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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Senac São Paulo abre matrículas para o Ensino Médio Técnico com novo curso em Inteligência Artificial (IA


A unidade Nações Unidas, na zona sul de São Paulo, é uma das
ofertantes do novo curso de Ensino Médio Técnico
 em Inteligência Artificial.
 Divulgação Senac São Paulo

São mais de 3.600 vagas, sendo 50% delas bolsas de estudo totalmente gratuitas, para o curso em IA e outros seis títulos: Administração, Informática, Multimídia, Internet das Coisas (IoT), Marketing e Ciências de Dados

 

No dia 12 de setembro, ao meio-dia, o Senac São Paulo abre as inscrições para o Ensino Médio Técnico, com uma grande novidade: o lançamento do Ensino Médio Técnico em Inteligência Artificial. Com o objetivo de preparar os jovens em uma das áreas mais promissoras e inovadoras da atualidade, os estudantes vão experimentar os desafios reais do mundo do trabalho, de forma integrada à formação geral básica, dentro e fora de sala de aula. O título estará disponível nas unidades Nações Unidas e Lapa Tito, na capital, e em Campinas, no interior do estado.

 

Além do curso em IA, o Senac São Paulo oferece vagas para outros seis títulos técnicos integrados ao Ensino Médio: Ensino Médio Técnico em Administração, Ensino Médio Técnico em Informática, Ensino Médio Técnico em Multimídia, Ensino Médio Técnico em Internet das Coisas (IoT), Ensino Médio Técnico em Marketing e Ensino Médio Técnico em Ciência de Dados. Serão disponibilizadas mais de 3.600 novas vagas em todo o Estado de São Paulo, distribuídas na capital, Grande São Paulo, interior e litoral. Os interessados deverão se inscrever no site www.sp.senac.br/ensinomediotecnico.

Outra novidade é a ampliação da rede ofertante do nível de ensino, que agora conta com 27 unidades do Estado de São Paulo, ampliando o acesso à educação com a inclusão das escolas presentes nos municípios de Salto, Registro e Mogi Guaçu.

Em linha com seu compromisso de promover uma educação inclusiva e acessível, o Senac São Paulo destinará 50% das vagas para bolsas de estudo 100% gratuitas, para os três anos de curso e incluindo o material didático. Para se candidatar a uma das mais de 1.800 bolsas de estudo do Programa Senac de Gratuidade, os interessados devem comprovar renda familiar por pessoa de até dois salários mínimos federais e se inscrever também pelo site, ao meio-dia, no dia 12 de setembro.

 

Segundo a associação Dados para um Debate Democrático na Educação (D3E), egressos que concluem o ensino médio técnico e ingressam no mercado de trabalho desfrutam de salários, em média, 32% mais altos em comparação com os que possuem apenas o ensino médio tradicional.

 

Possibilidades de carreira com o Ensino Médio Técnico em Inteligência Artificial

O Ensino Médio Técnico em Inteligência Artificial do Senac São Paulo contribui para carreiras em áreas de alta demanda, como implementação de soluções baseadas em IA. Egressos deste curso estarão aptos a criar soluções tecnológicas que vão além do convencional, utilizando algoritmos avançados e técnicas de aprendizado de máquina para criar sistemas inteligentes que otimizam processos e personalizam experiências em diversos setores, como comércio, saúde, marketing e finanças.

 

Durante o curso, os estudantes desenvolverão uma série de competências técnicas, como a criação e o treinamento de modelos de deep learning, elaboração, implementação e manutenção de estruturas de qualidade para dados, modelos e projetos de IA e aplicação ética da inteligência artificial.

 

Além disso, o programa inclui as seguintes certificações intermediárias, concedidas a cada ano concluído pelo estudante: Assistente em Gestão de Dados (1º ano), Assistente em Business Intelligence com IA (2º ano) e Assistente em Desenvolvimento e Implementação de IA (3º ano).

 

Estas qualificações oferecem aos alunos uma formação prática e diversificada, preparando-os para enfrentar os desafios do mercado de trabalho com uma visão crítica, ética e inovadora, possibilitando e facilitando o ingresso no mundo do trabalho já durante o curso.

 

Ao combinar conhecimento técnico-científico com uma formação integral voltada para a cidadania e o mundo do trabalho, o Senac São Paulo reforça seu compromisso com a formação de profissionais que não apenas dominam as tecnologias mais recentes, mas também são capazes de aplicar esses conhecimentos de forma ética e responsável, contribuindo para a transformação social e o desenvolvimento sustentável.

 

Serviço:

Ensino Médio Técnico do Senac São Paulo – Matrículas 2025

Data: quinta-feira, 12 de setembro, meio-dia

Informações e inscrições: www.sp.senac.br/ensinomediotecnico (para bolsistas e pagantes)

 

Quer saber? Senac!


Governo de SP promove exames de mamografia gratuitos no Memorial da América Latina

Iniciativa é parte da programação do Agosto Lilás e integra o movimento São Paulo por Todas para ampliar a visibilidade das políticas públicas para as mulheres
 

O Governo de São Paulo realiza até esta quinta-feira (29) exames de mamografia gratuitos no Memorial da América Latina. Promovida pelas secretarias de Políticas para a Mulher e da Saúde, a ação mantém no local a carreta de mamografia, que tem capacidade para fazer 50 exames por dia. A iniciativa marca o encerramento do Agosto Lilás, mês dedicado à luta contra a violência de gênero, à preservação da saúde e ao fortalecimento da autonomia financeira feminina, e faz parte do movimento São Paulo por Todas. 

Para serem atendidas, mulheres de 50 a 69 anos precisam apresentar somente o RG e o cartão do SUS. Já mulheres de 35 a 49 anos e acima de 70 anos devem apresentar pedido médico do SUS, juntamente com o cartão SUS e RG. O atendimento é das 8h às 17h. 

Após a ação no Memorial, a carreta segue para o Vale do Ribeira. O primeiro município atendido na região será Apiaí. Além de serviços de saúde, a ação levará uma carreta do empreendedorismo para incentivar a capacitação profissional às mulheres da área. 

A secretária estadual de Políticas para a Mulher, Valéria Bolsonaro, salienta a relevância da pasta e das carretas para as mulheres do Estado. “Nossa intenção é garantir a prevenção e o cuidado à saúde da mulher, bem como oportunidades no mercado de trabalho que tragam autonomia e profissional”, afirma.



Mulheres de Peito

O programa Mulheres de Peito, da Secretaria da Saúde, leva a carreta da mamografia para todas as regiões do Estado. Mais de 41 mil mamografias foram feitas pelo programa de janeiro de 2023 até agosto de 2024. Para a secretária-executiva da Secretaria de Saúde, Priscilla Perdicaris, esta é mais uma ação que mostra a preocupação do governo com a saúde das mulheres. “Só neste ano, a Carreta de Mamografia já realizou mais de 21 mil exames e desde o começo da gestão houve investimentos de R$ 13,3 milhões no serviço”, relata.
 

São Paulo por Todas 

São Paulo Por Todas é um movimento promovido pelo Governo de São Paulo para ampliar a visibilidade das políticas públicas do Estado para mulheres, bem como a rede de proteção, acolhimento e autonomia profissional e financeira exclusivamente disponíveis para elas.

O Estado implementou diversas iniciativas para proteger e apoiar mulheres. O Protocolo Não Se Cale está capacitando estabelecimentos e expandindo a fiscalização, com mais de 66 mil inscritos. O Abrigo Amigo, implantado em pontos de ônibus, recebeu 1.587 chamados desde agosto de 2023. O aplicativo SP Mulher Segura, lançado em 2024, já teve mais de 2,5 mil downloads e facilita o registro de ocorrências e o monitoramento de agressores. 

Além disso, foram investidos recursos em empreendedorismo feminino e qualificação profissional, com a criação de Casas da Mulher Paulista, que contou com investimento de R$13 milhões, e programas de crédito e capacitação, que disponibilizaram aproximadamente R$334,3 milhões exclusivamente para mulheres.
 

SERVIÇO

São Paulo Por Todas: Saúde no Memorial da América Latina
Data: 28 e  29 de agosto
Horário: 8h às 17h
Endereço: Memorial da América Latina (Av. Mário de Andrade, 664 - Barra Funda, São Paulo - SP)


Governo de SP abre mais 2,5 mil vagas para curso gratuito do Google Cloud com foco em I

Programa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico inicia inscrições nesta quarta-feira (28)

 

A demanda por profissionais qualificados em inteligência artificial cresceu 39% entre janeiro e abril deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme levantamento da consultoria de recrutamento Michael Page. A pesquisa aponta ainda que o salário dos especialistas em IA pode variar de R$ 15 mil a R$ 32 mil.

 

Diante desse cenário, o Qualifica SP - Novo Emprego, programa gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), abre inscrições nesta quarta-feira (28) para 2,5 mil vagas em curso de inteligência artificial, realizado em parceria com o Google Cloud e a Fundação Apoio à Tecnologia (FAT).

 

On-line e gratuito, o curso “Inteligência Artificial – Google Cloud” apresenta, em três módulos, um panorama dos conceitos de inteligência artificial generativa, desde os fundamentos de grandes modelos de linguagem até os princípios de responsabilidade. São 50 horas de curso, que poderão ser realizadas durante um mês e meio, divididas em 30 horas de conteúdo programático, 12 horas de tutoria e oito horas de habilidades socioemocionais.

 

Ao concluírem a formação e cumprirem todos os requisitos, os estudantes serão convidados a participar da ‘Job Fair - Feira de Oportunidades’, evento com ofertas de estágio e emprego que acontecerá em novembro.

 

As inscrições devem ser realizadas pelo site www.qualificasp.sp.gov.br até 22 de setembro. Podem participar residentes do estado de São Paulo maiores de 18 anos. Os candidatos deverão realizar testes classificatórios após efetivarem a inscrição. A convocação ocorrerá por e-mail.

 

Com essas 2,5 mil vagas, no total, a SDE oferecerá 8 mil vagas em cursos em parceria com o Google Cloud. Em julho, foram abertas inscrições para 5,5 mil vagas nos cursos de computação em nuvem e inteligência artificial.  

 

Job Fair - Feira de Oportunidades

 

Ao final de cada módulo, será aplicada uma avaliação para obtenção do ‘selo de habilidades’ do Google Cloud, que representam um reconhecimento da empresa de que a pessoa possui conhecimento naquela habilidade específica. Os estudantes que conseguirem os selos necessários e tiverem no mínimo 75% de presença nas aulas poderão participar da Job Fair - Feira de Oportunidades, evento virtual com ofertas de estágio e emprego, promovido pelo Google Cloud e empresas parceiras, que acontecerá no mês de novembro.

 

Serviço: 

Inscrições para cursos de TI do Qualifica SP – Novo Emprego

Prazo: de 28/08 a 22/09

Site: www.qualificasp.sp.gov.br

 

 



Secretaria de Desenvolvimento Econômico - SDE

BOLETIM DAS RODOVIAS

Motorista encontra congestionamento na Castello Branco

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na manhã desta quarta-feira (27). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x3 - A Rodovia Anchieta (SP-150) registra lentidão no sentido capital do km 13 ao km 10 e congestionamento do km 20 ao km 17.. A rodovia está interditada 56 ao km 40 devido a uma operação especial de trânsito. No sentido litoral, o tráfego é normal. Na Rodovia dos Imigrantes (SP-160), o tráfego é lento no sentido capital do km 17 e o km 14, no sentido litoral o tráfego é normal.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330), sentido capital, apresenta lentidão do km 23 ao km 25, do km 14 ao km 11+360 e do km 61 ao km 60. No sentido interior o tráfego é normal. Na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), sentido interior, o tráfego é normal, sem congestionamento, no sentido capital, o tráfego é lento do km 17 ao km 13+360, por conta do excesso de veículos. 

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270) o tráfego é normal nos dois sentidos. Já a Rodovia Castello Branco (SP-280), apresenta congestionamento do km 15 ao km 13+700 e lentidão do km 26 ao km 24, no sentido interior o congestionamento segue do km 19 ao km 26.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor, sentido capital, apresenta tráfego lento do km 20 ao km 11+190 e no sentido interior, o tráfego normal, sem congestionamento.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento.


terça-feira, 27 de agosto de 2024

No Dia do Profissional de Educação Física, professores do CADES apresentam dados da relação do esporte e saúde mental para adolescentes e crianças

Com projetos que levam aulas de futebol e esportes com raquetes em escolas públicas de São Paulo, instituto atua há dezesseis anos na melhoria de bem-estar dos alunos 


Com dezesseis anos de atuação com atividades esportivas e dois com Rede de Proteção Social em escolas públicas e instituições em São Paulo, o Instituto CADES celebra o 1º de setembro, Dia do Profissional de Educação Física, com dados positivos que demonstram a importância do trabalho que é realizado nestes locais.

Com o ideal de democratizar o acesso ao esporte e promover os valores do esporte educacional CADES, desde a sua fundação, desenvolve diversos projetos em comunidades de alta vulnerabilidade social, envolvendo parceiros do setor público e privado. “Nossa missão é promover cidadania e inclusão social levando educação, qualidade de vida, fortalecimento da família e prevenção”, diz Ana Cristina Amaro, presidente.

Sendo assim, as atividades físicas fazem parte do DNA do projeto e os profissionais de Educação Física formam a maioria em seu quadro de colaboradores. Exemplo disto é o Antonio Lopes, professor que está no instituto há 15 anos. Seu trabalho consiste em coordenar projetos. “Eu planejo e vejo quais são as condições para que os professores consigam desempenhar um bom trabalho com as crianças. Com isso, faço todo acompanhamento para ver como eles estão aplicando as atividades, se o local e os materiais estão limpos e em boas condições”, diz.

Além das preocupações com o ambiente, ele também avalia a metodologia aos alunos. “Outra preocupação está nas questões transversais ao atuarmos nas atividades com gêneros, que é algo bem específico. Com isso, percebo muito o desenvolvimento no comportamento, as crianças estreitam laços de amizade com o esporte e também ficam mais habilidosas na parte motora e também na capacidade física de cada. E, por fim, a questão do comprometimento é algo que merece destaque como um excelente resultado das aulas que aplicamos”.

Segundo Adriana Cancian, que também é professora, “Atuar no CADES é contribuir para a mudança social através do esporte e as infinitas possibilidades de transformação. "Estou na instituição desde 2022 e acompanhar o desenvolvimento da equipe e dos atendimentos nos projetos é sensacional. Nos de gênero, conseguimos trazer temas relevantes para fortalecer e encorajar as meninas a serem mais ativas e protagonistas de suas vidas, é falar de empoderamento  no dia a dia através do esporte", diz.

Já para Jackson Kauê, que foi aluno atendido pelo CADES e hoje atua como estagiário de Educação Física, “Trabalhamos muito com atividades lúdicas. No meu caso, são turmas do 2º ao 4º, então é preciso criarmos ações que contextualizem com essa faixa etária”. Segundo ele, esses exercícios ajudam no desenvolvimento cognitivo assim como no convívio social dos alunos. “Eles percebem não se dá para fazer algo sozinho, é preciso do outro. Com isso, ajudamos no ensinamento do trabalho em equipe. Também conseguimos identificar quando estão um pouco mais dispersos, e aí utilizamos apitos e vozes de comando para que voltem a se concentrar. No fim, o resultado é positivo e eles não só aceitam como apresentam progressos expressivos”, conclui.

Com todo este trabalho, o CADES celebra a data com números expressivos: 73.837 crianças, adolescentes e adultos impactados ou atendidos, além de 2.179 professores capacitados e mais de 10.400 materiais esportivos pedagógicos doados. “Parabenizo os profissionais de educação física pela data. Eles são a referência, o acolhimento e a escuta. São fundamentais em todo esse processo que fazemos e nas melhorias resultadas ao longo dos anos. Seguimos firmes, sempre em busca de transformar vidas de crianças e adolescentes por meio do fortalecimento de vínculos sociais e melhoria da qualidade de vida pelo esporte”, finaliza Ana Cristina.


Vício em remédios para dormir: uma questão que preocupa os médico

Especialistas em distúrbios do sono alertam para uso indiscriminado das chamadas "Drogas Z", que, embora mais modernas e seguras, ainda podem causar dependência e tolerância

 

Nas últimas décadas, alguns medicamentos utilizados para dormir evoluíram significativamente, proporcionando resultados mais precisos e com menos danos colaterais. Além disso, atualmente, são considerados mais seguros em termos de intensidade de seus efeitos, apesar de ainda exigirem cautela.

A principal preocupação dos médicos é o consumo indiscriminado desse tipo de medicamento, que pode levar à dependência química e reduzir a eficácia no tratamento da insônia. Ou seja, trata-se de um problema que já existia no passado e que, apesar dos avanços significativos da indústria farmacêutica, persiste com essa nova geração de fármacos.

Entre os mais conhecidos atualmente estão o Zolpidem, a Zopiclona e a Eszopiclona, designados como “Drogas Z” no meio médico, devido às suas características semelhantes em termos de ação no organismo e dos efeitos produzidos – conforme explica o Dr. Nilson Maeda, otorrinolaringologista e médico do sono do Hospital Paulista.

“As Drogas Z têm um período de ação mais curto e são consideradas mais seguras em comparação aos benzodiazepínicos, como o Clonazepam, Diazepam e Alprazolam, que eram utilizados nas décadas passadas, mas hoje não são mais recomendados para o tratamento da insônia. Isso se deve ao maior potencial dos benzodiazepínicos causarem dependência, síndrome de abstinência, aumento do risco de queda nos idosos, dentre outros efeitos indesejáveis. Ainda assim, as Drogas Z também podem causar dependência e tolerância quando utilizadas por longos períodos e em doses abusivas”, alerta o médico.


Consumo em alta

No caso específico do Zolpidem, atualmente, o mais popular entre as Drogas Z, dados oficiais indicam um aumento significativo no consumo do medicamento.

De acordo com informações do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, administrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre 2018 e 2022, houve um crescimento de 161% nas vendas do medicamento, que alcançou cerca de 22 milhões de caixas vendidas em território nacional.


Como agem?

processo de dependência, segundo o Dr. Nilson, ocorre porque os efeitos desses fármacos tendem a diminuir com o tempo. “O cérebro se ajusta à presença do princípio ativo, aumentando ou reduzindo a sensibilidade dos receptores químicos. Por isso, com o uso contínuo, esses medicamentos vão perdendo o efeito e começam a exigir doses maiores, desencadeando a dependência”, explica o especialista, acrescentando que o tempo recomendado para o consumo desse tipo de medicamento é de até quatro semanas. “Não recomendamos o tratamento da insônia somente com medicação indutora do sono”, enfatiza.


Não é a primeira opção

Na mesma linha, o otorrinolaringologista e especialista em distúrbios do sono, Dr. Lucas Padial, também do Hospital Paulista, explica que o uso de remédios não deve ser a primeira opção para o tratamento da insônia.

“Antes de mais nada, a origem desse distúrbio deve ser bem investigada para direcionar um tratamento efetivo. O uso de medicações não é, cientificamente, a primeira opção para o manejo da insônia. Elas podem ser pontualmente utilizadas, especialmente em casos de insônia aguda, ou seja, aquela que dura menos de três meses”, ressalta.

Para pacientes que já fazem uso recorrente desse tipo de medicamento, o médico explica que o desafio é reduzir o consumo gradualmente.

“Reduzir a medicação de forma gradual passa a ser o foco do tratamento. Como, neurobiologicamente, o paciente ainda necessita dessas medicações, o tratamento envolve diminuir a dose progressivamente, enquanto, paralelamente, são aplicadas medidas de higiene do sono, mudanças comportamentais e até o auxílio de outras classes de medicamentos (que não provocam vício)”, afirma.

Dessa forma, conforme o Dr. Lucas, o desmame ocorre de maneira mais saudável. “Se as medidas forem realizadas corretamente, especialmente com a dedicação ativa do paciente, é possível abandonar o uso dessas medicações e restabelecer uma relação saudável com o sono.”

 

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Dia Nacional da Diálise: conscientização e inovação no tratamento dos pacientes

Médico nefrologista explica sobre necessidade de práticas preventivas e o avanço da tecnologia como o uso de aplicativo e o método Hemodiafiltração (HDF)


No dia 29 de agosto é celebrado o Dia Nacional da Diálise, que foi instituído pela Lei 14.650 de 23 de agosto de 2023, e trata-se de um marco importante para aumentar a conscientização sobre a doença renal crônica e a relevância dos tratamentos de diálise. É, portanto, um momento para refletir sobre a importância dos avanços tecnológicos no tratamento da doença renal crônica e para reforçar a necessidade de práticas preventivas e diagnóstico precoce.

No Brasil há 160 mil pacientes em tratamento de suporte renal artificial*, ou seja, em diálise. Esses pacientes representam 0,08% da nossa população e são portadores do estágio mais avançado da doença renal. Estima-se, ainda, que 20 milhões de brasileiros apresentem algum grau de doença renal crônica, e, mais de 95% dessas pessoas estão em estágios iniciais da doença, sendo possível realizar intervenções para minimizar os danos aos rins, evitando a progressão da doença.

De acordo com o Dr. Thiago Reis, médico nefrologista e diretor clínico da Fenix Nefrologia, "O Dia Nacional da Diálise é uma oportunidade crucial para sensibilizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e dos cuidados contínuos com a saúde renal. A detecção antecipada e o tratamento adequado são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes”.

Dr. Thiago considera ainda que a prevenção de doenças renais envolve a adoção de hábitos de vida saudáveis, atenção com uso de algumas medicações e acompanhamento médico de rotina. “Manter um peso adequado, seguir uma dieta equilibrada, praticar exercícios regularmente, evitar o uso excessivo de anti-inflamatórios não esteroides. Além disso, é importante controlar doenças preexistentes, como diabetes e hipertensão, e nos exames de rotina, medir a creatinina no exame de sangue e avaliar a presença de proteína no exame de urina, pois o aumento no valor da creatinina e a presença de proteína na urina são sinais precoces da doença renal”.

Tecnologia aliada da saúde – O avanço das tecnologias para o tratamento da doença renal crônica tem proporcionado uma abordagem inovadora para a diálise. Entre essas inovações está a hemodiafiltração (HDF), considerada uma evolução da hemodiálise. Em ambas as terapias há purificação do sangue do paciente ao passar por um filtro. O principal diferencial é que na HDF a purificação é mais eficaz. O reflexo da maior purificação sanguínea é a melhora de diversos sintomas e melhora na qualidade de vida dos pacientes que realizam HDF quando comparados aos que realizam hemodiálise. Ademais, a HDF aumenta de forma expressiva a sobrevida desses pacientes.

Além da HDF, o uso de um aplicativo especialmente desenvolvido para portadores de doença renal crônica amplia as possibilidades de monitorização dos pacientes. Dentre as principais funções do aplicativo destacam-se um chat para contato com a equipe de saúde, lembretes com horário das medicações e registro de dados como pressão arterial, frequência cardíaca, e glicemia.

O app se comunica com aparelhos para aferição de pressão e de medida de glicose e importa os dados de forma automática. Desta maneira, a tecnologia permite o acompanhamento de exames laboratoriais e o recebimento de orientações personalizadas, tudo de forma prática e acessível. "O aplicativo é uma ferramenta revolucionária que proporciona um cuidado mais integrado e eficiente. Ele ajuda na prevenção de internações e melhora a experiência geral dos pacientes", acrescenta o diretor da Fenix Nefrologia.




*Fonte: SBN


Fenix Nefrologia
https://fenixnefro.com.br/


Menopausa: Saiba o que pode estar por trás do ganho de peso nessa fase

Ginecologista lista fatores ligados à alteração corporal da mulher na menopausa

 

Naturalmente, por volta dos 45 anos, a mulher começa a notar inúmeras mudanças físicas e emocionais na sua rotina, alterações no corpo e na balança estão entre as maiores queixas de quem chega na menopausa.

 Dra. Beatriz Tupinambá , médica ginecologista especialista no assunto listou 6 fatores que podem estar ligados diretamente a essas alterações corporais:


1- Hormônios em Fluxo

Durante a menopausa, os níveis de estrogênio diminuem, e isso pode afetar a forma como o corpo armazena gordura, muitas vezes resultando em ganho de peso, especialmente na barriga;


2-Menos massa muscular

A medida que envelhecemos, tendemos a perder massa muscular, o que diminui a taxa metabólica e torna mais difícil queimar calorias;


3-Fome e Desejo

Algumas mulheres experimentam alterações no apetite e desejos alimentares durante a menopausa, levando a um aumento na ingestão de calorias;


4-Estresse e sono excessivo

O estresse e problemas de sono frequentes podem afetar a regulação do apetite e do metabolismo;


5-Atividade física

A correria do dia a dia e a falta de prioridade podem levar ao ganho de peso, é importante reservar um tempo para cuidar da nossa saúde e bem-estar, priorizando sempre a atividade física.


6-Questão emocionais

A menopausa pode ser uma fase emocionalmente desafiadora, levando algumas pessoas a recorrerem à comida como forma de lidar com o estresse e as emoções, o que pode resultar em ganho de peso. 

Ao identificar qualquer sinal de alteração psicológica, física ou emocional, busque por um médico especialista. Para a Dra. Beatriz, com conhecimento e assistência profissional adequada, a menopausa pode ser a melhor fase da vida da mulher, e cita vantagens como o fim dos ciclos menstruais e preocupação com período fértil, além de maior tempo de autocuidado, maturidade e homônimos administrados como algumas das vantagens. 


Psicólogo: atuação muito além dos consultórios

É cada vez mais comum e necessária a presença desse profissional no ambiente hospitalar; entenda!


Em 27 de agosto é comemorado o Dia do Psicólogo, um profissional frequentemente lembrado por sua atuação em consultórios e até de forma online nos tempos pós-pandemia, mas que pode fazer a diferença no ambiente hospitalar. Por mais que se pense que a psicologia nos hospitais seja uma mera transferência do trabalho realizado de forma clínica para o contexto de uma internação, não é bem assim que ocorre na prática.

Segundo Lídia Farias, psicóloga do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” no Rio de Janeiro, o “setting” terapêutico (todo o contexto relacionado à realização do atendimento) é totalmente diferente, a começar pelo horário controlado das sessões, previamente determinado, e trabalho mais individual nos consultórios.

“A conduta do psicólogo no consultório é individual. Pode até sentir a necessidade de encaminhamento a um psiquiatra, por exemplo, mas segue o atendimento a seu modo. No ambiente hospitalar o trabalho é em equipe e bem menos planejado, no sentido da diversidade de situações”, pondera.

Nesse contexto, o profissional lida com aspectos psicológicos relacionados a diagnósticos, adoecimento, procedimentos, estada hospitalar, entre outros, incluindo o luto. Lídia lembra que, no hospital, o psicólogo convive com o envolvimento de muitos outros profissionais, num trabalho verdadeiramente conjunto. “Se há um sintoma físico, haverá uma questão emocional e vice-versa. Tudo acontece junto. Então, precisamos casar o cuidado para ter uma garantia de sucesso.”

Diante de todas essas situações em que o psicólogo pode figurar como um ponto de apoio, sua atuação pode também ter diferentes nuances, como acolhimento e suporte emocional, identificação de recursos de enfrentamento, preparação psicológica para cirurgias, atendimento psicoterapêutico, atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva (UTI), pronto atendimento, enfermarias em geral, psicomotricidade, avaliação diagnóstica, psicodiagnóstico, reparação psicológica para alta hospitalar e uma lista que ainda cresce.

“Existem psicólogos especializados em cada cenário hospitalar. Para citar alguns bastante específicos, há a psicologia perinatal, que abrange o atendimento a gestantes e puérperas, além do suporte junto aos pais na UTI neonatal. Gestantes muitas vezes com gravidez planejada se deparam com ameaça de abortamento ou mesmo prognóstico desfavorável em relação ao bebê, gerando quebra de expectativas e rompimento de sonhos. Outro exemplo é a psicologia focada em pacientes transplantados, que precisam lidar com a aceitação do órgão de uma outra pessoa”, completa a especialista.
 

Atendimento que vai além dos pacientes

Assim como o paciente, a família também se vê diante de dificuldades no enfrentamento de situações de adoecimento, novas rotinas e, em casos mais extremos, até mesmo falecimento de um de seus entes queridos. “No hospital também lidamos com a morte, o que não ocorre no consultório de forma tão direta. Atendemos pessoas enlutadas, onde os familiares precisam de acolhimento, ou seja, os atendimentos extrapolam os pacientes internados”, destaca Lídia.

A presença de um familiar no hospital para acompanhar o paciente durante internações é cada vez mais frequente, sobretudo quando se fala em crianças, adolescentes e idosos. Sendo assim, se faz necessário o cuidado psicológico, orientação e suporte emocional, tanto com o paciente quanto com seus familiares para ajudar a lidar com a doença ou, se necessário, com o luto.

“Cada caso é um caso e há muitas especificidades nos atendimentos. Nas UTIs neonatais, é preciso ressaltar a importância do autocuidado no caso das mães com bebês internados. Muitas delas desejam permanecer todo o tempo no hospital junto ao filho, mas acabam por se entregar ao confinamento. Em outros momentos, é necessária uma conversa franca com um pai que não colabora com a dieta de uma gestante com diabetes gestacional e pressão alta. Ou seja, o atendimento precisa ser individualizado e adaptado constantemente a cada público”, finaliza a psicóloga hospitalar. 



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
cejamoficial



ASBAI alerta sobre os cuidados com a saúde diante das queimadas


Acabamos de passar pelo ano mais quente já registrado nos últimos 100 mil anos e em junho completamos 13 meses consecutivos de temperaturas recordes mensalmente. Abaixo, Dr. Raphael Coelho, membro da Comissão De Biodiversidade, Poluição e Clima da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), passa algumas orientações para as pessoas que residem em áreas afetadas pelas queimadas: 

·         Fique dentro de casa com portas e janelas fechadas;

·         Procure abrigo em outro lugar se não tiver ar condicionado e estiver muito quente para ficar dentro de casa com as janelas fechadas;

·         Não aumente a poluição do ar interior. Não acenda velas nem use fogões a gás, propano ou lenha, lareiras ou sprays aerossóis. Não frite e nem asse carne, não fume produtos de tabaco nem use aspirador de pó. Todas estas atividades podem aumentar a poluição do ar interior;

·         Tenha comida e medicamentos suficientes à mão para vários dias, para não ter de sair à procura de mantimentos. Se precisar sair, evite horários do dia em que há mais fumaça;

·         Não confie em lenços para se proteger da fumaça. Se você precisar ficar ao ar livre quando houver fumaça, use mascara N95, que cobrem o nariz e a boca, se ajustam perfeitamente ao rosto e podem filtrar partículas de fumaça ou cinzas antes de inalá-las;

·         As crianças não devem ajudar nos trabalhos de limpeza e não devem brincar nas cinzas;

·         Limpe as cinzas de todos os brinquedos infantis antes de usá-los;

·         Mantenha os animais de estimação longe de locais contaminados;

·         Pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares, incluindo asma, idosos, crianças e mulheres grávidas devem tomar precauções especiais com as cinzas;

·         Vista-se adequadamente. Use luvas, camisas de mangas compridas, calças compridas, sapatos e meias para evitar contato com a pele. Usar óculos de proteção também é uma boa ideia. Troque os sapatos e as roupas antes de sair do local a ser limpo para não pegar cinzas e carregá-las para o carro ou outros locais;

·         Não beba e nem use água da torneira até que as autoridades de emergência lhe digam que possa fazê-lo. Os sistemas de abastecimento de água e os poços podem ser danificados e contaminados durante os incêndios florestais;

·         Lave todos os alimentos que tenham sido expostos ao calor, fumaça, inundações ou cinzas.

 


ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Site: www.asbai.org.br
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Tabagismo: hábito leva 8 milhões de pessoas a óbito por ano

Pneumologista do CEJAM esclarece dúvidas relacionadas ao vício e destaca utilização de vapes eletrônicos


O ano é 2024 e o tabagismo persiste como uma grave questão de saúde pública que exige ação imediata. Segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), existem cerca de 1,3 bilhão de usuários de tabaco ao redor do mundo.  Anualmente, o uso dessa substância tem sido responsável pela morte de aproximadamente 8 milhões de pessoas, sendo mais de 1 milhão delas não fumantes, mas expostas ao fumo passivo.

Nesse contexto e em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Fumo (29), conversamos com a Dra. Thais Moreira De Figueiredo, pneumologista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”. Em entrevista, a especialista compartilhou informações relevantes sobre os impactos do tabagismo na saúde. Confira!


Quais os efeitos gerais do tabagismo na saúde?

O tabagismo tem efeitos bastante nocivos, incluindo danos às vias aéreas e aumento da susceptibilidade a infecções. A exposição prolongada e intensa ao tabaco acaba agravando esses quadros.

As doenças associadas mais comuns entre os fumantes incluem câncer de pulmão, boca, lábio, faringe e esôfago, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma, infecções pulmonares e doenças intersticiais pulmonares que podem levar à fibrose pulmonar. O tabagismo também aumenta o risco de doenças cardiovasculares, levando a mais casos de infarto e AVC. Além disso, reduz a expectativa de vida em pelo menos 10 anos.


Um estudo feito por pesquisadores da Fundação do Câncer aponta que o tabagismo responde por cerca de 80% das mortes por câncer de pulmão em homens e mulheres no Brasil. Qual é a relação?

A fumaça do tabaco contém mais de 7 mil substâncias tóxicas, muitas delas prejudiciais às células e com potencial cancerígeno. Essas substâncias causam inflamação, morte celular e alterações genéticas, aumentando o risco de desenvolvimento de câncer de pulmão, entre outros.


Existe um tempo mínimo de uso de tabaco para alguma dessas condições de saúde aparecerem?

Não há um tempo mínimo estabelecido para o desenvolvimento dessas condições. Isso varia de acordo com a quantidade e intensidade do uso do tabaco, além da susceptibilidade genética individual. No entanto, em pacientes com DPOC, os sintomas geralmente aparecem após os 40 ou 50 anos.


Há alguma diferença na forma como o tabagismo afeta homens e mulheres?

Na verdade, isso depende muito da perspectiva de cada doença abordada. Por exemplo: o uso combinado de tabaco e anticoncepcionais por mulheres aumenta o risco de desenvolvimento de trombose venosa. Também sabemos que existem mais homens com DPOC.


E quanto ao envelhecimento? É verdade que o tabagismo acelera o processo?

Sim. A fumaça inalada durante o ato de fumar gera a produção de radicais livres que afetam as células do corpo, alterando suas estruturas e seu funcionamento básico, o que acaba contribuindo para o envelhecimento precoce do indivíduo.


Estamos vivenciando um momento em que os vapes eletrônicos estão cada vez mais populares. Eles são menos prejudiciais para a saúde do que o próprio cigarro?

O uso de vape envolve a inalação de um aerossol gerado pelo aquecimento de um líquido, que simula a fumaça do cigarro convencional. Este processo gera resíduos tóxicos, alguns ainda não completamente identificados. Embora possa haver uma possibilidade de eles serem menos prejudiciais que os cigarros convencionais, não há dados suficientes para confirmar essa hipótese.

Além disso, em muitos países, incluindo o Brasil, ainda não existe regulamentação para esses dispositivos, e, com isso, não existe também o controle de qualidade ou conhecimento completo das substâncias produzidas. No fim das contas, o recomendável é evitar o uso.


O vape também pode causar dependência, assim como o cigarro?

Sim, o vape pode causar dependência. Isso ocorre porque a nicotina presente nos cartuchos desses dispositivos é frequentemente mais concentrada do que no cigarro convencional.


Ele também pode levar ao desenvolvimento de câncer de pulmão?

Até o momento, a ciência ainda não tem evidências da relação direta entre o uso de vape e o desenvolvimento de câncer de pulmão ou qualquer outro tipo. No entanto, o seu uso foi associado à EVALI, uma doença pulmonar grave que pode levar à insuficiência respiratória rápida e à morte. Essa ligação foi observada durante um surto da doença entre 2019 e 2020, particularmente em vapes contendo produtos derivados de THC e acetato de vitamina E.


Por fim, existem outras abordagens, além do uso de medicamentos, para deixar o tabagismo de lado? O que é indicado para quem quer largar o vício?

Sim. A terapia cognitivo-comportamental, quando combinada com medicamentos, tem se mostrado bastante eficaz.  De modo geral, as opções de tratamento medicamentoso podem incluir drogas não-nicotínicas, como a bupropiona e a vareniclina, ou antidepressivos, como a nortriptilina. Esses medicamentos podem ser usados isoladamente ou em combinação com terapias tópicas à base de nicotina, como adesivos cutâneos, pastilhas ou gomas de mascar. A escolha do tratamento depende das particularidades de cada caso.

Além disso, é importante ressaltar que o apoio emocional e psicológico também desempenha um papel crucial no processo de abandono do tabagismo. Grupos de apoio e acompanhamento psicológico podem fazer uma grande diferença.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial


Estudo indica que ansiedade aumenta risco de desenvolver demência. Entenda como

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A ansiedade crônica é um propulsor de vários fatores de risco para demências, afirma o médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento


Ansiedade é a resposta natural do corpo ao estresse, mas ela se torna patológica quando é excessiva e interfere na vida cotidiana, causando sintomas como insônia e irritabilidade, exigindo intervenção profissional para tratamento. 

 

Ela tem sido um dos grandes problemas atuais, de acordo com a OMS - Organização Mundial da Saúde - o Brasil é líder mundial de transtornos de ansiedade e segundo um levantamento do Covitel 2023, 26,8% dos brasileiros já receberam um diagnóstico de ansiedade.

No entanto, ela pode causar mais impactos do que os tradicionalmente citados, é o que afirma um estudo recente realizado pela Universidade de Newcastle, na Austrália, que aponta a ansiedade como um fator de risco para desenvolver demência.

 

Resultados do estudo


O estudo australiano foi realizado com 2.132 pessoas acima de 60 anos e acompanhou os participantes por cerca de 10 anos, avaliando os níveis de ansiedade no início e após cinco anos. 

Os resultados mostraram que ansiedade crônica ou recente aumentava o risco de demência em 2,8 a 3,2 vezes, especialmente em indivíduos diagnosticados antes dos 70 anos. Aqueles que resolveram a ansiedade não tiveram risco maior de demência.

 

O que explica a relação?


De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo estudo, a ansiedade estimula comportamentos de risco para o desenvolvimento de demências, o que é reforçado pelo médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento.

A ansiedade crônica é um fator de risco para desenvolver demências pois tem o poder de levar a hábitos prejudiciais, como o vício em álcool e cigarro, para aliviá-la, o que aumenta o risco de ter doenças neurodegenerativas no futuro”.

Isso também acontece com a "fome emocional" fazendo com que as pessoas comam de forma descontrolada em crises de ansiedade, que também desregula hormônios do estresse, afetando o cérebro no longo prazo, ou seja, a ansiedade leva a um estilo de vida nocivo à saúde do cérebro”, explica.

 

5 dicas para evitar a ansiedade crônica:


1. Pratique exercícios físicos regularmente;

2. Tenha uma alimentação equilibrada, evitando alimentos ultraprocessados;

3. Durma bem, uma boa noite de sono é crucial para a saúde mental;

4. Pratique técnicas de relaxamento ajudam a acalmar a mente;

5. Busque apoio de um especialista em saúde mental. 

 

Dr. Flávio H. Nascimento - formado em medicina pela UFCG, com residência médica em psiquiatria pela UFPI e mais de 10 anos de experiência na área de psiquiatria. Diagnosticado com superdotação, tem 131 pontos de QI o que equivale a 98 de percentil e é membro do CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito como pesquisador auxiliar.

 

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