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sábado, 31 de agosto de 2024

Efeito “Divertida Mente”: ranking traz as emoções e sentimentos mais pesquisados pelos brasileiros

 Buscas online envolvendo o tema, que chegaram a crescer 82%

recentemente, giram em torno das definições de empatia, gratidão e nostalgia


Amor, raiva, ansiedade… se você navegou pela internet nos últimos dois meses, deve ter percebido como, das matérias de jornais às redes sociais, sentimentos como esses vêm sendo uma pauta constante entre os brasileiros — sobretudo em meio ao lançamento da animação “Divertida Mente 2”, da Pixar, que aborda de forma lúdica o mundo das emoções. 

 

É que, no momento em que o longa tem se posicionado entre as maiores bilheterias da história no Brasil e no mundo, certo interesse especial pelo assunto parece vir se refletindo também no comportamento dos internautas: só em junho, por exemplo, foram mais de 100 mil buscas online por termos como “emoções” (um salto anual de 82%), em sua maioria ligadas a análises do filme, livros sobre autoconhecimento e, claro, o significado de sensações e estados de espírito por vezes difíceis de se explicar.  

Ora, mas se a procura pela definição de sentimentos como “medo” e “nostalgia” têm de fato crescido entre a população, quais deles estiveram por trás dos maiores volumes de pesquisa de Norte a Sul recentemente? Quem tem a resposta é a Preply, plataforma de idiomas que traz abaixo não só os conceitos que costumam dar um nó na cabeça das pessoas, mas explicações para quem quer entender melhor a si e os outros. Confira! 


Empatia: entendendo a emoção mais pesquisada pelos brasileiros 

 

Embora sejam diversas as emoções instigando pesquisas digitais entre as pessoas ultimamente, como revela o ranking da Preply, a maior parte dos internautas têm se deparado com dificuldades parecidas na hora de compreender a definição de um sentimento específico — e, para muitos, o mais essencial para a vida em comunidade: a empatia, que figura no topo da lista elaborada pela plataforma com mais de 23 mil buscas online apenas no último ano. 

 

Engana-se quem pensa, no entanto, que tal dúvida em torno de seu significado seja algo recente. Isso porque, de uns tempos para cá, vem se falando tanto na importância de ser alguém empático que, em 2022, tal palavrinha já ocupava a terceira posição entre as mais procuradas no dicionário Dicio pelos brasileiros. Dois anos antes, cabe lembrar, essa também havia sido a escolha da jornalista Sandra Annenberg para o termo que melhor representava 2020, período marcado pela preocupação com os demais em meio ao isolamento. 

 

Mas, afinal, ao que nos referimos quando falamos em “empatia”? Para evitar eventuais confusões, conforme destaca a Preply, basta se lembrar de que sua ideia central diz respeito à capacidade de deixar o próprio ponto de vista e se colocar no lugar do outro, compreendendo seus sentimentos, emoções e perspectivas — uma herança do conceito grego "empatheia", que, nessa junção entre as palavras "en" (dentro) e "pathos" (sentimento), também aludia à noção compassiva de “entrar no sentimento”. 

 

“Felicidade ou alegria?”: quando um sentimento se confunde com o outro 

 

Mesmo não deixando claro quais questionamentos vêm inspirando a busca pelo significado de certas emoções, não é equivocado sugerir que parte da procura entre os brasileiros esteja relacionada, na verdade, ao quão parecidos alguns sentimentos podem soar à primeira vista — alegria e felicidade, raiva e irritação, esperança e expectativa, empatia e simpatia, por exemplo. 

 

Essa pode ser a razão para as mais de 18 mil pesquisas pelo significado de nostalgia, caracterizada pela falta de algo e, justo por isso, semelhante a estados de espírito como a melancolia e a saudade. Mesmo com tantas similaridades, contudo, há algo que, segundo a Preply, a diferiria dos demais: o fato de tal sensação combinar a alegria de se recordar um momento feliz à certo entristecimento, a "dor do retorno" expressa na união dos termos gregos “nóstos” (volta para casa) e “álgos” (sofrimento). 

Algo do tipo também costuma ocorrer com a ansiedade, que figura no top 3 emoções com mais buscas online e que, a depender da interpretação, pode ter seu sentido facilmente confundido com o de medo, depressão ou insegurança. 

Ainda que, de fato, possa vir acompanhada das sensações acima, nesse caso, estamos falando de um estado de desconforto geralmente associado a questões futuras, com crises que variam de breves momentos de inquietação a transtornos de ansiedade prolongados. Diferentemente dos muitos termos vindos do grego, de acordo com a especialista em idiomas, trata-se de um sentido decorrente de uma terminologia em latim: “anxietas”, por sua vez derivada de “angere” (sufocar) — que, no português, ainda resultou na palavra angústia, caracterizada justamente pelo famoso “aperto no peito”. 

 

Metodologia

Para desvendar os sentimentos e emoções que mais geram dúvidas nos internautas, a pesquisa da Preply teve como ponto de partida as palavras em ascensão relacionadas ao tema na ferramenta Google Ads, abarcando pesquisas realizadas nos últimos 12 meses. Compreendidos os termos de maior relevância, uma segunda análise girou em torno da quantidade total de buscas de cada termo no período — o que possibilitou a criação de um ranking com base no comportamento digital dos brasileiros. 

 



Preply
https://preply.com/pt/


A era da raiva: odeio, logo existo

Em novo livro, best-sellers Davi Lago e Marcelo Galuppo desafiam o leitor a desapegar do rancor e aprender a perdoar

 

Após o sucesso de #UmDiaSemReclamar, que alcançou o topo da lista geral da Amazon por duas semanas, está há mais de 100 semanas entre os títulos mais vendidos, além de ter sido traduzido para o espanhol, Davi Lago e Marcelo Galuppo propõem um novo desafio.

No lançamento, publicado pela Citadel Grupo Editorial, os autores explicam que o ódio é um recurso biológico de autopreservação, mas pode se tornar nocivo para o bem-estar mental e emocional, se não for gerenciado de maneira adequada.

Para ilustrar esse sentimento, os professores mostram que existem sete tipos deles, estudados pelo filósofo Owen Flanagan. Os mais problemáticos são o ódio de vingança - aquele que instiga a machucar quem feriu - e o transmissor de dor - que faz com que a pessoa desconte todas as frustrações em quem estiver no caminho.

Davi Lago e Marcelo Galuppo também apresentam a necessidade e os efeitos positivos do perdão, além de exercícios fundamentais para exercer essa prática. Entre os desafios listados estão a importância de reconhecer os ofensores e a ofensa, a necessidade de bloquear qualquer ímpeto de revide e a canalização positiva do ódio.  

Um conjunto de estudos que examinou a relação entre criatividade e raiva descobriu que as pessoas irritadas eram mais propensas a fazerem brainstorming de uma forma não estruturada, consistente com a resolução criativa de problemas, e geraram ideias mais originais do que as pessoas que se sentiam tristes ou sem emoção. Além da capacidade de criar, a raiva pode ser motivadora para a execução dos projetos. Não por acaso, costumamos dizer que realizamos certas coisas “na força do ódio”.
(#UmDiaSemOdiar, p. 118)
 

Com #UmDiaSemOdiar, os autorespropõem uma desintoxicação da mente e do coração. Segundo eles, o rancor tem o poder de destruir a vida de quem sente e minar as relações, por estes motivos a proposta do perdão é inegociável.


Citadel Grupo Editorial

Ficha Técnica:

Título do livro: #UmDiaSemOdiar
Subtítulo: Descubra Como o Perdão Pode Mudar a sua Vida
Autores: Davi Lago e Marcelo Galuppo
Editora: Citadel Grupo Editorial
ISBN:
978-6550474973
Páginas: 160
Preço: 59,90
Onde comprar:
Amazon

Sobre os autores:

Davi Lago é mestre em Teoria do Direito pela PUC Minas, doutorando em Filosofia do Direito pela USP e pesquisador do Laboratório de Política, Comportamento e Mídia da Fundação São Paulo (LABÔ). Autor best-seller e colunista da HSM Management. Formador de opinião versátil que transita nas áreas acadêmica, política e cultural, atua como Embaixador da organização Visão Mundial na defesa dos direitos da criança. Foi aluno e orientando do Prof. Galuppo na graduação e pós-graduação.

@davilago 

Facebook: pageDavilago 

Site: Davi Lago


Marcelo Galuppo é doutor em Filosofia do Direito e professor da Faculdade Mineira de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Foi Visiting Fellow da Escola de Direito da Universidade de Baltimore e é presidente da Associação Brasileira de Filosofia do Direito e Filosofia Social (Abrafi) e vice-presidente da Internationale Vereinigung für Rechtsund Sozialphilosophie. Foi também presidente do Conselho Nacional de Pesquisa e de Pós-graduação em Direito (Conpedi), e é autor do livro “Os sete pecados capitais”, publicado pela Citadel Grupo Editoria.

 @prof.Marcelo.Galuppo

Facebook: GaluppoProf

Site: Marcelo Galuppo

 

Citadel Grupo Editorial

Site: Citadel

Instagram: @citadeleditora 

Facebook: Citadel Grupo Editorial

YouTube: Citadel Grupo Editorial


Dia do Nutricionista: busca por dietas restritivas aumenta e falta de orientação profissional pode ser danosa à saúde

Ao todo, Brasil tem mais de 190 mil nutricionistas capazes de fazer um acompanhamento qualificado

 

Em uma sociedade cada vez mais midiatizada e conectada, as redes sociais têm grande poder de influência, gerando a procura por novas tendências. Essa busca, no entanto, pode ser danosa ao envolver saúde pública. Assim, segundo o Google Trends,ocorreu uma crescente busca por dietas restritivas nos últimos 12 meses, como a low carb (média de 75 pontos) e a cetogênica (média de 51 pontos).

 

O uso das redes sociais e mídias de internet tem forte influência nesse crescimento de dietas da moda, principalmente devido a divulgação realizada por influenciadores. A cultura de dieta, alimentada por modismos alimentares, pode contribuir para a relação prejudicial com a comida e distúrbios alimentares. Nesse sentido, no Dia Nacional do Nutricionista é mais importante ainda reforçar a procura por acompanhamento especializado. 


O nutricionista desempenha um papel crucial na promoção de uma alimentação saudável, especialmente em um cenário onde dietas restritivas e modismos alimentares se tornaram tão populares. O profissional de nutrição possui o conhecimento científico necessário para desmistificar essas dietas e orientar as pessoas a adotarem hábitos alimentares equilibrados e sustentáveis, que atendam às necessidades individuais sem comprometer a saúde”, destaca Nelciene Borges, nutricionista da clínica Áurea.

 

Segundo dados do GetNinjas, aplicativo destinado a contratação de serviços no Brasil, a procura por nutricionista aumentou 41% de dezembro de 2023 para janeiro de 2024. Ao todo, o Brasil tem aproximadamente 190 mil profissionais, de acordo com o Conselho Federal de Nutrição.

 

No entanto, mesmo com grande quantidade de profissionais qualificados, um estudo realizado pelo Bake and Cake Gourmet, plataforma de receitas e cardápios saudáveis, estima que mais de 60% dos brasileiros buscam uma dieta restritiva. Ao prometerem mudanças rápidas, elas se tornam atraentes para muitas pessoas. Dietas da moda como a cetogênica (ou "keto"), paleolítica (ou "paleo"), e a low-carb são frequentemente seguidas sem orientação profissional, somente com instruções de influenciadores. Desse modo, elas podem levar a deficiências nutricionais se não forem bem equilibradas e adaptadas às necessidades individuais.

 

A Pesquisa Global de Sentimento do Consumidor, realizada em 2022 pela WW, reconhecida globalmente por seu programa de perda de peso, em parceria com o Instituto Kantar, mostra que 91% dos brasileiros têm interesse em melhorar ou manter a saúde e o bem-estar. Para atingir esse objetivo, contudo, a melhores alternativas como a adoção de dietas personalizadas e acompanhadas por profissional.

 

A nutrição personalizada está em ascensão no Brasil, refletindo a crescente demanda por abordagens que considerem as características individuais de cada pessoa, como genética, estilo de vida e necessidades específicas. Essa evolução traz inúmeros benefícios, como a eficácia no tratamento de condições de saúde e a promoção do bem-estar geral. À medida que a nutrição personalizada se desenvolve, espera-se que se torne uma prática cada vez mais comum, acessível e impactante na promoção da saúde”, reforça a nutricionista.

 

Manter uma alimentação balanceada em meio a uma rotina agitada e estressante pode ser desafiador, mas não é impossível. A especialista dá algumas dicas como: planejar as refeições com antecedência para evitar escolhas alimentares impulsivas, optar por alimentos naturais e minimamente processados e manter a hidratação ao longo do dia. Além disso, é importante fazer pausas para as refeições, mesmo que rápidas, para garantir que a alimentação seja feita de forma consciente e prazerosa. 

 

A educação nutricional é uma ferramenta poderosa na prevenção de doenças crônicas. Ao conscientizar a população sobre a importância de escolhas alimentares saudáveis, o nutricionista capacita as pessoas a tomarem decisões informadas que podem prevenir o desenvolvimento dessas doenças. O nutricionista contribui promovendo mudanças de comportamento que ajudam a construir hábitos alimentares que não apenas previnem doenças, mas também promovem longevidade e qualidade de vida”, completa Nelciene Borges.

 

Depressão na adolescência: aumento expressivo de casos não pode ser ignorado

Os transtornos depressivos têm uma etiologia multifatorial, incluindo fatores genéticos, fisiológicos, ambientais e temperamentais

 

A adolescência é uma fase única da vida, repleta de descobertas, desafios e transformações. No entanto, nos últimos anos, é observado um aumento preocupante na prevalência da depressão entre os adolescentes. Dados recentes apontam que fatores relacionados à gestação e primeira infância podem influenciar no desenvolvimento da depressão na vida adulta.

“É fundamental que a comunidade médica, em especial os pediatras, esteja preparada para lidar com esse desafio crescente. Detectar precocemente os fatores de risco, prevenir, e, quando necessário, oferecer diagnóstico e tratamento são passos indispensáveis para enfrentar a depressão na adolescência”, afirma o presidente da AMRIGS, Gerson Junqueira Jr.

Segundo a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, a real prevalência da depressão na adolescência no Brasil ainda é desconhecida, mas evidências indicam que está se tornando um problema de saúde pública. O aumento de tentativas de suicídio e casos de automutilação, principalmente entre as adolescentes, é alarmante.

O diagnóstico, embora baseado nos critérios do DSM–V (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) destaca-se pela complexidade de adaptar esses critérios à população adolescente, onde os sinais e sintomas podem se manifestar de maneira distinta.

Entre os fatores de risco, destacam-se problemas emocionais durante a gestação, histórico familiar de depressão, tentativas de suicídio em parentes próximos, depressão materna, estresse tóxico na infância e diversas influências modernas, como cyberbullying, exposição excessiva às telas e ansiedade exacerbada.

Os sinais e sintomas da depressão na adolescência não devem ser ignorados. Sentimentos de culpa, baixa autoestima, distúrbios do sono, humor deprimido, desinteresse por atividades habituais, pensamentos suicidas são um alerta que demanda atenção imediata. A depressão na adolescência é um desafio complexo, mas a prevenção e o apoio adequado podem fazer toda a diferença.

 

Associação Médica do Rio Grande do Sul


Quase normal

Em geral, as obras humanas trazem a marca de uma cultura, são vinculadas a um lugar e a um tempo. Se uma cultura se expressa em arte, a arte dessa cultura fala dela e é por ela compreendida. Algumas produções humanas, entretanto, estão à parte de condicionante local ou temporal; são universais e eternas. A melhor arte está além da História.

Talvez por serem causadas pelos labirintos do cérebro, lá onde o humano tem escondido o que não quer ou não pode ver, algumas produções venham sem restrição, livres de compromisso com as circunstâncias. A arte em estado de pura arte, seja lá quem a crie, seja lá de onde ou de quando venha, é compreendida para sempre e em qualquer espaço.

A mais frágil imagem gravada há milênios nas paredes de uma caverna segue maravilhando. Há músicas reconhecidas como proclamações da civilização. Em 1972, o astrofísico Carl Sagan idealizou as placas Pioneer. Elas portam, além de imagens de coisas comuns da Terra, sons e músicas que nos conduzem pelo espaço sideral, ao encontro de tudo ou de nada, para eventual apresentação da humanidade.

Há canções de povos indígenas latino-americanos, hits de Chuck Berry, cantos gregorianos e composições eruditas de Beethoven, Bach e Stravinsky (https://bityli.com/7M3yo). Contando que tanja inteligências sensíveis, esperamos que os improváveis alienígenas entendam que se produzimos tais coisas e tais sons é porque somos civilizados.

A arte está acima das ideologias, e talvez seja uma elevada linguagem humana para falar, senão com extraterrestres, pelo menos com a humanidade. É isso que sinto quando vou ao teatro. Lembro-me de Quase Normal, 2013, (https://bityli.com/UTgz0), vencedora do Pulitzer de 2010. “A palavra é matéria-prima fundamental do fazer artístico, a base da representação. [Na peça] a força da palavra não é menor” (Tadeu Aguiar, diretor).

Nessa apresentação (quase toda cantada), eu gostei, em conteúdo e forma, das palavras bem colocadas, das expressões convincentes, da música contagiante, enfim, da combinação disso tudo. Quer dizer: gostei da arte, dos recursos usados, da capacidade de dizer tanto sobre o humano – qualquer humano – em duas horas.

O mote do musical é uma família que lidava com o transtorno bipolar de sua mãe (eu discordo do diagnóstico). Em torno do sofrimento dessa mulher, alguns males da vida e do conviver. Recordo certas passagens que me falaram dos desconfortos e das recorrentes buscas humanas, especialmente:

Normalidade: “Você quer uma vida normal. Você sabe o que é isso?” Sofrimento: “O problemático faz reféns; o problemático teme fazer reféns”. Convivência: “Você tem que levar a sua vida, apesar e por causa da devoção do outro”. Os anos: “Acumulam as tuas esperanças e os teus rancores”. Contraditória e insatisfeita satisfação: “Amor inclui dor”.

O marido era um obstinado por felicidade. Queria que a mulher cumprisse esse seu ideal. Desejava que ela sarasse para fazê-lo feliz. Ele amava mesmo a mulher, tanto e de tal forma que a fez objeto do seu amor, tornando-se cúmplice de todo um investimento de cura sobre sua fragilidade emocional, para que ela, então, o amasse ao modo que ele esperava.

A mulher também amava o marido, mas logo que tomou conta de si, partiu: era uma questão de compostura, a vida em comum estava deteriorada. Essa mulher, na vida doméstica, expressava insatisfação sexual com o marido, e nas suas conversas com o psiquiatra ironizava o seu gosto pela vida matrimonial, além de ter devaneios sexuais na sua frente.

O psiquiatra não percebeu as queixas sutis da personagem, mas a plateia deveria estar atenta à fala remota do autor (daí eu discordar do diagnóstico “oficial”). Ora, a vida real é muito mais do que a vida conjugal. Isso foi o bonito da peça, a sua dimensão artística para além do entretenimento: o espetáculo falava da vida autêntica; os azares do casal eram apenas o argumento, o veículo da mensagem.

Nesse tempo em que se vive a moda do ser feliz nem que seja com receita médica, uma pergunta e uma resposta da peça: “Existe diferença entre ser feliz ou se achar feliz? Nenhuma, para quem nunca pensou nisso”. Pensar pode restar desconfortável. Se quero entrar numa moldura de felicidade, não percebo que felicidade programática é moldura restritiva.

Fábio Barbirato, psiquiatra, no livreto: “Quando assisti à montagem americana, fiquei emocionado e empolgado com o poder de conscientização que a arte possibilita. As pessoas saíam do teatro mais despertas e atentas”. Advertência da arte: você, talvez, se ache feliz, mas pode descobrir que não o é, se parar para pensar. Melhor desviar-se do assunto. Ou não.

 

Léo Rosa de Andrade
Doutor em Direito pela UFSC.
Psicanalista e Jornalista.


Concurso Nacional Unificado: Saiba como controlar a ansiedade para se sair bem no “Enem dos Concursos”

FreePik
A ansiedade, quando em excesso, prejudica o desempenho na prova, mas existem boas técnicas para controlá-la,afirma o médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento

 

A primeira edição do CNU - Concurso Nacional Unificado - também conhecido como "O Enem dos concursos", será realizada neste domingo, dia 18 de Agosto, e espera-se a participação de mais de 2 milhões de pessoas em todo o país, o que o torna o maior concurso da história do Brasil.

 

Mas com a proximidade do dia da prova, muitas pessoas lutam contra a ansiedade, um problema muito comum, mas que pode afetar bastante o desempenho na prova, como explica o médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento.

 

A ansiedade é um fator que pode atrapalhar bastante o desempenho em um concurso, ela torna mais difícil focar e pensar com clareza. O medo de cometer erros pode causar bloqueios mentais e até fazer a pessoa esquecer o que sabia”.

“Além disso, os sintomas físicos como tremores e suor excessivo podem diminuir a confiança e também prejudicar o desempenho”.

 

Como controlar a ansiedade durante a prova?


De acordo com o Dr. Flávio, é possível controlar melhor a ansiedade com alguns cuidados básicos que podem ser tomados a partir de alguns dias antes da prova.

Se você já tem crises de ansiedade anteriormente é importante usar estratégias de controle desse problema, como meditação, controle respiratório e visualização positiva, alguns dias antes da prova, o que ajuda a reduzir as chances de crises no dia do certame”.

Também é indicado manter uma rotina regular de sono na semana da prova e no dia anterior optar por tarefas diferentes que ajudem a ‘distrair’ o cérebro da ansiedade”.

“No dia do concurso vale a pena usar técnicas de respiração e meditação para manter o foco e fugir da ansiedade”, afirma Dr. Flávio H. Nascimento.

  

Qual o horário das provas?


Pela manhã, as avaliações começam às 9h, mas você pode entrar no local a partir das 7h30 até as 8h30. A prova será aplicada entre 9h e 11h30. 

 

Já à tarde, os testes iniciam às 14h30, com entrada permitida das 13h às 14h. Novamente, é importante chegar cedo para garantir sua entrada. As provas serão realizadas de 14h30 às 18h.

 

Todos os horários se referem ao Horário de Brasília.

  

Orientações para o dia das provas


- Levar uma caneta esferográfica preta com tubo transparente;

 

- Após entrar na sala de provas é obrigatório desligar o celular e outros aparelhos eletrônicos;

 

- É permitido levar alimentos (em embalagens lacradas) e água (em garrafas transparentes);

 

- Levar documento de identificação original com foto;

 

- Levar o cartão de confirmação impresso.

 

Dr. Flávio H. Nascimento - formado em medicina pela UFCG, com residência médica em psiquiatria pela UFPI e mais de 10 anos de experiência na área de psiquiatria. Diagnosticado com superdotação, tem 131 pontos de QI o que equivale a 98 de percentil e é membro do CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito como pesquisador auxiliar.


Os amores possíveis na atualidade: reflexões e desafios

 

O momento atual é marcado por uma crise nas relações afetivas, segundo dados do IBGE que apontam um crescimento de 160% de divórcios nos últimos 10 anos. A pesquisa revela que a média do tempo de casamento caiu de 17,5 para 13 anos juntos. “Ao mesmo tempo que observamos esse resultado, temos outro estudo informando uma a cada quatro pessoas se sentem sozinhas sozinha e essa solidão se dá pela ausência de vínculos significativos de afeto”, explica Carol Tilkian, psicanalista e especialista em relacionamentos. 

Para Carol, a epidemia da solidão também outros pontos que são avaliados do ponto de vista da psicanálise. “Acumulamos desencontros e frustrações amorosas e nos vemos exaustos, na defensiva e, ao mesmo tempo, querendo encontrar um amor possível. Culpamos os tempos líquidos e buscamos novas formas de nos relacionar sem nos darmos conta de que a discussão primordial não está nos novos modelos de relação e sim nas crenças, sentimentos e pensamentos que levamos para quaisquer que sejam os arranjos”, enfatiza. 

A discussão sobre relacionamentos abertos precisa ser abordada pelo aspecto dos impactos do medo do abandono e dos efeitos nocivos do desejo de controle do outro e de uma relação ideal. “Ao considerar o tempo do amor é importante lembrar que ele não segue uma progressão geométrica, não é sempre acelerado e constante. As oscilações ocorrem, mas estamos cada vez menos dispostos a sustentar silêncios, desencontros e o medo de perder os vínculos”, reforça. 

Para a psicanalista, outro fator importante a ser levado em conta são as intimidades artificiais, que geram um estado de falsa conexão e latente solidão. “Numa era onde vivemos vidas de redes sociais, criamos conexões, mas não vínculos. Nas conexões tenho acesso ao outro, porém é restrito. Já o vínculo é algo construído com profundidade”, diz Carol Tilkian. 

Em tempos que a internet fornece informações rápidas, na visão da especialista, para que o amor seja possível é necessário ter coragem de dar espaço para a dúvida e para o não saber. “O amor é uma aposta, mas não precisa ser um jogo” afirma Carol. “Enquanto quisermos entender tudo o que está acontecendo e buscarmos certezas, seguiremos jogando na defensiva ou prevendo os piores cenários”. 

Para a psicanalista o convite para a mudança no amor passa também amor-próprio, na autoaceitação e na independência. “Ninguém precisa ser sua melhor versão. Podemos ser quem somos hoje: caóticos, incoerentes, imperfeitos”, conclui.

 

CAROL TILKIAN - Psicanalista, formada pelo Centro de Estudos Psicanalíticos (CEP). Pesquisadora de amor e relações humanas, comunicadora, escritora e palestrante. Autoridade nos temas relações afetivas, interpessoais e no amor como modo de vida. Fundadora do canal “Amores Possíveis” no YouTube, Instagram e players de podcast. Carol é partidária de Erich Fromm psicanalista que defende que “o amor é o que o amor faz” e, atualmente, está com seu segundo curso na plataforma Casa do Saber com o título: Como fazer o amor ser possível hoje. O curso conta com 7 aulas de 45 minutos de duração.


Marcas invisíveis: como a infância molda o futuro da saúde adulta

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Jornada científica e emocional revela a conexão entre experiências infantis adversas e trajetórias de vida problemáticas


Na essência do desenvolvimento humano, as experiências vivenciadas na infância não apenas ecoam por anos, mas fundamentam o futuro da saúde adulta. Pesquisas recentes comprovam como as adversidades enfrentadas nesse período crítico têm implicações duradouras, se estendendo para além dos traumas psicológicos, influenciando a incidência de doenças crônicas, comportamentos abusivos e dependências na vida adulta.

“Esse panorama não apenas destaca a importância de um olhar atento e científico sobre a educação infantil, mas também ressalta a necessidade de todos os adultos compreenderem a infância e agirem para proteger as gerações futuras”, alerta Telma Abrahão, biomédica especializada em patologia clínica e neurociência comportamental infantil.

Os estudos sobre Experiências Adversas na Infância (EAI) - ou Adverse Childhood Experiences (ACEs), na terminologia internacional - apontam para dez tipos principais de adversidades, categorizadas em abuso (físico, sexual, emocional), negligência (física, emocional) e disfunções familiares (incluindo doença mental dos pais, encarceramento parental, violência doméstica, abuso de substâncias e divórcio ou perda de um dos pais). “Essas experiências, embora distintas, compartilham a capacidade de moldar negativamente a saúde mental, física e emocional ao longo da vida”, afirma Abrahão.

Segundo Telma, autora de 15 livros e referência na interseção entre educação e neurociência, educar é um ato de amor e ciência. “É um desafio que exige compreensão profunda não apenas do conteúdo, mas do impacto emocional e psicológico de nossas interações com as crianças”, alerta.

De acordo com a especialista, a ligação entre uma infância tumultuada e a manifestação de doenças mentais como depressão e ansiedade na vida adulta está bem estabelecida na literatura científica. “Ainda mais alarmante é a associação dessas experiências com um risco elevado de desenvolvimento de doenças crônicas, como cardiopatias e diabetes, sinalizando que os efeitos das adversidades na infância vão muito além do emocional, repercutindo também no bem-estar físico”.

Essas descobertas não apenas mostram os desafios individuais enfrentados por aqueles com históricos de EAI, mas também apontam para consequências sociais mais amplas, incluindo ciclos de violência, abuso de substâncias e perpetuação de abuso e negligência. “A situação exige uma ação coletiva: o investimento em intervenções precoces, suporte educacional e políticas públicas focadas no bem-estar infantil, surgem como uma estratégia fundamental para alterar essas trajetórias de vida negativas”, afirma Abrahão.

 



Telma Abrahão - Biomédica, formada em Neurociências aplicada em resultados para negócios pela Wharton School, Universidade da Pensilvânia e especialista em traumas e experiências da infância. Criadora da abordagem educacional Neuroconsciente, que ‘nasceu’ da necessidade de levar o conhecimento sobre a neurociência e a neurobiologia por trás do comportamento humano para mães, pais, profissionais da saúde, da educação e agora também para empresas. Telma Abrahão é autora dos best-sellers “Pais que evoluem” e “Educar é um ato de amor, mas também é ciência” e acabou de lançar seu terceiro livro “Revolucione a relação com seus filhos em 21 dias”. Seus livros são vendidos em mais de 15 países e ajudam milhares de pessoas ao redor do mundo a se reeducarem para melhor educar. Ela também escreveu 12 obras exclusivas para o Leituras Rápidas da Amazon com o objetivo de abordar temas que ajudam os pais a lidarem com os desafios na educação dos filhos. O alerta é claro: para curar as feridas invisíveis deixadas pelas experiências adversas na infância, a sociedade como um todo deve se mobilizar. Implementar programas de apoio familiar, treinamento para pais e educadores, e desenvolver políticas que coloquem o bem-estar das crianças no centro das atenções não é apenas uma necessidade de saúde pública, mas um testemunho de nosso compromisso com a próxima geração. “Ao encarar esse desafio, abrimos caminho para um futuro em que cada criança possa ter uma vida livre de traumas passados, um futuro em que as marcas invisíveis da adversidade sejam, enfim, superadas”, finaliza Telma Abrahão.
@telma.abrahao


Bullying da exclusão


O meu Mestrado junto à Faculdade de Medicina da USP, em meados dos anos 90, foi sobre a Psiquiatria da Adolescência, com enfoque no adolescente dentro de um Hospital Geral. No decorrer da minha carreira, como psiquiatra e psicoterapeuta, preferi me dedicar a uma Psiquiatria Geral, mas com ênfase no atendimento de adultos jovens até os idosos.

Hoje em dia, me lembro do que era estudar e trabalhar com adolescentes e como isso mudou no decorrer desses quase trinta anos; como tudo foi ficando mais complexo com o advento da internet, dos Smartphones, das Redes Sociais e dos canais de streaming.

Em 2017 a Netflix lançou a série “Thirteen Reasons Why” (Os Treze Porquês), sobre uma menina, Hanna Baker que, após o seu suicídio deixa uma caixa com treze fitas cassete apontando, uma a uma, as situações de bullying, exclusão, traição, estupro e indiferença de professores e escola que tinham provocado o seu ato. Na época, foi um forrobodó: imprensa noticiando, pais desesperados, psiquiatras sendo convocados para orientação nas escolas, hotlines sendo disponibilizadas por medo que aquela série deflagrasse uma onda de comportamentos de imitação, o chamado “efeito Werther”(em 1774, Goethe publicou um livro: “Sofrimentos do Jovem Werther”, sobre um rapaz que, diante de um sofrimento amoroso e amor impossível, comete suicídio. Esse livro desencadeou uma onda de suicídios na Europa. Duzentos anos depois, foi descrito o “Efeito Werther”, que é esse comportamento de imitação que se segue a um suicídio divulgado pela mídia). Depois de quinze dias do lançamento da série, as reuniões das escolas foram canceladas, as hotlines desativadas e a tal epidemia de suicídios não aconteceu. Estudos posteriores americanos demonstraram sim um aumento na ideação suicida e no número relativo de suicídios, mas a causa apontada não foi a Série nem o Netflix, e sim a excessiva exposição do tema na mídia, que afetou pacientes vulneráveis.

No dia 12 de Agosto passado, um aluno bolsista de um colégio importante e de elite da cidade de São Paulo, mandou uma mensagem de voz a seus colegas anunciando seu suicídio iminente, mencionando, de maneira factual e quase distanciada, que, por conta de exclusões, bullying e sensação de humilhação por ser negro, pobre e abertamente gay, ele tomava aquela decisão. Ele tinha 14 anos e, infelizmente, cumpriu seu anúncio. Era estudioso, culto e sensível.

Não pude deixar de associar essa tragédia à série da Netflix. Sobretudo o início da mensagem, em que ele dizia que “agora ele iria colocar para fora tudo o que estava guardando”. Como as suas razões.

Nos dias que se seguiram, a imprensa não noticiou, a escola mandou os professores ajudarem os colegas, mas sem a intensidade de uma Posvenção, que são medidas de proteção à comunidade afetada por um suicídio. O protocolo que teve início foi o de não dar manchetes nem destaque, para evitar o contágio do efeito Werther. Os alunos fizeram uma manifestação com críticas ao racismo, a homofobia e aos fatores que causaram essa perda. Não há como ter esse protocolo em tempos de WhatsApp. A notícia foi dada, sem alarde, na imprensa e com alarde nas Redes Sociais. Não dá para tentar suprimir o assunto. É melhor conversar sobre ele. Conversar muito.

Somos uma espécie gregária e social. Fazer parte do grupo e ser valorizado por ele é um instinto profundo e vital. Ficar de fora, ou ser excluído, é uma ameaça direta à sobrevivência. Somos, todos, sensíveis à necessidade de fazer parte. A exclusão ativa as áreas do Cérebro vinculadas à dor, e isso é particularmente delicado na Adolescência. Vivemos numa Cultura onde a exclusão virou uma espécie de terrorismo coletivo: um pequeno deslize, ou um grande deslize, podem gerar linchamento virtual e cancelamentos. A ameaça é de uma exclusão que parece eterna, inamovível. Para uma criança de 14 anos, não existe essa perspectiva de que a dificuldade possa ser superada com o passar do tempo. Por isso esse grupo, sobretudo no período entre os 10 e os 14 anos vem recebendo muita atenção de psiquiatras e psicoterapeutas infantis. Eles parecem estar com maior risco de exposição a esse tipo de bullying.

Não vou terminar esse artigo com nenhuma recomendação ou indicação de estratégia. O problema é muito complexo, como complexo é nosso tempo. Mas precisamos levar a sério criar uma cultura de Paz e de Inclusão que se oponha ao bullying mais venenoso de nosso tempo, que é o bullying da exclusão. Essa é uma forma de crueldade que continua se multiplicando debaixo de nosso nariz. E que se manifesta com o pavor de ser excluído. O medo de ficar de fora. 

 

Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiano e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”


Especialista ensina como reduzir o tempo online e alcançar o bem-estar digital

Nova obra do professor e especialista em redes sociais Rafael Terra reúne práticas para poupar a saúde mental num mundo hiperconectado


Em uma era dominada pela efemeridade das redes sociais, o impulso de estar sempre online cobra um preço alto: o declínio da saúde mental. Para ensinar como aproveitar os benefícios da tecnologia sem se perder em armadilhas, o professor especialista em tendências digitais Rafael Terra lança o livro Bem-estar Digital.

Publicada pela DVS Editora, a obra reúne 12 princípios fundamentais para cultivar uma vida conectada que promova oportunidades, saúde, felicidade e, acima de tudo, paz interior. Os ensinamentos incentivam criar hábitos para respeitar limites pessoais e valorizar conexões humanas autênticas.

O conceito de bem-estar digital está atrelado ao uso saudável de dispositivos como celulares, computadores e tablets visando evitar impactos negativos na saúde mental e física. A busca por esse equilíbrio pede compreensão e gerenciamento de como e por quanto tempo o internauta usa dispositivos e plataformas, visando a qualidade de vida do “eu” real e do “eu” virtual.

Autoconsciência, autenticidade, necessidade de foco, resiliência, empatia, desconexão planejada, mindfulness tecnológico, privacidade e segurança são alguns dos pilares apresentados ao longo das páginas. Eles funcionam como ferramentas transformadoras para quem deseja que os momentos conectados sejam fonte de realização e relaxamento, ao invés de esgotamento e ansiedade.

Dentre as dicas práticas para auxiliar os leitores a gerenciar melhor as interações em rede, uma das recomendações é a identificação de gatilhos e emoções despertadas com as mensagens, vídeos e fotos compartilhadas. Terra também chama a atenção para a importância de reconhecer que não é possível consumir todo o conteúdo disponível na internet e reforça que dizer "não" a certas distrações é essencial para manter o foco nas prioridades.

Outras orientações cruciais são a definição de horários sem internet e a criação de zonas livres de tecnologia em casa, como o quarto de dormir. A prática da higiene do sono é enfatizada, assim como a redução do fluxo de e-mails de marketing e ofertas para evitar a sobrecarga de informações. Adicionalmente, Terra incentiva o desapego digital, recomendando a revisão periódica de arquivos, fotos e documentos digitais, excluindo o que não é mais necessário, para manter uma rotina organizada e menos estressante.

Ainda segundo o autor, mesmo construindo relações fortes a partir da internet, não se pode perder de vista as experiências reais e tangíveis com as pessoas com quem se convive, por serem elas que nos tornam verdadeiramente humanos. “Tempo online é vida real, gerencie-o com a mesma seriedade”, alerta. “Alimente sua mente com conteúdo que nutre, não que esgota”, complementa.

Bem-estar Digital ensina a reduzir os danos emocionais e psicológicos da exposição contínua em espaços como Instagram, TikTok, WhatsApp, Facebook e outras mídias sociais. Nessa leitura reveladora, é possível compreender que o caminho para enfrentar o dilema de estar cronicamente online passa pela conscientização sobre o uso da tecnologia, a prática do autocuidado digital e a análise crítica do conteúdo consumido.

Divulgação

Ficha técnica

Título: Bem-estar Digital: Os 12 princípios para viver melhor no mundo hiperconectado
Autor: Rafael Terra
Editora: DVS Editora
ISBN: 978-6556951270
Páginas: 112
Preço: R$ 54,00
Onde encontrar:
Amazon

Sobre o autor

Rafael Terra é pioneiro na intersecção entre marketing digital e bem-estar digital no Brasil, reconhecido por sua abordagem inovadora ao explorar como a vida online pode ser otimizada para promover oportunidades e saúde mental. Com 20 anos no Mercado Digital, já realizou consultorias e gestão de projetos digitais para + de 600 grandes marcas nacionais e internacionais, incluindo Mercado Livre, Coca-Cola, Petronas, Bradesco, Braskem, Unimed, Redbull, Intelbras, STIHL, Sicredi, Santander Cultural entre outras. É presença confirmada como palestrante nos principais eventos de marketing e inovação do país, com + de 500 palestras em 18 Estados. Incluindo 2x no palco do RD Summit, o maior evento de Marketing e Vendas da América Latina. Atua como professor de MBA de Marketing Digital e Redes Sociais nas principais instituições de ensino do Brasil, incluindo USP, ESPM e PUC. Entre cursos online e presenciais, já teve mais de 50.000 mil alunos satisfeitos. Também é autor dos livros “Instagram Marketing”, “Autoridade Digital” e “Copywriting”. Todos estão nas listas dos mais vendidos na categoria Marketing Digital da Amazon no Brasil.

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Cirurgias plásticas podem melhorar o desempenho sexual? Especialista responde


Em um mundo onde a estética ganha cada vez mais importância, as cirurgias plásticas se mostram como uma solução que vai além da superficialidade, impactando diretamente a saúde mental, o bem-estar e até a libido dos pacientes. O Dr. Paulo Martin, referência nacional em cirurgia plástica e vice-presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgia Plástica, explica como esses procedimentos podem transformar a autoestima e a vida sexual. 

"Muitos casais, por insegurança com as alterações estéticas do corpo ao longo dos anos ou após as gestações, acabam sofrendo com a perda da autoestima, o que gera uma insegurança, muitas vezes especialmente para a esposa," destaca Dr. Paulo. Ele relata um caso como exemplo: "Uma esposa compartilhou que, após as gestações, a flacidez do abdômen e as estrias a impediram de se despir para o marido por mais de 15 anos. Mesmo com o esposo afirmando que não se importava, ela nunca mais tirou a roupa na frente dele. Após a cirurgia, eles retornaram ao consultório muito felizes, vivendo uma nova lua de mel, pois ela havia reconquistado a autoestima." 

Dr. Paulo ressalta que o medo de não se sentir mais atraente pode levar ao término precoce da vida sexual de muitos casais, mesmo que o amor e a ternura permaneçam. "A cirurgia plástica pode curar essas cicatrizes psicológicas e reacender a paixão e a vida sexual de um casal." 

Além dos benefícios estéticos, o especialista enfatiza a importância do acompanhamento psicológico durante todo o processo. "A cirurgia não é uma solução mágica, mas um passo significativo em direção ao autocuidado. O apoio emocional é essencial para que o paciente consiga integrar essa nova imagem em sua vida de forma saudável," explica Dr. Paulo. 

Ele defende que a cirurgia plástica deve ser levada mais a sério, pois vai muito além da estética. "É fundamental entendermos que cada procedimento tem o poder de transformar vidas. Não se trata apenas de uma mudança física, mas de um trabalho profundo que pode restaurar a autoestima e a saúde mental dos pacientes," pontua Dr. Paulo. 

Além disso, o Dr. Paulo destaca que, em alguns casos, a cirurgia plástica pode até mesmo ajudar a resolver problemas de saúde que impactam diretamente o desempenho sexual. "Por exemplo, a redução de mamas pode aliviar dores crônicas nas costas e nos ombros, melhorando a qualidade de vida e, consequentemente, a disposição para a atividade sexual. Assim, os benefícios da cirurgia plástica podem ser amplos e multifacetados, proporcionando um impacto positivo em diversas áreas da vida do paciente," conclui Dr. Paulo.


Procrastinação ou preguiça? Veja estratégias para lidar com ambos os comportamentos

 

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 No frenético ritmo da vida moderna, é comum encontrar pessoas exaustas, sempre aguardando o final de semana para dar uma pausa nas atividades obrigatórias da vida adulta. Com uma rotina ocupada demais, na lista de afazeres diários ou semanais fica cada vez mais comum, para alguns, deixar de lado tarefas importantes. Há quem chame de preguiça e há quem prefira o termo procrastinação, mas o que dizem os especialistas sobre esses comportamentos? 

Psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Unime Lauro de Freitas, Dora Teixeira Diamantino aponta que adiar a realização de uma tarefa nem sempre está relacionado à falta de organização do tempo, mas de gerenciamento de emoções. “Embora esses termos sejam frequentemente usados de forma semelhante, eles descrevem comportamentos distintos que podem exigir abordagens diferentes para serem vencidos. A palavra procrastinação é o adiamento deliberado de tarefas, frequentemente relacionadas a prazos ou objetivos importantes. Preguiça, por outro lado, é a falta geral de vontade ou motivação para realizar atividades, independentemente de sua importância”, esclarece a especialista. 

Tarefas acumuladas podem gerar a sensação de sobrecarga, resultando em estresse e ansiedade que comprometem a produtividade e a qualidade na realização de uma tarefa pessoal, acadêmica ou profissional. “A procrastinação pode afetar relacionamentos interpessoais devido a compromissos não cumpridos e desorganização que desencadeiam a sensação de falta de controle. A longo prazo, esses hábitos podem levar a problemas de saúde mental e diminuição da autoestima”, alerta a docente. 

Entender se você está lidando com procrastinação ou preguiça é crucial para aplicar as estratégias corretas e melhorar a produtividade e bem-estar. Confira as características e diferenças entre procrastinação e preguiça, e saiba como identificá-las.

 

PROCRASTINAÇÃO 

As principais características incluem:

Sensação de culpa e ansiedade: Indivíduos que procrastinam muitas vezes sentem culpa ou ansiedade por não estarem cumprindo suas responsabilidades, mesmo que possam buscar distrações temporárias.

Conflito entre objetivos e ações: A procrastinação geralmente envolve um conflito entre o desejo de realizar uma tarefa e a dificuldade em iniciar ou concluir essa tarefa.

Busca por recompensas imediatas: A tendência de procrastinar está frequentemente ligada à preferência por recompensas instantâneas em vez de benefícios a longo prazo.

 

Estabeleça metas claras e divida tarefas grandes em etapas menores. Utilize técnicas como a técnica Pomodoro para aumentar a produtividade e reduzir a ansiedade.

 

PREGUIÇA 

As principais características incluem:

Ausência de motivação: A preguiça se manifesta como uma falta de energia ou disposição para realizar qualquer tipo de tarefa, não apenas as importantes.

Desinteresse geral: A pessoa preguiçosa pode não se importar com as responsabilidades ou não sentir um senso de urgência para completá-las.

Preferência por inatividade: A preguiça é frequentemente associada a uma preferência por inatividade ou relaxamento em vez de atividades produtivas. 

Encontre atividades que estimulem sua motivação e energia. Estabeleça uma rotina diária e busque formas de incorporar exercícios físicos para aumentar a disposição.

  


Centro Universitário Unime
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