente.

 

Acrescente a quinoa cozida e mexa até dar liga. Se for necessário, acrescente uma colher de farinha sem glúten. Tempere com sal e pimenta a gosto. Quando a massa estiver fria, faça as almôndegas e grelhe na panela com um fio de azeite. Coloque em uma travessa e, para finalizar, despeje o molho de tomate.

 


UniCuritiba


Você sente dor durante as relações sexuais? Entenda as causas

Médico explica dois quadros comuns que acomete as mulheres

 

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a dor durante a relação sexual acomete cerca de 39,5% das mulheres brasileiras entre 40 e 65 anos. O sexo deve ser uma experiência de prazer e intimidade, não dor ou desconforto. No entanto, muitas ainda enfrentam o tabu e a vergonha de discutir abertamente questões relacionadas à sexualidade, mesmo com seus parceiros. 

Existem dois quadros muito comuns que se apresentam e, infelizmente, muitas não possuem o diagnóstico. Pensando nisso, o Dr. Thiers Soares, médico ginecologista referência internacional em mioma, endometriose e adenomiose, explica os principais motivos para acontecer esse problema, além de como realizar o diagnóstico e o tratamento.



1. Dispareunia

O termo é utilizado para descrever a dor recorrente durante o ato sexual. Na verdade, esse problema pode surgir em qualquer tipo de penetração, seja durante o sexo, na introdução de um espéculo em um exame ginecológico, ou até mesmo ao usar um absorvente interno. Existe a dispareunia primária, quando ocorre desde a primeira relação sexual e persiste ao longo da vida; a secundária, quando a mulher começa a sentir desconforto após anos de relações sexuais satisfatórias; e a situacional, que ocorre apenas com determinados parceiros ou situações. Embora a dispareunia possa afetar pessoas de ambos os sexos, ela é mais comum entre as mulheres.

É necessário primeiramente identificar em que momento o incômodo ocorre — durante a penetração profunda ou logo no início da relação. Essa informação é essencial para um diagnóstico preciso. Dor na penetração profunda pode indicar condições como endometriose ou a presença de miomas, enquanto desconforto no início do ato pode estar ligado a questões musculares, como o vaginismo. 

Para um diagnóstico completo, são realizados exames médicos, como o ginecológico, além de testes laboratoriais e, em alguns casos, exames de imagem para detectar possíveis condições. Além disso, uma avaliação do estado emocional é essencial para identificar possíveis causas como ansiedade, estresse, traumas ou dificuldades no relacionamento. Em muitos casos, a dispareunia pode ser tratada com sucesso, mas o caminho para a recuperação exige paciência e um tratamento adequado.


2. Vaginismo


É uma contração involuntária dos músculos ao redor da entrada vaginal, dificultando a penetração e provocando dor durante a relação sexual. A real incidência desta condição na população ainda é desconhecida, já que muitas não se sentem à vontade para discutir problemas sexuais com seus médicos. No entanto, algumas pesquisas indicam que até 40% das mulheres podem vivenciar algum grau de vaginismo ao longo da vida.


Ainda não existe um exame específico para diagnosticar o quadro e o ideal é que a avaliação seja feita por um ginecologista ou um fisioterapeuta pélvico com experiência em disfunções sexuais. O profissional de saúde pode realizar um exame físico para identificar possíveis anormalidades ou infecções na região genital, que são algumas das causas físicas do vaginismo. Além disso, é essencial discutir a história sexual da paciente, os sintomas apresentados, fatores emocionais e quaisquer outros problemas de saúde que possam estar relacionados à condição.

O tratamento normalmente requer uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir terapia, aconselhamento para casais, exercícios de relaxamento e, em alguns casos, o uso de dilatadores vaginais. Se, ao conhecer mais sobre condições como dispareunia e vaginismo, você perceber que seus sintomas não correspondem ao que seria considerado normal, procure a orientação de um especialista. Esse profissional poderá realizar os exames necessários, fornecer um diagnóstico preciso e indicar as melhores opções de tratamento para cuidar da sua saúde e bem-estar.

 

 

Dr. Thiers Soares - Doctor Honoris Causa pela Universidade Victor Babes/Romênia, Dr. Thiers Soares, graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), é ginecologista especialista em doenças como Endometriose, Adenomiose e Miomas. Também é médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). O especialista é membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL). O especialista foi um dos responsáveis por trazer para o Brasil a técnica de Ablação por Radiofrequência dos Miomas Uterino, um tratamento moderno e eficaz, que causa a destruição térmica de tumores uterino.



Saiba como lidar com as metas de ano novo sem cair na ansiedade

Endocrinologista apresenta estratégias eficazes para enfrentar essa pressão de forma saudável

 

O início de um novo ano costuma ser acompanhado por um sentimento de renovação. É comum fazer listas de metas, planejar mudanças e traçar objetivos, desde o desejo de alcançar promoções no trabalho, planos de emagrecimento, até novas estratégias para uma vida mais saudável. Embora isso possa ser motivador, essa prática pode também se transformar em um gatilho para ansiedade, especialmente quando as metas se tornam uma fonte de pressão excessiva. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil existem mais de 18 milhões de pessoas enfrentando transtornos de ansiedade, o que corresponde a aproximadamente 9,3% da população. Além disso, segundo a nona edição da pesquisa conduzida pela CAUSE em parceria com o Instituto de Pesquisa IDEIA e PiniO, a palavra de 2024 para a maioria dos brasileiros é “ansiedade”, com 22% das menções. 

Para a endocrinologista Alessandra Rascovski, diretora clínica da Atma Soma e fundadora do projeto Cérebro em Ação, essa realidade destaca a urgência de os brasileiros aprenderem a identificar os sintomas da doença, especialmente no contexto das pressões e expectativas que surgem com as metas do novo ano. “Muitas pessoas iniciam janeiro sentindo-se na obrigação de mudar radicalmente em um curto espaço de tempo. Porém, objetivos irreais ou mal planejados podem criar um senso de inadequação e frustração, principalmente se não forem alcançadas imediatamente”. 

A cobrança interna para corresponder a esses planejamentos, somada à pressão social e às comparações em redes sociais, pode intensificar sentimentos relacionados ao transtorno e até mesmo levar à exaustão emocional.
 

Como lidar com a pressão das metas e manter o equilíbrio emocional

Alessandra Rascovski aponta que, para manter o equilíbrio emocional, é fundamental proporcionar ao cérebro um ambiente de transição mais suave, com metas claras e alcançáveis, permitindo tempo para adaptação. 

Confira abaixo algumas estratégias para lidar com essa pressão de maneira saudável:
 

1. Estabeleça metas realistas e progressivas

Quando os objetivos são ambiciosos ou impostas de forma abrupta, a sensação de insegurança e sobrecarga pode ativar o sistema de resposta ao estresse. “Portanto, é fundamental que as metas sejam divididas em etapas menores, alcançáveis ​​e com prazos flexíveis. Isso permite que o cérebro se adapte ao longo do tempo e tenha alguns momentos para analisar as mudanças sem sobrecarregar o sistema nervoso, afirma a especialista.
 

2. Valorizar o progresso, não a perfeição

A busca constante pela perfeição é uma das principais fontes de estresse, pois ela gera expectativas irreais e aumenta a pressão. “O cérebro tende a se concentrar mais nos erros do que nos sucessos, o que é um reflexo de nossa programação evolutiva externa para a sobrevivência”. 

Então, lembre-se de celebrar as pequenas conquistas para liberar dopamina,”o neurotransmissor associado ao prazer e à motivação, o que melhora o humor e diminui a percepção de estresse”. Ao reconhecer os progressos, o cérebro se vê recompensado, o que ajuda a fortalecer a autoconfiança e a sensação de controle.
 

3. Priorize o autocuidado

A ansiedade constante, alimentada pela pressão por resultados rápidos, pode afetar aspectos de saúde mental e física. Além do impacto direto nos níveis de cortisol, o estresse prolongado pode causar distúrbios no sono, aumentar o risco de doenças cardiovasculares e prejudicar a função imunológica. 

“É super importante incluir momentos de autocuidado na rotina, como meditação, exercícios físicos, hobbies ou simplesmente descansar. Essas atividades ativam o sistema nervoso responsável pela resposta de relaxamento, ajudando a reduzir os efeitos do estresse”, aconselha Alessandra.
 

4. Evite comparações

A comparação constante com os outros cria um ciclo de frustração e ansiedade. Isso acontece porque ele tende a se comparar com referências externas, o que pode gerar insegurança e medo do fracasso. Para lidar com isso, é necessário focar na própria jornada e nos seus próprios critérios de sucesso, celebrando as vitórias pessoais e respeitando seu ritmo.
 

5. Peça ajuda quando necessário

De acordo com a endocrinologista, quando a ansiedade começa a interferir no bem-estar, é crucial buscar apoio. A ansiedade prolongada pode desencadear alterações na química cerebral, como a diminuição da serotonina e da dopamina, neurotransmissores responsáveis ​​pelo bem-estar e pela regulação do humor. 

“Começar o ano com metas pode ser positivo, desde que feito com equilíbrio e gentileza consigo mesmo. Afinal, o mais importante é construir um caminho que respeite o seu tempo e a sua saúde mental, permitindo que o ano novo seja realmente uma oportunidade de renovação e crescimento pessoal”, pontua.
 

Soluções rápidas para perda de peso

Com a proximidade do fim do ano, cresce a pressão para alcançar metas de bem-estar e renovar a imagem pessoal antes do início de um novo ciclo. Esse movimento tem levado ao uso indiscriminado de medicamentos que, embora desenvolvidos para outras finalidades, têm ganhado destaque como auxiliares no emagrecimento. 

“No ano de 2024, muito se ouviu falar nas canetas injetáveis Mounjaro, Zepbound, Ozempic e Wegovy, medicamentos à base dos princípios ativos tirzepatida e semaglutida, respectivamente, inicialmente indicados para tratamentos de controle de peso - em casos de obesidade - e diabetes tipo 2”, relata Alessandra Rascovski. 

No entanto, segundo a especialista, esses fármacos estão sendo vistos como soluções milagrosas, percepção alimentada por influenciadores e personalidades públicas, que relatam abertamente o uso dessas canetas para perder pequenas quantidades de peso, como uma “barriguinha” ou alguns quilos ganhos em períodos específicos. 

Para a endocrinologista, o apelo desses medicamentos, amplificado pelas redes sociais e pelo discurso de que “todos estão usando”, impulsiona uma procura desenfreada e, muitas vezes, perigosa. Segundo ela, promessas de soluções rápidas ignoram os riscos associados, como náuseas, desidratação, perda de massa magra e complicações mais graves. 

“Além disso, a utilização sem supervisão pode mascarar problemas de saúde subjacentes, como distúrbios hormonais, que exigem avaliação individualizada. Por essa razão, é necessário ter em mente que esses remédios podem sim ser ferramentas importantes em casos específicos, mas não substituem uma abordagem consciente e duradoura para o bem-estar”, aponta.
 

Ansiedade e o cérebro

Do ponto de vista fisiológico, segundo a especialista, a ansiedade começa no cérebro, mais especificamente na amígdala, que é responsável por processar emoções. “Quando enfrentamos uma situação estressante, ativamos a resposta do corpo ao estresse. Isso leva à ativação do sistema nervoso simpático, conhecido como a resposta de luta ou fuga, que resulta na liberação de hormônios do estresse, como o cortisol e a adrenalina”, relata. 

O cérebro humano, em sua essência, é projetado para buscar estabilidade e prever o que acontecerá a seguir, o que nos permite reagir de forma mais eficaz às situações. Quando surgem mudanças bruscas ou cobranças para atingir resultados rápidos, isso gera um desconforto natural. Isso pode causar uma série de reações fisiológicas, como aumento da frequência cardíaca, respiração mais rápida e tensão muscular. 

“É importante lembrar que metas de fim de ano, como emagrecer ou começar na academia, devem ser encaradas como um compromisso com o bem-estar, e não como uma fonte de pressão excessiva”, orienta Alessandra Rascovski. "Pequenos passos consistentes e respeitosos no próprio ritmo são mais sustentáveis do que buscar mudanças radicais em pouco tempo. O foco deve estar em criar hábitos que tragam saúde e qualidade de vida, sem cobranças irreais”, finaliza.


Atma Soma


Janeiro Branco: Transformando saúde mental em prioridade nas empresas e na vid


Campanha alerta para o impacto da saúde mental no trabalho e destaca ações para ambientes mais saudáveis e produtivos 

 

A campanha Janeiro Branco chega como um marco essencial para repensar a forma como a sociedade lida com a saúde mental. Criada em 2014, a iniciativa tem o propósito de chamar a atenção para a importância do cuidado emocional, especialmente no início do ano, período em que as pessoas costumam refletir sobre suas metas e valores. 

No Brasil, os desafios nesse tema são urgentes. Dados da consultoria Gallup apontam que 25% dos profissionais brasileiros relatam tristeza diária, e 46% enfrentam altos níveis de estresse. Esses índices colocam o país entre os mais afetados da América Latina, evidenciando a necessidade de um olhar mais atento para a saúde mental, principalmente no ambiente de trabalho. 

Para Robério Andriolo, Sócio-Diretor da Human SA, o Janeiro Branco é mais do que uma campanha: é um ponto de partida para transformar realidades. “O Janeiro Branco é uma oportunidade de criar espaços onde as pessoas possam se sentir valorizadas e seguras, promovendo bem-estar e potencializando talentos. Quando priorizamos a saúde mental, criamos ambientes mais saudáveis e empresas mais fortes,” afirma Andriolo. 

A campanha também inspira organizações a adotar práticas que vão além do mês de janeiro. Para Carol Lima, professora da Human SA, investir no bem-estar dos colaboradores é uma decisão estratégica. “A pandemia não criou os problemas de saúde mental, mas lançou holofotes sobre questões que já existiam. Incorporar a saúde mental como parte da cultura empresarial não é apenas eticamente correto, é também uma decisão economicamente inteligente,” destaca. 

A pesquisa Gallup reforça esse ponto ao mostrar que profissionais mal geridos têm 60% mais chances de enfrentar altos níveis de estresse. Além disso, estudos indicam que líderes têm um impacto significativo na saúde mental de suas equipes, comparável ao de cônjuges ou parceiros. 

Carol defende que o caminho para mudanças sustentáveis inclui a capacitação de lideranças e a criação de espaços de diálogo. “Capacitar lideranças em gestão emocional, realizar mapeamento das equipes e promover rodas de conversa são passos fundamentais. Quando colocamos as pessoas no centro das decisões, os resultados costumam ser melhores para os negócios também,” conclui. 

O Janeiro Branco é, portanto, uma oportunidade para que empresas e indivíduos reflitam sobre suas práticas e promovam ambientes mais humanos, saudáveis e produtivos. Mais do que um mês dedicado à conscientização, é um chamado para ações concretas e transformadoras.

 

Human SA


Ano Novo, carreira nova: 6 dicas para se organizar profissionalmente para 202

Freepik
Rafael Cunha, diretor nacional da Microlins, compartilha dicas para se preparar para os desafios do mercado de trabalho em 2025


O início de um novo ano é o momento ideal para traçar metas, ajustar prioridades e planejar o avanço ou novos desafios na carreira. Com as constantes transformações no mercado de trabalho, a organização profissional é essencial para quem busca destaque nas mais diversas áreas em 2025. Pensando nisso, Rafael Cunha, diretor nacional da Microlins, empresa de cursos profissionalizantes com mais de 400 unidades no Brasil, apresenta cinco dicas para estar mais preparado para esse ano.

Segundo uma pesquisa do ManpowerGroup de 2023 sobre escassez de talentos, descobriu que 80% dos empregadores do Brasil encontram dificuldades em recrutar profissionais qualificados para a contratação com as habilidades necessárias para cada área, com destaque para a carência de competências técnicas como TI e análise de dados (38%), operações logísticas (18%), além de habilidades humanas como resiliência e colaboração (34%).
 

1. Estabeleça metas claras

Para alcançar resultados concretos, é essencial definir metas específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazos definidos. Sendo assim, divida grandes objetivos, como terminar um curso que te dará alguma ascensão para a carreira desejada, ou ler um livro grande em etapas menores, e estabeleça prazos para cada uma. Assim, você mantém o foco e é possível acompanhar o progresso ao longo do ano. Como dica, reserve um momento no início de cada mês para planejar e acompanhar o que deseja conquistar.
 

2. Organize sua agenda com prioridades

A organização do tempo é um dos pilares da produtividade. Para isso, aprender a priorizar tarefas é essencial. Por meio de ferramentas como agendas físicas ou digitais para organizar compromissos, a definição de prazos e estabelecer blocos de tempo para atividades específicas fica mais eficaz no dia a dia. Como dica, no início de cada semana, liste as tarefas pendentes e classifique-as por urgência e importância. Dedique as primeiras horas do dia às tarefas prioritárias, aproveitando o pico de produtividade.
 

3. Invista no aprendizado contínuo

Em 2025, a atualização constante será indispensável. Por isso, é importante adotar o hábito de aprender algo novo regularmente, seja por meio de cursos, leituras ou workshops. Isso amplia as competências e mantém o profissional competitivo no mercado de trabalho. A Microlins tem uma gama de cursos de diversas áreas para continuar se atualizando em várias profissões. Para quem busca mudar de carreira, a rede conta com cursos de graduação e pós-graduação semipresencial e à distância nas áreas de Tecnologia, Negócios, Educação e Direitos e Humanidade.
 

4. Atualize e personalize seu currículo e LinkedIn

Quem não é visto, não é lembrado. Por isso, currículo e perfil no LinkedIn são a apresentação inicial dos candidatos para os recrutadores. Ambos devem estar atualizados com as últimas experiências, habilidades e realizações. Para maior assertividade, é ideal adaptar conforme a vaga ou setor desejado, destacando competências relevantes para cada oportunidade. Como dica, revise os materiais de apresentação a cada trimestre. Inclua cursos concluídos, certificações recentes e experiências adquiridas. No LinkedIn, publique conteúdos relacionados à área para mostrar engajamento e expertise.
 

5. Construa e fortaleça seu networking

Ter uma rede de contatos sólida pode abrir portas para oportunidades em diversas empresas. Participar de eventos da área, grupos de discussão online e manter contato com antigos colegas e empregadores ajuda a fortalecer o networking. Para isso, reserve um tempo para interagir com os contatos, seja presencialmente ou em plataformas como o LinkedIn. Comente em publicações, participe de conversas e se mostre interessado no trabalho de outros profissionais.
 

6. Desenvolva habilidades alinhadas às tendências do mercado

Empregadores valorizam candidatos que acompanham as mudanças do setor. Com isso, é interessante identificar as habilidades mais requisitadas na sua área, como domínio de tecnologias, habilidades analíticas ou soft skills e invista em treinamentos para desenvolvê-las por meio de cursos ou workshops ideal para o nível de aprendizados e conhecimentos.
 

“Escuta livre de telas e sem pré-julgamentos, clareza e empatia: os desafios (nada novos) da comunicação interpessoal para 2025”


Já fez a lista de objetivos para 2025? Desenvolver a habilidade de comunicação pode até não entrar nela, mas qualquer tópico que envolva o relacionamento com outras pessoas exigirá essa soft skill. Entra ano, sai ano, ser compreendido como se espera ao falar continua sendo um dos principais desafios.

No mesmo momento em que a Oxford University Press escolhe “brain rot” como a palavra do ano de 2024, termo usado por jovens para descrever o desgaste mental causado pelo consumo excessivo de conteúdo online, alguns desafios se somam às já conhecidas complicações na comunicação (e conexão) humana.

 

Celular na mão: atenção fragmentada

Pessoas que estiverem dispostas a ouvir as outras genuinamente se diferenciarão no mercado de trabalho e nos ambientes de conexão; e o celular é o primeiro e principal vilão a ser combatido.

Um estudo publicado em 2019 na revista da Associação Mundial de Psiquiatria mostrou que só a proximidade de um telefone celular pode desviar parte da atenção e alterar a capacidade de engajamento profundo, mesmo que ele não esteja sendo usado ativamente. Por isso, deixar o equipamento na bolsa ou no bolso é o primeiro passo para quem deseja ouvir verdadeiramente quem estará à sua frente.

 

Escuta e segurança psicológica

De mãos dadas com a escuta livre de telas está o desafio de oferecer segurança psicológica para a pessoa ouvida. É fazer a pessoa ouvida se sentir segura para expressar suas ideias e opiniões, um fator que a cada ano terá mais peso na atração e retenção de talentos. Uma recomendação que vale principalmente para líderes: não ouvir para julgar.

Quando você ouve avaliando mentalmente se está certo ou errado, se a pessoa que fala é incompetente, imatura, ou se atribui a ela qualquer outro rótulo, você deixa de ouvir verdadeiramente e ainda comete o erro de classificar um profissional a partir das suas lentes pessoais e vieses.

Neste sentido, o melhor caminho para encarar esse desafio é tornar as conversas regulares, uma vez que são essas conversas que treinam o ato de escuta do líder e ainda o aproximam do liderado. Jamais fazer críticas a pessoas que não estão presentes e incentivar que os profissionais resolvam conflitos profissionais entre si também são boas práticas que fazem a diferença.

 

Claro para quem?

Além de compreender mais e julgar menos, qualificar líderes para uma comunicação falada e escrita eficaz continuará sendo um desafio das organizações no próximo ano. Em suma, pode parecer até óbvio ou redundante reforçar este ponto, mas os gestores precisam se certificar de que as ideias não ficaram claras apenas na cabeça deles.

Portanto, e-mails objetivos e revisados, a escolha adequada do canal para enviar informações considerando fatores como a familiaridade com o receptor e a complexidade das mensagens, são boas práticas que, se forem adotadas, tornarão a comunicação aliada e não uma inimiga das relações pessoais e profissionais no ano que está por vir. 

E neste ponto, vale até mesmo utilizar o suporte das inteligências artificiais (IAs) para corrigir mensagens ou deixá-las mais atrativas e objetivas já nas primeiras linhas, facilitando a compreensão do que for transmitido.

 

Mas afinal, qual é o segredo para uma boa comunicação?

Com o risco de soar repetitiva (pois seguimos falando sobre os mesmos desafios ano após ano), finalizamos mais um ciclo e estamos prestes a iniciar outros doze meses buscando o “básico bem-feito” na comunicação. Nenhuma dica a ser dada nesse quesito vai “inventar a roda”, mas todas permanecem sendo extremamente úteis em qualquer situação.

Empregar atenção genuína, garantir a clareza em cada fala, ter empatia e cuidado em cada ação. Manter a resiliência nas conversas e focar em trocas verdadeiras, mais pautadas em ideias e menos em pessoas e egos. Embora simples na teoria, o caminho para conseguir se comunicar bem é, na prática, desafiador. Mas 2025 só será um ano construtor de mais pontes e menos muros se arregaçarmos as mangas diariamente e empregarmos o esforço necessário para usar a comunicação como habilidade para tornar as coisas melhores.

 

Giovana Pedroso - TEDx Speaker, jornalista e especialista em comunicação



Aeroporto sem estresse: 5 truques que todo viajante deve saber sobre bagagen

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Recorra às companhias aéreas, órgãos de defesa do consumidor e, até mesmo, ao caminho judicial


Problemas com bagagens durante um voo estragam qualquer viagem, mas, para não aumentar a chateação, é importante conhecer os seus direitos e saber como agir para garantir os reparos. A professora da Faculdade Milton Campos, Beatriz Gontijo, especialista em Direito do Consumidor, explica que existem caminhos que o cliente deve fazer para uma compensação. 

O primeiro, tentar um acordo com a companhia aérea: “Ou seja, por meio dos canais de atendimento, o consumidor relata e pede uma compensação pelos danos sofridos. Em regra, a companhia até tem o poder de compensar esses danos, porém, é uma via em que ainda, no meu entendimento, o consumidor é negligenciado em seus direitos e essa compensação costuma ser um valor irrisório”, explica a professora da Milton Campos, faculdade que integra o Ecossistema Ânima de ensino, em Belo Horizonte (MG). 

Caso o acordo oferecido não seja o ideal para o cliente, há outras vias. “O segundo caminho é reclamar nos órgãos de defesa do consumidor e órgãos de defesa do passageiro. Nós temos a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que regula a área; temos também um portal significativo no que tange a reclamações, que é o portal consumidor.gov, além do Procon. É um passo seguro e de fácil acesso para o consumidor apresentar sua reclamação relatando os danos sofridos”, ensina a especialista. 

A última via do cliente lesado é a ação judicial. Beatriz Gontijo orienta que, mesmo que a opção seja essa, é importante que o consumidor tenha, anteriormente, tentado um acordo com a companhia e reclamado em órgãos de defesa. 

“Sempre recomendo que o consumidor faça reclamações no âmbito administrativo, que corroborem ou fortaleçam a via judicial. E na ação judicial, trago algumas dicas para os meus clientes: tenham os documentos em mão, as notas fiscais e comprovantes necessários, além de vídeos e fotos, no caso de bagagens danificadas. Isso é muito importante para robustecer a ação judicial, que são provas de fato”.
 

Cuidados com a bagagem

Em caso de problemas com seus pertences, o viajante precisa ter provas para fazer valer seus direitos. A professora da Faculdade Milton Campos enumera cinco destas dicas:
 

1 - Em primeiro lugar, conheça as condições da passagem que você comprou. Descubra se ela é uma promoção de agências de viagens, se pode ser remarcada, se pode despachar malas etc. Quanto mais informações você possui sobre seu voo, menos problema você terá.
 

2 - Se você vai despachar a sua mala e existem itens caros nela, faça uma declaração especial de valor, que possibilita ao consumidor receber uma indenização normalmente maior do que a oferecida pela companhia, em caso de extravio ou violação.
 

3 - Tirar fotos e fazer vídeos da mala e sobre seu conteúdo antes da viagem, também é importante para garantir que você seja ressarcido.
 

4 - O cliente deve registrar qualquer problema relativo ao seu voo, como um atraso, remarcação ou extravio, para buscar seus direitos.
 

5 - E atenção também para onde você está indo; voos nacionais e internacionais possuem regulações distintas para a reparação de eventuais danos em sua viagem: “pelo entendimento do Supremo Tribunal Federal, as viagens internacionais são reguladas pelas convenções internacionais. Já no plano nacional aplica-se o Código de Defesa do Consumidor. Então, as convenções de transportes aéreos internacionais vão ser limitadas nas disposições das convenções de Varsóvia e Montreal. Ou seja, a reparação de dano material no voo internacional fica limitada ao que está estabelecido nas próprias convenções”, alerta a professora.

 

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